A célula eucarionte possui muitas organelas que desempenham funções específicas na célula, peroxissomo, retículo endoplasmático liso, retículo endoplasmático rugoso, lisossomo e complexo golgiense. Assinale a opção que corresponde às funções dessas organelas, respectivamente.
- A) Síntese de esteroides e lipídios, síntese de proteínas, acúmulo e eliminação de secreções, degradação de água oxigenada e digestão intracelular.
- B) Degradação de água oxigenada, síntese de esteroides e lipídios, síntese de proteínas, digestão intracelular e acúmulo e eliminação de secreções.
- C) Acúmulo e eliminação de secreções, síntese de proteínas, síntese de esteroides e lipídios, digestão intracelular e degradação de água oxigenada.
- D) Acúmulo e eliminação de secreções, síntese de proteínas, síntese de esteroides e lipídios, degradação de água oxigenada e digestão intracelular.
- E) Síntese de esteroides e lipídios, síntese de proteínas, acúmulo e eliminação de secreções, digestão intracelular e degradação de água oxigenada.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) Degradação de água oxigenada, síntese de esteroides e lipídios, síntese de proteínas, digestão intracelular e acúmulo e eliminação de secreções.
Gabarito da banca: Letra "B"
Entendimento: Letra "B"
Acompanhe minha análise:
1. peroxissomo;
Em função de conter algumas enzimas que degradam gorduras e aminoácidos, os peroxissomo foram, durante algum tempo, confundidos com os lisossomos. Sabe-se hoje, entretanto, que eles diferem dos lisossomos principalmente quanto aos tipos de enzimas que possuem. Acrescente-se, ainda, que, ao contrário dos lisossomos, que se originam do complexo golgiense, os peroxissomos absorvem proteínas e lipídios diretamente do hialoplasma. Os peroxissomos são organelas membranosas com função de oxidar ácidos graxos, preparando-os para serem utilizados como matéria-prima na respiração celular, destinada à obtenção de energia, e a síntese de compostos importantes, como o colesterol. Ainda, os peroxissomos degradam substâncias tóxicas para a célula, como o peróxido de hidrogênio.
2. retículo endoplasmático liso;
O retículo endoplasmático liso (REL) participa da síntese de lipídios, inclusive os do grupo dos esteroides e do colesterol.
Nas membranas do retículo endoplasmático liso ocorre a síntese de praticamente todos os lipídios que compõem as membranas celulares, incluindo os fosfolipídios e o colesterol. Alguns dos lipídios das membranas são inicialmente produzidos no REL e suas moléculas são completadas no complexo de Golgi. Isso acontece com a esfingomielina e com os glicolipídios, cujas porções glicídicas são produzidas com a colaboração do complexo de Golgi. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012, p. 213, grifo meu).
Referência: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
3. retículo endoplasmático rugoso;
Note que as funções do RER (SADAVA et al., 2020, p. 92).
O retículo endoplasmático rugoso (RER) é chamado de “rugoso” em razão dos muitos ribossomos ligados à superfície externa de sua membrana, dando-lhe uma aparência “rugosa” em microscopia eletrônica [...]. Os ribossomos ligados estão ativamente envolvidos na síntese proteica. Além disso:
- o RER recebe, no seu lúmen, certas proteínas recém-sintetizadas (incluindo as proteínas destinadas aos lisossomos, à membrana plasmática e para exportação a partir da célula), segregando-as para fora do citoplasma. O RER também participa no transporte dessas proteínas para outros locais na célula;
- enquanto estiverem dentro do RER, as proteínas podem ser modificadas quimicamente para alterar suas funções e “marcá-las” para entrega em destinos celulares específicos;
- as proteínas são enviadas para os destinos diversos na célula, envoltas em vesículas que se separam do RER;
- a maioria das proteínas ligadas à membrana é sintetizada no RER.
4. lisossomo;
Os lisossomos são ativos mesmo em células que não realizam fagocitose. As células são sistemas dinâmicos; alguns componentes celulares estão constantemente sendo degradados e substituídos por novos. A destruição programada dos componentes celulares é chamada de autofagia, e os lisossomos são os locais onde a célula degrada seus próprios materiais. Com sinalização apropriada, os lisossomos podem engolfar organelas inteiras, hidrolisando seus constituintes.
Quão importante é a autofagia? Uma classe inteira de doenças humanas chamadas de doenças de armazenamento lisossômico é causada pela falha dos lisossomos em digerir componentes celulares específicos; essas doenças são invariavelmente prejudiciais ou fatais. Um exemplo é a doença de Tay-Sachs, na qual um lipídeo específico chamado de gangliosídeo não é degradado nos lisossomos e, em vez disso, acumula-se nas células cerebrais. Na forma mais comum dessa doença, um bebê começa a exibir sintomas neurológicos e torna-se cego, surdo e incapaz de engolir após os 6 meses de idade. A morte ocorre antes dos 4 anos de idade. (SADAVA et al., 2020, p. 94-95).
Referência: SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1. Constituintes químicos da vida, células e genética.
5. complexo golgiense.
APARELHO DE GOLGI O aparelho de Golgi (ou complexo de Golgi, ou apenas Golgi) é outra parte do diverso, dinâmico e extenso sistema de endomembranas [...). Essa estrutura recebeu o nome de seu descobridor, Camillo Golgi. Sua aparência varia, mas quase sempre consiste em dois componentes: sacos membranosos achatados chamados de cisternas, que são empilhados como pratos, e pequenas vesículas envoltas por membrana. Todo o aparelho possui cerca de 1 μm de comprimento.
O aparelho de Golgi tem vários papéis:
- recebe vesículas contendo proteínas do RER;
- modifica, concentra, empacota e classifica as proteínas antes que elas sejam enviadas para seus destinos celulares ou extracelulares;
- adiciona carboidratos às proteínas e modifica outros carboidratos que foram anexados às proteínas no RER;
- é onde alguns polissacarídeos para a parede celular vegetal são sintetizados.
Referência: SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1. Constituintes químicos da vida, células e genética.
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