Questões Sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis - Enfermagem - concurso

Cerca de 50% da população com diabetes não sabe que é portadora da doença, muitas vezes permanecendo sem diagnóstico até que surjam complicações. Por isso, o rastreamento é essencial em indivíduos assintomáticos com fatores de risco elevado.

Entre os fatores que indicam maior probabilidade de desenvolver diabetes, estão:

• Diagnóstico prévio de síndrome dos ovários policísticos (A);
• Hipertensão arterial acima de 140/90 mmHg (B);
• Histórico de macrossomia ou diabetes gestacional (C);
• Sobrepeso (IMC maior que 25) (E).

No entanto, a alternativa D apresenta valores incorretos para obesidade central. A medida correta da circunferência abdominal considerada de risco é maior que 102 cm para homens e maior que 88 cm para mulheres, e não os valores citados (120 cm e 78 cm, respectivamente). Portanto, essa é a opção que não representa um fator de risco válido para diabetes, tornando-a a resposta correta.

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica de grande impacto na saúde pública, tanto no Brasil quanto globalmente. Sua importância está diretamente relacionada ao controle e prevenção de complicações graves que podem comprometer a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes. Entre as principais consequências da HAS não tratada ou mal controlada, estão doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e doença arterial periférica.

No entanto, a Doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida principalmente por insetos vetores, não está associada à hipertensão. Ela é uma enfermidade infecciosa que pode levar a complicações cardíacas e digestivas, mas sua origem é completamente distinta da HAS. Portanto, entre as alternativas apresentadas, a opção A) Doença de Chagas é a correta, pois não é uma complicação da hipertensão arterial.

O controle da pressão arterial, por meio de hábitos saudáveis e tratamento medicamentoso quando necessário, é essencial para reduzir os riscos das complicações citadas, reforçando a necessidade de conscientização e acompanhamento médico regular.

A hipertensão arterial é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Entre as alternativas apresentadas, a correta é a letra C), que destaca a importância de hábitos saudáveis para o controle da doença.

Analisando as opções:

• A) Embora algumas medicações anti-hipertensivas possam causar tontura, esse efeito não está diretamente relacionado ao tempo que o paciente permanece deitado.
• B) A hipertensão maligna, apesar de grave, pode ser tratada com intervenções médicas adequadas, não levando necessariamente ao óbito em poucos dias.
• C) CORRETA. A adoção de uma alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas são fundamentais para o controle da pressão arterial.
• D) O termo "hipertensão convergente" não é utilizado na medicina. Além disso, a diferença entre pressão sistólica e diastólica não define um tipo específico de hipertensão.
• E) A hipertensão arterial é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas pode ser controlada com medicamentos e mudanças no estilo de vida.

Portanto, a alternativa C) é a única que apresenta uma informação correta e clinicamente relevante para o manejo da hipertensão arterial.

No Brasil, a hipertensão arterial é um problema de saúde pública que afeta cerca de 17 milhões de pessoas, representando aproximadamente 35% da população com mais de 40 anos. Diante desse cenário, é fundamental compreender os aspectos relacionados à doença, seus fatores de risco e as formas de tratamento.

A alternativa correta sobre a hipertensão arterial é a D), que define a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) como uma condição caracterizada pelo aumento persistente da pressão sistólica e diastólica. Essa definição está alinhada com a literatura médica, que descreve a HAS como uma doença crônica e multifatorial, capaz de causar danos cardiovasculares e renais se não for adequadamente controlada.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou incompletas. A alternativa A) menciona fatores de risco para hipertensão primária, mas não esclarece que essa forma da doença não tem uma causa única identificável. A alternativa B) está equivocada ao afirmar que a hipertensão não está relacionada ao transplante renal, já que a doença pode levar a complicações renais graves. A alternativa C) é incorreta ao descrever a hipertensão como "pouco prevalente", quando, na realidade, é uma das doenças crônicas mais comuns no Brasil. Por fim, a alternativa E) está errada ao afirmar que a hipertensão secundária tem causa desconhecida, quando, na verdade, ela está associada a condições médicas específicas, como doenças renais ou endócrinas.

Portanto, a compreensão adequada da hipertensão arterial, seus riscos e formas de controle é essencial para reduzir sua alta prevalência e prevenir complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto e insuficiência renal.

A bissinose é uma doença pulmonar ocupacional que afeta principalmente trabalhadores expostos a poeiras orgânicas provenientes de fibras como algodão, linho, cânhamo ou sisal. Essa condição é mais comum em indivíduos que manipulam algodão cru, especialmente durante o processo de abertura de fardos ou nas primeiras etapas de processamento da fibra.

O mecanismo da doença envolve uma reação aos componentes presentes no algodão não processado, que causam o estreitamento das vias aéreas em pessoas suscetíveis. Os sintomas típicos incluem falta de ar, aperto no peito e tosse, que geralmente se manifestam no início da semana de trabalho (a chamada "asma da segunda-feira").

Entre as opções apresentadas:

• A) Asbestose - relacionada à inalação de fibras de amianto
• B) Asma ocupacional - termo genérico para asma desencadeada no ambiente de trabalho
• C) Bagaçose - causada por poeira de cana-de-açúcar
• D) Bissinose - a resposta correta, específica para poeiras de algodão e fibras similares
• E) Silicose - associada à inalação de poeira de sílica

Portanto, a alternativa correta é D) Bissinose, como indicado no gabarito. Esta doença representa um importante problema de saúde ocupacional em setores têxteis e de processamento de fibras naturais.

O texto aborda um tema relevante no campo da enfermagem, especificamente sobre a hipoglicemia, suas causas, sintomas e tratamento. A hipoglicemia é caracterizada pela queda dos níveis de glicose no sangue abaixo de 50 mg/dL a 60 mg/dL, podendo ser desencadeada por fatores como excesso de insulina ou medicamentos hipoglicemiantes, baixa ingestão de alimentos ou prática intensa de atividade física.

O texto também descreve os sintomas graves da hipoglicemia, como desorientação, convulsões, dificuldade em despertar e até perda de consciência. Para esses casos, é recomendado o tratamento imediato com uma injeção de 1 mg de glucagon, administrado por via subcutânea ou intramuscular.

O item apresentado para julgamento é classificado como C) CERTO, pois as informações fornecidas estão de acordo com as recomendações clínicas e procedimentos de enfermagem para o manejo da hipoglicemia grave. A abordagem descrita é condizente com os protocolos estabelecidos para garantir a segurança e o bem-estar do paciente.

Portanto, o gabarito correto é C) CERTO, confirmando a precisão das informações e a adequação do tratamento proposto para os casos de hipoglicemia grave.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a Síndrome Metabólica é uma condição complexa que envolve diversos fatores de risco para doenças cardiovasculares e diabetes. Sua base principal está relacionada à resistência à ação da insulina, conforme indicado na alternativa B).

A resistência à insulina ocorre quando as células do corpo não respondem adequadamente ao hormônio, levando a um aumento compensatório na produção de insulina pelo pâncreas. Esse desequilíbrio está diretamente associado a outros componentes da síndrome, como obesidade abdominal, hipertensão arterial, dislipidemia e alterações nos níveis de glicose no sangue.

Embora as outras alternativas apresentem elementos que podem estar relacionados a distúrbios metabólicos, não representam a base da Síndrome Metabólica:

• A) Níveis aumentados de cortisol estão mais associados à síndrome de Cushing.
• C) Hipercalemia e poliúria são características de distúrbios renais ou eletrolíticos.
• D) A diminuição da produção de insulina é característica do diabetes mellitus tipo 1.
• E) O aumento dos níveis de colesterol pode ocorrer na síndrome, mas não é sua causa primária.

Portanto, a alternativa correta é de fato B), pois a resistência insulínica é o fator fisiopatológico central que conecta os diversos componentes da Síndrome Metabólica.

A asma é uma doença respiratória crônica que afeta as vias aéreas, causando inflamação e estreitamento dos brônquios. Entre suas principais manifestações clínicas, destacam-se os sintomas relacionados à obstrução do fluxo de ar, que são essenciais para o diagnóstico e manejo da condição.

Analisando as alternativas apresentadas:

• A) Tosse, epigastralgia, febre e perda da consciência – sintomas não característicos da asma, pois incluem manifestações atípicas como dor epigástrica e alteração de consciência.
• B) Dispneia, tosse, hipocalcemia e uremia – embora dispneia e tosse sejam comuns na asma, hipocalcemia e uremia não estão associadas à doença.
• C) Sibilos, dispneia, tosse e pressão torácica – sintomas clássicos da asma, refletindo a limitação ao fluxo de ar e a hiper-reatividade brônquica.
• D) Dispneia, sonolência, perda da consciência e trombofilia – sintomas graves como sonolência e perda de consciência podem ocorrer em crises severas, mas a trombofilia não é uma característica da asma.
• E) Hemoptise, tosse, sudorese e trombocitopenia – hemoptise e trombocitopenia não são sintomas típicos da asma.

Portanto, a alternativa C é a correta, pois reúne os sintomas mais característicos da asma: sibilos (chiado no peito), dispneia (falta de ar), tosse e sensação de pressão torácica. Esses sinais refletem diretamente a obstrução das vias aéreas e a dificuldade respiratória típica da doença.

A cetoacidose diabética é uma complicação grave do diabetes mellitus, caracterizada por um conjunto de alterações metabólicas que podem colocar a vida do paciente em risco. Entre as principais características dessa condição, destacam-se:

• Hiperglicemia: Níveis elevados de glicose no sangue devido à falta de insulina ou à resistência à sua ação, impedindo a entrada de glicose nas células.
• Desidratação e perda de eletrólitos: A hiperglicemia provoca diurese osmótica, levando à perda excessiva de água e eletrólitos, como sódio e potássio, pela urina.
• Acidose metabólica: A falta de insulina faz com que o organismo utilize gordura como fonte de energia, gerando corpos cetônicos (como o acetoacetato e o β-hidroxibutirato), que acidificam o sangue.

Portanto, a alternativa A) é a correta, pois descreve com precisão os três pilares da cetoacidose diabética: hiperglicemia, desidratação com perda de eletrólitos e acidose metabólica. As outras opções apresentam combinações incorretas ou características não associadas a essa condição, como hipoglicemia, anasarca ou acidose respiratória.

O caso apresentado descreve um jovem de 28 anos, portador de diabetes mellitus tipo 1, que busca atendimento ambulatorial com sintomas característicos de hipoglicemia, como tremor, sudorese e palpitação, além de uma glicemia capilar de 50 mg/dL. A hipoglicemia é uma complicação frequente em pacientes diabéticos, especialmente naqueles em uso de insulina, e pode ser desencadeada por diversos fatores relacionados ao manejo da doença.

Analisando as alternativas fornecidas, a resposta correta é a letra D, que associa a hipoglicemia ao aumento da dose de insulina e à diminuição da ingestão de alimentos. Essa combinação é classicamente reconhecida como uma das principais causas de episódios hipoglicêmicos em pacientes diabéticos, uma vez que a insulina exógena reduz os níveis de glicose no sangue, e a falta de ingestão alimentar adequada não compensa esse efeito.

As demais alternativas não correspondem à fisiopatologia da hipoglicemia no contexto do diabetes tipo 1. Por exemplo:

• A) O aumento da ingestão de alimentos e a diminuição da dose de insulina geralmente levam à hiperglicemia, não à hipoglicemia.
• B) A diminuição da atividade física e o aumento da ingestão alimentar também não são causas típicas de hipoglicemia.
• C) O aumento da atividade física pode, sim, contribuir para a hipoglicemia, mas a diminuição da dose de insulina teria o efeito oposto.
• E) A diminuição da dose de insulina e da atividade física não costumam resultar em hipoglicemia, pois a redução da insulina tende a elevar a glicemia.

Portanto, a alternativa D é a única que descreve corretamente uma situação clínica plausível para o desenvolvimento de hipoglicemia em um paciente diabético tipo 1. É fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos a esses fatores para orientar adequadamente os pacientes na prevenção de complicações agudas como essa.