Questões Sobre Sistema Endócrino Humano - Biologia - concurso

Os hormônios desempenham um papel crucial na regulação e integração do metabolismo humano, atuando como mensageiros químicos que coordenam diversas funções fisiológicas. No contexto apresentado, três processos metabólicos específicos são destacados: a gliconeogênese hepática, a síntese de glicogênio e a mobilização de cálcio dos ossos. Cada um desses processos é estimulado por um hormônio específico, conforme a relação estabelecida no gabarito correto, alternativa A.

A insulina, produzida pelo pâncreas, tem como principal função facilitar a entrada de glicose nas células e promover a síntese de glicogênio (etapa 2), um mecanismo essencial para o armazenamento de energia. Já o paratormônio, secretado pelas glândulas paratireoides, atua na regulação dos níveis de cálcio no sangue, estimulando a liberação desse íon a partir do tecido ósseo (etapa 3). Por fim, a epinefrina, também conhecida como adrenalina, é um hormônio liberado em situações de estresse e promove a gliconeogênese hepática (etapa 1), fornecendo energia rápida para o organismo em momentos de necessidade.

Portanto, a sequência correta que relaciona os hormônios às etapas metabólicas é insulina (2), paratormônio (3) e epinefrina (1), conforme indicado na alternativa A. Essa correlação exemplifica a complexidade e a precisão do sistema endócrino na manutenção da homeostase corporal.

O acidente nuclear ocorrido no Japão em março de 2011 trouxe consigo uma série de consequências graves, entre elas o vazamento de isótopos radioativos que representam um risco significativo à saúde humana. Esses elementos radioativos, quando absorvidos pelo organismo, podem aumentar a incidência de certos tipos de tumores glandulares, especialmente em regiões próximas ao local do desastre. Diante desse cenário, medidas preventivas foram adotadas para proteger a população mais afetada, sendo uma delas a distribuição de pastilhas de iodeto de potássio.

A prescrição dessas pastilhas tem um propósito específico: saturar a glândula tireoide com iodo estável, impedindo assim a absorção do iodo radioativo liberado no acidente. Quando a tireoide já está saturada com iodo não radioativo, ela não consegue absorver o iodo radioativo, reduzindo drasticamente o risco de desenvolvimento de tumores nessa glândula. Portanto, a medida visa proteger especificamente a tireoide, que é altamente sensível à radiação devido à sua capacidade de acumular iodo.

Entre as opções apresentadas, a glândula que se beneficia diretamente do consumo de iodeto de potássio é a tireoide (alternativa A). As outras glândulas listadas — hipófise, pâncreas e suprarrenal — não possuem o mesmo mecanismo de absorção de iodo e, portanto, não são alvo dessa medida preventiva. Dessa forma, a resposta correta é claramente a alternativa A, que aponta para a tireoide como a glândula protegida pela administração de iodeto de potássio em situações de exposição à radiação nuclear.

O diabetes insípido é uma condição clínica caracterizada por sede excessiva e eliminação de grande volume de urina, resultante de uma disfunção relacionada ao hormônio antidiurético (ADH). Esse hormônio, produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise posterior, é essencial para a regulação da reabsorção de água nos rins. Quando sua produção ou liberação está comprometida, ocorre um desequilíbrio hídrico no organismo.

No caso apresentado, a alteração na taxa de ADH sugere um problema na hipófise, especificamente uma hipofunção, já que o hormônio não está sendo liberado em quantidades adequadas. Isso leva à incapacidade de concentrar a urina, resultando na diurese excessiva e na sede intensa. As opções que mencionam o pâncreas (C e D) estão incorretas, pois esse órgão está relacionado à produção de insulina e glucagon, hormônios que regulam a glicemia, e não ao controle hídrico. A alternativa B, que sugere hiperfunção da hipófise, também não se aplica, pois o quadro descrito indica uma deficiência, não um excesso, de ADH.

Portanto, a resposta correta é A) hipofunção da hipófise, uma vez que o diabetes insípido central—tipo associado a esse distúrbio—é causado justamente pela produção ou liberação insuficiente do hormônio antidiurético pela glândula hipofisária.

O estudo dos hormônios e suas funções no organismo humano é fundamental para compreender os mecanismos que regulam a fisiologia do corpo. A metáfora do "mar interior", proposta por Claude Bernard, ilustra a complexidade dos fluidos que circulam pelo organismo e sua importância no controle das funções vitais. Entre as alternativas apresentadas, a resposta correta é a letra B, que destaca a ação da adrenalina e noradrenalina, hormônios produzidos nas glândulas suprarrenais.

A adrenalina e a noradrenalina são hormônios com um amplo espectro de ação, atuando em diversas funções orgânicas. Eles são liberados em situações de estresse ou emergência, preparando o corpo para uma resposta rápida, seja por meio do aumento da frequência cardíaca, da dilatação das pupilas ou da mobilização de reservas energéticas. Essa ação sistêmica reforça a ideia de que o organismo é regulado por substâncias que circulam e influenciam múltiplos tecidos e órgãos.

As demais alternativas apresentam informações incorretas. A eritropoietina, por exemplo, não é produzida na medula óssea, mas sim nos rins, e sua ação está relacionada à produção de hemácias, e não de células brancas. Já a insulina e o glucagon, embora produzidos no pâncreas, têm efeitos opostos sobre a glicose: um reduz e o outro aumenta sua concentração no sangue. Os hormônios sexuais são produzidos nas gônadas, não no cérebro, e as substâncias reguladoras do hipotálamo estão sujeitas a mecanismos de feedback, como a maioria dos processos hormonais.

Portanto, a alternativa B é a única que descreve corretamente a ação de hormônios no corpo humano, reforçando a noção de que o equilíbrio interno depende da interação harmoniosa dessas substâncias, tal como um "mar interior" que mantém a vida em constante movimento.

A diabetes é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, caracterizada pela incapacidade do organismo de regular adequadamente os níveis de glicose no sangue. Essa desregulação, conhecida como hiperglicemia, pode levar a complicações graves se não for controlada. Entre os principais fatores de risco, destacam-se a má alimentação e o sedentarismo, que têm contribuído para o aumento de casos entre jovens.

Analisando as alternativas apresentadas, a opção D) é a correta, pois descreve com precisão o papel da insulina no organismo. A insulina, produzida pelo pâncreas, é essencial para permitir que a glicose presente no sangue seja absorvida pelas células, onde é utilizada como fonte de energia ou armazenada para uso futuro. Sem a ação adequada desse hormônio, a glicose permanece no sangue, levando ao quadro de hiperglicemia.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou imprecisas. Por exemplo, a alternativa A) confunde a função da amilase (enzima digestiva) com a insulina, enquanto a alternativa C) inverte os papéis do glucagon e da insulina, já que o glucagon atua aumentando os níveis de glicose no sangue, e não reduzindo-os. A alternativa E) também está incorreta, pois embora os hábitos de vida possam influenciar o desenvolvimento da diabetes tipo 2, a doença também tem causas genéticas e não se resume apenas a fatores comportamentais.

Portanto, compreender o funcionamento dos hormônios envolvidos no metabolismo da glicose é fundamental para o diagnóstico e tratamento da diabetes, reforçando a importância de uma resposta hormonal equilibrada para a manutenção da saúde.

Na busca por um corpo malhado e definido, os anabolizantes surgem como uma solução tentadora, prometendo resultados rápidos com pouco esforço. Essas substâncias, que imitam a testosterona, são utilizadas para aumentar a massa muscular e reduzir a fadiga. No entanto, seu uso indiscriminado traz uma série de riscos à saúde, desde efeitos colaterais imediatos até complicações graves a longo prazo.

Entre os problemas de curto prazo estão a impotência, calvície, aumento das mamas, redução da libido e da produção de esperma. Já o uso prolongado pode levar a condições mais sérias, como câncer no fígado e na próstata, elevação do colesterol LDL, hipertensão e fibrose testicular. Esses riscos destacam a importância de um acompanhamento médico adequado para quem opta por utilizar essas substâncias.

Analisando as afirmações sobre os efeitos dos anabolizantes:

I. A elevação do colesterol LDL e da pressão arterial realmente aumenta o risco de obstrução dos vasos sanguíneos, podendo levar a problemas cardiovasculares e cerebrais. Essa afirmação está correta.

II. O ganho de massa muscular não está diretamente relacionado a uma maior produção de glóbulos vermelhos. Essa afirmação está incorreta.

III. A redução da produção de esperma e a impotência estão ligadas à supressão da função testicular, não da tireoide. Portanto, essa afirmação também está incorreta.

Dessa forma, apenas a afirmação I está correta, tornando a alternativa A) I, apenas a resposta válida.

O controle da calcemia, ou concentração de cálcio no sangue, é um processo fisiológico essencial para o equilíbrio do organismo. Esse mecanismo é regulado principalmente por dois hormônios: a calcitonina e o paratormônio (PTH). Analisando as afirmativas apresentadas, podemos verificar a veracidade de cada uma delas para chegar à resposta correta.

Afirmativa I: "É regulada por dois hormônios, a calcitonina e o paratormônio." Esta afirmação é verdadeira (V), pois esses dois hormônios atuam de forma antagônica para manter os níveis adequados de cálcio no sangue. Enquanto o PTH aumenta a calcemia, a calcitonina promove sua redução.

Afirmativa II: "O paratormônio é produzido pela paratireóide e estimula a atividade dos osteoclastos." Esta afirmação também é verdadeira (V), pois o PTH, de fato, é secretado pelas glândulas paratireoides e tem como uma de suas funções ativar os osteoclastos, células responsáveis pela reabsorção óssea, liberando cálcio no sangue.

Afirmativa III: "A calcitonina também é produzida pela paratireóide e promove diminuição da calcemia." Esta afirmação é falsa (F), pois a calcitonina é produzida pelas células C da tireoide, e não pela paratireóide. Sua função é reduzir a calcemia, inibindo a reabsorção óssea e aumentando a excreção renal de cálcio.

Afirmativa IV: "O paratormônio promove o aumento da calcemia." Esta afirmação é verdadeira (V), pois o PTH atua aumentando a reabsorção de cálcio nos rins, estimulando a liberação de cálcio dos ossos e promovendo a ativação da vitamina D, que facilita a absorção intestinal de cálcio.

Portanto, a sequência correta é I-V, II-V, III-F, IV-V, correspondente à alternativa E).

A observação histológica descrita no enunciado refere-se às três camadas distintas do córtex da glândula adrenal, cada uma responsável pela secreção de hormônios específicos. A estrutura mencionada — composta pela camada glomerulosa externa, zona fasciculada intermediária e zona reticular mais interna — é característica do córtex adrenal, parte essencial das glândulas suprarrenais.

A camada glomerulosa, a mais externa, secreta mineralocorticoides, como a aldosterona, que regulam o equilíbrio eletrolítico e a pressão arterial. A zona fasciculada, intermediária, produz glicocorticoides, principalmente o cortisol, envolvido no metabolismo energético e na resposta ao estresse. Por fim, a zona reticular, mais interna, sintetiza esteroides sexuais, como androgênios, que exercem funções relacionadas ao desenvolvimento de características sexuais secundárias.

As alternativas incorretas apresentam equívocos quanto à glândula ou aos hormônios secretados. A medula adrenal (alternativa A) produz adrenalina e noradrenalina, não os hormônios citados. O pâncreas (C) secreta insulina e glucagon, enquanto a tireoide (D) produz T3 e T4, mas não TSH (este é um hormônio hipofisário). A alternativa E confunde as catecolaminas da medula adrenal com os hormônios do córtex.

Portanto, a resposta correta é B) Córtex da glândula adrenal: mineralocorticoides, glicocorticoides e esteroides sexuais, pois corresponde exatamente à organização histológica e funcional das camadas descritas.

O estudo da homeostase glicêmica é fundamental para compreender os mecanismos envolvidos no controle dos níveis de glicose no sangue, especialmente no contexto do diabetes mellitus tipo II. Neste ensaio, analisaremos o experimento realizado por um pesquisador que testa uma nova droga para o tratamento dessa condição, avaliando sua eficácia na normalização da glicemia após a administração de glicose por via endovenosa.

O experimento consiste em injetar glicose em animais de experimentação e medir a glicemia em diferentes intervalos de tempo (0, 30, 60 e 120 minutos). O comportamento esperado, caso a droga seja eficaz, é que a glicemia aumente nos momentos iniciais e retorne aos níveis basais após 120 minutos. Esse padrão reflete a capacidade do organismo de restabelecer o equilíbrio glicêmico por meio de mecanismos fisiológicos bem regulados.

A alternativa correta (A) descreve o papel da insulina, hormônio secretado pelo pâncreas em resposta ao aumento da glicose sanguínea. A insulina promove a captação de glicose pelas células, principalmente no músculo e no tecido adiposo, por meio do transportador GLUT4. Além disso, estimula a utilização da glicose na glicólise e seu armazenamento como glicogênio (no fígado e músculo) ou como lipídios (no tecido adiposo). Essas ações conjuntas resultam na diminuição da glicemia, restaurando a homeostase.

As demais alternativas apresentam equívocos sobre os mecanismos de regulação glicêmica. A alternativa B atribui erroneamente ao glucagon a função de reduzir a glicemia, quando na verdade esse hormônio tem efeito oposto, aumentando a glicose sanguínea por meio da glicogenólise e gliconeogênese hepáticas. A alternativa C, embora mencione corretamente a insulina e o GLUT4, comete o erro de afirmar que esse transportador está presente em todas as células, quando na verdade sua expressão é restrita a tecidos sensíveis à insulina. A alternativa D incorre ao atribuir à adrenalina um papel hipoglicemiante, quando seu efeito é claramente hiperglicemiante. Por fim, a alternativa E também menciona o glucagon de forma equivocada, sugerindo um mecanismo de depuração renal que não corresponde à sua ação fisiológica.

Portanto, a resposta correta é a alternativa A, que descreve com precisão o mecanismo de ação da insulina na regulação da glicemia, refletindo a recuperação da homeostase glicêmica quando a droga testada é eficaz.