Questões Sobre Protistas e algas - Biologia - concurso

O trabalho pericial criminal exige rigorosos protocolos de biossegurança, especialmente ao lidar com materiais biológicos potencialmente contaminados. Entre os principais riscos enfrentados pelos peritos estão as doenças transmitidas por sangue, que podem causar infecções graves caso ocorra contato direto com fluidos corporais.

O texto destaca a importância do uso de equipamentos de proteção individual, como luvas de borracha, como barreira eficaz contra patógenos. Entre os agentes infecciosos mencionados, o tripanossomo (alternativa B) se destaca como resposta correta, pois representa um protozoário conhecido por sua transmissão hematogênica, como no caso da doença de Chagas.

As demais opções - esquistossomo, áscaris, tênia e ameba - referem-se a parasitos cuja principal via de transmissão não ocorre prioritariamente pelo sangue, mas sim por ingestão de água ou alimentos contaminados ou através de vetores específicos. Essa distinção reforça a necessidade de conhecimento epidemiológico por parte dos profissionais forenses para adequada avaliação de riscos.

A especificidade parasitária refere-se à capacidade de um parasita de se adaptar a diferentes hospedeiros, influenciando sua distribuição geográfica. Essa característica é fundamental para entender a relação parasita-hospedeiro e sua dinâmica ecológica.

No contexto apresentado, a alternativa correta é a A), que define um parasita como eurixeno quando ele é capaz de infectar um grande número de espécies de hospedeiros de forma natural. Essa ampla adaptação permite que o parasita tenha maior dispersão, aumentando suas chances de sobrevivência e transmissão.

Por outro lado, os termos estenoxeno (alternativa B) e heteroxeno (alternativa D) não se aplicam ao cenário descrito. Um parasita estenoxeno possui alta especificidade, infectando poucos hospedeiros, enquanto um heteroxeno requer múltiplos hospedeiros para completar seu ciclo de vida. A alternativa C está incorreta por inverter a definição de eurixeno.

Portanto, a compreensão da especificidade parasitária é essencial para estudos epidemiológicos e ecológicos, destacando a importância da relação entre a diversidade de hospedeiros e a evolução dos parasitas.

O Reino Protista abriga uma diversidade de organismos unicelulares, cada um com características morfológicas e fisiológicas distintas. A análise das descrições apresentadas permite associá-las aos grupos corretos, conforme o gabarito indicado (alternativa B).

A primeira descrição refere-se às euglenófitas, organismos que possuem flagelos localizados em um reservatório no polo anterior da célula. Esses seres apresentam mobilidade e, em muitos casos, realizam fotossíntese, embora também possam absorver nutrientes do meio em condições desfavoráveis.

A segunda descrição corresponde às bacilariófitas, mais conhecidas como diatomáceas. Esses microrganismos são reconhecidos por sua carapaça de sílica, que forma estruturas complexas e belas. Sua reprodução assexuada ocorre principalmente por cissiparidade, um processo de divisão celular simples.

Por fim, a terceira descrição caracteriza as pirrófitas, ou dinoflagelados, organismos geralmente marinhos dotados de dois flagelos. Algumas espécies desse grupo são responsáveis pelo fenômeno da bioluminescência, emitindo luz em águas escuras, enquanto outras podem causar marés vermelhas devido à proliferação excessiva.

Portanto, a associação correta é: euglenófitas (I), bacilariófitas (II) e pirrófitas (III), confirmando a alternativa B como a resposta adequada.

O fenômeno parasitário é um exemplo fascinante de coevolução, no qual os parasitas desenvolveram adaptações específicas para explorar seus hospedeiros de forma eficiente. Entre as alternativas apresentadas, a correta é a B), que destaca o desenvolvimento de órgãos de fixação, como ventosas e lábios, em helmintos parasitas. Essas estruturas são cruciais para sua sobrevivência, permitindo que se mantenham firmemente presos aos tecidos do hospedeiro, evitando sua expulsão e garantindo acesso a nutrientes.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou imprecisas sobre as adaptações parasitárias. Por exemplo, a alternativa A) menciona um sistema digestivo hipertrofiado em cestódeos, o que é um equívoco, já que esses parasitas não possuem trato digestivo, absorvendo nutrientes diretamente através do tegumento. A alternativa C) sugere que a resistência aos sucos digestivos se deve a um tegumento queratinizado, quando, na realidade, a proteção é proporcionada por uma cutícula resistente e mecanismos bioquímicos. Já a alternativa D) afirma que os parasitas têm baixa capacidade reprodutiva, o que contradiz a estratégia comum de produzir um grande número de ovos ou larvas para aumentar as chances de infecção. Por fim, a alternativa E) descreve uma relação incomum, já que parasitas geralmente evoluem para evitar matar rapidamente seus hospedeiros, garantindo sua própria sobrevivência a longo prazo.

Portanto, a resposta correta é B), pois reflete uma adaptação real e essencial dos helmintos parasitas, que utilizam ventosas e outras estruturas de fixação para se manterem no hospedeiro, otimizando sua capacidade de infecção e perpetuação.

Um parasito heteroxênico é aquele que

• A) parasita espécies de vertebrados muito diferentes.
• B) vive fora de seu habitat normal.
• C) possui hospedeiro intermediário e definitivo.
• D) apresenta alternância de gerações.
• E) é incapaz de viver fora do hospedeiro.

O gabarito correto é C).

O parasitismo é uma relação ecológica desarmônica que ocorre entre espécies diferentes, na qual uma delas, o parasita, se beneficia às custas da outra, o hospedeiro. Essa interação é marcada pela dependência do parasita em relação ao hospedeiro, que fornece recursos essenciais para sua sobrevivência e reprodução.

No contexto apresentado, a alternativa correta é a B), pois descreve adequadamente a dinâmica do parasitismo. Nessa relação, o hospedeiro é prejudicado pelo parasita, que pode consumir seus nutrientes, causar danos teciduais ou transmitir doenças. No entanto, na maioria dos casos, o parasita não leva o hospedeiro à morte imediata, pois sua própria sobrevivência depende da manutenção do hospedeiro vivo por um período prolongado.

As outras alternativas apresentam equívocos conceituais. A alternativa A) está incorreta, pois o hospedeiro não é beneficiado pelo parasita. A alternativa C) confunde parasitismo com comensalismo, uma relação neutra. Já a alternativa D) descreve um cenário extremo, mais característico de parasitoides ou infecções graves, não sendo a regra no parasitismo. Por fim, a alternativa E) equivoca-se ao associar parasitismo com predação, relação em que um organismo mata e consome outro integralmente.

Portanto, o parasitismo é uma relação complexa, na qual o parasita explora o hospedeiro de forma a garantir sua própria sobrevivência, causando prejuízos, mas geralmente sem provocar a morte imediata do hospedeiro.

Entre os protozoários causadores de doenças, o gênero Plasmodium se destaca por sua associação com a malária, uma enfermidade que ainda hoje representa um grave problema de saúde pública em diversas regiões do mundo. A transmissão ocorre através da picada de mosquitos fêmeas do gênero Anopheles, que atuam como vetores. Dos quatro principais tipos de Plasmodium responsáveis pela malária em humanos, a espécie Plasmodium falciparum (alternativa D) é reconhecida como a mais perigosa, sendo responsável pelos casos mais severos da doença e pela maioria das mortes relacionadas. Sua virulência está associada a complicações como a malária cerebral e insuficiência de órgãos, o que justifica sua classificação como a forma mais grave entre as espécies listadas.

Como se denomina a forma ativa, móvel, de nutrição dos protozoários?

• A) cisto
• B) larva
• C) gameta
• D) trofozoíto

O gabarito correto é D) trofozoíto.

Leia o trecho abaixo.

Os vermicidas comuns no mercado agem sobre uma ampla gama de parasitoses como: Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Giardia intestinalis, Enterobius (Oxyurus) vermiculares, Ascaris lumbricoides, Ancilostomíase, Taenia sp.

Sobre o texto são feitas as afirmativas a seguir.

I - Nas parasitoses mencionadas, o método de prevenção é praticar hábitos de higiene pessoal e ambiental.

II - Todos os parasitas mencionados podem ser classificados como pertencentes ao Reino Animal.

III - Entre os parasitas são encontrados representantes dos protozoários, nematelmintos e platelmintes.

IV - Entre os parasitas, dois pertencem ao mesmo gênero.

V - As parasitoses podem ser combatidas através de campanhas de vacinação.

Assinale a opção correta.

• A) As afirmativas I, II, III, IV e V são verdadeiras.
• B) Apenas as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras.
• C) Apenas as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
• D) Apenas as afirmativas III, IV, e V são verdadeiras.
• E) Apenas as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.

O gabarito correto é E).

Pesquisas realizadas na PUC-MG com o cogumelo do sol (Agaricus blazei) apontam para possíveis avanços no tratamento de duas doenças tropicais negligenciadas: a leishmaniose e a malária. Os estudos indicam que substâncias extraídas desse fungo podem reduzir a infecção e até eliminar o parasita causador da leishmaniose, enquanto no caso da malária, o composto desenvolvido mostrou eficácia em prevenir a evolução para formas graves da doença, protegendo especificamente o tecido cerebral.

Ambas as enfermidades são causadas por protozoários, mas possuem particularidades em seus ciclos de transmissão. A malária é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada pelo parasita do gênero Plasmodium. Já a leishmaniose tem como vetor o mosquito-palha (ou flebotomíneo), que carrega os protozoários do gênero Leishmania. Essa distinção é crucial para compreender a epidemiologia das doenças e desenvolver estratégias de prevenção adequadas.

A alternativa correta sobre as características dessas doenças é a letra C, que corretamente identifica os agentes causadores como protozoários e especifica seus respectivos vetores: o mosquito Anopheles para a malária e o mosquito-palha para a leishmaniose. Essa informação reforça a importância de pesquisas como as desenvolvidas na PUC-MG, que buscam novas abordagens terapêuticas para combater patologias que ainda representam desafios para a saúde pública em regiões tropicais.