Questões Sobre Sistema Endócrino Humano - Biologia - concurso

A insulina é um hormônio crucial para o metabolismo humano, produzido no pâncreas. Sua secreção ocorre de forma específica e regulada, sendo essencial para o controle dos níveis de glicose no sangue. Entre as opções apresentadas, a alternativa correta é a B), que indica que a insulina é secretada pelas células B (ou beta) das ilhotas de Langerhans diretamente na corrente sanguínea, em sua forma ativa.

As ilhotas de Langerhans são agrupamentos de células endócrinas no pâncreas, responsáveis pela produção de hormônios como a insulina, o glucagon e a somatostatina. A insulina, em particular, é sintetizada e liberada pelas células beta em resposta ao aumento da glicose no sangue, facilitando sua absorção pelas células e mantendo a homeostase energética do organismo.

As outras alternativas apresentam informações incorretas:

• A) As células F não existem nas ilhotas de Langerhans, e a insulina não atua diretamente na digestão intestinal.
• C) As células D produzem somatostatina, não insulina, e esta não é secretada em formas precursoras ativas para o fígado.
• D) As células A (ou alfa) secretam glucagon, um hormônio com função oposta à da insulina, e não estão envolvidas na produção de insulina.

Portanto, a resposta correta é B), pois apenas as células beta das ilhotas de Langerhans produzem e secretam insulina ativa diretamente no sangue, desempenhando um papel vital no metabolismo da glicose.

Os distúrbios por deficiência de iodo (DDI) representam um grave problema de saúde pública, com consequências significativas para o desenvolvimento humano e socioeconômico. A deficiência de iodo afeta principalmente a glândula tireoide, que depende desse elemento para a produção de hormônios essenciais ao metabolismo e ao crescimento. No Brasil, a adição de iodeto de potássio ao sal de cozinha é uma medida preventiva adotada para combater esses distúrbios, garantindo que a população tenha acesso a quantidades adequadas de iodo em sua alimentação.

A tireoide, localizada no pescoço, é a glândula diretamente impactada pela falta de iodo. Sem esse nutriente, ela não consegue sintetizar hormônios como a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), levando a condições como bócio (aumento anormal da glândula), hipotireoidismo e, em casos mais graves, cretinismo em crianças. Portanto, a alternativa correta para a pergunta apresentada é a B) Tireoide, já que a suplementação de iodo no sal visa especificamente proteger essa glândula e prevenir os distúrbios associados à sua deficiência.

A diabetes mellitus, frequentemente chamada de "doença invisível", é uma condição crônica que se desenvolve de forma silenciosa, muitas vezes sem apresentar sintomas perceptíveis em seus estágios iniciais. O problema central dessa doença está relacionado ao metabolismo da glicose no organismo, especificamente devido a alterações na produção ou ação da insulina, hormônio fundamental para o controle dos níveis de açúcar no sangue.

A alternativa correta (C) descreve precisamente a característica principal da diabetes: o aumento da concentração de glicose no sangue (hiperglicemia), causado por deficiências na produção de insulina pelo pâncreas (no caso da diabetes tipo 1) ou pela resistência à ação da insulina (no caso da diabetes tipo 2). Essa disfunção metabólica ocorre quando as células beta pancreáticas não produzem insulina suficiente ou quando o organismo não consegue utilizar adequadamente a insulina produzida.

As outras alternativas apresentam características que não correspondem à fisiopatologia da diabetes. A opção A descreve hipertensão arterial, a B refere-se a problemas de absorção nutricional e a D menciona imunodeficiência - nenhuma dessas condições representa o mecanismo fundamental da diabetes mellitus, que é essencialmente um distúrbio no metabolismo da glicose.

Embora não tenha cura definitiva, o controle adequado da glicemia através de medicamentos, dieta balanceada e atividade física regular permite que os pacientes com diabetes mantenham uma boa qualidade de vida e previnam as complicações associadas à doença, como problemas cardiovasculares, renais e de visão.

Análise das Afirmativas sobre Hormônios Hipofisários

O estudo dos hormônios hipofisários revela detalhes importantes sobre sua produção e natureza química. A pars distalis da adeno-hipófise possui células cromófilas basófilas responsáveis pela secreção de hormônios como o adrenocorticotrófico (ACTH), tireotrófico (TSH), luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH), conforme descrito na afirmativa 1. Esses hormônios possuem estrutura glicoproteica, o que valida a afirmativa 2.

Além disso, as células acidófilas da mesma região produzem hormônio do crescimento (GH) e prolactina, como mencionado na afirmativa 3. No entanto, a afirmativa 4 contém imprecisões: embora a neuro-hipófise armazene e libere vasopressina (ADH) e oxitocina, esses hormônios são peptídeos de nove aminoácidos, não doze.

Portanto, apenas as afirmativas 1, 2 e 3 estão corretas, correspondendo à alternativa C) como resposta válida.

Os hormônios desempenham um papel fundamental na regulação das funções fisiológicas do organismo, atuando como mensageiros químicos que influenciam diversas atividades celulares. No contexto apresentado, quatro hormônios específicos são relacionados a suas respectivas funções, permitindo uma análise mais detalhada de suas ações no corpo humano.

A adrenalina (2), produzida pela medula das glândulas suprarrenais, é conhecida como o hormônio da "luta ou fuga". Sua principal função é preparar o organismo para situações de estresse, aumentando a taxa cardíaca, elevando a pressão sanguínea e redirecionando o fluxo sanguíneo dos órgãos digestivos para os músculos esqueléticos, garantindo uma resposta rápida a ameaças ou desafios.

Já a insulina (1), secretada pelo pâncreas, atua como um regulador essencial do metabolismo da glicose. Ela promove a captação de glicose pelas células, estimula a síntese de proteínas e facilita o armazenamento de glicose na forma de glicogênio, reduzindo assim os níveis de glicose no sangue. Sua deficiência ou resistência está diretamente ligada ao desenvolvimento do diabetes mellitus.

Os glicocorticoides (4), como o cortisol, são hormônios produzidos pelo córtex das glândulas suprarrenais com ampla atuação metabólica. Eles influenciam não apenas os níveis de glicose no sangue, mas também o metabolismo de lipídios e proteínas, além de exercerem efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores, sendo cruciais para a resposta ao estresse prolongado.

Por fim, a prolactina (3), secretada pela hipófise anterior, tem como principal função estimular o desenvolvimento das glândulas mamárias durante a gravidez e induzir a produção de leite após o parto. Esse hormônio desempenha um papel vital na lactação, garantindo a nutrição adequada dos recém-nascidos em mamíferos.

Portanto, a sequência correta que relaciona cada hormônio à sua respectiva função é 2, 1, 4, 3, correspondente à alternativa A). Essa associação demonstra a diversidade de ações hormonais e sua importância na manutenção da homeostase corporal.

Hormônios são mediadores de extrema importância para o funcionamento dos sistemas de controle. Eles atuam como mensageiros químicos, regulando diversas funções fisiológicas no organismo. Um dos hormônios essenciais é o adenocorticotrófico (ACTH), produzido em uma glândula específica.

A produção glandular do hormônio adenocorticotrófico ocorre no tecido hipofisário, conforme indicado pela alternativa correta D). A hipófise, também conhecida como glândula pituitária, é uma estrutura central no sistema endócrino, responsável por secretar o ACTH, que, por sua vez, estimula o córtex da glândula suprarenal a produzir cortisol. As outras opções apresentadas – pineal, esplênico e suprarenal – não estão corretas, pois não correspondem ao local de síntese desse hormônio.

O sistema endócrino é responsável pela produção e liberação de hormônios que regulam diversas funções do organismo. Analisando as alternativas apresentadas, a única afirmação correta é a letra B, que descreve corretamente a localização e a estrutura da glândula tireoide.

A alternativa A está incorreta porque o lobo anterior da hipófise (adeno-hipófise) não contém axônios de neurônios hipotalâmicos, mas sim células secretoras que respondem a hormônios liberadores ou inibidores produzidos pelo hipotálamo. Os axônios dos neurônios hipotalâmicos terminam no lobo posterior (neuro-hipófise).

A alternativa C também está errada, pois as glândulas paratireoides estão localizadas na superfície posterior da tireoide, e não anterior, como afirmado.

A alternativa D é incorreta porque o suco pancreático é uma secreção exócrina, relacionada à digestão, e não um hormônio. O pâncreas endócrino produz principalmente insulina e glucagon.

Por fim, a alternativa E está equivocada, pois quando os níveis de glicose no sangue caem, o hormônio liberado pelo pâncreas é o glucagon, e não a insulina. A insulina é secretada em resposta à elevação da glicose no sangue.

Portanto, a resposta correta é mesmo a alternativa B, que descreve com precisão a anatomia da glândula tireoide.

As glândulas paratireoides desempenham um papel fundamental na regulação dos níveis de cálcio no organismo. Localizadas próximas à tireoide, essas quatro pequenas estruturas produzem o paratormônio (PTH), hormônio essencial para o equilíbrio mineral do corpo. Quando ocorre uma disfunção que reduz a produção desse hormônio, o organismo sofre consequências diretas no metabolismo do cálcio.

O paratormônio atua aumentando a concentração de cálcio no sangue por meio de três mecanismos principais: estimulando a reabsorção óssea, aumentando a reabsorção renal de cálcio e promovendo a ativação da vitamina D, que facilita a absorção intestinal do mineral. Portanto, uma redução na produção desse hormônio leva ao efeito oposto: a diminuição dos níveis de cálcio no sangue (hipocalcemia), tornando a alternativa B a correta.

As demais opções não se relacionam com a função das paratireoides. O aumento do cálcio sanguíneo (A) ocorre no hiperparatireoidismo, enquanto a glicose (C) e o equilíbrio sódio-potássio (D) são regulados por outros hormônios, como insulina e aldosterona, respectivamente. Assim, a disfunção paratireoidiana afeta especificamente a homeostase do cálcio, com impactos significativos na excitabilidade neuromuscular e na saúde óssea.

A oxitocina, frequentemente chamada de "hormônio do amor", é amplamente reconhecida por sua influência em comportamentos sociais e emocionais, como a formação de vínculos afetivos e a manutenção de relações interpessoais saudáveis. No entanto, sua estrutura molecular apresenta semelhanças com outro hormônio essencial para a regulação hídrica do organismo: o hormônio antidiurético (ADH), também conhecido como vasopressina. Enquanto a oxitocina atua principalmente no sistema reprodutivo e no comportamento social, o ADH desempenha um papel crucial na redução da excreção de urina, promovendo a reabsorção de água nos rins. Essa semelhança estrutural entre os dois hormônios, apesar de suas funções distintas, reflete a complexidade do sistema endócrino e sua capacidade de modular processos fisiológicos diversos.

Entre as alternativas apresentadas, a opção correta é C) ADH, pois esse hormônio é diretamente responsável pelo controle da diurese, contrastando com as funções de outros hormônios listados, como o FSH (hormônio folículo-estimulante), o TSH (hormônio tireoestimulante) e o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), que atuam em eixos hormonais distintos. A relação entre a oxitocina e o ADH ilustra como moléculas com estruturas semelhantes podem evoluir para desempenhar papéis fisiológicos complementares, mas não menos importantes para a homeostase do organismo.

O hormônio do crescimento (GH) desempenha um papel fundamental no desenvolvimento humano, regulando processos como o crescimento ósseo e muscular durante a infância e adolescência. No entanto, sua função não se limita apenas a essas fases da vida. Mesmo em adultos, o GH continua sendo produzido pela hipófise, embora em quantidades menores. Sua ação permanece relevante para a manutenção da massa muscular, densidade óssea e metabolismo de lipídios e carboidratos.

A afirmação de que "em indivíduos adultos, não há produção do hormônio do crescimento" é incorreta. Apesar da redução na secreção de GH com o avanço da idade, o hormônio ainda é essencial para funções metabólicas e reparação tecidual. A deficiência de GH em adultos pode levar a alterações na composição corporal, aumento do risco cardiovascular e redução da qualidade de vida. Portanto, o gabarito correto para o item analisado é E) ERRADO.