Bactérias resistentes aos antibióticos podem transferir informação genética entre si, fazendo com que outras cepas se tornem também resistentes. Um dos mecanismos que explica tal processo é ilustrado abaixo e conhecido como:
- A) transformação.
- B) recombinação.
- C) conjugação.
- D) transdução.
- E) transgenia.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) conjugação.
Gabarito da banca: Letra "C"
Entendimento: Letra "C"
Acompanhe minha análise:
Está claro que se trata do processo de conjugação. Anote aí:
Em um processo chamado conjugação, o DNA é transfeido entre duas células procarióticas (em geral, da mesma espécie) que estão temporariamente ligadas. Em bactérias, a transferência de DNA é sempre de mão única: uma célula doa o DNA e a outra o recebe. Enfocaremos aqui o mecanismo usado em E. coli. Primeiro, um pilus da célula doadora se prende ao receptor (Figura 27.12). O pilus então se retrai juntando as duas células como o gancho de um arpão. Imagina-se que o próximo passo seja a formação de uma estrutura temporária do tipo “ponte de acasalamento” entre as duas células, pelo qual o doador pode transferir o DNA para o receptor. Entretanto, o mecanismo pelo qual a transferência de DNA ocorre não está claro; na verdade, uma evidência recente indica que o DNA pode passar diretamente pelo tubo do pilus.
A imagem facilita sua compreensão (p. 574):
Referência: REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
E a transformação e a transdução? Anote aí:
Na transformação, o genótipo e possivelmente o fenótipo de uma célula procariótica são alterados pela captação de DNA exógeno a partir de seu entorno. Por exemplo, uma cepa inofensiva de Streptococcus pneumoniae pode ser transformada em células causadoras de pneumonia se forem expostas ao DNA de uma cepa patogênica [...]. Essa transformação ocorre quando uma célula não patogênica aceita um fragmento do DNA contendo o alelo para a patogenicidade e substitui seu próprio alelo pelo alelo exógeno, uma permuta de segmentos homólogos de DNA. A célula é agora um recombinante: seu cromossomo contém DNA derivado de duas células diferentes. Durante muitos anos após a transformação ter sido descoberta em culturas de laboratório, a maioria dos biólogos pensava que o processo era tão raro e desordenado para desempenhar um importante papel em populações bacterianas naturais. Mas os pesquisadores aprenderam desde então que muitas bactérias têm proteínas na superfície da célula que reconhecem DNA de espécies intimamente relacionadas e o transportam para dentro da célula. Uma vez dentro da célula, o DNA exógeno pode ser incorporado ao genoma pela permuta com DNA homólogo.
Na transdução, fagos (de “bacteriófagos”, os vírus que infectam bactérias) carregam genes procarióticos de uma célula hospedeira para outra. Na maioria dos casos, a transdução resulta de acidentes que ocorrem durante o ciclo replicativo do fago [...]. Um vírus que carrega DNA procariótico pode não ser capaz de se replicar porque lhe falta uma parte ou todo o seu próprio material genético. Entretanto, o vírus pode se ligar à outra célula procariótica (um receptor) e injetar DNA procariótico adquirido da primeira célula (o doador). (p. 573, grifo meu).
Referência: REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
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