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Questões Sobre Regime Jurídico Administrativo - Direito Administrativo - concurso

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2971) Os princípios administrativos são os valores, as diretrizes, os mandamentos mais gerais que orientam a elaboração das leis administrativas, podendo ser expressos ou implícitos. Marque a alternativa abaixo que NÃO indica um princípio administrativo expresso.

  • A) Impessoalidade

  • B) Regularidade

  • C) Legalidade

  • D) Eficiência

  • E) Publicidade

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A alternativa correta é letra B) Regularidade

2972) Dentre os princípios básicos, listados abaixo, que norteiam os procedimentos licitatórios, identifique aquele que está em DESACORDO com o tema tratado.

  • A) Princípio da Modernidade

  • B) Princípio da Legalidade

  • C) Princípio da Isonomia

  • D) Princípio da Impessoalidade

  • E) Princípio da Moralidade e da Probidade Administrativa

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A alternativa correta é letra A) Princípio da Modernidade

2973) A administração pública direta de qualquer dos Poderes da União obedecerá, em conformidade com a Constituição Federal, o princípio corretamente descrito abaixo, EXCETO:

  • A) Legalidade: é uma das principais garantias de direitos individuais, remete ao fato de que a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei permite, ou seja, só pode ser exercido em conformidade com o que é apontado na lei.

  • B) Publicidade: Para que os atos sejam conhecidos externamente, ou seja, na sociedade, é necessário que eles sejam publicados e divulgados, e assim possam iniciar a ter seus efeitos, auferindo eficácia ao termo exposto. Além disso, relaciona-se com o Direito da Informação, que está no rol de Direitos e Garantias Fundamentais.

  • C) Eficiência: Este princípio zela pela "boa administração", aquela que consiga atender aos anseios na sociedade, consiga de modo legal atingir resultados positivos e satisfatórios, como o próprio nome já faz referência, ser eficiente.

  • D) Moralidade: Tendo por base a "boa administração", este princípio relaciona-se com as decisões legais tomadas pelo agente de ,administração pública, acompanhado, também pela honestidade.

  • E) Finalidade: É o objetivo que a Administração quer atingir com a prática do ato. O ato deve alcançar a finalidade expressa prevista na lei que atribuiu a competência para o agente e este não deve mudar esta finalidade correndo o risco de nulidade por desvio de finalidade.

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A alternativa correta é letra E) Finalidade: É o objetivo que a Administração quer atingir com a prática do ato. O ato deve alcançar a finalidade expressa prevista na lei que atribuiu a competência para o agente e este não deve mudar esta finalidade correndo o risco de nulidade por desvio de finalidade.

2974) A respeito dos princípios da Administração Pública, considere as seguintes afirmativas:

  • A) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
  • B) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
  • C) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
  • D) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
  • E) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

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A alternativa correta é letra B) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

2975) O agente público só pode fazer ou deixar de fazer o que está expressamente na lei. Na CF, as pessoas não podem fazer o que a lei proibe (autonomia de vontade).

  • A) Legalidade.

  • B) Moralidade.

  • C) Publicidade.

  • D) Impessoalidade.

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A alternativa correta é letra A) Legalidade.

Gabarito: Letra A

 

O agente público só pode fazer ou deixar de fazer o que está expressamente na lei. Na CF, as pessoas não podem fazer o que a lei proibe (autonomia de vontade).

 

O princípio da administração pública definido é:

 

a) Legalidade.

 

CERTO. O princípio da legalidade constitui uma das principais garantias de respeito aos direitos individuais porque a lei define e estabelece os limites da atuação administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de referidos direitos individuais em benefício da coletividade.

 

Nesse sentido, só é permitido à Administração praticar os atos previstos em lei, restando a atuação fora dos limites legais considerada ilegal.

 

Além disso, para os particulares, o princípio da legalidade está previsto no art. 5º, inciso II da CF/88, a saber:

 

Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

  

Item correto.

 
 

b) Moralidade.

 

ERRADO. O princípio da moralidade impõe ao administrador que sua conduta seja sempre pautada em padrões éticos, de decoro e de boa-fé. Tal princípio possui previsão tanto no art. 37, caput da CF/88, quanto no art. 2º da Lei nº 9.784/99. Veja:

 

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

 

Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

 

Item incorreto.

  
 

c) Publicidade.

 

ERRADO. O princípio da publicidade refere-se à exigência de exteriorização dos atos públicos com o objetivo de tornar possível o controle interno e externo sobre os atos praticados pela Administração Pública.

 

Tal princípio está previsto no art. 37, caput da CF/88:

 

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

  

Item incorreto.

 
  

d) Impessoalidade.

 

ERRADO. O princípio da impessoalidade traz dois vetores de observância obrigatória. 

 

O primeiro diz respeito à exigência de que a Administração Pública deve ser impessoal e isonômica em suas relações com os particulares, ou seja, não é possível que se diferencie particulares que se encontram em situação idêntica, salvo os casos previstos expressamente na Constituição e na lei. 

 

O segundo consiste na proibição de utilização da máquina pública como forma de autopromoção do agente público. Tal disposição está prevista no art. 37, §1º da CF/88, senão vejamos:

 

Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

 

Item incorreto.

   
  

Do exposto, nosso gabarito é a Letra A.

2976) Marque o item no qual todos os termos são exceções ao Princípio da Legalidade:

  • A) Decreto e Portaria.

  • B) Decreto e Medida Provisória.

  • C) Lei e Estado de Defesa.

  • D) Medida Provisória e Estado de Sítio.

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A alternativa correta é letra D) Medida Provisória e Estado de Sítio.

A questão versa acerca dos princípios da administração pública. Nesse contexto, Celso Antônio Bandeira de Mello elenca três hipóteses de restrição ao princípio da legalidade: Medidas Provisórias, Estado de Defesa e Estado de Sítio. Vejamos na sua doutrina:

 

Medidas Provisórias (Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Malheiros, 2013, p. 126):

 

“Medidas provisórias”, como resulta das alterações introduzidas no art. 62 e parágrafos, da Constituição, pela Emenda Constitucional 32, de 11.9.2001, são providências (como o próprio nome diz, provisórias) que o Presidente da República poderá expedir, com ressalva de certas matérias nas quais não são admitidas, “em casos de relevância e urgência”, e que terão “força de lei”, cuja eficácia, entretanto, será eliminada desde o início se o Congresso Nacional, a quem serão imediatamente submetidas, não as converter em lei dentro do prazo — que não correrá durante o recesso parlamentar — de 120 dias contados a partir de sua publicação.

 

Estado de Defesa (Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Malheiros, 2013, 136):

 

Um destes casos — aliás, verdadeira excrescência teratológica que a Constituição abrigou — é o do “estado de defesa”. Vejamo-lo. O Presidente da República, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional (previstos, respectivamente, nos arts. 89 e 91), pode decretar “estado de defesa”, a fim de “preservar ou prontamente restabelecer, em locais determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções” (art. 136).

 

Estado de Sítio (Curso de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Malheiros, 2013, 137):

 

Além do estado de defesa, a Constituição prevê ainda o “estado de sítio”, o qual já seria bastante para alcançar os mesmos objetivos e, ao contrário dele, não padece do inconveniente de ser decretável sem prévia autorização do Congresso. Com efeito, para decretar estado de sítio, o Presidente, ouvidos o Conselho da República e o de Defesa Nacional, deve expor ao Congresso as razões pelas quais pretende fazê-lo e solicitar-lhe seja dada autorização para tanto. É cabível nos casos de “comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa” e de “declaração de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira” (art. 137 e parágrafo único).

 

Portanto, como dentre as alternativas somente a Medida Provisória e Estado de Sítios são exceções ao Princípio da Legalidade, gabarito LETRA D.

2977) Sobre a Administração Pública, leia o enunciado abaixo:

  • A) Economicidade, legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.

  • B) Eticidade, legalidade, impessoalidade, razoabilidade e economicidade.

  • C) Legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.

  • D) Territorialidade, legalidade, moralidade, publicidade e economicidade.

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A alternativa correta é letra C) Legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.

Sobre a Administração Pública, leia o enunciado abaixo:

 

No texto da Constituição Federal, temos no seu art. 37, em seu caput, expressamente os princípios constitucionnais relacionados com a Administração Pública, ficando com a doutrina, a necessidade de compreender quais são as verdadeiras aspirações destes princípios e como eles estão sendo utilizados na prática. Esses princípios são:

 

a) Economicidade, legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.

b) Eticidade, legalidade, impessoalidade, razoabilidade e economicidade.

c) Legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.

d) Territorialidade, legalidade, moralidade, publicidade e economicidade.

 

Gabarito: Letra C

 
 

A questão exige conhecimento do art. 37 da CF/88.

 

Nesse sentido, o referido artigo determina expressamente os princípios administrativos, a saber:

 
  • Legalidade;
  • Impessoalidade;
  • Moralidade;
  • Publicidade;
  • Eficiência.
 

Veja:

 

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

 

Do exposto, nosso gabarito é a Letra C.

  

2978) No que se refere à Administração Pública e aos servidores públicos, julgue o item.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: CERTO.

 

Aqui não há muito o que comentar, a não ser indicar que a questão copia e cola o texto do caput do art. 37 da Constituição Federal.

 

"Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...)"

 

Espero ter ajudado.

2979) O concurso público se caracteriza por ser um processo seletivo amplo e democrático para efeitos de acesso ao emprego ou cargo público. É assegurada igualdade de oportunidades aos interessados, cabendo ao Estado identificar os mais aptos de acordo com critérios objetivos. Ou seja, trata-se de um claro exemplo do seguinte princípio da administração pública:

  • A) Ética, pois o Estado brasileiro garante a oportunidade de acesso aos que tiverem condições para tal, assim como vocação às atividades do Estado.

  • B) Impessoalidade, na medida em que todos têm o direito de concorrer ao emprego público sem qualquer restrição de idade, gênero, religião, renda etc.

  • C) Eficiência, em função de um processo seletivo no qual apenas os que obtiverem desempenho regular ou estiverem em cotas previstas em lei são aprovados.

  • D) Legalidade, na medida em que os concursos são previstos em lei e estão acessíveis, sem discriminação, a toda e qualquer pessoa com visão governamental e política.

  • E) Moralidade, pois o acesso ao setor público ocorre de maneira transparente, sem restrições e com incremento da influência política e pessoal.

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A alternativa correta é letra B) Impessoalidade, na medida em que todos têm o direito de concorrer ao emprego público sem qualquer restrição de idade, gênero, religião, renda etc.

A questão versa sobre os princípios da administração pública. Nesse contexto, o princípio da impessoalidade norteia toda a administração pública, desde a sua relação com os administrado até o seu próprio comportamento, não podendo atuar para prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas; e um de seus mais emblemáticos exemplos é o concurso público, uma vez que todos têm o direito de concorrer ao emprego público sem qualquer restrição de idade, gênero, religião, renda etc., conforme ensina Matheus Carvalho (Manual de Direito Administrativo. 4. ed. Salvador: Juspodivm, 2017, p. 71):

 

Não haverá mudança de comportamento em razão da pessoa a ser beneficiada ou prejudicada pelo ato administrativo. O art. 37., II, da Constituição Federal, faz referências a ações concretas desse princípio, ao prever que todos devem concorrer de forma igual para ingresso em concurso público, bem como no art. 37, XXI, que determina que todos os licitantes têm direito a concorrer de forma igualitária. Neste diapasão, o poder público não poderá nomear alguém para assunção de cargo público por qualquer outro motivo que não seja a aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. Da mesma forma, não é possível a contratação de qualquer pessoa, mas tão somente do sujeito que se sagrou vencedor no procedimento licitatório.

 

Portanto, gabarito LETRA B.

 

Analisando os demais itens, temos o seguinte:

 

a)  Ética, pois o Estado brasileiro garante a oportunidade de acesso aos que tiverem condições para tal, assim como vocação às atividades do Estado.

 

Incorreto. A Ética é algo que se integra a vida do cidadão e da Administração Pública, mas não podemos afirmar que ela seja o principal motivo para a exigência de concurso público.

 

c)  Eficiência, em função de um processo seletivo no qual apenas os que obtiverem desempenho regular ou estiverem em cotas previstas em lei são aprovados.

 

Incorreto. O concurso público não é exemplo de eficiência, pois não visa a obtenção de resultado com o menor custo. Com efeito, o princípio da eficiência subdivide-se em dois aspectos: quanto ao modo de atuação do agente público, o qual deve buscar o melhor desempenho possível de suas tarefas; e quanto ao modo de organização, estruturação e disciplina, sempre visando o melhor resultado na prestação do serviço público, conforme leciona Maria Sylvia Zanella di Pietro (Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014):

 

O princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público

 

d)  Legalidade, na medida em que os concursos são previstos em lei e estão acessíveis, sem discriminação, a toda e qualquer pessoa com visão governamental e política.

 

Incorreto. Embora, esteja positivado em Lei (inclusive, na Constituição Federal), o princípio da legalidade é por demais genérico para justificar esta exigência. Pelo princípio da legalidade, no Direito Público, não há liberdade nem vontade pessoal do agente, a lei define o modo de operação da conduta e o administrador deve seguir a risca, diversamente do que ocorre no Direito Privado, que, se não há proibição na lei, o particular poderá fazê-lo a seu modo. Vejamos nas lições de Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo Brasileiro. 42. ed. São Paulo: Malheiros, 2016, p. 93):

 

Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A lei para o particular significa "pode fazer assim"; para o administrador público significa "deve fazer assim".

 

e)  Moralidade, pois o acesso ao setor público ocorre de maneira transparente, sem restrições e com incremento da influência política e pessoal.

 

Incorreto. Embora o concurso público deva ocorrer com respeito a moralidade, esta não é a justificativa primordial para sua execução. A moralidade é o princípio que exige respeito à moral, aos bons costumes, às regras da boa administração, aos princípios da justiça e equidade, devendo o agente agir não só em respeito a legalidade, mas aos deveres de honestidade, em nada opondo-se ao princípio da impessoalidade, segundo Maria Sylvia di Pietro (Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014, p. 79):

 

Em resumo, sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamento da Administração ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de justiça e de equidade, a ideia comum de honestidade, estará havendo ofensa ao princípio da moralidade administrativa.

 

Desse modo, confirma-se gabarito LETRA B.

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2980) O direito administrativo disciplina a função administrativa dos entes federados, órgãos, agentes e atividades desenvolvidas pela Administração Pública. Entre seus princípios está a legalidade, ou seja, cabe à Administração Pública:

  • A) Apresentar resultados positivos para o serviço público, bem como o atendimento das necessidades públicas.

  • B) Promover a qualificação de agentes públicos que apresentem comportamento de acordo com o interesse público.

  • C) Ser composta por agentes públicos que não usem a administração pública para a promoção pessoal.

  • D) Ter credibilidade voltada para transparência na defesa de direitos para a oferta de informações nos órgãos públicos.

  • E) Atuar de acordo com a lei e finalidades expressas ou implícitas previstas no Direito.

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A alternativa correta é letra E) Atuar de acordo com a lei e finalidades expressas ou implícitas previstas no Direito.

A questão versa acerca dos princípios aplicáveis à Administração Pública. Nesse contexto, vamos analisar os itens para encontrar a resposta correta.

 

a)  Apresentar resultados positivos para o serviço público, bem como o atendimento das necessidades públicas.

 

Incorreto. Trata-se do princípio da eficiência. O princípio da eficiência subdivide-se em dois aspectos: quanto ao modo de atuação do agente público, o qual deve buscar o melhor desempenho possível de suas tarefas; e quanto ao modo de organização, estruturação e disciplina, sempre visando o melhor resultado na prestação do serviço público, conforme leciona Maria Sylvia Zanella di Pietro (Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014):

 

O princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público.

 

b)  Promover a qualificação de agentes públicos que apresentem comportamento de acordo com o interesse público.

 

Incorreto. Aqui temos novamente expressão do princípio da eficiência, uma vez que a qualificação de agentes públicos é uma forma de melhor prestar o serviço público.

 

c)  Ser composta por agentes públicos que não usem a administração pública para a promoção pessoal.

 

Incorreto. Trata-se do princípio da impessoalidade, que norteia toda a administração pública, desde a sua relação com os administrado até o seu próprio comportamento, não podendo atuar para prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, conforme explica Maria Sylvia di Pietro (Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014, p. 68):

 

[...]o princípio estaria relacionado com a finalidade pública que deve nortear toda a atividade administrativa. Significa que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu comportamento.

 

d)  Ter credibilidade voltada para transparência na defesa de direitos para a oferta de informações nos órgãos públicos.

 

Incorreto. Trata-se de expressão do princípio da publicidade, que diz respeito à divulgação do procedimento para conhecimento de todos os interessados e à divulgação dos atos praticados pela Administração nas fases do procedimento, ressalvando-se as hipóteses de sigilo previstas na constituição e na legislação pertinente. Vejamos o que diz Maria Sylvia Di Pietro (Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014, p. 385):

 
O princípio da publicidade, que vem agora inserido no artigo 37 da Constituição, exige a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei.
 

Vejamos, por fim, alguns exemplos da restrição da publicidade dos atos encartados na própria CF, em seu art. 5º:

 

Art. 5º. [...]

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

[...]

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 

[...]

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

 

e)  Atuar de acordo com a lei e finalidades expressas ou implícitas previstas no Direito.

 

Correto. De fato, pelo princípio da legalidade, no Direito Público, não há liberdade nem vontade pessoal do agente, a lei define o modo de operação da conduta e o administrador deve seguir a risca, diversamente do que ocorre no Direito Privado, que, se não há proibição na lei, o particular poderá fazê-lo a seu modo. Vejamos nas lições de Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo Brasileiro. 42. ed. São Paulo: Malheiros, 2016, p. 93):

 

Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza. A lei para o particular significa "pode fazer assim"; para o administrador público significa "deve fazer assim".

 

Portanto, gabarito LETRA E.

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