Acerca da economia ambiental e do desenvolvimento sustentável, julgue o próximo item.Os valores monetários calculados para os recursos ambientais constituem uma ferramenta útil na implementação de políticas públicas ambientais.

Acerca da economia ambiental e do desenvolvimento sustentável, a atribuição de valores monetários aos recursos ambientais desempenha um papel fundamental na elaboração e implementação de políticas públicas eficazes. Essa prática, conhecida como valoração ambiental, permite quantificar economicamente os benefícios e custos associados à utilização ou conservação dos ecossistemas, facilitando a tomada de decisões mais informadas e equilibradas.

A valoração monetária dos recursos naturais oferece várias vantagens. Em primeiro lugar, ela torna tangíveis aspectos que, muitas vezes, são subjetivos ou ignorados em análises tradicionais, como os serviços ecossistêmicos (polinização, regulação do clima, purificação da água etc.). Ao traduzir esses benefícios em termos financeiros, os gestores públicos podem compará-los com outras prioridades orçamentárias, justificando investimentos em conservação ou medidas de mitigação de danos ambientais.

Além disso, essa abordagem contribui para a internalização dos custos ambientais em atividades econômicas. Por exemplo, ao calcular o valor de um manguezal na proteção contra enchentes, é possível argumentar contra sua destruição para projetos imobiliários, demonstrando que os benefícios de preservá-lo superam os ganhos de curto prazo. Da mesma forma, políticas como taxação de emissões ou pagamento por serviços ambientais (PSA) dependem de estimativas precisas para serem eficientes e justas.

Portanto, a afirmação de que "os valores monetários calculados para os recursos ambientais constituem uma ferramenta útil na implementação de políticas públicas ambientais" está correta (C). Embora críticos argumentem que a monetização pode reduzir a natureza a meros ativos econômicos, não há dúvida de que, em um sistema orientado por métricas financeiras, essa estratégia é essencial para conciliar desenvolvimento e sustentabilidade.