Questões Sobre Protistas e algas - Biologia - concurso

A Leishmaniose, também conhecida como Calazar, é uma doença grave que afeta tanto animais quanto humanos, como evidenciado pelo surto ocorrido em Redenção, no sul do Pará, em 2018. A situação descrita na reportagem do G1 PA ilustra o impacto devastador da doença, levando ao sacrifício de centenas de cães contaminados para evitar a transmissão aos seres humanos. Esse cenário reforça a importância de compreender as causas e os meios de transmissão da enfermidade para implementar medidas eficazes de prevenção e controle.

A Leishmaniose é causada por um protozoário do gênero Leishmania, e sua transmissão ocorre principalmente por meio da picada de fêmeas de mosquitos flebotomíneos infectados, popularmente conhecidos como "mosquito-palha" ou "birigui". Portanto, a alternativa correta é a letra D), que identifica corretamente o agente causador (protozoário) e o vetor (mosquitos flebotomíneos). As outras opções apresentam informações incorretas, como a transmissão pela saliva do cão (A e C) ou a associação com bactérias e o mosquito Aedes (B), que são características de outras doenças.

Diante desse contexto, é fundamental que a população e as autoridades de saúde estejam atentas aos sintomas da doença, que incluem febre, perda de peso, feridas na pele e aumento do baço e do fígado. Além disso, a adoção de medidas preventivas, como o uso de repelentes, telas em portas e janelas, e a manutenção de ambientes limpos para evitar a proliferação do vetor, são essenciais para reduzir os riscos de infecção. A conscientização e o combate ao mosquito transmissor são as melhores estratégias para evitar novos surtos e proteger tanto a saúde animal quanto a humana.

A ameaça à sobrevivência dos corais do banco dos Abrolhos, especialmente diante da epidemia da praga-branca, revela uma crise ambiental complexa. A resposta mais eficaz e duradoura para combater essa situação não está em soluções pontuais, como o uso de antibióticos ou a restrição ao turismo, mas sim no enfrentamento das causas fundamentais do problema: o aquecimento global e a poluição marinha.

A alternativa D) propõe uma ação ampla e estrutural ao sugerir a redução mundial da queima de combustíveis fósseis e o incentivo ao transporte coletivo. Essa medida ataca diretamente uma das principais fontes do aquecimento global, que, segundo os cientistas, é um fator determinante para a proliferação de doenças nos corais. Ao diminuir as emissões de gases de efeito estufa, reduz-se o estresse térmico nos oceanos e, consequentemente, a vulnerabilidade dos ecossistemas marinhos.

Embora outras opções possam ter algum impacto localizado, como a reciclagem de lixo ou a proteção física dos corais, apenas a diminuição das causas do aquecimento global pode garantir efeitos duradouros. A introdução de espécies predadoras (opção C) poderia desequilibrar o ecossistema, enquanto a aplicação de antibióticos (opção A) traria riscos de resistência bacteriana e contaminação ambiental.

Portanto, a medida mais abrangente e segura é, de fato, a transformação dos padrões de consumo e mobilidade em escala global, representada pela alternativa D. Essa abordagem não só protegeria os corais de Abrolhos, mas também preservaria outros ecossistemas ameaçados pelas mudanças climáticas.

As algas azuis, também conhecidas como cianobactérias, são organismos fascinantes que desafiam a percepção comum sobre os seres vivos. Apesar de seu nome popular sugerir uma relação com as algas, elas não pertencem ao reino Plantae, mas sim ao reino Monera. Essa classificação se deve às suas características procarióticas, que as diferenciam dos organismos eucarióticos encontrados em outros reinos.

A importância das algas azuis vai além de sua classificação taxonômica. Como seres fotossintetizantes, elas desempenham um papel crucial na produção de oxigênio e na fixação de nitrogênio, contribuindo significativamente para os ecossistemas aquáticos e terrestres. Sua capacidade de sobreviver em ambientes extremos também as torna objeto de estudo em astrobiologia.

A confusão entre as algas azuis e as plantas pode surgir devido à sua capacidade de realizar fotossíntese. No entanto, a ausência de organelas membranosas e de um núcleo definido as coloca claramente no reino Monera, juntamente com outras bactérias. Essa distinção é fundamental para compreender a evolução da vida na Terra e as relações entre os diferentes grupos de organismos.

Portanto, quando questionados sobre o reino ao qual pertencem as algas azuis, a resposta correta é A) Monera. Essa classificação reflete não apenas suas características estruturais, mas também sua posição única na árvore da vida, representando uma das formas mais antigas de organismos fotossintetizantes no nosso planeta.

O litoral que se estende desde o oeste do Ceará até o sul da Bahia é reconhecido por sua rica biodiversidade marinha, especialmente devido à presença de recifes de arenito cobertos por algas calcárias e corais. Esses ecossistemas proporcionam um ambiente ideal para o desenvolvimento de diversas espécies de algas bentônicas, que desempenham um papel fundamental na manutenção da vida marinha local.

Entre as opções apresentadas de algas marinhas encontradas no litoral pernambucano, quatro são nativas da região: Caulerpa racemosa, Sargassum spp., Gracilaria cervicomis e Hypnea musciformis. No entanto, a espécie Kappaphycus alvarezii não é naturalmente encontrada nessa área, sendo, portanto, a alternativa correta a ser assinalada como exceção.

A Giardia lamblia é um protozoário amplamente disseminado no mundo, sendo uma das principais causas de infecções entéricas. Sua transmissão está frequentemente associada à contaminação da água, mas também pode ocorrer por meio de alimentos contaminados. A giardíase é uma doença altamente contagiosa, bastando uma pequena quantidade de cistos para desencadear a infecção. Os sintomas, que incluem distensão abdominal, dor, náuseas e diarreia, surgem após um período de incubação de uma a três semanas. Em casos graves, especialmente em crianças, a doença pode levar à síndrome de má-absorção, afetando o estado nutricional.

O diagnóstico é realizado por meio da identificação de cistos ou trofozoítos nas fezes, destacando a importância do exame parasitológico. No entanto, a prevenção é a estratégia mais eficaz para reduzir a incidência da giardíase, principalmente na população pediátrica, mais vulnerável às complicações.

Entre as opções apresentadas para diminuir a incidência da doença, a utilização sistemática de medidas higiênicas (alternativa B) é a mais abrangente e eficaz. Isso inclui lavar as mãos adequadamente, especialmente após usar o banheiro e antes de manipular alimentos, além de garantir o saneamento básico e o tratamento da água. Embora outras medidas, como consumir alimentos cozidos ou lavados com cloro, possam ajudar em situações específicas, a higiene pessoal e coletiva é a base para prevenir a disseminação da Giardia e outras doenças infecciosas.

As doenças de veiculação hídrica são aquelas transmitidas pela ingestão ou contato com água contaminada por agentes patogênicos, como bactérias, vírus ou parasitas. Entre as opções apresentadas, a alternativa correta é a D) febre tifoide, amebíase e cólera, pois todas essas enfermidades estão diretamente relacionadas à qualidade da água consumida ou utilizada no cotidiano.

A febre tifoide é causada pela bactéria Salmonella typhi, transmitida principalmente por água ou alimentos contaminados com fezes humanas. Já a amebíase é uma infecção parasitária provocada pelo protozoário Entamoeba histolytica, que também se dissemina por meio de água ou alimentos contaminados. Por fim, a cólera é uma doença bacteriana aguda causada pelo Vibrio cholerae, cuja transmissão ocorre principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes de indivíduos infectados.

As outras alternativas apresentam doenças que não são tipicamente associadas à veiculação hídrica. Por exemplo, a malária (alternativa E) é transmitida por mosquitos, enquanto a leishmaniose (alternativa B) é causada por protozoários transmitidos por flebotomíneos. Portanto, a resposta correta é a alternativa D, que reúne enfermidades cuja prevenção está diretamente ligada ao saneamento básico e ao acesso à água potável.

Acerca dos invertebrados que podem ser parasitas humanos, julgue o item subsequente.

Os protozoários possuem, comumente, como sistema locomotor, os cílios, flagelos ou pseudópodes, que podem ser distintos sob diferentes condições ambientais.

• C) CERTO
• E) ERRADO

O gabarito correto é C).

O item em questão afirma que a leishmaniose visceral, causada por um protozoário que se aloja em animais mamíferos, é transmitida pela picada de flebotomíneos fêmea. Essa afirmação está correta, conforme o gabarito indica (C) CERTO.

A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é uma doença grave causada pelo protozoário Leishmania infantum (no Brasil) ou Leishmania donovani (em outras regiões). Esse parasita infecta principalmente mamíferos, incluindo cães e humanos, que atuam como reservatórios. A transmissão ocorre de fato pela picada de flebotomíneos fêmeas infectadas, especialmente do gênero Lutzomyia nas Américas. Esses insetos, ao picarem um hospedeiro infectado, ingerem o parasita, que se multiplica em seu interior e é transmitido a um novo hospedeiro em picadas subsequentes.

Portanto, a afirmação está cientificamente embasada e correta, reforçando a importância do controle vetorial e da vigilância epidemiológica para prevenir a disseminação da leishmaniose visceral.

O triclosan, um composto frequentemente encontrado em pastas de dente, demonstrou potencial para se tornar uma arma no combate à malária, especialmente contra cepas resistentes a medicamentos. Essa descoberta foi possível graças a um "robô cientista" de inteligência artificial, que identificou a capacidade do triclosan de atuar em dois estágios cruciais do ciclo de vida do parasita da malária: no fígado e no sangue.

O mecanismo de ação do triclosan ocorre através da inibição da enzima DHFR do parasita, essencial para a síntese de ácidos nucleicos (DNA e RNA). Essa interferência no processo de replicação do material genético afeta diretamente a capacidade de reprodução do parasita, impedindo sua proliferação no organismo hospedeiro.

Entre as alternativas apresentadas, a correta é a B), pois o triclosan atua especificamente na reprodução assexuada do parasita no interior das hemácias. Esse estágio do ciclo de vida do parasita é fundamental para o desenvolvimento da doença, e sua interrupção pode representar um avanço significativo no tratamento da malária, especialmente em casos de resistência aos medicamentos convencionais.

Essa descoberta abre novas perspectivas para o desenvolvimento de terapias mais eficazes contra a malária, utilizando uma substância já conhecida e com perfil de segurança estabelecido. No entanto, são necessários mais estudos para confirmar a eficácia do triclosan como medicamento antimalárico e determinar os protocolos de tratamento adequados.

As doenças causadas por protozoários que afetam o sangue e os órgãos internos representam um grave problema de saúde pública em diversas regiões do mundo. Entre as principais, destacam-se a malária, a toxoplasmose, a tripanossomíase e a leishmaniose, conforme indicado corretamente na alternativa A.

A malária, transmitida por mosquitos do gênero Anopheles, é causada por protozoários do gênero Plasmodium e pode levar a complicações severas, como anemia e insuficiência renal. Já a toxoplasmose, provocada pelo Toxoplasma gondii, embora muitas vezes assintomática, pode causar sérios danos em indivíduos imunossuprimidos e gestantes.

A tripanossomíase, conhecida como doença de Chagas no Brasil, é transmitida por insetos triatomíneos e afeta principalmente o coração e o sistema digestivo. Por sua vez, a leishmaniose, transmitida por flebotomíneos, manifesta-se em formas cutânea ou visceral, esta última podendo ser fatal se não tratada adequadamente.

As demais alternativas apresentam equívocos ao incluir doenças causadas por vírus (hepatite, dengue), bactérias (difteria) ou helmintos (esquistossomose, filariose), que não se enquadram no grupo de protozooses. Portanto, a alternativa A é a única que lista corretamente quatro importantes protozooses sanguíneas e sistêmicas.