A parede celular vegetal é proveniente da intensa atividade secretora do protoplasma e de algumas enzimas como a glicose uridinadifosfato (GUDP). Ela é uma estrutura circunjacente à membrana plasmática e, diferentemente do que se imagina, é parte dinâmica da célula e passa por modificações durante o crescimento e desenvolvimento celular, como mostra a figura a seguir:

A alternativa correta é letra C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

INCORRETA. A parede celular começa a se formar durante a telófase. Nas briófitas e plantas vasculares e em umas poucas algas, a divisão celular ocorre pela formação da placa celular, a qual se inicia no meio da célula e cresce para fora.

No início da telófase, um sistema de microtúbulos, chamado fragmoplasto, é formado entre os dois núcleos-filhos. O fragmoplasto é constituído de microtúbulos que se sobrepõem e que formam dois conjuntos, um em cada lado do plano da divisão. A placa celular inicia-se como um disco suspenso no fragmoplasto e forma-se na sua região equatorial, sendo originada pela fusão das vesículas de Golgi que são direcionadas pelos microtúbulos do fragmoplasto. As vesículas liberam as hemiceluloses e pectinas, que formam a placa celular.

Quando as vesículas de Golgi se fundem, suas membranas contribuem para a formação da membrana plasmática em cada lado da parede celular. A placa celular cresce para fora até atingir as paredes da célula-mãe em divisão, completando a separação das duas células-filhas. Após a placa celular entrar em contato com as paredes da célula-mãe, a lamela mediana se forma dentro dela.

Observe a imagem abaixo, que ilustra esse processo.

Fonte: Raven, Evert e Eichhorn (2014).

Além disso, a afirmativa descreve equivocadamente os processos que ocorrem durante a metáfase.

Nessa fase, os cromossomos se reúnem na placa metafásica, um plano equidistante entre os dois polos dos fusos, e os centrômeros dos cromossomos se alinham na placa metafásica.

Para cada cromossomo, os cinetocoros das cromátides-irmãs são ligados aos microtúbulos vindos de polos opostos, proporcionando que as cromátides-irmãs sejam puxadas para os polos da célula, separando-se.

CORRETA. Não há incorreções na afirmativa.

O principal componente da parede celular é a celulose, a qual determina em grande parte sua arquitetura. A celulose é constituída por numerosos monômeros de glicose. Os polímeros de celulose são agrupados em microfibrilas, que se entrelaçam para formar finos filamentos que podem enrolar-se uns sobre os outros, semelhantes a fios em um cabo.

O arcabouço de celulose da parede é preenchido por uma matriz de moléculas não celulósicas entrelaçadas: polissacarídeos conhecidos como hemiceluloses e pectinas; proteínas estruturais chamadas glicoproteínas, como extensinas; enzimas, como peroxidases, fosfatases, celulases e pectinases.

Outro importante constituinte das paredes de muitos tipos de células é a lignina, que fornece resistência à compressão e rigidez à parede celular. A cutina, a suberina e as ceras são substâncias graxas comumente encontradas na parede celular dos tecidos externos, protetores do corpo da planta.

CORRETA. Não há incorreções na afirmativa. Além de conferir forma e rigidez à célula, a parede celular possui outras funções reconhecidas.

Ela limita a expansão do protoplasto, evitando a ruptura da membrana plasmática quando o protoplasto aumenta pela entrada de água na célula.

Ademais, pode desempenhar um papel ativo na defesa contra bactérias e fungos patogênicos, recebendo e processando as informações da superfície do patógeno e transmitindo-as à membrana plasmática da célula vegetal.

Portanto, gabarito LETRA C.

REFERÊNCIA:

RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.