Questões Sobre Sistema Reprodutor Humano - Biologia - concurso

O texto apresentado aborda a questão da gravidez na adolescência e as estratégias de prevenção no município de Marechal Deodoro, em Alagoas. Apesar de mencionar a importância da educação sexual e do uso de contraceptivos, o item a ser julgado contém uma afirmação incorreta sobre a produção hormonal durante a adolescência.

A afirmação de que a testosterona é produzida exclusivamente em meninos e o estrógeno apenas em meninas está errada. Ambos os sexos produzem esses hormônios, embora em proporções diferentes. Nos homens, a testosterona é predominante, mas há também produção de estrógeno em pequenas quantidades. Já nas mulheres, o estrógeno é o hormônio principal, mas a testosterona também está presente em níveis menores, desempenhando funções importantes no organismo.

Portanto, o gabarito correto para o item é E) ERRADO, pois a afirmação não considera a produção hormonal real em ambos os sexos durante a adolescência.

O texto apresentado aborda a questão da gravidez na adolescência no município de Marechal Deodoro, em Alagoas, destacando a importância de projetos como o "Vale a Pena Sonhar na Saúde" para a prevenção desse problema. Os dados revelam números alarmantes de gravidez entre adolescentes, o que reforça a necessidade de ações educativas e preventivas.

A afirmação de que "inexiste correlação entre o desenvolvimento de atividade sexual precoce e a autoestima das adolescentes" é classificada como ERRADO (E). Isso porque diversos estudos na área da saúde e psicologia indicam que fatores emocionais, como a autoestima, podem influenciar diretamente no comportamento sexual dos jovens. Adolescentes com baixa autoestima podem estar mais suscetíveis a iniciar a vida sexual precocemente, muitas vezes como forma de busca por aceitação ou validação.

Portanto, a correlação entre atividade sexual precoce e autoestima não pode ser descartada, tornando a afirmação incorreta. A abordagem preventiva deve incluir não apenas informações sobre métodos contraceptivos, mas também o fortalecimento da autoestima e do autocuidado entre os jovens.

O texto apresentado aborda a importância de projetos como o "Vale a Pena Sonhar na Saúde", que visam prevenir a gravidez na adolescência por meio de educação sexual e conscientização sobre métodos contraceptivos. Em contraste com essa abordagem preventiva, o item a ser julgado refere-se ao método da tabelinha, um dos métodos naturais de contracepção.

O método da tabelinha, também conhecido como método do ritmo ou calendário, baseia-se no cálculo do período fértil da mulher a partir da duração do ciclo menstrual. Segundo esse método, os dias considerados de maior fertilidade são aqueles próximos à ovulação, que geralmente ocorre no meio do ciclo menstrual (por volta do 14º dia em um ciclo de 28 dias). Portanto, a afirmação de que "os dias que correspondem à metade do período entre uma menstruação e a seguinte são considerados de baixa fertilidade" está incorreta, pois justamente nesse período ocorre a ovulação, momento de maior fertilidade.

Dessa forma, o gabarito correto para o item é E) ERRADO, já que a metade do ciclo menstrual representa o período de maior fertilidade, e não de baixa fertilidade como afirmado. Essa confusão pode levar a falhas na prevenção da gravidez, reforçando a importância de métodos mais eficazes e da educação sexual adequada, como proposto no projeto mencionado no texto.

O corpo lúteo é uma estrutura temporária formada no ovário após a ovulação, desempenhando um papel crucial na produção de hormônios como a progesterona, essencial para a manutenção da gestação. Sua evolução ocorre em quatro fases distintas, cada uma com características histológicas específicas. A sequência correta dessas etapas é fundamental para compreender sua função e regulação no ciclo reprodutivo feminino.

A primeira fase é a proliferação, marcada pela hiperplasia e hipertrofia das células da camada granulosa, que se multiplicam rapidamente. Em seguida, ocorre a vascularização, com a invasão da camada granulosa por tecido conjuntivo-vascular, garantindo suprimento sanguíneo adequado. Na terceira fase, o florescimento, o corpo lúteo atinge sua maturidade, desenvolvendo um parênquima funcional e um estroma de sustentação. Por fim, na ausência de fecundação, inicia-se a regressão, processo que leva à degeneração da estrutura após aproximadamente sete dias da ovulação.

Portanto, a ordem correta das fases evolutivas do corpo lúteo é 3 – 1 – 2 – 4, conforme indicado na alternativa D). Essa sequência reflete a dinâmica de formação, maturação e involução dessa estrutura, essencial para a fertilidade feminina.

O desenvolvimento embrionário humano é um processo complexo e fascinante, marcado por etapas cruciais que definem a formação do novo ser. Após a fecundação, o zigoto inicia suas primeiras divisões celulares, seguido pela nidação, quando o embrião se fixa no útero. Por volta do sétimo dia, atinge o estágio de blastocisto, dando início à gravidez. Esse período é caracterizado por transformações significativas, incluindo a diferenciação sexual, onde hormônios como a testosterona desempenham um papel fundamental.

A alternativa correta, A, destaca a importância da testosterona na determinação do desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos. Esse hormônio, produzido ainda durante a fase embrionária, é essencial para a diferenciação das estruturas reprodutivas masculinas. Enquanto isso, as demais alternativas apresentam informações incorretas: a gonadotrofina coriônica não permanece constante durante toda a gestação, o embrião só é chamado de feto após a oitava semana, e a notocorda não degenera na sétima semana, sendo essencial para o desenvolvimento do sistema nervoso.

Portanto, o desenvolvimento embrionário é um processo coordenado por fatores genéticos e hormonais, sendo a testosterona um dos principais responsáveis pela diferenciação sexual masculina. Esse conhecimento é fundamental para compreender não apenas a biologia reprodutiva, mas também as possíveis variações no desenvolvimento embrionário.

O uso de métodos contraceptivos é essencial para o planejamento familiar e a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Entre as opções disponíveis, é importante diferenciar os tipos de métodos, como os de barreira, hormonais e intrauterinos, para fazer a escolha mais adequada.

Analisando as alternativas apresentadas, a opção B) é a correta, pois apresenta exemplos que correspondem exatamente às categorias solicitadas: a camisinha masculina como método de barreira, a pílula anticoncepcional como método hormonal e o DIU (Dispositivo Intrauterino) como método intrauterino.

Os outros itens da questão misturam categorias ou incluem métodos que não se encaixam no critério pedido. Por exemplo, a alternativa A) coloca a pílula do dia seguinte como método hormonal, quando na verdade ela é um contraceptivo de emergência, com mecanismo diferente. Já a alternativa C) classifica o DIU como método hormonal, o que não é correto para todos os tipos de DIU disponíveis.

Portanto, a resposta correta é mesmo a alternativa B), que organiza de forma precisa os métodos contraceptivos conforme as categorias solicitadas: barreira, hormonal e intrauterino.

O caso da adolescente de 16 anos que deu à luz dentro de um carro, assistida por bombeiros no Recife, revela uma série de questões críticas relacionadas à gravidez na adolescência, falta de acompanhamento pré-natal e os riscos associados ao consumo de álcool durante a gestação. A alternativa correta, C), destaca justamente esses aspectos, apontando para as complicações que podem surgir quando não há um pré-natal adequado e quando há exposição a substâncias nocivas, como o álcool.

A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública, muitas vezes agravado pela falta de informação e acesso a métodos contraceptivos. No caso em questão, a adolescente não teve acompanhamento médico durante a gestação, o que aumenta os riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. Além disso, o consumo de álcool durante a gravidez pode levar a complicações graves, como aborto espontâneo ou má formação fetal, reforçando a importância da alternativa C.

As outras alternativas apresentam informações incorretas ou imprecisas. Por exemplo, a alternativa A) menciona métodos contraceptivos como a "camisa de vênus" e a "tabelinha", que não são eficazes na prevenção de gravidez ou ISTs. A alternativa B) descreve sinais de trabalho de parto, mas erroneamente atribui as contrações à adrenalina. A alternativa D) ignora a necessidade de EPIs durante um parto, mesmo que natural, devido ao contato com fluidos corporais. Já a alternativa E) mistura conceitos incorretos, como a relação entre ácido fólico e a notocorda, além de associar erroneamente a microcefalia a deficiências nutricionais.

Portanto, a alternativa C) é a única que aborda de forma correta e completa os problemas evidenciados no caso: a falta de pré-natal, os riscos do álcool na gestação e as complicações associadas à gravidez na adolescência. Esse cenário reforça a necessidade de políticas públicas que promovam educação sexual, acesso a métodos contraceptivos e acompanhamento médico adequado para gestantes jovens.

O caso de Fátima ilustra uma situação complexa envolvendo reprodução assistida e questões de parentesco genético. Ao analisar o cenário descrito, é possível compreender que as duas meninas nascidas compartilham os mesmos pais biológicos – Fátima (doadora dos óvulos) e seu marido (doador dos espermatozoides) –, caracterizando-as como irmãs biológicas completas.

A alternativa correta é a A), pois as crianças são irmãs biológicas tanto por parte de pai quanto por parte de mãe. Isso ocorre porque ambas foram concebidas a partir dos mesmos progenitores, mesmo tendo sido gestadas por mulheres diferentes. Geneticamente, cada uma herda 50% do material genético da mãe biológica (Fátima) e 50% do pai, seguindo as leis mendelianas de herança genética.

Entre si, as meninas compartilham, em média, 50% do material genético, assim como ocorre com irmãos gerados naturalmente. Elas não são gêmeas idênticas (alternativa B), pois foram formadas a partir de zigotos distintos, nem fraternas (alternativa C), já que compartilham material genético. A alternativa D) está incorreta porque Fátima é a mãe genética, e as gestantes são apenas "barrigas de aluguel". A alternativa E) também está errada, pois o DNA mitocondrial não altera a proporção de material genético compartilhado com os pais.

Portanto, a resposta correta é A), que corretamente identifica o parentesco biológico entre as crianças como irmãs completas por parte de ambos os pais biológicos.

O ciclo menstrual é um processo complexo e regulado por interações hormonais entre a hipófise e os ovários, resultando em alterações cíclicas no útero. Essas mudanças são divididas em três fases principais: menstruação, fase proliferativa e fase secretora. Cada uma delas desempenha um papel fundamental na preparação do organismo feminino para uma possível gravidez.

A fase proliferativa ocorre após a menstruação e é marcada pela reconstrução do endométrio, estimulada principalmente pelo estrógeno produzido pelos folículos ovarianos em desenvolvimento. Esse hormônio promove o crescimento e a vascularização do tecido endometrial, preparando-o para uma possível implantação.

Já a fase secretora se inicia após a ovulação, quando o corpo lúteo passa a produzir progesterona. Esse hormônio induz o espessamento final do endométrio, tornando-o mais vascularizado e rico em nutrientes, condições ideais para a recepção de um embrião. Caso não ocorra a fecundação, o corpo lúteo regride, levando à queda nos níveis de progesterona e estrógeno.

A menstruação acontece justamente devido à diminuição abrupta da progesterona, e não do estrógeno, como sugerido na alternativa E. Essa queda hormonal provoca a descamação do endométrio, caracterizando o fluxo menstrual. Portanto, a afirmação de que o estrógeno é o fator determinante para a menstruação está incorreta, tornando a alternativa E a resposta errada.

Em resumo, o ciclo menstrual é um processo harmonioso e bem regulado, onde cada fase tem sua importância e é controlada por mecanismos hormonais específicos. A compreensão desses eventos é essencial para identificar possíveis desequilíbrios e entender a fisiologia reprodutiva feminina.

Em setembro de 2016, a revista New Scientist divulgou um marco na reprodução humana: o nascimento do primeiro bebê gerado a partir do DNA de três pessoas. Essa técnica inovadora combinou o DNA nuclear da mãe com o DNA mitocondrial de uma doadora, fertilizando os óvulos com espermatozoides do pai. Um dos cinco embriões resultantes foi implantado no útero da mãe, resultando em uma gravidez bem-sucedida. Esse avanço científico trouxe novas possibilidades para famílias com doenças mitocondriais hereditárias, mas também levantou questões éticas e debates sobre os limites da intervenção genética.

Em relação à reprodução humana, a alternativa correta é a B), que descreve com precisão o ciclo uterino. Durante esse ciclo, que ocorre paralelamente ao ciclo ovariano, o endométrio (revestimento interno do útero) se espessa para receber um possível embrião. Se a fertilização não ocorrer, esse tecido é eliminado na forma de menstruação. Esse processo é essencial para a reprodução humana e ocorre de forma cíclica nas mulheres em idade fértil.

As outras alternativas apresentam informações incorretas ou imprecisas. Os testículos, por exemplo, ficam no escroto justamente para manter uma temperatura mais baixa que a do corpo, não mais elevada (alternativa A). A ovulogênese e a espermatogênese, citadas na alternativa C, começam antes da puberdade, apesar de se intensificarem nesse período. Já os métodos contraceptivos mencionados na alternativa D (tabelinha, lavagem vaginal e coito interrompido) estão entre os menos eficazes, e não os mais efetivos.

Portanto, a alternativa B é a única que apresenta uma afirmação correta sobre a reprodução humana, destacando a relação entre o ciclo uterino, o espessamento do endométrio e a menstruação.