Questões Sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis - Enfermagem - concurso

Disfunções circulatórias são um grave problema de saúde pública, responsável por inúmeras complicações e óbitos no Brasil e no mundo. Essas alterações podem ter origens diversas, desde condições congênitas até processos infecciosos ou doenças crônico-degenerativas. Quando não adequadamente controladas, evoluem para quadros clínicos complexos que representam importantes causas de mortalidade.

No contexto das arritmias cardíacas, é fundamental compreender suas manifestações clínicas. O texto menciona que as arritmias podem se apresentar como taquicardia (acima de 300 bpm), bradicardia (abaixo de 60 bpm) ou como fibrilação e flutter atrial (acima de 100 bpm). Entretanto, esta afirmação contém imprecisões que merecem correção.

A taquicardia geralmente é definida como frequência cardíaca acima de 100 bpm em repouso, sendo extremamente raro atingir valores superiores a 300 bpm. Já a bradicardia é corretamente caracterizada por frequências abaixo de 60 bpm. Quanto à fibrilação e flutter atrial, embora possam apresentar frequências ventriculares elevadas, sua definição não se baseia especificamente em valores acima de 100 bpm, mas sim no padrão elétrico característico.

Portanto, a afirmação contém erros conceituais significativos, especialmente quanto aos valores de referência para taquicardia e à caracterização das arritmias atriais. O gabarito correto é E) ERRADO, pois as informações apresentadas não correspondem completamente à realidade clínica das arritmias cardíacas.

Disfunções circulatórias são um grave problema de saúde pública, responsáveis por uma parcela significativa das mortes no Brasil e no mundo. Essas condições podem surgir desde o nascimento, como no caso de malformações cardíacas congênitas, ou se desenvolver ao longo da vida devido a infecções bacterianas, doenças reumáticas ou processos crônico-degenerativos. Quando não adequadamente controladas, essas disfunções evoluem para complicações sérias, tornando-se causas frequentes de óbito.

No contexto específico da hipertensão arterial, o texto apresenta uma informação incorreta sobre sua classificação. A hipertensão essencial (primária) - aquela sem causa definida - corresponde a cerca de 90-95% dos casos, enquanto a hipertensão secundária (com causa identificável) representa apenas 5-10% dos casos. Portanto, a afirmação de que 45% dos casos seriam de hipertensão primária e 55% de secundária está claramente equivocada, justificando a marcação da alternativa E) ERRADO como resposta correta.

Este equívoco estatístico é particularmente relevante porque a hipertensão primária, por sua natureza idiopática, requer abordagens diferentes da secundária. Enquanto na primeira o tratamento foca no controle dos sintomas e fatores de risco, na segunda é possível atuar diretamente na causa subjacente, como problemas renais ou distúrbios endócrinos.

Disfunções circulatórias são um grave problema de saúde que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Essas condições podem ter origens diversas, incluindo fatores congênitos, infecciosos ou crônico-degenerativos, e representam uma das principais causas de mortalidade quando não adequadamente controladas.

O texto apresentado destaca que fatores como história de vida, idade, sexo, raça e hábitos relacionados ao estilo de vida (como alimentação inadequada, consumo de substâncias nocivas e estresse) contribuem para o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas. Esta afirmação está correta, pois a medicina reconhece que tais elementos são determinantes no surgimento e agravamento dessas condições.

As doenças cardiovasculares representam um desafio complexo para a saúde pública, pois envolvem tanto aspectos biológicos quanto comportamentais. A prevenção e o controle dependem não apenas de intervenções médicas, mas também de mudanças nos hábitos de vida da população.

Portanto, a alternativa C) CERTO está correta, conforme indicado no gabarito. A compreensão desses fatores de risco é essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes de promoção da saúde e prevenção de doenças.

Os fatores de risco para doença cardiovascular, segundo o Ministério da Saúde, incluem:

• A) tabagismo, sedentarismo e dieta pobre em frutas e vegetais.
• B) diabetes, hipertensão arterial sistêmica e diverticulite.
• C) gordura abdominal, melanoma e tabagismo.
• D) hipercolesterolemia, obesidade e gastrite.
• E) estresse psico-social, diabetes e artrite.

O gabarito correto é A), pois os fatores mencionados (tabagismo, sedentarismo e dieta inadequada) estão diretamente associados ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde. As outras opções incluem condições não relacionadas ou menos relevantes para o sistema cardiovascular.

A insuficiência renal aguda (IRA) de origem pré-renal é uma condição clínica caracterizada pela diminuição abrupta da função renal devido a uma redução no fluxo sanguíneo para os rins. Essa situação pode ser desencadeada por fatores como desidratação, hipovolemia, ou diminuição do débito cardíaco, entre outros. O tratamento inicial deve focar na correção da causa subjacente, visando restaurar a perfusão renal adequada.

Entre as alternativas apresentadas, a opção B) da hidratação adequada para os pacientes com desidratação é a mais correta, pois aborda diretamente a causa pré-renal mais comum: a hipoperfusão renal decorrente de depleção de volume. A reposição volêmica, seja por via oral ou intravenosa, dependendo da gravidade, é essencial para reverter o quadro e evitar a progressão para lesão renal intrínseca.

As demais alternativas não são adequadas como tratamento inicial para IRA pré-renal:

• A) Reações transfusionais são complicações que podem agravar a função renal, mas não são um tratamento.
• C) Antibioticoterapia com aminoglicosídeos é indicada em infecções bacterianas, mas não para IRA pré-renal, além de apresentarem risco de nefrotoxicidade.
• D) Técnica séptica em sondagem vesical previne infecções, mas não trata a causa pré-renal.
• E) A fístula arteriovenosa é utilizada em casos de IRA grave ou crônica que requerem hemodiálise, não sendo uma medida inicial para IRA pré-renal reversível.

Portanto, a abordagem inicial deve priorizar a identificação e correção da causa da hipoperfusão, sendo a hidratação a medida mais eficaz e segura nos casos de desidratação.

O diabetes mellitus é uma condição crônica caracterizada por alterações no metabolismo da glicose, que pode apresentar diversas manifestações clínicas. Dentre os sintomas clássicos, destacam-se a polifagia, a polidipsia e a poliúria, que são frequentemente confundidos em questões de múltipla escolha.

Analisando as alternativas apresentadas:

• A) Polifagia: A descrição está incorreta, pois polifagia refere-se ao aumento do apetite, não à dificuldade de ingestão alimentar.
• B) Cetonemia: O termo está mal aplicado, pois cetonemia se refere à presença de corpos cetônicos no sangue, não na urina (que seria chamada de cetinúria).
• C) Polidipsia: Esta é a resposta correta, pois de fato significa sede excessiva, um dos sintomas cardinais do diabetes.
• D) Poliúria: A definição está invertida, já que poliúria significa aumento do volume urinário e da frequência de micções.
• E) Letargia: A descrição é completamente equivocada, pois letargia refere-se a estado de sonolência e falta de energia, não a erupções cutâneas.

A polidipsia (alternativa C) ocorre como mecanismo compensatório para a poliúria, já que a perda excessiva de líquidos pela urina desencadeia a sensação de sede. Este sintoma, juntamente com os outros do trio clássico, serve como importante indicador clínico para o diagnóstico do diabetes.

A hipertensão arterial durante a gravidez é uma condição que exige atenção médica imediata, pois pode indicar a presença de complicações graves. Entre as opções apresentadas, a resposta correta é a alternativa C) doença hipertensiva específica da gravidez, também conhecida como pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, dependendo da gravidade e dos sintomas associados.

Essa condição é caracterizada pelo aumento da pressão arterial após a 20ª semana de gestação em mulheres que anteriormente não apresentavam hipertensão. Pode estar acompanhada de proteinúria (perda de proteínas na urina) e, em casos mais graves, levar a complicações como convulsões, insuficiência renal ou descolamento prematuro da placenta.

As outras alternativas listadas não estão relacionadas à hipertensão na gravidez:

• A) Hipertensão portal: Condição associada ao aumento da pressão na veia porta, geralmente causada por doenças hepáticas.
• B) Tríade de Beck: Conjunto de sinais clínicos relacionados ao tamponamento cardíaco.
• D) Síndrome de Purkinje: Termo não reconhecido na medicina como uma condição específica relacionada à gravidez ou hipertensão.
• E) Síndrome de Wolf Parkinson White: Arritmia cardíaca causada por uma via elétrica anômala no coração, sem relação com a gestação.

Portanto, o reconhecimento e o tratamento adequado da doença hipertensiva específica da gravidez são fundamentais para garantir a saúde da mãe e do bebê, evitando complicações potencialmente fatais.

A hipertensão arterial sistêmica é um problema de saúde pública no Brasil, afetando entre 22% e 43% da população, com variações regionais significativas. O Ministério da Saúde destaca a importância da mudança no estilo de vida como estratégia fundamental para o controle dessa condição, com ênfase especial nas recomendações dietéticas.

Entre as alternativas apresentadas, a opção correta (E) aponta para a necessidade de restringir o consumo de alimentos industrializados ricos em sódio, como temperos prontos, embutidos e produtos enlatados. Essa recomendação é crucial porque o excesso de sal na dieta é um dos principais fatores relacionados ao desenvolvimento e agravamento da hipertensão.

As outras alternativas contêm informações parcialmente corretas, mas com imprecisões importantes:

• A) Embora recomende temperos naturais, estabelece um limite arbitrário para o consumo de frutas
• B) Confunde as fontes de gordura saturada, que são predominantemente de origem animal
• C) Inclui erroneamente alimentos fritos entre as opções saudáveis
• D) Sugere substituições por opções igualmente calóricas, o que não contribui para uma alimentação saudável

A abordagem correta (E) está alinhada com as diretrizes nutricionais atuais, que recomendam a redução do consumo de sódio como medida prioritária para o controle da pressão arterial, enfatizando a importância de evitar alimentos ultraprocessados, principais fontes de sal oculto na dieta brasileira.

O paciente em questão, um homem de 55 anos com histórico de tabagismo e dislipidemia, apresenta sintomas sugestivos de uma síndrome coronariana aguda, como dor epigástrica com irradiação retroesternal, sudorese e dispneia. Diante desse quadro, o cateterismo cardíaco foi realizado com finalidades específicas, conforme descrito nas alternativas.

A afirmativa I está correta, pois o cateterismo cardíaco é um procedimento essencial para avaliar a anatomia das artérias coronárias e identificar o grau de obstrução, sendo fundamental para o diagnóstico da doença arterial coronariana.

A afirmativa II também está correta, uma vez que o cateterismo pode ter uma finalidade terapêutica, permitindo a realização de angioplastia para desobstruir a artéria afetada e restaurar o fluxo sanguíneo.

Já a afirmativa III está incorreta, pois a angioplastia, com ou sem stent, não é considerada uma medida preventiva, e sim terapêutica. A prevenção envolve mudanças no estilo de vida e controle dos fatores de risco, como tabagismo e dislipidemia.

A afirmativa IV também está incorreta, já que a revascularização miocárdica (cirurgia de ponte de safena ou mamária) não é realizada por meio do cateterismo cardíaco, mas sim por cirurgia cardíaca convencional.

Portanto, apenas as afirmativas I e II estão corretas, correspondendo à alternativa A).

A pressão intraocular (PIO) é um parâmetro essencial na avaliação da saúde ocular, especialmente no diagnóstico de condições como o glaucoma. Os valores considerados normais geralmente variam entre 10 mmHg e 21 mmHg, podendo apresentar pequenas flutuações entre os olhos.

No caso apresentado, a PIO do paciente foi de 15 mmHg no olho esquerdo e 13 mmHg no olho direito. Ambos os valores estão dentro da faixa considerada normal, sem indicação de patologias específicas. A diferença de 2 mmHg entre os olhos também é considerada fisiológica e não sugere anormalidade.

Analisando as alternativas:

• A) Incorreta - Nenhum dos valores sugere glaucoma, pois estão dentro da normalidade.
• B) Incorreta - Não há indicação de tracoma ou hipotensão ocular (valores abaixo de 10 mmHg).
• C) Correta - Ambos os valores estão dentro da faixa normal de pressão intraocular.
• D) Incorreta - A dacriocistite não é diagnosticada através da PIO.
• E) Incorreta - Não há evidências de retinopatia hipertensiva ou hipotensão intraocular.

Portanto, a alternativa correta é C) pressão intraocular normal em ambos os olhos, pois os valores apresentados estão dentro dos parâmetros fisiológicos esperados.