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Questões Sobre Regime Jurídico Administrativo - Direito Administrativo - concurso

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3771) Um dos princípios que regem a Administração Pública impõe ao administrador agir de maneira ética, com probidade, considerando que o interesse público se sobrepõe ao interesse particular. A acumulação ilícita de dois cargos públicos é um bom exemplo de afronta ao princípio da:

  • A) impessoalidade
  • B) moralidade
  • C) legalidade
  • D) eficiência

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A alternativa correta é letra B) moralidade

Gabarito: letra B.

 

A segunda frase, apesar de não estar construída como tal, serve como exemplo da primeira. A questão quis colocar a acumulação ilícita de cargos públicos como um exemplo de ato que afronta o princípio que "impõe ao administrador agir de maneira ética, com probidade, considerando (...)".

 

Ora, e sabemos que, quando a questão fala em um princípio impõe a ação ética e proba é o princípio da moralidade.

 

E de fato, a acumulação ilícita de cargos públicos, além de ser ilegal, é um ato que demonstra falta de integridade e desrespeito aos valores éticos que devem nortear a administração pública.

 

Em relação aos demais princípios, vamos fazer breves comentários.

 

a) impessoalidade: este princípio determina que a administração pública deve tratar a todos os administrados de forma igualitária, sem favorecimentos ou perseguições pessoais. Ele reforça que os atos administrativos devem ser praticados visando o interesse público, e não interesses particulares.

c) legalidade: segundo este princípio, a administração pública só pode fazer o que está expressamente previsto em lei. Diferentemente dos particulares, que podem fazer tudo o que a lei não proíbe, os agentes públicos só podem agir conforme determinações legais.


d) eficiência: impõe que a administração pública atue de forma a garantir a melhor utilização dos recursos públicos, promovendo resultados positivos e satisfazendo as necessidades da comunidade de maneira eficiente.

 

Assim, confirmamos o gabarito na letra B.

 

Espero ter ajudado.

3772) A supervisão do almoxarifado de uma organização pública vem controlando os níveis de estoque visando à redução do volume de compras, com o objetivo de evitar aumento nas quantidades pedidas e maior necessidade de recursos financeiros. Ou seja, considera-se que há melhor uso dos recursos de custeio ao se trabalhar com lotes pequenos, que geram redução do nível de estoque, apesar do acréscimo no número de pedidos e da redução no intervalo entre dois pedidos.

  • A) competitividade;
  • B) eficiência;
  • C) especialidade;
  • D) isonomia;
  • E) publicidade.

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A alternativa correta é a letra B) eficiência;

A eficiência se refere à otimização dos recursos utilizados para alcançar os objetivos propostos. No caso, a redução do volume de compras e a otimização dos recursos financeiros, por meio da gestão de estoque, demonstram a busca por uma gestão mais eficiente dos recursos públicos.

As demais alternativas estão incorretas porque não se aplicam ao contexto apresentado. A competitividade refere-se à capacidade de competir em um mercado, o que não é o foco da gestão de estoque. A especialidade se refere à especialização de cada órgão público em suas funções, não sendo o princípio em destaque na gestão de almoxarifado. A isonomia se refere à igualdade perante a lei, e a publicidade se refere à divulgação de atos públicos, ambas não se relacionam à gestão eficiente de estoque.

3773) A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios listados na coluna 1.

  • A) 1 • 2 • 4 • 3 • 5
  • B) 2 • 5 • 3 • 4 • 1
  • C) 3 • 4 • 2 • 5 • 1
  • D) 4 • 1 • 2 • 5 • 3
  • E) 5 • 1 • 2 • 3 • 4

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Resposta:

D) 4 × 1 × 2 × 5 × 3

Explicação:

A sequência correta é: Impessoalidade, Legalidade, Moralidade, Eficiência e Publicidade.

3774) A Reforma Administrativa do período Gerencial, conforme emenda 19, Art. 37, da Constituição Federal, alterou para cinco os princípios a serem obedecidos pela Administração Pública, quais sejam:

  • A) Impessoalidade, publicidade, accountability, legalidade e moralidade.
  • B) Publicidade, transparência, legalidade, moralidade e cidadão-cliente.
  • C) Publicidade, legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência.
  • D) Eficiência, cidadão-cliente, accountability, moralidade e legalidade.
  • E) Transparência, accountability, cidadão-cliente, legalidade e impessoalidade.

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A alternativa correta é letra C) Publicidade, legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência.

A Reforma Administrativa do período Gerencial, conforme a Emenda Constitucional nº 19/1998, modificou o Art. 37 da Constituição Federal, inserindo o princípio da eficiência como um dos pilares da Administração Pública, ao lado dos já existentes: legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

A inclusão da eficiência buscava modernizar a gestão pública, estimulando a busca por resultados e a otimização de recursos. A ideia era promover uma Administração Pública mais eficiente, capaz de atender às demandas da sociedade de forma mais eficaz e com qualidade.

3775) No âmbito do regime jurídico-administrativo, não é considerada prerrogativa da Administração Pública:

  • A) poder de expropriar
  • B) realizar concurso público para seleção de pessoal
  • C) alterar unilateralmente os contratos administrativos
  • D) instituir servidão
  • E) impor medidas de polícia

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A alternativa correta é letra B) realizar concurso público para seleção de pessoal

Questão relativamente simples.

O regime jurídico administrativo é o conjunto de regras e de princípios de Direito Público utilizados pelo Estado para o atingimento de suas finalidades. Dois princípios são informadores do referido regime: o da supremacia - que traduz as prerrogativas, os poderes -, e o da indisponibilidade/legalidade - que traduz as restrições/sujeições, deveres.

Então, perceba que em quatro alternativas há poderes, prerrogativas. Em apenas um dos itens há uma restrição, um dever do Estado.

Certamente, o poder de expropriar, alterar unilateralmente os contratos administrativos e impor medidas de polícia traduzem prerrogativas.

Eventuais dúvidas recaem sobre os itens "B" e "D". Bom, ainda que você não saiba o que é servidão, questiono: realizar concurso é DEVER ou PODER do Estado? Claro que um DEVER, uma restrição.

Assim, mesmo sem conhecer o instituto da servidão, chegamos à resposta (alternativa B).

Em todo caso, transcrevo, abaixo, o conceito de servidão da autora Maria Sylvia Di Pietro:
 

Servidão administrativa é o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus delegados, em favor de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública.


Um exemplo de servidão é a colocação de cabos telefônicos em residências ou de placas de sinalização de ruas.

3776) A prevalência do interesse público sobre o privado, característica essencial do regime jurídico-administrativo, está presente nas hipóteses abaixo, exceto:

  • A) desapropriação por interesse social
  • B) manutenção da equação financeira no contrato administrativo
  • C) ato de poder de polícia administrativa restritivo de direito
  • D) remoção de ofício de servidor público
  • E) encampação de serviço público concedido a particular

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A alternativa correta é letra B) manutenção da equação financeira no contrato administrativo

A resposta é letra B.

A Administração Pública se submete a um sistema híbrido de regime jurídico. Ora ao Direito Público, ora ao Direito Privado, ou a ambos. Por isso, parte dos doutrinadores considera que há algo maior do que regime jurídico administrativo, é o Regime Jurídico DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ou regime jurídico administrativo, em sentido amplo). Responsável, assim, por englobar tanto as normas de Direito Público (regime jurídico-administrativo), como as de Direito Privado (regime jurídico de direito privado), aplicáveis à própria administração em situações específicas.

Chegamos à conclusão de que o conceito de DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA é MAIOR que “ADMINISTRATIVO”. Assim, regime jurídico DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA não abrange tão-somente o regime JURÍDICO-ADMINISTRATIVO, como também o de DIREITO PRIVADO.

No entanto, é no regime jurídico-administrativo (de Direito Público) que a Administração dispõe de prerrogativas (de força, de supremacia sobre os particulares). Isso ocorre em razão do significado que o Estado possui na sociedade: a de ser responsável pelo cumprimento dos interesses coletivos (públicos).

Em consequência, a Administração Pública dispõe de “poderes especiais” que não são colocados à disposição do particular. Como exemplos de tais prerrogativas: o exercício do poder de polícia, a desapropriação de bens, a possibilidade de aplicação de sanções administrativas independentemente da intervenção judicial.

Com base nessas informações, o candidato deve vasculhar, entre os itens, aquele que não traduz uma prerrogativa, força da Administração por assim dizer.

As letras A [desapropriação], C [poder de polícia], D [remoção do servidor], e E [encampação] são prerrogativas do Estado, exercício do seu poder de império. São situações em que é permitida a atuação unilateral.

Perceba, no item B, por sua vez, que a manutenção da equação financeira é um DIREITO da empresa contratada. Se estamos diante de um direito do particular, é porque, para a Administração, refere-se a uma RESTRIÇÃO. Daí a correção da letra B.

No regime jurídico-administrativo, não há só prerrogativas (autonomia). Jamais! Existem também as restriçõesliberdade), contrapartida das prerrogativas. Vamos mais um exemplo.
 

Imagine que a Administração Pública tenha de adquirir veículos e toma conhecimento que uma loja está com uma “promoção”, com preços bastante inferiores aos correntes no mercado. Poderia o Administrador livremente, ao seu arbítrio, adquirir os veículos? Sonoramente, NÃO!


A razão disso que é Constituição Federal submete a Administração ao dever de licitar suas aquisições (art. 37, inc. XXI), restringindo o que se poderia nominar de “liberdade” da Administração em realizar contratos.

Portanto, o regime jurídico-administrativo poderia ser resumido em duas expressões: prerrogativas e sujeições do Estado, no desempenho de suas atividades Administrativas.

3777) Tratando-se da relação jurídico-administrativa, assinale a opção falsa.

  • A) Nesta relação, uma das partes está em posição de supremacia em relação à outra.
  • B) A presunção de legitimidade dos atos administrativos decorre da natureza desta relação.
  • C) Um ato de gestão de pessoal de uma fundação pública de direito público, quanto a seu servidor, insere-se nesta relação.
  • D) O fundamento da ação administrativa nesta relação é, necessariamente, a realização do interesse público.
  • E) Para se configurar esta relação, basta que uma das partes seja pessoa jurídica integrante da Administração Pública Direta ou Indireta.

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A alternativa correta é letra E) Para se configurar esta relação, basta que uma das partes seja pessoa jurídica integrante da Administração Pública Direta ou Indireta.

Alternativa A - VERDADEIRA. O direito é conceitualmente uno, monolítico, sendo bipartido em ramos do direito privado e público para fins meramente didáticos. A principal distinção entre tais ramos é a posição assumida pelos partícipes. Enquanto nas relações travadas entre os particulares, vigora a horizontalidade, igualdade jurídica; nas relações entre o Estado e os administrados, vigora, comumente, a verticalidade, o poder extroverso, a imperatividade, a desigualdade jurídica. Enfim, na relação jurídico-administrativa, uma das partes está em posição de supremacia em relação à outra, daí a correção do quesito.

Alternativa B - VERDADEIRA.A presunção de legitimidade dos atos administrativos é um dos princípios regentes da relação jurídico-administrativa. Para Maria Sylvia, a presunção de legalidade engloba dois aspectos: de um lado, a presunção de verdade, que diz respeito à certeza dos fatos; de outro lado, a presunção da legalidade, pois, se a Administração Pública se submete à lei, presume-se, até prova em contrário, que todos os seus atos sejam verdadeiros e praticados com observância das normas legais pertinentes. Uma aplicação do referido princípio pode ser encontrada no art. 19, inc. II, da CF/1988, o qual veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios recusar fé aos documentos públicos.

Alternativa C - VERDADEIRA. A Administração Pública pode ser introversa e extroversa. A extroversa é finalística, de dentro para fora, exemplo da prestação de serviços públicos e exercício regular do poder de polícia. Já a introversa é instrumental, interesse público secundário, exemplo do ato de gestão de pessoal de uma fundação pública de direito público, quanto a seu servidor, daí a correção do quesito.

Alternativa D - VERDADEIRA. O fundamento do Estado, a sua razão de existir, é sempre a preservação do interesse público. Ainda que presente interesse privado, como no caso da autorização de porte de arma, o pressuposto de interesse público deve sempre estar presente para a concessão do ato ao particular, daí a correção do quesito.

Alternativa E - FALSA. A Administração Indireta é composta por entidades de direito público (autarquias, p. ex.) e de direito privado (empresas públicas, p. ex.). As empresas públicas, ora prestam serviços públicos, ora intervêm no domínio econômico. Na qualidade de prestadoras de serviços públicos, submetem-se ao regime jurídico administrativo, no entanto, quando atuam na economia, relacionam-se com os demais particulares destituídas de prerrogativas públicas. Daí a incorreção do quesito ao afirmar que basta que uma das partes seja pessoa jurídica integrante da Administração Pública Direta ou Indireta.

3778) O sistema do Direito Administrativo tem como conteúdo do seu regime jurídico a consagração do princípio básico da

  • A) indisponibilidade dos bens e interesses públicos.
  • B) supremacia do interesse público sobre o privado.
  • C) posição de isonomia dos órgãos públicos com os particulares.
  • D) facultatividade pela Administração do desempenho de atividade pública.
  • E) imunidade de controle jurisdicional dos seus atos.

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A alternativa correta é letra B) supremacia do interesse público sobre o privado.

Vejamos cada uma das opções lançadas:

 

a)  indisponibilidade dos bens e interesses públicos.

 

Errado: a rigor, os dois princípios que constituem os pilares do denominado regime jurídico administrativo vêm a ser o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público. Daquele primeiro (supremacia) decorrem as prerrogativas especiais conferidas à Administração para que possa, com eficiência, atuar na defesa do interesse coletivo e, assim, atingir os fins desejados pela Constituição e pelas leis em geral. Por sua vez, do segundo (indisponibilidade) derivam sujeições especiais impostas ao Estado, notadamente os deveres administrativos, tais como o poder-dever de agir, o dever de probidade, de eficiência, de transparência etc.

 

Ocorre que o presente item citou um suposto princípio da indisponibilidade dos bens e interesses públicos, o que destoa da denominação correta deste postulado, simplesmente chamado de princípio da indisponibilidade do interesse público, e não dos bens.

 

b)  supremacia do interesse público sobre o privado.


Certo: como dito acima, um dos pilares do regime jurídico administrativo consiste, de fato, no princípio da supremacia do interesse público. Dele derivam os poderes administrativos, como o poder de polícia, o poder disciplinar, o poder hierárquico e o poder regulamentar. Cite-se, ainda, como exemplos de materialização desse postulado, as cláusulas exorbitantes dos contratos administrativos e as modalidades de intervenção do Estado na propriedade.

 

c)  posição de isonomia dos órgãos públicos com os particulares.


Errado: a rigor, como decorrência do acima mencionado princípio da supremacia, entende-se que, nas relações jurídicas tipicamente administrativas, o ente estatal, por desfrutar de certas prerrogativas, não atua com isonomia em relação aos particulares. Estaria, pois, numa situação de jurídica vantagem, em certa medida, o que se justifica em razão da necessidade de atuar em defesa dos interesses públicos.

 

d)  facultatividade pela Administração do desempenho de atividade pública.


Errado: o desempenho de atividade pública não é uma faculdade, mas, sim, um genuíno poder-dever de agir, desde que a lei assim determine. A inércia, em casos tais, configura comportamento omissivo ilegítimo e sujeita o responsável às reprimendas legais cabíveis. A razão para tanto consiste em que o exercício da função pública existe para atender finalidades públicas, de modo que o titular de cada competência não tem a faculdade de exercê-las, ou não, ao sabor de suas vontades pessoais. Como os interesses que estão em jogo são públicos, e como as competências são estabelecidas por força de lei, seus titulares devem necessariamente agir, acaso se deparem com situação fática que imponha sua atuação.

 

e)  imunidade de controle jurisdicional dos seus atos.


Errado: por fim, os atos da Administração não são imunes ao controle jurisdicional. Pelo contrário, à luz do princípio da inafastabilidade de tal controle, que é um consectário lógico da adoção do sistema da unicidade de jurisdição em nosso ordenamento, basta que haja ameaça ou lesão a um direito para que o interessado provoque a atuação do Judiciário, a fim de que seu direito (ameaçado ou violado) seja devidamente tutelado.

 

Gabarito: Letra B

3779) Julgue o item subsequente, relativo aos princípios da administração pública.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é a letra B) Errado.

O princípio da supremacia do interesse público sobre o particular, embora garanta que o Estado atue para atender às necessidades da coletividade, não reforça práticas autoritárias. Pelo contrário, ele impõe limites à atuação estatal, exigindo que a administração pública atuem de forma proporcional, razoável e legal, sempre em busca do bem comum, respeitando os direitos individuais e o devido processo legal. Em outras palavras, o princípio da supremacia do interesse público não significa que o Estado pode agir de forma arbitrária, mas sim que ele deve agir de forma equilibrada, priorizando o bem-estar social sem comprometer os direitos individuais.

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3780) No início do corrente ano, determinada entidade, constituída sob a forma de uma autarquia federal que presta serviço não-essencial ou monopolizado pelo Estado, realizou concurso público e contratou servidores em regime celetista, ou seja, não mais no regime jurídico único.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra B) Errado

Gabarito: ERRADO.

 

A questão versa acerca do regime de pessoal da Administração Pública. Nesse contexto, a assertiva está INCORRETA, pois a redação original do art. 39, caput, da Constituição Federal, exigia a adoção de um regime jurídico único. Todavia, com a Emenda Constitucional nº 19/1998, a exigência foi abolida e não havia mais obrigatoriedade para a contratação em regime jurídico único. Ocorre que, em 2007, o STF, em sede de medida cautelar, suspendeu a eficácia da redação do art. 39, caput, dada pela Emenda Constitucional nº 19/1998, voltando a vigorar a redação original do dispositivo. É o que nos dizem Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (p. 357-358):

 
 

O caput do art. 39 da Constituição, originariamente, estabelecia a obrigatoriedade de adoção, por parte de cada ente da Federação, de um só regime jurídico aplicável a todos os servidores integrantes de suas administrações direta, autárquica e fundacional (e também tornava obrigatória a instituição de planos de carreira para esses servidores).

[...]

Por essa razão, no julgamento da ADI 2.135/DF, em 02.08.2007, o STF deferiu medida cautelar para suspender a eficácia do art. 39, caput, da Constituição Federal, com a redação da EC 19/1998. Na oportunidade, esclareceu a Corte Suprema, expressamente, que a decisão terá efeitos prospectivos (ex nunc), isto é, toda a legislação editada durante a vigência do art. 39, caput, com a redação dada pela EC 1 9/1998, continua válida. Não obstante, deve ficar claro que, a partir dessa decisão, voltou a vigorar a redação original do caput do art. 39 da Constituição, que, como visto, exige que sejam admitidos sob um único regime jurídico os agentes públicos da administração direta, autarquias e fundações públicas de cada um dos entes federados.

 

Portanto, assertiva INCORRETA.

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