Questões Sobre Doenças Gastrointestinais - Enfermagem - concurso

Análise das Afirmativas sobre Influenza Sazonal e Consumo de Fibras na Gestação

Ao analisar as afirmativas apresentadas, é possível identificar que ambas contêm informações incorretas. A primeira afirmação descreve a influenza sazonal como uma infecção bacteriana aguda do sistema respiratório, o que está errado, pois a gripe é causada por um vírus, não por bactérias. Já a segunda afirmação sugere que o consumo de fibras é prejudicial à gestante, alegando que impediria o funcionamento do intestino, o que também é falso, uma vez que as fibras são essenciais para a saúde intestinal e ajudam a prevenir a constipação, comum durante a gravidez.

Portanto, a alternativa correta é a D) As duas afirmativas são falsas, já que nenhuma das informações apresentadas está de acordo com o conhecimento científico atual sobre os temas abordados.

O procedimento de introduzir uma grande quantidade de líquido no intestino através do reto possui diferentes denominações na prática médica, o que pode gerar confusão entre os termos. Entre as opções apresentadas, a alternativa correta é a letra A) enteróclise, que se refere especificamente à administração de líquidos ou contrastes no intestino delgado, geralmente para fins diagnósticos ou terapêuticos.

Embora outros termos como "enema" (alternativa E) sejam frequentemente associados a procedimentos similares, eles possuem aplicações distintas. O enema, por exemplo, é utilizado principalmente para limpeza do cólon ou administração de medicamentos via retal. Já a "clister" (alternativa D) é um termo mais antigo e menos específico, muitas vezes usado como sinônimo coloquial para enemas.

As demais alternativas apresentam termos incorretos ou irrelevantes para o contexto. "Gastróclise" (alternativa B) não é um termo médico reconhecido, enquanto "sims" (alternativa C) refere-se a uma posição ginecológica e não ao procedimento descrito.

Portanto, a enteróclise destaca-se como a resposta correta por representar tecnicamente o procedimento descrito na questão, demonstrando a importância da precisão terminológica na área da saúde.

A vivência com uma colostomia representa um desafio significativo para a imagem corporal e a autoestima, especialmente em uma sociedade que valoriza excessivamente padrões estéticos irreais. O processo de adaptação envolve não apenas aspectos físicos, mas principalmente emocionais, exigindo uma rede de apoio composta por familiares, amigos e profissionais de saúde especializados. Essa estrutura multidisciplinar é fundamental para auxiliar o paciente na reconstrução de sua autoimagem e no desenvolvimento de mecanismos de enfrentamento saudáveis.

Para facilitar essa adaptação, a indústria médica desenvolveu diversos recursos técnicos que visam tanto a proteção física do estoma quanto a minimização do impacto psicológico. Entre as opções disponíveis, destacam-se a bolsa coletora (D), item essencial para o manejo da colostomia; o protetor cutâneo (B) e a barreira protetora de pele (C), ambos importantes para prevenir irritações na área periestomal. O conector multivias (A), porém, não se enquadra nesse contexto, sendo um dispositivo utilizado em outros procedimentos médicos, o que justifica sua identificação como a alternativa incorreta na questão apresentada.

Esta distinção entre os equipamentos reforça a importância do conhecimento técnico tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes, pois a escolha adequada dos acessórios influencia diretamente na qualidade de vida e no processo de aceitação da nova condição física. A educação sobre esses dispositivos deve fazer parte integrante do acompanhamento pós-operatório, empoderando o indivíduo em seu processo de reabilitação.

O diagnóstico de Constipação está relacionado ao domínio de eliminação e troca, especificamente na classe de função gastrintestinal. Entre as características definidoras desse quadro clínico, algumas são comumente observadas, como abdome distendido, dor à evacuação e a presença de fezes endurecidas no reto. No entanto, uma das opções apresentadas não se enquadra como característica típica da constipação: o abcesso retal.

O abcesso retal é uma condição distinta, geralmente associada a infecções ou inflamações na região anal, e não está diretamente relacionada ao processo de constipação intestinal. Portanto, a alternativa correta é a letra B), que destaca essa exceção entre as opções fornecidas.

O tema central deste ensaio é a hemorragia digestiva alta, uma condição médica grave caracterizada por sangramento ativo no trato digestivo superior, especificamente acima do ligamento de Treitz. Essa condição pode ter diversas causas, e é fundamental compreendê-las para um diagnóstico e tratamento adequados.

Entre as principais causas da hemorragia digestiva alta, destacam-se as úlceras pépticas, que são feridas no revestimento do estômago ou duodeno. Essas úlceras podem ser provocadas por infecção bacteriana, uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ou excesso de produção de ácido gástrico. Outra causa importante são as gastrites ulcerativas, que consistem na inflamação e erosão da mucosa gástrica, frequentemente associada ao consumo excessivo de álcool ou ao uso de medicamentos irritantes.

As varizes esofágicas também representam uma causa significativa de hemorragia digestiva alta, especialmente em pacientes com doença hepática crônica. Essas varizes são veias dilatadas no esôfago que podem romper e sangrar profusamente, constituindo uma emergência médica. Além disso, o uso de medicamentos que irritam a mucosa gástrica, como AINEs e anticoagulantes, pode precipitar ou agravar o sangramento.

É importante ressaltar que, entre as opções apresentadas, a alternativa D) é a correta, pois engloba as causas mais comuns e clinicamente relevantes da hemorragia digestiva alta: úlceras pépticas, gastrites ulcerativas, varizes esofágicas e uso de medicamentos irritantes para a mucosa gástrica. As outras alternativas incluem condições que não são típicas da hemorragia digestiva alta ou que afetam outras partes do trato gastrointestinal.

Em conclusão, o conhecimento das causas da hemorragia digestiva alta é essencial para os profissionais de saúde, permitindo um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz, que pode salvar vidas. A identificação precoce e o manejo adequado dessas condições são fundamentais para reduzir a morbimortalidade associada a essa grave afecção.

As doenças diarreicas agudas representam um conjunto de enfermidades infecciosas que afetam o trato gastrointestinal, provocando sintomas como diarreia, náuseas, vômitos e, em alguns casos, desidratação grave. Essas doenças podem ser causadas por diversos agentes patogênicos, incluindo vírus, bactérias e parasitas, como protozoários. A resposta correta para a questão apresentada é a alternativa C), que abrange todos esses micro-organismos como possíveis causadores da condição.

Os vírus, como o norovírus e o rotavírus, são responsáveis por grande parte dos casos de gastroenterite viral, especialmente em crianças. Bactérias, tais como Escherichia coli, Salmonella e Shigella, também desempenham um papel significativo, podendo causar infecções mais graves, dependendo da cepa e da saúde do indivíduo. Além disso, parasitas como a Giardia lamblia e o Entamoeba histolytica podem desencadear quadros prolongados de diarreia, exigindo tratamento específico.

Portanto, é fundamental reconhecer que as doenças diarreicas agudas têm múltiplas origens, e seu manejo adequado depende da identificação do agente causador. Medidas de prevenção, como higiene adequada, saneamento básico e, em alguns casos, vacinação, são essenciais para reduzir a incidência dessas infecções. A alternativa C) é a única que contempla a diversidade de micro-organismos envolvidos, reforçando a importância de um diagnóstico preciso para um tratamento eficaz.

A colecistite é uma condição médica que envolve a inflamação da vesícula biliar, geralmente causada pela obstrução do ducto cístico devido à presença de cálculos biliares. Essa inflamação pode se manifestar de forma aguda ou crônica, sendo a dor abdominal o sintoma mais comum e característico. A vesícula biliar é um órgão pequeno, mas essencial, localizado próximo ao fígado, com o qual mantém uma relação anatômica direta.

Quanto à localização da vesícula biliar, é importante destacar que ela se encontra anexada ao fígado, desempenhando um papel fundamental no armazenamento e liberação da bile, fluido produzido pelo fígado que auxilia na digestão de gorduras. Portanto, entre as opções apresentadas, a alternativa correta é a letra C) Ao fígado, confirmando a relação anatômica entre esses dois órgãos.

A compreensão da anatomia e da função da vesícula biliar é crucial para o diagnóstico e tratamento adequados da colecistite, evitando complicações como infecções graves ou perfurações. O conhecimento sobre sua localização também auxilia em procedimentos médicos, como a colecistectomia, cirurgia para remoção da vesícula biliar quando necessário.

A pancreatite crônica é uma condição inflamatória prolongada do pâncreas, que pode levar a complicações significativas, incluindo distúrbios hidroeletrolíticos. Nesse contexto, a assistência de enfermagem desempenha um papel fundamental na estabilização do paciente e na prevenção de complicações graves, como hipovolemia e choque. O plano de cuidados deve incluir intervenções específicas para monitorar e corrigir os desequilíbrios fisiológicos, garantindo a segurança e o bem-estar do paciente.

Entre as ações listadas, a alternativa A) Incentivar uma dieta rica em lipídeos é a incorreta, pois pacientes com pancreatite crônica frequentemente apresentam má absorção de gorduras devido à insuficiência enzimática pancreática. Uma dieta rica em lipídeos pode exacerbar os sintomas, como diarreia e dor abdominal, além de agravar o estado nutricional. O correto é orientar uma dieta pobre em gordura e de fácil digestão, adaptada às necessidades individuais do paciente.

As demais alternativas representam condutas adequadas para o manejo do paciente. A B) Avaliação do turgor cutâneo e a C) Avaliação do débito urinário são essenciais para identificar sinais de desidratação e alterações no equilíbrio hidroeletrolítico. A D) Medição diária do perímetro abdominal auxilia no monitoramento de possíveis complicações, como ascite ou agravamento da inflamação. Por fim, a E) Administração de hemoderivados conforme prescrição pode ser necessária em casos de perda sanguínea ou desequilíbrios graves que requeiram reposição volêmica.

Portanto, a assistência de enfermagem deve priorizar intervenções que promovam a estabilidade clínica, evitando medidas que possam piorar o quadro, como a ingestão excessiva de lipídeos. O cuidado individualizado, baseado em evidências e focado nas necessidades do paciente, é fundamental para um desfecho positivo no tratamento da pancreatite crônica complicada por distúrbios hidroeletrolíticos.

A sondagem gastrintestinal é um procedimento médico que consiste na introdução de uma sonda no estômago ou intestino através das vias nasal ou oral. Esse método possui diversas finalidades, como lavagem gástrica, administração de medicamentos, alimentação enteral (gavagem) e descompressão intestinal. Ao analisar as afirmativas apresentadas, verifica-se que apenas as opções II e III estão corretas, conforme o gabarito indicado.

A afirmativa I menciona a necessidade de medir o comprimento NEX (Nariz-Orelha-Xifoide) e acrescentar 15 cm para a inserção de uma sonda nasoenteral. Entretanto, essa informação está incorreta, pois o acréscimo de 15 cm é utilizado para sondas nasogástricas, não nasoenterais. Já a afirmativa II descreve corretamente as características da sonda de descompressão intestinal, que possui duplo lúmen e um peso em sua extremidade para facilitar o avanço até o intestino.

Por fim, a afirmativa III está correta ao apontar o teste do pH do líquido aspirado como um dos métodos para confirmar a posição adequada da sonda nasogástrica. Um pH ácido (geralmente abaixo de 5,5) sugere que a sonda está posicionada no estômago, enquanto um pH mais alto pode indicar localização inadequada no trato respiratório ou intestinal. Portanto, a alternativa E é a única que contempla exclusivamente as afirmações verdadeiras sobre o procedimento.

O Rotavírus grupo C, responsável por causar doenças diarreicas agudas, possui um mecanismo de transmissão específico que difere em alguns aspectos de outros patógenos gastrointestinais. Entre as opções apresentadas, a alternativa correta é a D) Fecal-oral, que representa o principal modo de disseminação desse vírus.

A transmissão fecal-oral ocorre quando partículas virais presentes nas fezes de indivíduos infectados contaminam o ambiente, objetos ou alimentos, sendo posteriormente ingeridas por outras pessoas. Esse processo pode acontecer de forma direta (como no contato entre indivíduos com higiene inadequada) ou indireta (através de água ou alimentos contaminados). Embora a água (B) e alimentos (A) possam ser veículos de transmissão, eles não são considerados os modos primários para o Rotavírus grupo C, e sim potenciais vias secundárias dentro do ciclo fecal-oral.

As demais alternativas apresentam cenários menos relevantes para a epidemiologia desse vírus. A transmissão nosocomial (C), comum em hospitais, e a disseminação pessoa a pessoa (E) podem ocorrer, mas são consequências da via fecal-oral, não modos independentes. Portanto, a resposta mais abrangente e correta é a via fecal-oral, que engloba a maioria dos casos de infecção por esse agente.