Questões Sobre Relações ecológicas - Biologia - concurso

A relação simbiótica entre fungos e algas que forma os liquens é um exemplo clássico de mutualismo, representando uma interação biológica onde ambas as espécies envolvidas se beneficiam. Nessa associação, as algas, por meio da fotossíntese, produzem compostos orgânicos que servem como fonte de energia para os fungos. Em contrapartida, os fungos fornecem um ambiente protegido e úmido para as algas, além de facilitar a absorção de água e nutrientes minerais.

Essa interdependência é tão profunda que os liquens são considerados organismos distintos de seus componentes individuais, exibindo características morfológicas e fisiológicas únicas. O mutualismo observado nos liquens garante a sobrevivência desses organismos em ambientes extremos, como desertos e regiões polares, onde fungos e algas isolados teriam dificuldade para prosperar.

Portanto, a alternativa correta que classifica essa relação é a letra C) Mutualismo, pois descreve com precisão a natureza benéfica e recíproca da associação entre fungos e algas nos liquens.

A relação ecológica em que um organismo mata e devora outro para se alimentar é conhecida como predatismo. Esse tipo de interação é fundamental nas cadeias alimentares, onde os consumidores primários servem de alimento para os secundários, que por sua vez são consumidos pelos terciários, mantendo o fluxo de energia nos ecossistemas.

Entre as alternativas apresentadas, o predatismo (opção A) é a única que descreve corretamente essa dinâmica. O mutualismo (B) refere-se a uma relação benéfica para ambas as espécies, o comensalismo (C) beneficia apenas uma parte sem prejudicar a outra, o parasitismo (D) envolve um organismo que se beneficia às custas de outro, e a competição (E) ocorre quando organismos disputam os mesmos recursos.

Portanto, a resposta correta é de fato a alternativa A) predatismo, pois essa relação representa claramente a interação descrita no enunciado, onde um ser vivo serve de alimento para outro em um processo essencial para o equilíbrio dos ecossistemas.

O texto apresentado descreve uma relação ecológica em que indivíduos de uma mesma espécie se organizam de forma cooperativa, assumindo diferentes funções dentro do grupo, com adaptações morfológicas e fisiológicas específicas para cada papel. Essa dinâmica é característica de sociedades organizadas, como as encontradas em insetos eusociais, onde há uma divisão de trabalho clara entre os membros.

Analisando as alternativas:

A) Colônias de bactérias – Embora bactérias possam viver em grupos, elas não apresentam divisão de trabalho ou especialização morfológica entre indivíduos. Sua associação é mais simples, baseada em benefícios como proteção ou acesso a nutrientes, mas sem a complexidade descrita no texto.

B) Uma alcateia – Lobos em alcateias possuem hierarquia social, mas não há diferenças morfofisiológicas entre os membros. A organização é comportamental, não envolvendo especializações corporais distintas para funções específicas.

C) Um bando de micos – Micos podem viver em grupos com interações sociais, mas, assim como os lobos, não apresentam adaptações físicas distintas relacionadas a funções específicas dentro do grupo. A cooperação existe, mas não no nível descrito no texto.

D) Um vespeiro – Esta é a alternativa correta. Em um vespeiro, assim como em outras sociedades de insetos (como formigas e abelhas), há uma divisão de trabalho rígida, com indivíduos especializados em reprodução (rainhas), defesa (soldados) e coleta de alimentos (operárias). Esses grupos apresentam diferenças morfológicas e fisiológicas adaptadas às suas funções, caracterizando perfeitamente a relação ecológica descrita.

Portanto, o exemplo mais adequado é o vespeiro, onde a organização social e as adaptações específicas dos indivíduos refletem a definição apresentada.

As relações interespecíficas na natureza são fundamentais para entender como diferentes espécies interagem e influenciam umas às outras. Entre as opções apresentadas, apenas uma delas necessariamente causa prejuízo a uma das espécies envolvidas, enquanto as demais podem ser neutras ou benéficas.

O mutualismo (alternativa A) é uma relação em que ambas as espécies se beneficiam, como no caso de abelhas e flores, onde as abelhas obtêm néctar e as flores são polinizadas. Já o comensalismo (alternativa B) ocorre quando uma espécie se beneficia sem prejudicar a outra, como os pássaros que constroem ninhos em árvores sem causar danos significativos. A simbiose (alternativa C) é um termo amplo que pode incluir relações mutualistas, mas nem sempre implica em benefício mútuo obrigatório.

Por fim, o amensalismo (alternativa D) é a única relação em que uma espécie é prejudicada, enquanto a outra não é afetada. Um exemplo clássico é o de certas plantas que liberam substâncias químicas no solo, inibindo o crescimento de outras espécies ao seu redor. Portanto, a alternativa correta é realmente a D), pois apenas o amensalismo garante prejuízo para uma das partes envolvidas.

O estudo sobre as relações ecológicas envolvendo o falcão e outras espécies em seu ambiente revela interações interespecíficas complexas. Analisando os pares mencionados, podemos identificar os tipos de relações ecológicas presentes:

I – Carrapato e piolho-de-ave: Ambos são ectoparasitas que utilizam o falcão como hospedeiro, competindo pelo mesmo recurso (o corpo da ave). Essa disputa caracteriza uma competição interespecífica, pois envolve espécies diferentes buscando o mesmo nicho ecológico.

II – Pulga e rato: A pulga se alimenta do sangue do rato, prejudicando-o sem matá-lo imediatamente. Essa relação é claramente um parasitismo, onde uma espécie se beneficia às custas da outra.

Portanto, a alternativa correta é A) competição interespecífica e parasitismo, que descreve adequadamente as relações observadas entre os organismos mencionados no estudo.

A Acacia drepanolobium e suas interações ecológicas com formigas e grandes mamíferos herbívoros ilustram um complexo sistema de relações mutualísticas e adaptações evolutivas. O texto descreve como a poda realizada por esses mamíferos induz a produção de domáceas e nectários extraflorais na árvore, recursos que atraem a formiga Crematogaster mimosae, que, em troca, defende a planta contra insetos herbívoros. Esse cenário configura uma relação de protocooperação entre a A. drepanolobium e os grandes mamíferos, pois ambos se beneficiam: a árvore ganha proteção indireta contra herbívoros menores, enquanto os mamíferos obtêm alimento.

Em regiões onde a caça reduziu a população de grandes herbívoros, a dinâmica muda. A diminuição da poda leva à redução de recursos para C. mimosae, permitindo que C. sjostedti se torne dominante. No entanto, essa espécie não estabelece uma relação mutualística direta com a árvore, pois não habita as domáceas nem oferece proteção equivalente. Além disso, o crescimento e a sobrevivência da A. drepanolobium são menores nesses locais, evidenciando a importância da interação com os mamíferos.

Entre as alternativas apresentadas, a única correta é a C), que identifica a relação entre a A. drepanolobium e os grandes mamíferos como protocooperação. As outras opções estão incorretas: a poda não favorece ambas as formigas igualmente (A), a relação entre C. mimosae e insetos herbívoros não é a única desarmônica (B), a associação entre a árvore e C. mimosae é mutualística, não comensal (D), e não há evidências de mutualismo entre C. sjostedti e larvas de besouros (E).

Os ruminantes e suas bactérias digestivas: um exemplo clássico de mutualismo

A relação entre ruminantes e as bactérias que habitam seu sistema digestivo representa um dos melhores exemplos de mutualismo na natureza. Nessa interação ecológica, ambos os organismos obtêm benefícios essenciais para sua sobrevivência, caracterizando uma relação de dependência mútua.

O processo digestivo dos ruminantes é fascinante. Ao se alimentarem de capim e outras plantas, esses animais ingerem grandes quantidades de celulose, um composto que seu próprio organismo não consegue digerir. É aí que entram as bactérias especializadas que habitam a pança (primeiro estômago dos ruminantes). Esses microrganismos possuem enzimas capazes de quebrar as complexas moléculas de celulose em compostos mais simples que podem ser absorvidos pelo animal.

Por outro lado, as bactérias encontram na pança do ruminante um ambiente ideal para seu desenvolvimento: temperatura constante, pH adequado e suprimento regular de alimento. Essa relação perfeitamente equilibrada beneficia ambos:

• O ruminante obtém nutrientes que não conseguiria produzir sozinho
• As bactérias têm um habitat protegido com alimento abundante

Entre as alternativas apresentadas, o mutualismo (opção A) é a única que descreve corretamente essa relação simbiótica onde ambas as espécies se beneficiam. As outras opções não se aplicam:

• Canibalismo (B) envolve consumo da mesma espécie
• Inquilinismo (C) seria quando um organismo usa outro como moradia sem prejudicá-lo
• Epifitismo (D) refere-se a plantas que crescem sobre outras
• Parasitismo (E) envolve benefício de um em detrimento do outro

Portanto, a resposta correta é de fato a alternativa A) mutualismo, que exemplifica perfeitamente essa relação de cooperação essencial para a sobrevivência tanto dos ruminantes quanto das bactérias que abrigam.

As relações ecológicas harmônicas entre indivíduos de espécies diferentes são interações que beneficiam pelo menos um dos envolvidos sem causar prejuízo ao outro. No contexto da questão apresentada, a alternativa correta é a D), que inclui protocooperação, mutualismo e comensalismo.

Vamos analisar cada uma dessas relações:

• Protocooperação: Uma relação facultativa em que ambas as espécies se beneficiam, mas podem viver independentemente. Exemplo: o pássaro-palito e o crocodilo, onde o pássaro se alimenta de parasitas do crocodilo, que por sua vez tem sua higiene facilitada.
• Mutualismo: Uma relação obrigatória em que ambas as espécies dependem uma da outra para sobreviver. Exemplo: líquens, formados pela associação entre fungos e algas.
• Comensalismo: Uma relação em que uma espécie se beneficia sem prejudicar ou beneficiar a outra. Exemplo: a rêmora que se fixa ao tubarão para transporte, sem causar danos.

As outras alternativas apresentam relações que não se encaixam corretamente no contexto de interações harmônicas entre espécies diferentes. Por exemplo, colônia e sociedade referem-se a relações entre indivíduos da mesma espécie, enquanto competição é uma relação desarmônica.

Portanto, a alternativa D) é a única que lista exclusivamente relações ecológicas harmônicas interespecíficas, confirmando sua correção como gabarito.

A Cecropia pachystachya, conhecida como embaúba-vermelha, é um exemplo fascinante de mutualismo entre plantas e formigas. Essa relação ecológica, denominada mirmecofilia, envolve benefícios recíprocos entre a planta e as formigas do gênero Azteca. A embaúba oferece abrigo nos entrenós e alimento por meio de corpúsculos müllerianos, ricos em nutrientes, enquanto as formigas protegem a planta contra herbívoros.

Analisando as afirmativas apresentadas, verifica-se que a opção correta é a D), que considera verdadeiras apenas as afirmativas II e III. A afirmativa I está incorreta porque, embora exista um equilíbrio de custo-benefício, a planta não tem um "gasto energético direto" na manutenção da colônia de formigas, já que os recursos oferecidos (abrigo e corpúsculos) são produzidos independentemente da presença delas. A afirmativa II está correta, pois as formigas Azteca respondem ativamente a compostos voláteis liberados por folhas danificadas, defendendo a planta. Já a afirmativa III também está correta, uma vez que a presença das formigas não impõe um custo energético adicional significativo à planta, já que os entrenós e os corpúsculos müllerianos são estruturas naturais da espécie.

Portanto, a interação entre a embaúba-vermelha e as formigas Azteca é um caso de mutualismo facultativo, em que ambos se beneficiam sem que a planta precise despender energia extra para sustentar a relação. Esse equilíbrio ecológico ilustra a complexidade e a eficiência das estratégias evolutivas no reino vegetal e animal.

A interação entre espécies desempenha um papel fundamental na manutenção dos ecossistemas, sendo o mutualismo uma das relações mais significativas, na qual ambos os organismos envolvidos se beneficiam. Analisando as afirmativas apresentadas, todas exemplificam associações mutualísticas essenciais para a sobrevivência e equilíbrio ecológico.

A afirmativa I descreve a simbiose entre leguminosas e bactérias fixadoras de nitrogênio, como os rizóbios. Essa relação é crucial, pois as bactérias convertem nitrogênio atmosférico em formas assimiláveis pelas plantas, como amônia, enquanto recebem nutrientes e abrigo. Esse processo enriquece o solo e beneficia não apenas as leguminosas, mas também outras plantas no ecossistema.

A afirmativa II aborda as micorrizas, associações entre fungos e raízes de plantas. Os fungos ampliam a capacidade de absorção de água e nutrientes pelas plantas, especialmente em solos pobres, enquanto recebem carboidratos produzidos pela fotossíntese. Essa relação é predominante em ecossistemas tropicais e vital para a maioria das espécies vegetais, incluindo cultivos agrícolas.

Por fim, a afirmativa III menciona os liquens, resultantes da associação entre fungos e algas ou cianobactérias. Os fungos fornecem proteção e umidade, enquanto os parceiros fotossintetizantes produzem energia por meio da fotossíntese. Essa relação permite a colonização de ambientes inóspitos, como rochas e troncos de árvores.

Portanto, todas as afirmativas (I, II e III) exemplificam relações de mutualismo, nas quais ambas as espécies obtêm vantagens. A resposta correta é a alternativa E, que engloba os três exemplos citados.