A respeito dos órgãos da Administração Pública Direta, correlacione órgãos com seus respectivos conceitos, levando em consideração a classificação dos órgãos quanto a sua posição estatal:
(1) Órgãos independentes.
(2) Órgãos autônomos.
(3) Órgãos superiores.
(4) Órgãos subalternos.
( ) São os órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira. Incluem-se nessa categoria órgãos com várias denominações, como o Departamento de Policia.
( ) São os órgãos que se localizam na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e participam das decisões governamentais.
( ) São os órgãos de execução, que se acham subordinados hierarquicamente a órgãos superiores de decisão.
( ) São os órgãos originários da Constituição, que encabeçam cada poder e estrutura do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, e sujeitos apenas aos controles constitucionais de um sobre o outro.
- A) 3 – 4 – 2 – 1
- B) 1 – 2 – 4 – 3
- C) 3 – 2 – 4 – 1
- D) 3 – 4 – 1 – 2
Resposta:
A alternativa correta é letra C) 3 – 2 – 4 – 1
Façamos a correlação desejada pela Banca, à luz da classificação dos órgãos públicos, sob o critério da posição estatal. Desde logo, contudo, é válido acentuar que esta classificação foi concebida pela doutrina clássica de Hely Lopes Meirelles, a qual, sem embargo, veio a ser seguida e reproduzida em diversas obras doutrinárias. Nestes comentários, serão utilizadas como base as lições trazidas por Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo.
Dito isso, vejamos:
( 3 ) São os órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira. Incluem-se nessa categoria órgãos com várias denominações, como o Departamento de Policia.
O conceito aqui exposto vem a ser pertinente aos chamados órgãos superiores. Neste sentido, a doutrina de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, ao tratarem dos órgãos superiores:
"São órgãos que possuem atribuições de direção, controle e decisão, mas que sempre estão sujeitos ao controle hierárquico de uma chefia mais alta. Não têm autonomia administrativa nem financeira."
( 2 ) São os órgãos que se localizam na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e participam das decisões governamentais.
Desta vez, a proposição traz definição atinente aos órgãos autônomos, in verbis:
"Situam-se na cúpula da administração, hierarquicamente logo abaixo dos órgãos independentes. Possuem ampla autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos."
( 4 ) São os órgãos de execução, que se acham subordinados hierarquicamente a órgãos superiores de decisão.
Neste item, a Banca trata dos denominados órgãos subalternos, como se infere do seguinte trecho da citada fonte doutrinária:
"São todos os órgãos que exercem atribuições de mera execução, sempre subordinados a vários níveis hierárquicos superiores. Têm reduzido poder decisório."
( 1 ) São os órgãos originários da Constituição, que encabeçam cada poder e estrutura do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, e sujeitos apenas aos controles constitucionais de um sobre o outro.
Por fim, aqui encontramos referências aos órgãos independentes, o que se pode verificar do respectivo ensinamento da doutrina citada:
"Os órgãos independentes são os diretamente previstos no texto constitucional, representando os três Poderes (Câmara dos Deputados, Senado Federal, STF, STJ e demais tribunais, Presidência da República, e seus simétricos nas demais esferas da Federação). São órgãos sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional. As atribuições destes órgãos são exercidas por agentes políticos."
Do acima exposto, a sequência acertada fica sendo: 3 – 2 – 4 – 1
Gabarito: Letra C
Referências:
ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 20ª ed. São Paulo: Método, 2012, p. 124
Deixe um comentário