Questões Sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis - Enfermagem - concurso

Dentre os fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica, segundo as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, o gabarito correto é a alternativa E), que inclui:

• Etnia
• Tabagismo
• Excesso de peso
• Sedentarismo
• Etilismo

Esses fatores são amplamente reconhecidos como contribuintes para o desenvolvimento da hipertensão, conforme destacado pelas diretrizes médicas brasileiras. A combinação de hábitos não saudáveis, como o consumo excessivo de álcool (etilismo), a falta de atividade física (sedentarismo) e o tabagismo, juntamente com predisposições como a etnia e o excesso de peso, aumenta significativamente o risco de elevação da pressão arterial.

As outras alternativas apresentam combinações incorretas ou incompletas, como a inclusão de doenças não diretamente relacionadas como fatores de risco primários (ex.: asma, doença vascular encefálica) ou a omissão de elementos-chave como o etilismo e a etnia, que constam na resposta correta.

Dentre os fatores que interferem na velocidade da absorção da insulina, incluem-se:

• A) banho frio, compressa fria, exercício físico e hipertermia, diminuindo a velocidade, ocasionando hiperglicemia.
• B) massagem, compressa fria, hipertermia e desidratação, aumentando a velocidade, ocasionando hiperglicemia.
• C) exercício físico, aumento da temperatura ambiente, hipertermia e banho quente, aumentando a velocidade, ocasionando hipoglicemia.
• D) aumento da temperatura ambiente, desidratação, banho frio e compressa fria, diminuindo a velocidade, ocasionando hipoglicemia.
• E) desidratação, exercício físico, hiportermia e compressa quente, aumentando a velocidade, ocasionando hipoglicemia.

O gabarito correto é C), pois os fatores mencionados (exercício físico, aumento da temperatura ambiente, hipertermia e banho quente) aceleram a absorção da insulina, o que pode levar a uma queda nos níveis de glicose no sangue, resultando em hipoglicemia.

Um cliente está recebendo Clonidina como forma de tratamento da hipertensão arterial. Nesta situação, o enfermeiro deverá orientá-lo quanto aos efeitos colaterais mais frequentes, sendo um deles:

• A) aumento da libido.
• B) zumbido.
• C) diminuição da acuidade auditiva.
• D) hipotensão postural.
• E) hipotermia.

O gabarito correto é D) hipotensão postural, pois a Clonidina é um agente anti-hipertensivo que age no sistema nervoso central, podendo causar queda abrupta da pressão arterial ao levantar-se (hipotensão postural) como um de seus efeitos adversos mais comuns.

Ao conversar com o usuário, o enfermeiro percebe que ele apresenta o hálito com cheiro de "maçã podre". Esta situação deve ser rapidamente notificada porque retrata:

• A) o aumento da taxa de fenilcetonúria.
• B) a reação hipoglicêmica.
• C) o diabetes do tipo "insípidus".
• D) a hiperglicemia, com a glicose ultrapassando a 250 mg/dl.
• E) a doença de Cushing diabética.

O gabarito correto é D).

A angina pectoris é uma condição clínica caracterizada por dor ou desconforto torácico, resultante da isquemia miocárdica temporária. Essa isquemia ocorre quando há um desequilíbrio entre a demanda de oxigênio pelo músculo cardíaco e o suprimento sanguíneo oferecido pelas artérias coronárias. O tratamento imediato visa aliviar os sintomas e reduzir a demanda de oxigênio do coração, garantindo assim a reversão rápida do quadro.

Entre as alternativas apresentadas, a opção A) é a correta, pois os betabloqueadores atuam reduzindo a frequência cardíaca e a contratilidade miocárdica, diminuindo assim a demanda de oxigênio pelo coração. Essa classe de medicamentos é amplamente utilizada no manejo da angina estável, pois ajuda a prevenir novos episódios de isquemia.

As demais alternativas estão incorretas pelos seguintes motivos:

• B) A manutenção da temperatura ambiente em 12 °C não é uma medida terapêutica válida, e o uso de trombolíticos está indicado apenas em casos de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST.
• C) A manobra de Osler não tem relação com o tratamento da angina, e os vasopressores podem piorar a isquemia ao aumentar a resistência vascular periférica.
• D) Os digitálicos não são indicados no tratamento agudo da angina, e a deambulação pode aumentar a demanda de oxigênio, agravando o quadro.
• E) A nitroglicerina é um vasodilatador coronariano que reduz a pré-carga e a pós-carga, mas não aumenta a frequência cardíaca nem causa constrição arterial.

Portanto, o tratamento mais adequado para a angina pectoris, entre as opções apresentadas, é a administração de betabloqueadores, conforme indicado na alternativa A).

Algumas doenças, quando não são tratadas e acompanhadas devidamente, podem levar o indivíduo adulto ao Acidente Vascular Encefálico (AVE). A descrição clássica "a pior dor de cabeça da minha vida", com início súbito, é um sinal de alerta para os profissionais de saúde, especialmente enfermeiros, indicando a possibilidade de um quadro grave.

Entre as alternativas apresentadas, a correta é a B) AVE hemorrágico, com hemorragia subaracnoidea, tendo como causa mais comum um aneurisma. Essa condição é frequentemente associada ao relato de dor de cabeça intensa e abrupta, característica da ruptura de um aneurisma cerebral, que leva ao extravasamento de sangue no espaço subaracnoideo.

As outras opções descrevem condições distintas:

• A) Refere-se ao AVE trombótico, que ocorre por obstrução vascular, mas não está diretamente ligado à dor de cabeça súbita e intensa.
• C) O DNIR é um déficit neurológico transitório, com duração menor que duas horas, sem relação direta com a descrição clínica apresentada.
• D) A penumbra isquêmica é uma área de risco no tecido cerebral, mas não explica o sintoma mencionado.
• E) O AIT é um evento isquêmico transitório, com recuperação rápida, mas não costuma ser associado à dor de cabeça extrema.

Portanto, a resposta correta é a alternativa B, pois a descrição clínica apresentada é compatível com um AVE hemorrágico por hemorragia subaracnoidea, geralmente causado pela ruptura de um aneurisma.

Segundo as V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, a hipertensão estágio I é caracterizada por valores específicos de pressão arterial, que auxiliam no diagnóstico e no manejo adequado dessa condição clínica.

Analisando as alternativas apresentadas:

• A) Incorreta. Valores menores que 120/80 mmHg são considerados normais, não configurando hipertensão.
• B) Incorreta. Embora a pressão sistólica esteja elevada, a diastólica abaixo de 90 mmHg não caracteriza o estágio I.
• C) Incorreta. Os valores 139/85 mmHg estão dentro da categoria de pré-hipertensão, não atingindo o patamar do estágio I.
• D) Correta. A hipertensão estágio I é definida quando a pressão sistólica está entre 140-159 mmHg e a diastólica entre 90-99 mmHg, conforme estabelecido pelas diretrizes.
• E) Incorreta. Apesar da sistólica elevada, a diastólica abaixo de 90 mmHg não se enquadra no estágio I, podendo indicar outro cenário clínico.

Portanto, a alternativa D é a única que corresponde corretamente aos critérios diagnósticos da hipertensão arterial estágio I, conforme as diretrizes brasileiras.

O diabetes mellitus tipo I é uma condição crônica que afeta principalmente crianças e jovens, caracterizada pela incapacidade do pâncreas de produzir insulina. Entre suas complicações agudas, a mais grave e potencialmente fatal é a cetoacidose diabética, que corresponde à alternativa correta (C).

A cetoacidose diabética ocorre quando a falta de insulina leva o organismo a utilizar gordura como fonte de energia, resultando na produção de corpos cetônicos em excesso. Isso causa um quadro clínico marcado por:

• Desidratação severa
• Respiração acidótica (respiração de Kussmaul)
• Alterações no nível de consciência
• Náuseas e vômitos
• Hálito cetônico (odor frutado)

As outras alternativas apresentadas representam complicações crônicas ou condições não relacionadas:

• A) Neuropatia diabética: Complicação tardia que afeta os nervos.
• B) Vasculopatia diabética: Doença vascular progressiva.
• D) Alcalose metabólica: Distúrbio oposto ao da cetoacidose.
• E) Retinopatia: Complicação ocular de longo prazo.

Portanto, a resposta correta é C) Cetoacidose diabética, por ser a complicação aguda que melhor se encaixa na descrição clínica fornecida.

As síndromes coronarianas agudas (SCA) representam um conjunto de condições clínicas resultantes da redução súbita do fluxo sanguíneo nas artérias coronárias, podendo levar a quadros como o infarto agudo do miocárdio. Entre os principais fatores predisponentes para o desenvolvimento dessas síndromes, destacam-se condições amplamente reconhecidas pela literatura médica.

O gabarito correto para a questão apresentada é a alternativa A), que menciona a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão e o diabetes como fatores de risco. Esses elementos estão intimamente relacionados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo as SCA, devido aos seus efeitos no sistema circulatório e no metabolismo corporal.

• Obesidade: O excesso de peso está associado a um aumento na inflamação sistêmica e à resistência à insulina, fatores que contribuem para a aterosclerose.
• Sedentarismo: A falta de atividade física reduz a capacidade cardiovascular e favorece o acúmulo de placas de gordura nas artérias.
• Hipertensão: A pressão arterial elevada sobrecarrega o coração e danifica as paredes vasculares, facilitando a formação de coágulos.
• Diabetes: O descontrole glicêmico acelera o processo aterosclerótico e prejudica a microcirculação.

Embora outras alternativas apresentem fatores de risco relevantes para outras condições (como o acidente vascular encefálico ou a trombose venosa profunda), a combinação presente na opção A) é a que melhor representa os principais predisponentes para as síndromes coronarianas agudas, conforme evidências científicas consolidadas.

A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica de grande impacto na saúde pública, devido às suas complicações graves e potencialmente fatais. O controle adequado da pressão arterial é essencial para prevenir danos a órgãos-alvo e reduzir a morbimortalidade associada a essa condição.

Entre as principais complicações relacionadas à hipertensão não controlada, destacam-se:

• Doença renal crônica - a hipertensão é uma das principais causas de lesão glomerular e perda progressiva da função renal
• Insuficiência cardíaca - o aumento crônico da pós-carga leva à hipertrofia ventricular e disfunção cardíaca
• Doença arterial periférica e coronariana - a aterosclerose acelerada pela hipertensão compromete a vascularização de diversos órgãos
• Doenças cerebrovasculares - incluindo acidente vascular cerebral isquêmico e hemorrágico

A alternativa C) apresenta corretamente este conjunto de complicações, sendo portanto a resposta mais completa e adequada. As outras opções incluem condições que, embora possam estar associadas à hipertensão em alguns casos, não representam as principais complicações diretamente relacionadas ao quadro hipertensivo.

A identificação precoce e o manejo adequado da hipertensão arterial são fundamentais para prevenir essas complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.