Questões Sobre Doenças Infecciosas e parasitárias - Enfermagem - concurso

O caso clínico apresentado descreve um paciente com sintomas sugestivos de febre amarela, uma doença viral grave transmitida por mosquitos em áreas endêmicas. A evolução do quadro, com melhora transitória seguida de agravamento com falência hepática e renal, icterícia e dor abdominal, é característica da forma grave da doença, conhecida como fase tóxica.

Os cuidados mencionados no item são essenciais para o manejo adequado de um paciente com suspeita de febre amarela:

• Monitoração frequente dos sinais vitais: Fundamental para detectar precocemente complicações como choque ou alterações hemodinâmicas.
• Controle rigoroso de líquidos e hemoderivados: Importante devido ao risco de sangramentos e desequilíbrio hidroeletrolítico.
• Observação e registro de sangramentos: A febre amarela pode causar diáteses hemorrágicas, necessitando de atenção constante.
• Balanço hídrico meticuloso: Crucial para prevenir sobrecarga hídrica ou desidratação, especialmente com comprometimento renal.
• Suporte emocional: A gravidade da doença e a internação prolongada exigem suporte psicológico ao paciente.

Portanto, a afirmação está correta (C), pois todos os cuidados listados são medidas fundamentais no tratamento de um paciente com suspeita de febre amarela, visando estabilizar seu estado clínico e prevenir complicações potencialmente fatais.

O caso clínico apresentado descreve um paciente com sintomas compatíveis com febre amarela, incluindo febre elevada, cefaleia, mialgia, vômitos e icterícia, além de histórico de viagem a área endêmica sem vacinação prévia. Esses fatores são altamente sugestivos da doença, conforme os critérios epidemiológicos e clínicos estabelecidos para sua suspeição.

Embora o quadro clínico e o histórico de exposição sejam fundamentais para levantar a hipótese diagnóstica, a confirmação definitiva da febre amarela requer exames laboratoriais específicos. Isso porque outras doenças, como hepatites virais, leptospirose e malária, podem apresentar manifestações semelhantes, tornando essencial a diferenciação por meio de testes sorológicos, PCR ou isolamento viral.

Portanto, a afirmação de que a suspeita se baseia nos fatores de risco e sintomas, mas que a confirmação depende de exames laboratoriais, está correta. O gabarito C) CERTO é, de fato, o adequado para este item.

O caso clínico apresentado descreve um paciente com sintomas compatíveis com febre amarela, doença viral transmitida por mosquitos em áreas endêmicas. A evolução do quadro, incluindo a melhora temporária seguida de agravamento com falência hepática e renal, icterícia e dor abdominal, é característica da forma grave da doença.

Em relação ao tratamento, é importante destacar que a febre amarela não possui terapia antiviral específica. O manejo do paciente é baseado em medidas de suporte, como hidratação, controle da dor, monitoramento de funções vitais e, quando necessário, suporte avançado para complicações como insuficiência hepática e renal. A intervenção precoce é crucial para melhorar o prognóstico.

Portanto, a afirmação de que "o paciente deverá ser tratado com terapias de suporte o mais precocemente possível, pois não existe tratamento medicamentoso específico nesse caso" está correta. A alternativa C) CERTO é a resposta adequada, já que reflete a conduta atual para o manejo da febre amarela, doença para a qual a prevenção por meio da vacinação continua sendo a estratégia mais eficaz.

O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) é uma iniciativa fundamental no combate à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor não apenas da dengue, mas também de outras arboviroses, como zika e chikungunya. Dentro desse programa, o componente de ações de saneamento ambiental desempenha um papel crucial, uma vez que aborda diretamente os fatores ambientais que favorecem a reprodução do vetor.

Conforme mencionado no texto, esse componente tem como um de seus objetivos fomentar ações para um efetivo controle do Aedes aegypti, o que inclui medidas como:

• Garantir o fornecimento contínuo de água, reduzindo a necessidade de armazenamento inadequado em domicílios;
• Implementar sistemas eficientes de coleta e destinação adequada de resíduos sólidos, evitando acúmulo de lixo que possa servir como criadouro;
• Promover a correta armazenagem de água no domicílio, orientando a população sobre práticas seguras para evitar focos do mosquito.

Essas ações são essenciais para reduzir os índices de infestação do Aedes aegypti, uma vez que o mosquito se reproduz em ambientes com água parada e condições precárias de saneamento. Portanto, a afirmação apresentada está correta (C), pois reflete adequadamente as diretrizes do PNCD no que diz respeito ao saneamento ambiental como estratégia de controle vetorial.

Em síntese, o PNCD reconhece que o combate à dengue não se limita apenas a medidas pontuais, mas requer intervenções estruturais que melhorem as condições de vida da população e minimizem os riscos ambientais associados à proliferação do mosquito.

O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) é uma iniciativa fundamental para o combate à dengue no Brasil, estabelecendo diretrizes e responsabilidades compartilhadas entre os entes federativos. No entanto, a afirmação apresentada sobre as competências municipais em relação aos estoques estaduais de inseticidas, biolarvicidas, kits de diagnóstico e equipamentos de proteção individual (EPI) está incorreta, conforme indicado pelo gabarito (E).

De acordo com a estrutura do PNCD e a divisão de responsabilidades entre União, estados e municípios, a gestão dos estoques estaduais de insumos estratégicos, como inseticidas e biolarvicidas, é uma atribuição dos próprios estados, e não dos municípios. Os municípios, por sua vez, têm a responsabilidade de executar as ações de vigilância e controle do vetor em suas localidades, utilizando os recursos fornecidos pelos estados e pela União.

Além disso, o provimento de equipamentos de proteção individual (EPI), óleo de soja e equipamentos de aspersão também não é uma competência exclusiva dos municípios. Esses itens são geralmente distribuídos pelos estados ou pela União, cabendo aos municípios a aplicação desses recursos no combate direto ao Aedes aegypti.

Portanto, a afirmação em questão está errada, pois desloca para os municípios responsabilidades que são, na verdade, dos estados. Essa distinção é essencial para o funcionamento eficiente do PNCD, garantindo que cada nível de governo cumpra seu papel no controle da dengue.

O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) é uma iniciativa fundamental no combate ao Aedes aegypti e às doenças por ele transmitidas, como a dengue e a febre hemorrágica da dengue. O objetivo principal do programa é reduzir a infestação do mosquito, diminuir a incidência de casos de dengue e, consequentemente, reduzir a letalidade associada às formas graves da doença, como a febre hemorrágica.

O PNCD atua em várias frentes, incluindo ações de vigilância epidemiológica, controle vetorial, mobilização social e capacitação de profissionais de saúde. Essas estratégias são essenciais para conter a proliferação do mosquito e mitigar os impactos da dengue na saúde pública. Portanto, a afirmação de que o PNCD tem como meta reduzir a infestação pelo Aedes aegypti, a incidência da dengue e a letalidade por febre hemorrágica causada pela doença está correta.

Dessa forma, o item apresentado deve ser julgado como C) CERTO, conforme indicado no gabarito oficial.

O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) é uma iniciativa fundamental no combate à dengue no Brasil, integrando diversas estratégias para reduzir a incidência da doença. Um dos aspectos centrais do programa é a articulação entre as ações de controle da dengue e os programas de agentes comunitários de saúde (PACS) e de saúde da família (PSF). Essa integração é essencial para ampliar o alcance das medidas preventivas e educativas, garantindo uma abordagem mais eficiente e descentralizada.

A afirmação de que o PNCD busca a integração dessas ações com a mobilização do PACS e do PSF está correta. Esses programas desempenham um papel crucial na vigilância em saúde, identificando focos do mosquito Aedes aegypti, orientando a população e promovendo medidas de prevenção. A sinergia entre o PNCD, o PACS e o PSF fortalece a capacidade de resposta do sistema de saúde, especialmente em áreas mais vulneráveis.

Portanto, a alternativa C) CERTO é a correta, pois reflete o alinhamento do PNCD com as políticas de atenção primária à saúde, reforçando a importância do trabalho conjunto para o controle da dengue.

O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) é uma estratégia fundamental para reduzir a incidência da doença no Brasil. No entanto, a afirmação de que os programas de controle devem se concentrar exclusivamente no combate químico ao vetor está incorreta, conforme indicado pelo gabarito (E).

Embora o Aedes aegypti possua, de fato, uma grande capacidade de adaptação aos ambientes urbanos, o controle da dengue não pode se limitar a medidas químicas. Uma abordagem integrada é essencial, incluindo:

• Eliminação de criadouros (controle mecânico);
• Educação em saúde para mobilização comunitária;
• Monitoramento epidemiológico;
• Uso de larvicidas e inseticidas de forma estratégica (quando necessário).

Portanto, a eficácia do PNCD depende da combinação de múltiplas ações, e não apenas do combate químico isolado. A urbanização acelerada exige soluções igualmente dinâmicas e multifacetadas.