A principal forma de reprodução entre procariotos origina indivíduos geneticamente idênticos. Entretanto, existem mecanismos que garantem a variabilidade genética das populações de bactérias.
Nesse contexto, relacione a COLUNA II com a COLUNA I, associando os mecanismos e a variabilidade genética de procariotos às suas respectivas características.
COLUNA I
1. Conjugação
2. Transformação
3. Transdução
COLUNA II
( ) Fragmentos de DNA livres no meio são incorporados por células vivas e se tornam parte do genoma dessas células.
( ) Uma fina projeção chamada pilus conecta o citoplasma de duas células e uma delas (doadora) transfere uma porção de seu DNA para a outra (receptora).
( ) Fragmentos de DNA bacteriano são inseridos nos capsídeos de fagos em ciclo lítico, e esses trechos são transferidos a outra bactéria, que os incorpora, tornando-os parte do seu genoma.
Assinale a sequência correta.
- A) 1 3 2
- B) 2 1 3
- C) 2 3 1
- D) 3 2 1
Resposta:
A alternativa correta é letra B) 2 1 3
Gabarito da banca: Letra "B"
Entendimento: Letra "B"
Acompanhe minha análise:
(2 - Transformação) Fragmentos de DNA livres no meio são incorporados por células vivas e se tornam parte do genoma dessas células.
Durante o processo de transformação, os genes são transferidos de uma bactéria para outra como DNA “nu” em solução. Esse processo foi demonstrado pela primeira vez há mais de 70 anos, embora não tenha sido compreendido na ocasião. Não somente a transformação mostrou que o material genético poderia ser transferido de uma célula bacteriana para outra, mas o estudo desse fenômeno acabou levando à conclusão de que o DNA é o material genético. O experimento inicial sobre a transformação foi realizado em 1928 por Frederick Griffith, na Inglaterra, trabalhando com duas linhagens de Streptococcus pneumoniae. Uma delas, uma linhagem virulenta, tem uma cápsula polissacarídica que previne a fagocitose. A bactéria cresce e causa pneumonia. A outra, uma linhagem avirulenta, não tem a cápsula e não causa doença. (TORTORA et al., 2017, p. 226, grifo meu).
Referência: TORTORA, G. B.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
(1 - Conjugação) Uma fina projeção chamada pilus conecta o citoplasma de duas células e uma delas (doadora) transfere uma porção de seu DNA para a outra (receptora).
Os pili são estruturas constituídas de proteínas que se projetam da superfície de alguns tipos de células bacterianas. Essas estruturas em forma de pelo são mais curtas do que os flagelos e são utilizadas para aderência. O pilus sexual (pilus de conjugação) ajuda as bactérias a se unirem para trocar material genético. As fímbrias são compostas pelas mesmas proteínas que os pili, mas são mais curtas e ajudam as células a se aderirem a superfícies, como células animais, para alimentação e proteção. (p. 87).
Referência: REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
(3 - Transdução) Fragmentos de DNA bacteriano são inseridos nos capsídeos de fagos em ciclo lítico, e esses trechos são transferidos a outra bactéria, que os incorpora, tornando-os parte do seu genoma.
Um terceiro mecanismo de transferência genética entre bactérias é a transdução. Nesse processo, o DNA bacteriano é transferido de uma célula doadora a uma célula receptora dentro de um vírus que infecta bactérias, denominado bacteriófago, ou fago. [...]
Para compreender como a transdução funciona, consideraremos o ciclo de vida de um tipo de fago transdutor de E. coli; esse fago realiza uma transdução generalizada [...].
Durante a reprodução dos fagos, o DNA fágico e as proteínas são sintetizados pela célula bacteriana hospedeira. O DNA do fago deve ser empacotado dentro do capsídeo proteico que o recobre. Entretanto, o DNA bacteriano, o DNA plasmidial ou até mesmo o DNA de outro vírus podem ser empacotados dentro de um capsídeo proteico fágico.
Todos os genes contidos dentro de uma bactéria infectada por um fago transdutor generalizado têm probabilidades iguais de serem empacotados em um revestimento de fago e transferidos. Em outro tipo de transdução, chamado de transdução especializada, apenas determinados genes bacterianos são transferidos [...]. Em um tipo de transdução especializada, o fago codifica determinadas toxinas produzidas por seus hospedeiros bacterianos, como a toxina diftérica para Corynebacterium diphtheriae a toxina eritrogênica para Streptococcus pyogenes, e a toxina Shiga para E. coli O157:H7. (TORTORA et al., 2017, p. 229, grifo meu).
Referência: TORTORA, G. B.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
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