Questões Sobre Sistema Endócrino Humano - Biologia - concurso

O sistema endócrino é um complexo conjunto de glândulas que desempenham funções vitais no organismo humano, sendo a hipófise, também conhecida como glândula pituitária, a principal reguladora desse sistema. Por sua capacidade de controlar outras glândulas endócrinas, a hipófise é frequentemente chamada de "glândula mestra". Este ensaio analisa as afirmações apresentadas sobre a hipófise e seus hormônios, destacando a importância de cada um deles no funcionamento do corpo humano.

A primeira afirmação trata da ocitocina, um hormônio produzido pela neuro-hipófise. Embora a ocitocina realmente estimule as contrações uterinas durante o parto e auxilie na amamentação, a afirmação está incorreta porque o hormônio não é produzido pela neuro-hipófise, mas sim pelo hipotálamo, sendo apenas armazenado e liberado pela neuro-hipófise. Portanto, essa afirmação é falsa (F).

A segunda afirmação refere-se ao hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), produzido pela adeno-hipófise. Esse hormônio de fato estimula o córtex das glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins, a produzir cortisol e outros hormônios essenciais para o metabolismo e resposta ao estresse. Assim, essa afirmação é verdadeira (V).

A terceira afirmação discorre sobre o hormônio antidiurético (ADH), que atua nos rins promovendo a reabsorção de água e concentrando a urina. No entanto, assim como a ocitocina, o ADH é produzido pelo hipotálamo e apenas armazenado na neuro-hipófise, sendo incorreto afirmar que ele é produzido por essa região. Logo, essa afirmação também é falsa (F).

A quarta afirmação aborda o hormônio do crescimento (GH ou somatotropina), que estimula o desenvolvimento dos tecidos e a divisão celular. Esse hormônio é de fato produzido pela adeno-hipófise e desempenha um papel crucial no crescimento corporal, tornando essa afirmação verdadeira (V).

Por fim, a quinta afirmação menciona o hormônio tireoestimulante (TSH), que regula a atividade da tireoide. O TSH é produzido pela adeno-hipófise e estimula a liberação dos hormônios tireoidianos, fundamentais para o controle do metabolismo. Portanto, essa afirmação também é verdadeira (V).

Diante dessas análises, a sequência correta das afirmações é F, V, F, V, V, correspondente à alternativa A). Esse exercício reforça a importância de compreender a origem e a função dos hormônios hipofisários, bem como sua relação com outras glândulas do sistema endócrino.

As ilhotas de Langerhans são micro-órgãos endócrinos localizados:

• A) no pâncreas.
• B) no fígado.
• C) no pulmão.
• D) no coração.
• E) no duodeno.

O gabarito correto é A).

A parótida é uma glândula acinosa composta, cuja porção secretora é formada exclusivamente por células serosas. Essa característica a diferencia de outras glândulas salivares, que podem apresentar uma mistura de células mucosas e serosas em sua estrutura secretora. A opção A) é, portanto, a correta, conforme indicado no gabarito.

As glândulas salivares desempenham um papel fundamental na digestão, umedecendo os alimentos e iniciando a quebra de carboidratos. A parótida, em particular, secreta uma saliva rica em enzimas como a amilase salivar, que atua especificamente na digestão do amido. Sua composição exclusivamente serosa garante uma secreção aquosa e enzimática, sem a presença do componente mucoso encontrado em outras glândulas.

Essa distinção histológica é importante não apenas para o estudo da fisiologia humana, mas também para a compreensão de patologias que afetam as glândulas salivares, como a parotidite (popularmente conhecida como caxumba) ou tumores que podem se desenvolver nessa região. O conhecimento detalhado da estrutura da parótida auxilia no diagnóstico e tratamento dessas condições.

O sistema endócrino desempenha um papel fundamental na regulação das funções corporais, e os hormônios são os mensageiros químicos que atuam nesse processo. A relação correta entre os hormônios apresentados e suas respectivas funções pode ser compreendida da seguinte forma:

1. Insulina (1) tem como principal função captar a glicose do sangue e transportá-la para dentro das células, reduzindo assim os níveis de glicose no sangue e promovendo seu armazenamento.

2. Prolactina (2) é o hormônio responsável por estimular a produção de leite nas glândulas mamárias, sendo essencial para a lactação em mulheres após o parto.

3. Cortisol (3) é um hormônio produzido pelas glândulas adrenais que atua no metabolismo, promovendo a produção de glicose a partir de gordura e proteína (gliconeogênese), especialmente em situações de estresse ou jejum prolongado.

4. Adrenalina (4), também conhecida como epinefrina, é liberada em situações de estresse agudo, preparando o corpo para uma resposta rápida. Entre seus efeitos estão a aceleração do batimento cardíaco e a liberação de glicose no sangue para fornecer energia imediata.

Portanto, a sequência correta que relaciona os hormônios às suas funções, de cima para baixo, é: 3, 2, 1, 4, correspondendo à alternativa B).

O uso de substâncias proibidas no esporte, como o doping, tem sido um tema recorrente em competições de alto nível, como evidenciado pelos casos envolvendo a delegação russa nos Jogos Olímpicos de 2016. Entre os métodos de detecção, a análise da urina dos atletas é fundamental para identificar a presença de compostos banidos, como a furosemida. Este medicamento atua no rim, inibindo a reabsorção de sódio e cloro na alça de Henle, o que interfere diretamente no processo de formação da urina.

Considerando a fisiologia renal, a furosemida é classificada como um diurético de alça, cujo principal efeito é aumentar a excreção de água e eletrólitos. Ao reduzir a reabsorção de sódio, ela eleva o volume urinário, promovendo uma maior diluição dos solutos presentes na urina. Esse mecanismo explica por que a substância é frequentemente utilizada para mascarar a presença de outros agentes dopantes: ao aumentar a produção de urina, a concentração dos medicamentos proibidos diminui, dificultando sua detecção nos testes antidoping.

Dentre as alternativas apresentadas, a opção C) é a única que descreve corretamente o efeito da furosemida. As demais incorrem em equívocos sobre seu mecanismo de ação, como sugerir que ela diminui a produção de urina (A), interfere na produção de amônia (B) ou aumenta a síntese de ureia (D). Portanto, a resposta correta é de fato a alternativa C), pois a furosemida age aumentando o volume urinário e, consequentemente, reduzindo a concentração de substâncias indesejáveis nas amostras analisadas.

A respeito dos hormônios que regulam nossa vida, é importante destacar que cada um desempenha um papel específico no organismo, influenciando emoções, comportamentos e funções fisiológicas. Entre as alternativas apresentadas, a incorreta é a C), que afirma que o principal hormônio responsável pela felicidade é a endorfina.

Na verdade, a felicidade e o bem-estar estão mais associados a outros hormônios, como a serotonina e a dopamina, que regulam o humor, a motivação e a sensação de prazer. A endorfina, por sua vez, tem um papel importante como analgésico natural, reduzindo a percepção da dor e promovendo uma leve euforia, conforme descrito corretamente na alternativa D).

As demais alternativas estão corretas:

• A) menciona os hormônios envolvidos no amor (serotonina, dopamina e ocitocina);
• B) relaciona a depressão a desequilíbrios na dopamina e serotonina;
• E) descreve formas de estimular a liberação de serotonina por meio de atividades prazerosas e memórias afetivas.

Portanto, a alternativa C) é a incorreta, pois simplifica erroneamente o papel da endorfina, que não é o principal hormônio da felicidade, mas sim um modulador importante da dor e do prazer momentâneo.

A inovação tecnológica no monitoramento da glicose, como o adesivo descrito no texto, representa um avanço significativo para pacientes diabéticos, eliminando a necessidade de agulhas e tornando o processo menos invasivo. Essa abordagem revolucionária utiliza sensores em miniatura para acessar os folículos pilosos e medir os níveis de glicose, facilitando o controle contínuo da doença.

Sobre o diabetes melito, é importante destacar que a alternativa INCORRETA é a letra D), que afirma que a doença é caracterizada por uma deficiência hepática na produção de insulina. Na realidade, o diabetes está relacionado principalmente a problemas no pâncreas, órgão responsável pela produção desse hormônio. A deficiência ou resistência à insulina é o que desencadeia os sintomas clássicos da doença, como sede excessiva, poliúria e perda de peso repentina.

As demais alternativas apresentam informações corretas sobre o diabetes: a presença de glicose na urina (glicosúria) é um sinal importante para diagnóstico (A); os sintomas incluem desidratação e alterações metabólicas (B); a perda de peso ocorre devido à utilização de reservas energéticas alternativas (C); e, embora não haja cura, o controle glicêmico é essencial para evitar complicações (E).

Atente ao que se diz a seguir sobre hormônios animais, e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

( V ) São mensageiros químicos produzidos em pequenas quantidades e distribuídos pelo sistema circulatório.

( F ) Controlam respostas fisiológicas a curto prazo, tais como secreção de enzimas digestivas e ciclo reprodutivo.

( F ) São sinais químicos produzidos por células de um organismo unicelular conhecidas como células endócrinas.

( V ) São usados para controlar ações a longo prazo, porque a secreção, a difusão e a circulação são mais lentas do que a transmissão.

A sequência correta, de cima para baixo, é: A) V, F, F, V.

O pâncreas é um órgão vital com dupla função no organismo humano, atuando tanto no sistema endócrino quanto no exócrino. Sua porção endócrina, representada pelas ilhotas pancreáticas, secreta hormônios como insulina e glucagon diretamente na corrente sanguínea, regulando principalmente os níveis de glicose no sangue. Já a porção exócrina produz suco pancreático, rico em enzimas digestivas que são liberadas no duodeno para auxiliar na digestão dos alimentos.

Analisando as alternativas sobre as funções pancreáticas:

A alternativa A está incorreta porque tanto a insulina quanto o glucagon (produtos endócrinos) estão envolvidos no controle da glicemia, atuando de forma antagônica.

A alternativa B é equivocada, pois o diabetes mellitus está relacionado à disfunção na produção de hormônios endócrinos (insulina), não tendo relação com os produtos da secreção exócrina.

A alternativa C também está errada, já que o suco pancreático contém bicarbonato que neutraliza a acidez do quimo estomacal, aumentando o pH em vez de reduzi-lo.

A alternativa D está correta, pois o pâncreas exócrino secreta enzimas como tripsina e quimotripsina que digerem proteínas da dieta, transformando-as em peptídeos menores e aminoácidos, essenciais para a nutrição do organismo.

Comparar as causas e sintomas do diabetes mellitus e do diabetes insipidus permite identificar tanto diferenças significativas quanto pontos em comum entre essas duas condições. Embora compartilhem o termo "diabetes", suas origens e manifestações são distintas, sendo essencial compreender essas particularidades para um diagnóstico e tratamento adequados.

O diabetes mellitus está diretamente relacionado a disfunções no metabolismo da glicose, seja pela produção insuficiente de insulina (tipo 1) ou pela resistência à sua ação (tipo 2). Isso resulta em hiperglicemia, ou seja, níveis elevados de glicose no sangue, o que pode levar a complicações como danos vasculares e renais. Já o diabetes insipidus está associado a problemas no hormônio antidiurético (ADH), seja pela sua produção inadequada (central) ou pela incapacidade dos rins de responder a ele (nefrogênico). Isso causa uma excreção excessiva de urina diluída, conhecida como poliúria, acompanhada de sede intensa.

Entre as opções apresentadas, a única semelhança válida entre os dois tipos de diabetes é a elevada excreção de urina (poliúria), alternativa D. Enquanto no diabetes insipidus isso ocorre devido à falta de ação do ADH, no diabetes mellitus a poliúria surge como consequência da hiperglicemia, que leva à perda de água pela osmose renal. As demais alternativas estão incorretas: a hiperglicemia (A) é exclusiva do diabetes mellitus, assim como a questão da insulina (C), enquanto a redução do ADH (B) só se aplica ao diabetes insipidus central.

Portanto, apesar de ambas as condições provocarem aumento na produção de urina, suas causas são completamente distintas, reforçando a importância de um diagnóstico preciso para evitar confusões e garantir o manejo terapêutico adequado.