Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

O paciente H.B.S. fez cirurgia de ressecção de Tumor (RTU) de próstata e bexiga em 23 de janeiro. Está em segundo dia de pós-operatório, com sonda vesical de demora e irrigação contínua, sendo que vem apresentando muitos coágulos e sangue no débito urinário. Foi avaliado por seu médico, que lhe prescreveu três bolsas de plaquetas. Em relação à hemotransfusão, nesse caso, é correto afirmar que

O paciente H.B.S. fez cirurgia de ressecção de Tumor (RTU)
de próstata e bexiga em 23 de janeiro. Está em segundo dia
de pós-operatório, com sonda vesical de demora e irrigação
contínua, sendo que vem apresentando muitos coágulos e
sangue no débito urinário. Foi avaliado por seu médico, que
lhe prescreveu três bolsas de plaquetas. Em relação à hemotransfusão,
nesse caso, é correto afirmar que

Resposta:

A alternativa correta é D)

O caso do paciente H.B.S., submetido a uma cirurgia de ressecção de tumor na próstata e bexiga, ilustra a complexidade do manejo pós-operatório, especialmente quando há complicações hemorrágicas. No segundo dia de pós-operatório, o paciente apresentou sangramento significativo através da sonda vesical, com presença de coágulos, o que demandou intervenção médica e a prescrição de plaquetas. Diante desse cenário, é fundamental compreender os princípios e riscos associados à hemotransfusão, tema abordado nas alternativas apresentadas.

A alternativa correta, conforme o gabarito, é a letra D, que enumera as possíveis reações adversas relacionadas às transfusões sanguíneas. Entre elas, destacam-se as reações hemolíticas, que ocorrem quando há incompatibilidade entre o sangue do doador e do receptor, podendo levar à destruição das hemácias. Além disso, alterações metabólicas, como hipercalemia ou acidose, podem surgir, especialmente em transfusões massivas. A contaminação bacteriana é outro risco grave, geralmente associado a falhas no armazenamento ou manipulação dos hemocomponentes.

As reações febris e anafiláticas são complicações relativamente comuns, muitas vezes relacionadas a respostas imunológicas do receptor. Por fim, a transmissão de agentes infecciosos, como vírus (HIV, hepatites B e C), espiroquetas (sífilis) e protozoários (malária, doença de Chagas), permanece como um desafio, mesmo com os avanços nos testes de triagem. Essa alternativa sintetiza de maneira abrangente os principais riscos associados à transfusão, reforçando a necessidade de critério rigoroso em sua indicação.

As demais alternativas apresentam incorreções. A letra A confunde derivados plaquetários com outros produtos hemoderivados, como albuminas e gamaglobulinas. A letra B sugere uma pressurização excessiva (300 mmHg) para infusão de concentrado de hemácias, o que não é recomendado na prática clínica. A letra C desconsidera a obrigatoriedade do uso de filtros, que são essenciais para remover agregados celulares e microcoágulos. Já a letra E propõe um prazo incorreto para infusão de plaquetas, que deve ser realizado em até 4 horas devido ao risco de contaminação bacteriana.

Portanto, o caso de H.B.S. reforça a importância do conhecimento detalhado sobre hemotransfusão, desde sua indicação até o monitoramento de possíveis complicações, garantindo assim uma abordagem segura e eficaz no manejo de pacientes com sangramento pós-operatório.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *