Quando abrirem meu coração                                                         Vão achar sinalização                                                          De mão e contramão.                                              (Millôr Fernandes. Veja, 04.04.2012.) No contexto da biologia, os versos de Millôr Fernandes, falecido em 2012, podem ser usados para ilustrar, de maneira poética, as características de um sistema circulatório em que os sangues arterial e venoso seguem fluxos distintos, sem se misturarem. Nessas condições, o protagonista desses versos poderia ser

Os versos de Millôr Fernandes, "Quando abrirem meu coração / Vão achar sinalização / De mão e contramão", trazem uma metáfora poética que pode ser associada à anatomia do sistema circulatório de certos animais. Na biologia, essa descrição remete à circulação dupla e completa, em que o sangue venoso e o arterial não se misturam, seguindo caminhos distintos dentro do coração.

Essa característica é típica de animais com coração dividido em quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Entre os vertebrados, mamíferos e aves possuem essa estrutura cardíaca, que permite uma separação eficiente entre o sangue oxigenado e o não oxigenado, garantindo maior eficiência no transporte de oxigênio para os tecidos.

Portanto, o protagonista dos versos poderia ser um mamífero ou uma ave, já que ambos apresentam circulação dupla e completa, com fluxos bem definidos, como sugerido pela "sinalização de mão e contramão" mencionada no poema. Répteis, por sua vez, possuem uma circulação menos eficiente, com mistura parcial dos sangues, enquanto peixes apresentam circulação simples, sem separação completa entre os fluxos.

Assim, a alternativa correta é a C) um mamífero ou uma ave, pois apenas esses grupos possuem a estrutura cardíaca que melhor se encaixa na descrição poética de Millôr Fernandes.