Questões Sobre Doenças Infecciosas e parasitárias - Enfermagem - concurso

Segundo o Ministério da Saúde: Todo ambiente onde circulam pacientes que produzem aerossóis contendo M. tuberculosis oferece algum risco de transmissão. Essa afirmação está fundamentada em três aspectos principais:

I. A transmissão da tuberculose ocorre predominantemente por via respiratória, através da inalação de aerossóis gerados por tosse, fala ou espirro de indivíduos com tuberculose ativa nas vias aéreas, com pouquíssimas exceções.

II. O risco de infecção aumenta proporcionalmente à intensidade da tosse, à concentração de bacilos no ambiente e à redução da ventilação do local.

III. A transmissibilidade diminui significativamente dentro de duas a três semanas após o início do tratamento adequado com medicamentos antituberculose, em pacientes infectados por cepas sensíveis.

Diante dessas informações, conclui-se que todas as afirmações (I, II e III) estão corretas, conforme indicado pela alternativa C).

Durante uma visita domiciliar, a mãe mostra ao profissional de enfermagem o resultado de um exame de fezes do seu filho, onde consta a presença dos cistos de Entamoeba histolytica. Esse parasito é causador da:

• A) tricocefalíase;
• B) ancilostomíase;
• C) estrongiloidíase;
• D) giardíase;
• E) amebíase.

O gabarito correto é E) amebíase, pois a Entamoeba histolytica é o agente etiológico dessa doença, que afeta principalmente o intestino grosso, podendo causar disenteria e outras complicações.

O hospital dia é uma modalidade assistencial importante dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo atendimento intermediário entre a internação hospitalar convencional e o tratamento ambulatorial. No entanto, a afirmação de que, no atendimento em regime de hospital dia para pacientes com AIDS, são prestados cuidados de menor complexidade por uma equipe multiprofissional, com carga horária máxima de seis horas diárias, está incorreta.

O hospital dia, de fato, envolve uma equipe multiprofissional, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais, mas o atendimento não se limita a cuidados de menor complexidade. Pacientes com AIDS frequentemente necessitam de intervenções especializadas, como administração de antirretrovirais, monitoramento de efeitos colaterais, tratamento de infecções oportunistas e suporte psicossocial, todos considerados de média a alta complexidade.

Além disso, embora o hospital dia opere em um regime de atendimento que não requer pernoite, a carga horária pode variar conforme as necessidades do paciente, podendo ultrapassar as seis horas diárias em casos que demandam maior atenção. Portanto, a afirmação contida no item está errada, conforme indicado pelo gabarito (E).

Considerando o cenário epidemiológico brasileiro, marcado pela presença de diversas doenças contagiosas e de notificação compulsória, é fundamental compreender os sinais e sintomas característicos de cada enfermidade para um diagnóstico preciso. No caso da raiva humana, a descrição apresentada no enunciado — que inclui trismo, hipertonia abdominal e torácica, opistótono, convulsões, dispneia, disfagia, hipertensão arterial e taquicardia — está incorreta, conforme indica o gabarito (E).

A raiva humana, doença viral aguda e fatal, apresenta manifestações clínicas distintas. Na fase neurológica, os sintomas predominantes são:

• Hidrofobia (aversão à água)
• Aerofobia (aversão ao ar)
• Agitação psicomotora
• Alterações de comportamento
• Paralisia progressiva

Os sinais mencionados no item, como opistótono e hipertonia, são mais compatíveis com outras condições, como o tétano acidental — doença também imunoprevenível, mas causada pela toxina do Clostridium tetani. Essa distinção é crucial para a saúde pública, pois ambas as doenças exigem abordagens preventivas e terapêuticas específicas.

Portanto, a afirmação está errada, reforçando a necessidade de capacitação contínua dos profissionais de saúde para o reconhecimento adequado dessas entidades clínicas no contexto epidemiológico brasileiro.

No contexto das doenças imunopreveníveis e de notificação compulsória no Brasil, a varicela, popularmente conhecida como catapora, apresenta características epidemiológicas específicas que a diferenciam de outras enfermidades altamente contagiosas. Embora seja reconhecida por sua elevada transmissibilidade, especialmente em ambientes fechados e entre crianças, a varicela não está incluída na lista de doenças de notificação compulsória em casos isolados.

De acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, a notificação compulsória é exigida apenas para surtos ou situações que representem risco à saúde pública, como ocorre em creches, escolas ou outras instituições coletivas. Essa distinção se deve ao fato de a varicela, em geral, apresentar um curso clínico benigno na maioria dos casos, embora possa evoluir para complicações em grupos vulneráveis, como imunossuprimidos e recém-nascidos.

Portanto, a afirmação de que "a varicela não é de notificação compulsória em casos isolados" está correta, conforme o gabarito indicado (C). Essa abordagem reflete o equilíbrio entre a vigilância epidemiológica e a alocação de recursos do sistema de saúde, priorizando doenças com maior potencial de impacto coletivo ou gravidade.

A qualidade de vida de uma população está intrinsecamente ligada a diversos fatores, entre os quais se destacam as condições ambientais, o saneamento básico e as políticas públicas voltadas para saúde e habitação. Esses elementos, quando bem estruturados, contribuem significativamente para a redução de doenças e, consequentemente, para a diminuição das internações hospitalares. Nesse contexto, o controle de roedores urbanos emerge como uma medida essencial, uma vez que esses animais são vetores de diversas enfermidades que afetam a saúde humana.

Para a elaboração de estratégias eficazes de controle de roedores, é imprescindível considerar dados demográficos, geográficos e pluviométricos. Os dados demográficos permitem identificar áreas com maior densidade populacional, onde o risco de proliferação de roedores e a consequente transmissão de doenças podem ser mais elevados. Já os dados geográficos auxiliam no mapeamento de regiões com características propícias para a infestação, como locais com acúmulo de lixo ou terrenos baldios. Por fim, os dados pluviométricos são cruciais para prever períodos de chuva, que podem aumentar a disponibilidade de água e alimentos para os roedores, favorecendo sua reprodução e disseminação.

Portanto, a afirmação de que os dados demográficos, geográficos e pluviométricos são essenciais para a elaboração do controle de roedores urbanos está correta. Essas informações fornecem a base necessária para a implementação de medidas preventivas e corretivas, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população e para a redução dos impactos negativos causados por essas pragas urbanas.

A qualidade de vida de uma população está intrinsecamente ligada a diversos fatores, como condições ambientais, saneamento básico, políticas públicas de saúde e habitação. Esses elementos são fundamentais para a prevenção de doenças e a redução de internações hospitalares, impactando diretamente o bem-estar social.

No contexto das doenças tropicais, a dengue é um exemplo relevante. A afirmação apresentada sugere que os sintomas da dengue clássica incluem sangramento e choque, caracterizando-a como a forma mais severa da doença. No entanto, essa descrição está incorreta, pois esses sintomas são típicos da dengue hemorrágica, uma complicação grave que pode levar à morte, e não da dengue clássica, que geralmente apresenta febre alta, dores musculares e de cabeça, entre outros sintomas menos severos.

Portanto, o gabarito correto para a afirmação é E) ERRADO, já que a dengue clássica não é a forma mais severa da doença e não apresenta sangramento ou choque como sintomas característicos. Essa distinção é crucial para o diagnóstico adequado e o manejo clínico dos pacientes, reforçando a importância de informações precisas no combate à doença.

A qualidade de vida de uma população está intrinsecamente ligada a diversos fatores, como condições ambientais, saneamento básico, políticas públicas de saúde e habitação. Esses elementos são fundamentais para a prevenção de doenças e a redução de internações hospitalares, refletindo diretamente no bem-estar da sociedade.

No contexto das doenças infecciosas, é importante destacar que a hepatite B não é transmitida pela ingestão de água contaminada. Essa enfermidade é causada pelo vírus da hepatite B (HBV) e sua transmissão ocorre principalmente por meio de fluidos corporais, como sangue, sêmen e secreções vaginais, ou de mãe para filho durante o parto. Portanto, a afirmação de que a hepatite B é adquirida por água contaminada está incorreta.

O saneamento básico inadequado e a falta de acesso à água potável estão, sim, associados a outras doenças, como hepatite A, cólera e gastroenterites, mas não à hepatite B. Dessa forma, o gabarito correto para a afirmação apresentada é E) ERRADO, pois a via de transmissão descrita não condiz com a realidade da hepatite B.

Em 24 de abril de 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou o mundo sobre o surgimento de um novo vírus da influenza A (H1N1), detectado inicialmente no México, com capacidade de transmissão entre humanos. A influenza é uma doença altamente contagiosa, que se espalha rapidamente, especialmente em ambientes fechados e comunidades densamente povoadas.

No contexto da transmissibilidade da doença, uma das alternativas apresentadas está incorreta. A alternativa C), que menciona "elevada transmissão pessoa-vetor-pessoa", é a resposta errada, pois a influenza A (H1N1) não é transmitida por vetores, como mosquitos ou outros animais, mas sim diretamente entre humanos, principalmente por meio de gotículas respiratórias.

As outras alternativas estão corretas:

• A) Indivíduos adultos saudáveis podem transmitir o vírus antes mesmo do aparecimento dos sintomas.
• B) A transmissão ocorre principalmente por gotículas expelidas ao tossir ou espirrar.
• D) Crianças em idade escolar são importantes disseminadoras do vírus na comunidade.

Portanto, a alternativa C) é a incorreta, já que não há evidências de que a influenza seja transmitida por vetores, caracterizando-se como uma doença de transmissão direta entre pessoas.

Em relação à dengue, doença de notificação obrigatória segundo a Portaria n. 5 do Ministério da Saúde, de 21 de fevereiro de 2006, constituem medidas de controle, EXCETO:

• A) ações de saneamento ambiental.
• B) ações integradas de educação em saúde.
• C) vacinação dos contatos e tratamento com antivirais.
• D) vigilância epidemiológica.

O gabarito correto é C), pois a dengue não possui vacina amplamente disponível para contatos nem tratamento antiviral específico, diferentemente das outras alternativas, que são medidas reconhecidas no controle da doença.