São indicadores de mau prognóstico na pancreatite aguda:
São indicadores de mau prognóstico na
pancreatite aguda:
- A)Pancreatite pós-operatória, febre > 39°C, calcemia menor que 8mg/dL nas primeiras 48 horas.
- B)Idade maior que 55 anos, leucometria acima de 16000 cels/mm3 na admissão, lipase > 50mg/dL na admissão.
- C)Obesidade, presença de sinal de Cullen, glicemia maior que 200mg% na admissão.
- D)Sexo masculino, amilase > 1000mg/dL na admissão, sequestro de volume maior que 6L nas primeiras 48 horas.
Resposta:
A alternativa correta é C)
O diagnóstico e prognóstico da pancreatite aguda envolvem a análise de diversos critérios clínicos e laboratoriais. Entre as opções apresentadas, a alternativa C é a correta, pois reúne fatores reconhecidamente associados a um mau prognóstico na pancreatite aguda.
Vamos analisar os critérios contidos nesta alternativa:
- Obesidade: Pacientes com IMC elevado apresentam maior risco de complicações e mortalidade, devido à maior propensão a síndrome da resposta inflamatória sistêmica e falência de múltiplos órgãos.
- Sinal de Cullen: Este sinal físico (equimose periumbilical) indica hemorragia retroperitoneal, sendo um marcador de pancreatite necro-hemorrágica grave.
- Glicemia > 200mg% na admissão: Hiperglicemia reflete estresse metabólico grave e comprometimento das células β pancreáticas, sendo um preditor independente de complicações.
Os critérios de Ranson e APACHE II, amplamente utilizados na prática clínica, corroboram a importância destes fatores. A obesidade está associada a maior risco de necrose pancreática e falência orgânica, enquanto a hiperglicemia e sinais de hemorragia retroperitoneal indicam gravidade.
As demais alternativas apresentam combinações incorretas ou incompletas de critérios prognósticos. Por exemplo, a calcemia reduzida (alternativa A) é um critério válido, mas a febre alta não consta nos principais sistemas de escore. Da mesma forma, a leucocitose (alternativa B) tem valor prognóstico, mas não isoladamente.
Portanto, a alternativa C destaca-se por agrupar três indicadores clinicamente relevantes e validados para mau prognóstico na pancreatite aguda, justificando sua corretude no contexto apresentado.
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