Questões Sobre Relações ecológicas - Biologia - concurso

A relação ecológica entre as vespas da família Braconidae e os vírus Polydnavirus é um exemplo fascinante de interação biológica. O texto descreve como as vespas utilizam esses vírus para suprimir o sistema imunológico das lagartas, permitindo que suas larvas se desenvolvam dentro do hospedeiro. Essa dinâmica revela uma relação de dependência mútua, na qual ambos os organismos se beneficiam.

Os vírus Polydnavirus são produzidos exclusivamente no ovário das vespas fêmeas e são essenciais para o sucesso reprodutivo da espécie. Ao mesmo tempo, os vírus garantem sua própria disseminação, já que dependem das vespas para sua replicação e transmissão. Essa interdependência caracteriza uma relação de simbiose, mais especificamente um mutualismo, em que ambos os organismos obtêm vantagens.

Portanto, a alternativa correta é B) simbiose, pois descreve adequadamente a relação ecológica observada entre as vespas e os vírus. As outras opções não se aplicam: não há prejuízo unilateral (amensalismo), não se trata de predação (predatismo) e, embora haja um elemento de parasitismo das larvas em relação à lagarta, a relação entre vespa e vírus é simbiótica.

O texto descreve o ciclo de vida dos cupins e suas interações ecológicas, apresentando três relações distintas. A primeira delas é a sociedade, evidenciada pela organização hierárquica dos cupins em castas (reis, rainhas, soldados e operários), onde cada grupo desempenha funções específicas para a sobrevivência da colônia. Essa estrutura social é essencial para a manutenção da espécie.

A segunda relação identificada é o mutualismo, representado pela simbiose entre os cupins operários e os protozoários intestinais. Esses microrganismos são fundamentais para a digestão da celulose, transformando-a em glicose e permitindo que os cupins obtenham energia. Ambos se beneficiam: os protozoários têm um ambiente estável para viver, enquanto os cupins ganham capacidade de processar seu alimento principal.

Por fim, o texto menciona o parasitismo, quando os cupins se alimentam da madeira de árvores, móveis e estruturas humanas, causando danos materiais. Nessa relação, os cupins se beneficiam enquanto os seres humanos ou as plantas sofrem prejuízos, caracterizando uma interação desequilibrada.

Portanto, a sequência correta das relações ecológicas presentes no texto é sociedade, mutualismo e parasitismo, correspondente à alternativa A.

A relação entre organismos que vivem em estreita associação, conhecida como simbiose, abrange diversas formas de interação, desde mutualismo até parasitismo. Essas relações são fundamentais para a compreensão da ecologia e da evolução das espécies, pois influenciam diretamente sua sobrevivência e adaptação.

A afirmativa I está correta, pois o parasitismo de fato envolve uma dependência metabólica do parasita em relação ao hospedeiro, variando em grau de acordo com a espécie. Já a afirmativa II está incorreta, pois nem todos os parasitas mantêm uma associação permanente com seus hospedeiros—alguns são temporários, como pulgas e carrapatos. Por fim, a afirmativa III descreve corretamente o comensalismo, uma relação em que uma espécie se beneficia sem prejudicar ou ajudar a outra.

Portanto, apenas as afirmativas I e III estão corretas, tornando a alternativa D a resposta adequada. Esse tipo de análise reforça a importância de entender as nuances das interações ecológicas para interpretar corretamente as dinâmicas entre os seres vivos.

A relação entre organismos que vivem em estreita associação, em contraste com os organismos de vida livre, pode ser caracterizada pela natureza das interações entre os participantes. Essas interações variam desde relações benéficas para ambos os envolvidos até aquelas em que apenas um se beneficia, enquanto o outro é prejudicado ou não é afetado.

Analisando as afirmativas apresentadas:

I. O parasitismo é o tipo de relação no qual um dos participantes, o parasita, apresenta uma dependência metabólica de grau variável.
Esta afirmativa está correta. No parasitismo, o parasita depende do hospedeiro para obter nutrientes e, em muitos casos, para completar seu ciclo de vida. A dependência metabólica pode variar de acordo com a espécie e o tipo de parasitismo.

II. Toda espécie parasita apresenta uma associação permanente com o seu hospedeiro.
Esta afirmativa está incorreta. Nem todos os parasitas têm uma associação permanente com o hospedeiro. Alguns, como os parasitas temporários (por exemplo, mosquitos hematófagos), apenas interagem com o hospedeiro por um curto período para se alimentar.

III. Uma espécie comensal se beneficia da associação com seu hospedeiro, sem causar a este prejuízo ou benefício.
Esta afirmativa está correta. No comensalismo, um organismo se beneficia (como no caso de epífitas que usam árvores como suporte) sem prejudicar ou ajudar o hospedeiro.

Portanto, apenas as afirmativas I e III estão corretas, correspondendo à alternativa D).

A ecologia, como ramo da Biologia, dedica-se ao estudo das interações entre os seres vivos e destes com o ambiente que os cerca. Compreender os conceitos ecológicos fundamentais é essencial para analisar a dinâmica dos ecossistemas. Entre as alternativas apresentadas, a única correta é a B), que afirma que os organismos autótrofos são considerados produtores nos ecossistemas, pois a maioria realiza fotossíntese.

Os autótrofos, como plantas, algas e algumas bactérias, são a base das cadeias alimentares, convertendo energia solar em matéria orgânica através da fotossíntese ou quimiossíntese. Essa capacidade os torna indispensáveis para a sustentação da vida nos ecossistemas. As demais alternativas apresentam equívocos conceituais:

• A) Incorreta: Componentes abióticos referem-se a fatores não vivos, como água, solo e clima, e não à matéria orgânica morta.
• C) Incorreta: Relações de competição são desarmônicas, pois envolvem disputa por recursos, podendo prejudicar uma ou ambas as espécies envolvidas.
• D) Incorreta: Uma comunidade ecológica é formada por populações de diferentes espécies que coexistem em um mesmo ecossistema, não por indivíduos de uma única espécie.
• E) Incorreta: Fatores abióticos, como temperatura e disponibilidade de água, influenciam diretamente a sobrevivência e distribuição dos seres vivos.

Portanto, a alternativa B) é a única que apresenta uma afirmação correta sobre os princípios ecológicos, destacando o papel fundamental dos produtores na manutenção dos ecossistemas.

Com base nas noções básicas de parasitismo, o item apresentado está incorreto. A definição fornecida descreve uma relação simbiótica de forma geral, mas não especifica corretamente o parasitismo.

O parasitismo é uma relação ecológica interespecífica em que uma espécie (o parasita) se beneficia às custas da outra (o hospedeiro), causando-lhe prejuízos. Além disso, caracteriza-se pela dependência metabólica do parasita em relação ao hospedeiro, o que contradiz a afirmação de "independência orgânica e metabólica" presente no enunciado.

Portanto, a alternativa correta é E) ERRADO, pois a descrição não corresponde às características essenciais do parasitismo.

No estudo da parasitologia, é fundamental compreender os diferentes tipos de ciclos de vida dos parasitos e suas relações com os hospedeiros. O item em questão aborda um conceito importante: os parasitos heteróxenos, que necessitam de dois ou mais hospedeiros para completar seu ciclo de vida. No entanto, há um erro na definição apresentada, pois o hospedeiro que alberga a fase adulta do parasito não é denominado "hospedeiro intermediário", mas sim "hospedeiro definitivo".

O hospedeiro intermediário, por sua vez, é aquele que abriga as formas larvais ou imaturas do parasito. Essa distinção é crucial para a classificação correta dos hospedeiros e para o entendimento da dinâmica de transmissão das doenças parasitárias. Portanto, o item está incorreto ao afirmar que o hospedeiro da fase adulta é o intermediário, o que justifica a alternativa E) ERRADO como resposta correta.

Esses conceitos são essenciais não apenas para a parasitologia básica, mas também para a epidemiologia e o controle de doenças, pois auxiliam no desenvolvimento de estratégias para interromper o ciclo de vida dos parasitos e prevenir infecções.

A relação entre solo, organismos e plantas é fundamental para a saúde dos ecossistemas terrestres. Dentre os diversos microrganismos presentes no solo, os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) desempenham um papel crucial ao estabelecer uma simbiose mutualista com a maioria das espécies vegetais.

Essa associação, conhecida como micorriza, beneficia tanto o fungo quanto a planta hospedeira. Os FMAs ampliam a capacidade de absorção de nutrientes e água pelas raízes, especialmente em solos pobres, enquanto recebem carboidratos produzidos pela planta por meio da fotossíntese. Além disso, essa interação aumenta a resistência das plantas a estresses bióticos, como patógenos, e abióticos, como seca ou salinidade.

Portanto, a afirmação de que as micorrizas formam associações simbióticas com a maioria das plantas, tornando-as mais tolerantes a estresses bióticos e abióticos, está correta. O gabarito C) CERTO é, de fato, a resposta adequada para o item avaliado.

O texto apresenta um cenário ecológico no qual diferentes interações biológicas ocorrem entre espécies. Um gavião, portador de piolhos e carrapatos em suas penas, captura um rato infestado por pulgas. Para responder à questão, é necessário analisar cada relação descrita e identificar corretamente os tipos de interação envolvidos.

Primeiramente, a relação entre piolhos e carrapatos no gavião é de competição, pois ambas as espécies são parasitas que disputam os mesmos recursos oferecidos pelo hospedeiro, no caso, o sangue e o ambiente proporcionado pela plumagem do gavião.

Em segundo lugar, a relação entre o rato e as pulgas é de parasitismo, uma vez que as pulgas se alimentam do sangue do rato, causando-lhe prejuízos sem necessariamente levá-lo à morte imediata. Essa é uma relação desarmônica típica, em que uma espécie se beneficia à custa da outra.

Por fim, a relação entre o gavião e o rato é de predatismo, já que o gavião caça e mata o rato para se alimentar. Essa interação também é desarmônica, mas difere do parasitismo por envolver a morte imediata da presa.

Portanto, a sequência correta das relações é: competição, parasitismo e predatismo, correspondendo à alternativa B).

O texto descreve uma interação ecológica comum no ambiente rural, envolvendo vacas leiteiras, anus brancos, carrapatos, lagartos e gafanhotos. A partir dessa dinâmica, podemos identificar conceitos fundamentais da Ecologia, como relações ecológicas e níveis tróficos.

A alternativa correta é a B), pois:

• O carrapato parasita as vacas, caracterizando uma relação de parasitismo.
• O anu branco remove os carrapatos das vacas, beneficiando ambos (o pássaro obtém alimento e as vacas são aliviadas dos parasitas), configurando uma protocooperação ou mutualismo não obrigatório.

As demais alternativas estão incorretas porque:

• A) O anu branco ocupa o terceiro nível trófico em ambas as cadeias (capim → vaca → carrapato → anu branco; capim → gafanhoto → lagarto → anu branco).
• C) Um predador de topo pode ocupar diferentes níveis tróficos em teias alimentares distintas.
• D) O gafanhoto e o capim têm uma relação de herbivoria, enquanto carrapatos e vacas têm uma relação de parasitismo.
• E) As cadeias podem ser conectadas em uma teia alimentar, pois compartilham espécies em comum (como o anu branco).

Portanto, a alternativa B) é a única que apresenta corretamente os conceitos ecológicos descritos no texto.