Questões Sobre Sistema Reprodutor Humano - Biologia - concurso

Quando um único óvulo é fecundado por um espermatozoide, não é possível que ocorra a formação de:

• A) gêmeos fraternos.
• B) um indivíduo.
• C) gêmeos univitelinos.
• D) trigêmeos idênticos.

O gabarito correto é A), pois gêmeos fraternos (também chamados de bivitelinos ou dizigóticos) resultam da fecundação de dois óvulos distintos por dois espermatozoides diferentes. Já os gêmeos univitelinos (monozigóticos) ou trigêmeos idênticos surgem da divisão de um único zigoto após a fecundação, enquanto a formação de um único indivíduo é o resultado mais comum de uma única fecundação.

O período da puberdade é marcado por transformações significativas no corpo humano, impulsionadas por alterações hormonais. Entre os principais hormônios envolvidos nesse processo estão o FSH (hormônio folículo-estimulante) e o LH (hormônio luteinizante), ambos secretados pela hipófise anterior. Enquanto o FSH atua no desenvolvimento dos folículos ovarianos nas mulheres e na espermatogênese nos homens, o LH desempenha um papel crucial em ambos os sexos, mas com funções distintas.

Nos homens, o LH estimula as células de Leydig nos testículos a produzirem testosterona, hormônio responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas. Já nas mulheres, o LH tem um papel fundamental no ciclo reprodutivo. Sua principal função é desencadear a ovulação, ou seja, o rompimento do folículo maduro e a liberação do óvulo, processo essencial para a fertilização.

Entre as alternativas apresentadas, a opção C) é a correta, pois descreve com precisão a ação do LH no organismo feminino: "pelo rompimento do folículo maduro e pela liberação do óvulo". As outras alternativas mencionam funções relacionadas a outros hormônios ou estágios do ciclo menstrual, como o estrogênio (envolvido no desenvolvimento das mamas) e a progesterona (que prepara o endométrio para a implantação do embrião).

Portanto, o LH é um hormônio chave no sistema reprodutivo feminino, garantindo a ovulação e, consequentemente, a possibilidade de concepção. Seu pico durante o ciclo menstrual é o sinal biológico que determina a liberação do óvulo, tornando a alternativa C) a resposta correta.

Os processos de fecundação in vitro têm se tornado cada vez mais comuns na sociedade contemporânea, trazendo consigo questões relevantes sobre gestações múltiplas. Uma das características marcantes desses procedimentos é o aumento na probabilidade de gestações gemelares, ou seja, a ocorrência de gêmeos. Diante disso, é importante compreender as diferenças entre os tipos de gestações múltiplas e suas particularidades.

Entre as alternativas apresentadas, a única correta é a B), que afirma que "os gêmeos fraternos são simplesmente dois irmãos de mesma idade que compartilharam o útero materno ao mesmo tempo". Essa descrição é precisa, pois os gêmeos fraternos, ou dizigóticos, são resultantes da fertilização de dois óvulos distintos por dois espermatozoides diferentes, sendo geneticamente tão semelhantes quanto irmãos nascidos em momentos distintos.

As demais alternativas apresentam informações incorretas. A alternativa A) está errada porque gêmeos idênticos (monozigóticos) surgem da divisão de um único zigoto, e não da fertilização de dois óvulos. A alternativa C) é incorreta porque, embora gêmeos monozigóticos possam compartilhar a placenta, nem sempre isso ocorre, dependendo do momento em que o embrião se divide. A alternativa D) está equivocada ao afirmar que gêmeos dizigóticos compartilham o mesmo cordão umbilical, pois cada feto possui estruturas independentes. Por fim, a alternativa E) está errada ao dizer que gêmeos monozigóticos são a forma mais comum de gestação múltipla, já que os gêmeos fraternos são mais frequentes.

Portanto, a compreensão das diferenças entre gêmeos monozigóticos e dizigóticos é essencial para desmistificar conceitos equivocados e fornecer informações precisas sobre reprodução assistida e gestações múltiplas.

A reportagem da Revista Galileu apresenta uma discussão fascinante sobre as possibilidades científicas emergentes no campo da reprodução humana, especificamente no que diz respeito à criação de crianças com material genético de dois pais. O avanço nas pesquisas com células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) abre caminho para cenários antes considerados impossíveis, como a produção de óvulos a partir de células masculinas ou espermatozoides a partir de células femininas. Essa tecnologia poderia permitir que casais homoafetivos masculinos gerassem filhos biológicos sem a necessidade de uma doadora de óvulos, apenas utilizando uma "barriga de aluguel" para a gestação.

O processo descrito envolveria um dos pais fornecendo espermatozoides e o outro doando células da pele, que seriam reprogramadas para se tornarem óvulos. Como o sexo de um bebê é determinado pela combinação dos cromossomos sexuais (X do óvulo e X ou Y do espermatozoide), nesse caso, o espermatozoide poderia carregar tanto um cromossomo X quanto Y, enquanto o óvulo derivado das células iPS sempre teria um cromossomo X. Portanto, a criança resultante poderia ser tanto menina (XX) quanto menino (XY), dependendo do cromossomo presente no espermatozoide utilizado. Isso torna a alternativa C) a correta, já que o sexo não estaria predeterminado pelo procedimento.

Essa possibilidade não apenas desafia conceitos tradicionais de parentalidade, como também levanta questões éticas e sociais importantes. A ciência está ampliando os limites do que entendemos por reprodução, família e identidade genética, exigindo uma reflexão cuidadosa sobre como essas tecnologias serão regulamentadas e incorporadas à sociedade no futuro.

Paula não toma qualquer contraceptivo e tem um ciclo menstrual regular de 28 dias exatos. Sua última menstruação foi no dia 23 de junho. No dia 06 de julho, Paula manteve uma relação sexual sem o uso de preservativos. No dia 24 de julho, Paula realizou um exame de urina para verificar se havia engravidado.

Em função do ocorrido, pode-se dizer que, no dia 06 de julho, Paula:

• A) talvez ainda não tivesse ovulado, mas o faria um ou dois dias depois. Considerando que o espermatozoide pode permanecer viável no organismo feminino por cerca de dois dias, há a possibilidade de Paula ter engravidado. O exame de urina poderia confirmar essa hipótese, indicando altos níveis de gonadotrofina coriônica.

O gabarito correto é A), pois, em um ciclo regular de 28 dias, a ovulação geralmente ocorre por volta do 14º dia após o início da menstruação. Como a última menstruação de Paula foi em 23 de junho, sua ovulação provavelmente ocorreria por volta de 7 de julho. Portanto, no dia 06 de julho, ela estaria próxima da ovulação, mas ainda não teria ovulado. Como os espermatozoides podem sobreviver no corpo feminino por até 5 dias (embora o texto mencione 2 dias), há uma chance significativa de gravidez. O exame de urina realizado em 24 de julho já seria capaz de detectar a gonadotrofina coriônica (hCG), caso Paula estivesse grávida.

A transmissão materno-infantil do HIV é um tema de grande relevância na saúde pública, especialmente no que diz respeito às estratégias de prevenção. Conforme destacado por Ribeiro (2013, p. 47), essa transmissão pode ocorrer em diferentes etapas: durante a gestação, no parto normal ou no período pós-parto. Diante disso, as recomendações para mães soropositivas incluem o uso de antirretrovirais na gestação, a realização de parto cesariano e a substituição do aleitamento materno por fórmulas infantis especiais.

No entanto, a afirmação de que a alimentação do bebê com leite artificial se justifica devido à "ausência de anticorpos no leite materno" é incorreta. O leite materno, de fato, contém anticorpos essenciais para a proteção do recém-nascido contra infecções. A recomendação de evitar o aleitamento materno no caso de mães com HIV está relacionada ao risco de transmissão viral, e não à ausência de anticorpos. Portanto, a justificativa apresentada na afirmação é equivocada, tornando a alternativa E) ERRADO a correta.

Essa distinção é crucial, pois reforça a importância de orientações precisas e baseadas em evidências científicas para garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê, sem desconsiderar os benefícios imunológicos do leite materno em contextos onde não há risco de transmissão do HIV.

As campanhas publicitárias que promovem o uso de preservativos, especialmente o masculino ("camisinha"), são amplamente difundidas, enquanto o preservativo feminino recebe menos atenção. No entanto, ambos desempenham um papel crucial na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e na contracepção. Analisando as afirmativas apresentadas:

Afirmativa I: "Somente o feminino oferece proteção contra vírus transmitidos por via sexual." Esta afirmação está incorreta, pois tanto o preservativo masculino quanto o feminino são eficazes na barreira contra vírus, como o HIV e o HPV, desde que utilizados corretamente.

Afirmativa II: "O masculino oferece proteção contra bactérias transmitidas por via sexual." Esta afirmação está correta, pois o preservativo masculino, assim como o feminino, cria uma barreira física que impede a transmissão de bactérias causadoras de doenças como sífilis e gonorreia.

Afirmativa III: "Ambos reduzem a possibilidade de concepção." Esta afirmação também está correta, já que os preservativos masculino e feminino são métodos contraceptivos que impedem o encontro entre espermatozoides e óvulo.

Portanto, apenas as afirmativas II e III estão corretas, tornando a alternativa E a resposta adequada.

Um casal procurou ajuda médica, pois há anos desejava gerar filhos e não obtinha sucesso. Os exames apontaram que a mulher era reprodutivamente normal. Com relação ao homem, o exame revelou que a espermatogênese era comprometida por uma alteração cromossômica, embora seu fenótipo e desempenho sexual fossem normais. Por causa dessa alteração, não ocorria o pareamento dos cromossomos homólogos, a meiose não avançava além do zigóteno e os espermatócitos I degeneravam.

Desse modo, é correto afirmar que a análise do esperma desse homem revelará:

• A) secreções da próstata e das glândulas seminais, mas não haverá espermatozoides, em razão de não se completar a prófase I.
• B) sêmen composto por espermátides, mas não por espermatozoides, em razão de não se completar a espermatogênese pela falta de segregação cromossômica.
• C) espermatozoides sem cromossomos, em função da não segregação cromossômica, e sem mobilidade, em razão do sêmen não ter secreções da próstata e das glândulas seminais.
• D) uma secreção mucosa lubrificante, eliminada pelas glândulas bulbouretrais, além de espermatogônias anucleadas, em razão da não formação da telófase I.
• E) secreções das glândulas do sistema genital masculino, assim como espermatozoides com 2n cromossomos, em razão da não segregação das cromátides na anáfase II.

O gabarito correto é A).

O sistema genital feminino é formado pelos seguintes componentes:

• A) ovários, tubas uterinas, útero e vagina.
• B) epidídimo, útero, ovários e próstata.
• C) epidídimo, útero, tubas uterinas e próstata.
• D) ovários, canais deferentes, vagina e epidídimo.
• E) vesícula seminal, vagina, ovários e útero.

O gabarito correto é A.

A reprodução humana é um processo complexo que depende da interação harmoniosa entre diversos órgãos e sistemas do corpo. Nesse contexto, a hipófise desempenha um papel fundamental como glândula mestra do sistema endócrino.

Analisando as alternativas apresentadas:

• A) Incorreta. A hipófise não produz diretamente os hormônios sexuais (estrogênio e testosterona), mas sim regula sua produção pelas gônadas.
• B) Incorreta. O controle da produção e ejaculação do esperma é função do sistema nervoso e dos testículos, não da hipófise.
• C) Incorreta. A maturação do útero durante o ciclo menstrual é estimulada principalmente pelos hormônios ovarianos, não diretamente pela hipófise.
• D) Correta. A hipófise regula o funcionamento das gônadas (ovários e testículos) através dos hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH).

Portanto, a alternativa correta é D, pois a hipófise atua como reguladora central do sistema reprodutivo através da secreção de hormônios que controlam as funções das gônadas em ambos os sexos.