Questões Sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis - Enfermagem - concurso

De acordo com a I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, os fatores de risco mais relevantes para a morbimortalidade associada às doenças crônicas não transmissíveis incluem condições como a hipercolesterolemia e o consumo inadequado de frutas, verduras e hortaliças. Esses elementos estão diretamente ligados ao desenvolvimento de complicações cardiovasculares e metabólicas, reforçando a importância de uma alimentação equilibrada e hábitos saudáveis na prevenção dessas doenças.

Entre as opções apresentadas, a alternativa C é a correta, pois destaca dois aspectos críticos: a hipercolesterolemia, que contribui para o acúmulo de placas nas artérias, e a baixa ingestão de alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais, essenciais para a manutenção da saúde. Enquanto outras alternativas mencionam fatores menos determinantes ou até mesmo contraditórios (como a deficiência no consumo de gorduras prejudiciais, por exemplo), a opção C aponta para evidências amplamente reconhecidas pela literatura médica.

Portanto, a escolha da alternativa C está alinhada com as recomendações da diretriz, que priorizam o controle do colesterol e a adoção de uma dieta rica em vegetais como medidas fundamentais para reduzir os riscos associados à síndrome metabólica e suas complicações.

A asma é uma condição crônica que afeta as vias respiratórias, causando inflamação e estreitamento dos brônquios. Seu tratamento adequado envolve uma abordagem multifatorial, conforme destacado na alternativa correta (A).

Os três pilares essenciais para o manejo da asma são:

• Ação educativa para o autocuidado: O paciente deve compreender sua condição, identificar gatilhos e aprender técnicas para prevenir crises.
• Tratamento farmacológico: Inclui medicamentos de manutenção (como corticoides inalatórios) e de alívio (broncodilatadores) para controle a longo prazo.
• Tratamento da crise aguda: Protocolos específicos para situações de emergência, geralmente envolvendo broncodilatadores de ação rápida e oxigenoterapia quando necessário.

As demais alternativas apresentam informações incorretas sobre o tratamento da asma. Medidas como uso de vasopressores (B), soro antiloxoscélico (C), adesivos transdérmicos (D) ou neurolépticos (E) não fazem parte do protocolo terapêutico padrão para esta condição respiratória.

Portanto, a alternativa A é a única que apresenta corretamente os componentes fundamentais do tratamento da asma, integrando educação, medicação e manejo das crises de forma abrangente e cientificamente embasada.

De acordo com as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, a prevenção primária da hipertensão arterial sistêmica envolve medidas não medicamentosas baseadas em evidências científicas. Entre as opções apresentadas, a alternativa correta é a D), que recomenda uma alimentação saudável, o consumo controlado de sódio e a ingestão adequada de potássio.

Essas diretrizes destacam a importância de reduzir o sódio na dieta, pois seu excesso está associado ao aumento da pressão arterial. Por outro lado, o potássio exerce um efeito protetor, auxiliando no equilíbrio vascular. Além disso, uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, contribui para a manutenção da saúde cardiovascular.

As outras alternativas apresentam combinações incorretas ou inadequadas, como o consumo de bebidas estimulantes (alternativa B), isotônicas (alternativa C) ou a liberação do consumo de sódio (alternativa E), que não estão alinhadas com as recomendações oficiais para a prevenção da hipertensão.

O manejo adequado da insulina é fundamental para garantir a eficácia do tratamento de pacientes diabéticos insulino-dependentes. Entre as orientações fornecidas, a alternativa correta sobre a conservação da insulina é a letra C, que indica que o frasco deve ser armazenado em geladeira, na porta ou na parte inferior. Essa recomendação está alinhada com as diretrizes médicas, pois mantém a insulina em uma temperatura estável, evitando a degradação do hormônio.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou perigosas para a conservação da insulina:

• A) Congelar o frasco fora de uso é prejudicial, pois a insulina não deve ser exposta a temperaturas extremamente baixas, pois isso pode alterar sua estrutura e eficácia.
• B) O uso de gelo seco para transporte é inadequado, já que a insulina não deve ficar em contato direto com superfícies extremamente frias, como o gelo seco, que pode danificá-la.
• D) Manter o frasco em uso em temperaturas entre 30°C e 35°C por até 15 dias é incorreto, pois a insulina em uso deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) e por um período limitado, geralmente até 28 dias, dependendo do tipo de insulina.
• E) A mudança de cor ou a presença de grânulos no frasco aberto não é normal e indica que a insulina pode estar degradada, devendo ser descartada.

Portanto, a orientação correta é armazenar a insulina não utilizada na geladeira, evitando congelamento ou exposição a calor excessivo, garantindo assim a qualidade e a eficácia do medicamento.

A hipertensão arterial e o diabetes melito são doenças crônicas não transmissíveis que representam um grande desafio para a saúde pública no Brasil. Essas condições são responsáveis por um alto número de hospitalizações e complicações, impactando significativamente o sistema público de saúde. Diante desse cenário, o Programa Nacional de Hipertensão Arterial e Diabetes Melito foi criado para promover ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e controle dessas doenças.

Em 2011, uma das campanhas do programa adotou o tema "Quem tem bom coração combate a hipertensão. Eu sou 12 por 8", buscando conscientizar a população sobre a importância do controle da pressão arterial. O objetivo era incentivar a adoção de hábitos saudáveis e o monitoramento regular da pressão, visando reduzir os riscos associados à hipertensão.

Considerando as informações apresentadas, a afirmação sobre o tema da campanha de 2011 está correta (C), pois realmente foi utilizado o slogan mencionado como parte das estratégias de conscientização do programa naquele ano.

O termo indicado para classificar a ausência dos movimentos respiratórios é:

• A) Taquipnéia.
• B) Bradipnéia.
• C) Apnéia.
• D) Dispnéia.
• E) Ortopnéia.

O gabarito correto é C) Apnéia.

As alterações da função respiratória são causadas por doenças e distúrbios que afetam os mecanismos de respiração ou o transporte de oxigênio. A assistência de enfermagem a esses pacientes exige conhecimento e domínio sobre as principais afecções respiratórias e os cuidados específicos necessários.

No contexto da assistência de enfermagem a pacientes com afecções respiratórias, é fundamental identificar as condutas adequadas e reconhecer as práticas incorretas. Analisando as afirmativas apresentadas, a alternativa INCORRETA é a letra D), que recomenda manter a cabeceira da cama abaixada em 180º para melhorar o padrão respiratório de um paciente acamado com restrição respiratória.

Essa orientação é equivocada porque, na realidade, elevar a cabeceira da cama (em torno de 30º a 45º) é a medida adequada para facilitar a expansão pulmonar e melhorar a ventilação em pacientes acamados. Manter o leito completamente plano (180º) pode prejudicar a respiração, especialmente em indivíduos com comprometimento pulmonar, além de aumentar o risco de aspiração e reduzir o conforto.

As demais alternativas apresentam informações corretas sobre cuidados respiratórios:

• A) Descreve corretamente a crise asmática e medidas preventivas, como evitar alérgenos e tabagismo.
• B) Aborda a conduta adequada diante da hemoptise, destacando a importância da observação e registro das características do escarro.
• C) Alerta sobre os riscos da oxigenoterapia em pacientes com DPOC, que podem ter sua drive respiratória suprimida por altas concentrações de oxigênio.

Portanto, a alternativa D) é a única que contém uma recomendação inadequada, contradizendo os princípios básicos de posicionamento para melhora da função respiratória em pacientes acamados.

O envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis, como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade, são os principais responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência do diabetes em todo o mundo. Como se trata de uma doença crônica degenerativa, que pode levar à invalidez ou até mesmo à morte, é essencial trabalhar na prevenção, controle e adesão aos tratamentos.

Diante da importância dos cuidados com o diabetes, analisemos as afirmativas apresentadas, destacando a alternativa INCORRETA:

• A) Entre os fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo II, estão idade acima de 45 anos, sobrepeso, histórico familiar de diabetes e hipertensão arterial sistêmica. Essa afirmação está correta, pois esses são fatores amplamente reconhecidos na literatura médica.
• B) A hipoglicemia, caracterizada por níveis glicêmicos abaixo de 60 a 70 mg/dL, pode apresentar sintomas como fome, tontura, fraqueza, confusão mental e até convulsões. Essa descrição está correta e condiz com os conhecimentos clínicos sobre o tema.
• C) A afirmação de que a hipertensão arterial sistêmica, embora comum em diabéticos, não representa fator de risco para doenças coronarianas e microvasculares, está incorreta. Na verdade, a hipertensão em diabéticos é um importante fator de risco para complicações cardiovasculares e microvasculares, como retinopatia e nefropatia.
• D) As áreas recomendadas para aplicação de insulina incluem braços, abdômen e região glútea, com a necessidade de alternar os locais de aplicação. Essa orientação está correta e é amplamente difundida no manejo do diabetes.

Portanto, a alternativa C é a incorreta, pois a hipertensão arterial em diabéticos, de fato, aumenta significativamente o risco de complicações cardiovasculares e microvasculares, exigindo controle rigoroso.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a mais frequente das doenças cardiovasculares. Sendo assim, é de extrema importância que os casos de HAS sejam detectados, tratados e controlados eficazmente.

Considerando as diretrizes do MS sobre HAS, analise as afirmativas abaixo e marque a alternativa INCORRETA:

• A) Na medida indireta de Pressão Arterial (PA), a pressão sistólica é determinada a partir do aparecimento do primeiro som ao se realizar a deflação do manguito.
• B) Hipertensão arterial é definida quando a pressão sistólica for maior ou igual a 140 mmHg e a diastólica for maior ou igual a 90 mmHg em indivíduos que não estão fazendo uso de anti-hipertensivos.
• C) Antes de aferir a PA, é necessário certificar-se de que o paciente não esteja com a bexiga cheia, não tenha praticado exercícios físicos há 60-90 minutos, não tenha ingerido bebidas alcoólicas, café, alimentos ou fumado até 30 minutos antes.
• D) Quando a pressão sistólica e a pressão diastólica se encontram em categorias diferentes de classificação de PA, aquela com menor valor em mmHg deve ser utilizada para classificação da PA.

O gabarito correto é D), pois a afirmação está incorreta. De acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, quando as pressões sistólica e diastólica estão em categorias diferentes, deve-se considerar a maior categoria para classificar a pressão arterial, e não a menor.

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma das condições de saúde mais prevalentes e preocupantes no Brasil e no mundo, representando um desafio significativo para a saúde pública. Seu controle adequado exige a atuação efetiva dos profissionais da rede básica de saúde, que desempenham um papel fundamental na identificação precoce, orientação e acompanhamento dos pacientes.

No contexto do diagnóstico, a classificação da pressão arterial é essencial para determinar as condutas médicas adequadas. Um indivíduo adulto com mais de 18 anos é considerado pré-hipertenso quando apresenta valores de pressão arterial sistólica (PAS) entre 120-139 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) entre 80-89 mmHg, conforme a alternativa B). Essa classificação é crucial, pois identifica pacientes com maior risco de desenvolver hipertensão arterial plena e permite a implementação de medidas preventivas, como mudanças no estilo de vida.

Vale destacar que os outros intervalos apresentados nas alternativas correspondem a diferentes classificações: a alternativa A) indica hipertensão estágio 1, a C) representa valores normais, a D) pressão arterial ótima e a E) hipertensão estágio 2. O reconhecimento correto desses parâmetros pelos profissionais de saúde é fundamental para evitar subdiagnósticos ou tratamentos inadequados.

Portanto, a identificação precisa da pré-hipertensão, como definida na alternativa B), permite intervenções precoces e estratégias de promoção da saúde, reduzindo o risco de complicações cardiovasculares futuras. A educação em saúde, o estímulo à alimentação balanceada e a prática regular de atividade física são pilares essenciais no manejo desses pacientes.