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Algumas análises realizadas em laboratório revelaram que uma droga em teste foi capaz de agir de forma significativa em hepatócitos resultando na ativação da síntese de RNAm para enzimas relacionadas ao metabolismo de carboidratos; ativação das enzimas catalase e superóxido dismutase; síntese de algumas enzimas estudas; síntese de colesterol e autofagia de outras organelas.


Marque a alternativa que contém, em ordem respectiva, as organelas afetadas:

Resposta:

A alternativa correta é letra A) Núcleo, peroxissomos, ribossomos, retículo endoplasmático liso e lisossoma.

Gabarito da banca: Letra "A"

Entendimento: Letra "A"


Acompanhe minha análise:

 

As atividades percebidas foram:

  1. síntese de RNAm para enzimas relacionadas ao metabolismo de carboidratos;
  2. ativação das enzimas catalase e superóxido dismutase;
  3. síntese de algumas enzimas "estudas" (claramente, um erro nesse trecho da questão; consultei a prova original e está desse modo mesmo);
  4. síntese de colesterol;
  5. autofagia de outras organelas.

Cada uma dessas atividades é resultado da atuação de organelas específicas. Sem dúvidas, quando se fala nas enzimas catalase e superóxido dismutase no fígado, o destaque está nos peroxissomos. Anote aí:

Os peroxissomos diferem das mitocôndrias e dos cloroplastos em muitos aspectos. Mais notavelmente, eles são envolvidos por uma única membrana e não possuem DNA ou ribossomos. Assim, por não serem dotados de genoma, todas as suas proteínas são codificadas no núcleo. Os peroxissomos obtêm muitas das suas proteínas por importação seletiva do citosol, embora algumas delas entrem na membrana dos peroxissomos por meio do RE.

[...]

Quase todas as células eucarióticas possuem peroxissomos. Eles contêm enzimas oxidativas, como catalase e urato oxidase, em concentrações tão elevadas que, em algumas células, os peroxissomos salientam-se em micrografias eletrônicas por causa da presença de um núcleo cristaloide. (ALBERTS et al., 2017, p. 666, grifo meu).

Referência: ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

 

1. "síntese de RNAm para enzimas relacionadas ao metabolismo de carboidratos". Essa atividade ocorre no núcleo. As proteínas enzimáticas vão ser endereçadas aos peroxissomos.

 

2. "ativação das enzimas catalase e superóxido dismutase". Essa atividade ocorre nos peroxissomos.

 

3. "síntese de algumas enzimas". As enzimas são proteínas, que são sintetizadas nos ribossomos (ribossomos livres no citoplasma ou ribossomos aderidos ao retículo endoplasmático rugoso - RER);

 

4. "síntese de colesterol". É uma função típica do retículo endoplasmático liso (REL).

Nas membranas do retículo endoplasmático liso ocorre a síntese de praticamente todos os lipídios que compõem as membranas celulares, incluindo os fosfolipídios e o colesterol. Alguns dos lipídios das membranas são inicialmente produ­zidos no REL e suas moléculas são completadas no complexo de Golgi. Isso acontece com a esfingomielina e com os glicolipídios, cujas porções glicídicas são produzidas com a cola­boração do complexo de Golgi. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012, p. 213, grifo meu).

Referência: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

 

5. "autofagia de outras organelas".

A digestão autofágica é realizada pelos lisossomos (uma das funções é a renovação ou aproveitamento dos componentes moleculares das organelas). A autólise é também uma função dos lisossomos (um exemplo é a redução da cauda nos girinos).

Os lisossomos são ativos mesmo em células que não realizam fagocitose. As células são sistemas dinâmicos; alguns componentes celulares estão constantemente sendo degradados e substituídos por novos. A destruição programada dos componentes celulares é chamada de autofagia, e os lisossomos são os locais onde a célula degrada seus próprios materiais. Com sinalização apropriada, os lisossomos podem engolfar organelas inteiras, hidrolisando seus constituintes.

Quão importante é a autofagia? Uma classe inteira de doenças humanas chamadas de doenças de armazenamento lisossômico é causada pela falha dos lisossomos em digerir componentes celulares específicos; essas doenças são invariavelmente prejudiciais ou fatais. Um exemplo é a doença de Tay-Sachs, na qual um lipídeo específico chamado de gangliosídeo não é degradado nos lisossomos e, em vez disso, acumula-se nas células cerebrais. Na forma mais comum dessa doença, um bebê começa a exibir sintomas neurológicos e torna-se cego, surdo e incapaz de engolir após os 6 meses de idade. A morte ocorre antes dos 4 anos de idade. (SADAVA et al., 2020, p. 94-95, grifo meu).

Referência: SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2020. v. 1. Constituintes químicos da vida, células e genética.

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