Dados compilados por Jeremy Jackson, do Instituto Scripps de Oceanografia (EUA), mostram que o declínio de 90% dos indivíduos de 11 espécies de tubarões do Atlântico Norte, causado pelo excesso de pesca, fez com que a população de uma arraia, normalmente devorada por eles, explodisse para 40 milhões de indivíduos. Doce vingança: essa horda de arraias é capaz de devorar 840 mil toneladas de moluscos por ano, o que provavelmente explica o colapso da antes lucrativa pesca de mariscos na Baía de Chesapeake (EUA). LOPES, R. J. Nós, o asteroide. Revista Unesp Ciência, abr. 2010. Disponível em: https://issuu.com. Acesso em: 9 maio 2017 (adaptado). Qual das figuras representa a variação do tamanho populacional de tubarões, arraias e moluscos no Atlântico Norte, a partir do momento em que a pesca de tubarões foi iniciada (tempo zero)?
Dados compilados por Jeremy Jackson, do Instituto Scripps de Oceanografia (EUA), mostram que o declínio
de 90% dos indivíduos de 11 espécies de tubarões do Atlântico Norte, causado pelo excesso de pesca, fez com
que a população de uma arraia, normalmente devorada por eles, explodisse para 40 milhões de indivíduos.
Doce vingança: essa horda de arraias é capaz de devorar 840 mil toneladas de moluscos por ano, o que provavelmente
explica o colapso da antes lucrativa pesca de mariscos na Baía de Chesapeake (EUA).
LOPES, R. J. Nós, o asteroide. Revista Unesp Ciência, abr. 2010. Disponível em: https://issuu.com. Acesso em: 9 maio 2017 (adaptado).
Qual das figuras representa a variação do tamanho populacional de tubarões, arraias e moluscos no Atlântico Norte,
a partir do momento em que a pesca de tubarões foi iniciada (tempo zero)?
- E)
Resposta:
A alternativa correta é C)
O texto apresentado descreve um claro exemplo de desequilíbrio ecológico causado pela ação humana, especificamente pela pesca excessiva de tubarões no Atlântico Norte. Segundo os dados compilados por Jeremy Jackson, do Instituto Scripps de Oceanografia, a redução de 90% das populações de 11 espécies de tubarões levou a uma explosão populacional de arraias, que são suas presas naturais. Essa situação ilustra perfeitamente as consequências em cadeia que a interferência humana pode causar em ecossistemas marinhos.
A relação entre as três espécies mencionadas (tubarões, arraias e moluscos) forma uma cadeia alimentar clássica, onde os tubarões atuam como predadores de topo, controlando a população de arraias, que por sua vez se alimentam de moluscos. Com a drástica redução dos tubarões, as arraias proliferaram descontroladamente, consumindo quantidades massivas de moluscos - estima-se que 840 mil toneladas por ano. Esse consumo excessivo levou ao colapso da pesca de mariscos na Baía de Chesapeake, demonstrando como o impacto inicial na população de tubarões reverberou por todo o ecossistema.
A representação gráfica correta dessa dinâmica populacional (alternativa C) deve mostrar: inicialmente, uma queda acentuada na população de tubarões a partir do tempo zero (início da pesca); em seguida, um aumento exponencial na população de arraias, que ocorre com certo atraso temporal em relação ao declínio dos tubarões; e finalmente, uma queda significativa na população de moluscos, que acontece após o crescimento descontrolado das arraias. Essa sequência de eventos ilustra claramente as relações tróficas entre as espécies e como a perturbação em um nível afeta todos os outros níveis da cadeia alimentar.
Este caso serve como um alerta sobre a importância da manutenção dos predadores de topo nos ecossistemas e como sua remoção pode desencadear efeitos imprevisíveis e muitas vezes devastadores para o equilíbrio ecológico e até mesmo para atividades econômicas humanas que dependem desses ecossistemas.
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