A transfusão de hemoderivados pode resultar em efeitos adversos categorizados como reações agudas e tardias. Em relação à causa da reação transfusional, é CORRETO afirmar:
adversos categorizados como reações agudas e tardias. Em relação à causa da
reação transfusional, é CORRETO afirmar:
- A)Reação alérgica – as causas mais comuns são erros na rotulagem do hemocomponente sanguíneo e na identificação do paciente.
- B)Hemossiderose – deposição de ferro no coração, órgãos endócrinos, fígado, baço, pele e outros órgãos importantes como resultado de múltiplas transfusões.
- C)Reação não hemolítica febril – causada pela interação entre os anticorpos do doador e os leucócitos do receptor.
- D)Mieloplasia e paraparesia espástica tropical associada ao vírus linfotrópico de células T – Transmissão do vírus Epstein-Barr através de hemoderivados infectados.
Resposta:
A alternativa correta é B)
A transfusão de hemoderivados é um procedimento médico essencial em diversas situações clínicas, mas que pode acarretar efeitos adversos significativos. Essas reações são classificadas em agudas ou tardias, dependendo do tempo de manifestação após a transfusão. No contexto das reações transfusionais, é fundamental compreender suas causas para garantir um manejo adequado e minimizar riscos aos pacientes.
Entre as alternativas apresentadas, a hemossiderose (alternativa B) destaca-se como a afirmação correta. Essa condição ocorre devido ao acúmulo excessivo de ferro em órgãos vitais, como coração, fígado e baço, resultante de múltiplas transfusões sanguíneas. O ferro presente nos hemocomponentes transfundidos não pode ser adequadamente excretado pelo organismo, levando à sua deposição progressiva nos tecidos e, consequentemente, a danos orgânicos. Esse processo é característico de pacientes que dependem de transfusões crônicas, como aqueles com anemias hemolíticas ou síndromes mielodisplásicas.
As demais alternativas apresentam informações incorretas sobre as causas das reações transfusionais. A reação alérgica (alternativa A), por exemplo, está geralmente associada a hipersensibilidade a proteínas plasmáticas do doador, e não a erros de rotulagem. Já a reação não hemolítica febril (alternativa C) é causada pela interação entre os anticorpos do receptor e os leucócitos do doador, e não o contrário. Por fim, a mieloplasia e paraparesia espástica tropical (alternativa D) está relacionada ao vírus linfotrópico de células T humano (HTLV), e não ao vírus Epstein-Barr.
Portanto, o reconhecimento preciso das causas das reações transfusionais é crucial para a prática médica segura. A hemossiderose representa um desafio importante no acompanhamento de pacientes politransfundidos, exigindo monitoramento rigoroso e, quando necessário, terapia quelante de ferro para prevenir complicações graves.
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