Questões Sobre Doenças Infecciosas e parasitárias - Enfermagem - concurso

Nos casos confirmados de hepatite B, é fundamental que os pacientes sejam devidamente orientados sobre as formas de transmissão da doença para evitar sua propagação. A hepatite B é uma infecção viral que afeta o fígado e pode ser transmitida por diversas vias, conforme destacado nas alternativas apresentadas.

O gabarito correto é a alternativa A), que indica as vias de transmissão da hepatite B como: sexual, parenteral, percutânea e vertical. Essas formas de contágio estão diretamente relacionadas ao contato com fluidos corporais infectados, como sangue, sêmen e secreções vaginais, além da transmissão de mãe para filho durante a gestação ou parto.

As outras alternativas apresentam informações incorretas ou incompletas sobre a transmissão da hepatite B. Por exemplo:

• B) Menciona vias fecal e oral, que não são relevantes para a hepatite B, mas sim para outras formas de hepatite, como a A e a E.
• C) Inclui vias aéreas superiores, que não são associadas à transmissão do vírus da hepatite B.
• D) Cita águas contaminadas por cercárias e gotículas de Flügge, que são características de outras doenças, como esquistossomose e tuberculose, respectivamente.
• E) Embora mencione sangue e hemoderivados corretamente, inclui alimentos e águas contaminadas, que não são vias de transmissão da hepatite B.

Portanto, a conscientização sobre as vias de transmissão corretas é essencial para a prevenção e o controle da hepatite B, reforçando a importância do uso de preservativos, do não compartilhamento de objetos perfurocortantes e da vacinação, principalmente em grupos de risco.

A Doença de Chagas é uma enfermidade tropical negligenciada que afeta milhões de pessoas, principalmente na América Latina. Causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi (alternativa B correta), sua transmissão ocorre principalmente através do contato com as fezes de insetos triatomíneos, conhecidos popularmente como "barbeiros" (gêneros Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus).

Confusões frequentes surgem devido aos vetores e agentes envolvidos:

• A) Barbeiro - Vetor invertebrado, não o agente etiológico
• C) Aedes - Transmissor de arboviroses como dengue
• D) Schistossoma - Causador da esquistossomose
• E) Triatoma infestans - Espécie vetorial, não o parasita

O ciclo de vida complexo do T. cruzi envolve formas tripomastigotas (infecciosas) e amastigotas (intracelulares), causando danos cardíacos e digestivos crônicos em até 30% dos casos. O diagnóstico laboratorial requer identificação do parasita ou detecção de anticorpos específicos.

Esta distinção entre vetor (barbeiro) e agente patogênico (protozoário) é fundamental para compreender a epidemiologia e desenvolver estratégias de controle desta doença endêmica.

A transmissão da Giardia lamblia ocorre principalmente por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados por cistos viáveis desse parasita. Essa forma de transmissão, indicada na alternativa B), é a mais comum e está diretamente relacionada ao ciclo de vida do protozoário, que libera cistos resistentes no ambiente através das fezes de hospedeiros infectados.

As outras alternativas apresentam informações incorretas sobre a transmissão da giardíase:

• A) A giardíase não é uma doença genética ou transmitida verticalmente durante a gestação.
• C) Não há envolvimento de mosquitos como vetores na transmissão da Giardia lamblia.
• D) A transmissão não ocorre por contato com saliva de animais infectados.
• E) A doença não se manifesta através de pústulas na pele nem é transmitida por secreções cutâneas.

Portanto, a alternativa correta é de fato a B), que descreve com precisão o principal mecanismo de transmissão dessa parasitose intestinal, destacando a importância de medidas de higiene e saneamento básico para sua prevenção.

A prevenção da hepatite causada pelo vírus B é um tema de grande relevância na saúde pública, considerando os riscos associados à infecção e suas possíveis complicações. Entre as alternativas apresentadas, a correta é a A), que destaca a utilização de luvas em situações de contato com sangue como medida preventiva eficaz.

O vírus da hepatite B (HBV) é transmitido principalmente por meio de fluidos corporais, especialmente sangue. Profissionais da saúde e indivíduos expostos a materiais biológicos estão particularmente vulneráveis, tornando o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), como luvas, uma medida essencial para evitar a contaminação. Essa prática é respaldada por protocolos de biossegurança e recomendações de órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As demais alternativas apresentam equívocos ou informações incorretas:

• B) O aquecimento de alimentos contaminados não é eficaz contra o HBV, pois sua transmissão não ocorre por via oral-fecal, diferentemente da hepatite A.
• C) Ações educativas são importantes, mas a afirmação de que não existe vacina para hepatite B é falsa. A vacina contra o HBV é segura, eficaz e amplamente disponível no Brasil.
• D) A transmissão oral-fecal não é relevante para o HBV, sendo mais associada a outros tipos de hepatite viral.
• E) O alfa-interferon é um tratamento, não uma medida preventiva, e seu uso rotineiro em profissionais da saúde não é recomendado.

Portanto, a prevenção da hepatite B deve priorizar medidas como a vacinação, o uso de barreiras de proteção (luvas, por exemplo) e o manejo adequado de materiais perfurocortantes, reforçando a importância da alternativa A) como a correta.

A profilaxia da amebíase é um tema importante no campo da saúde pública, e as medidas preventivas devem ser claramente compreendidas para evitar a disseminação dessa infecção parasitária. O texto apresentado traz cinco alternativas, sendo a opção D) a correta, conforme indicado no gabarito. A seguir, discutiremos por que essa é a resposta adequada e como as outras alternativas não se aplicam à prevenção da amebíase.

A amebíase é causada pelo parasita Entamoeba histolytica, transmitido principalmente por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos do protozoário. Portanto, medidas de higiene pessoal e saneamento básico são fundamentais para sua prevenção. A alternativa D) menciona justamente essas ações: lavar as mãos antes das refeições e aplicar medidas de saneamento básico, como o tratamento adequado da água e o descarte correto de fezes, são práticas essenciais para evitar a contaminação.

As demais alternativas, embora relevantes para outras doenças, não se relacionam com a profilaxia da amebíase:

• A) Evitar água parada é uma medida contra a proliferação do Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, não da amebíase.
• B) Repelentes e telas são úteis para prevenir picadas de mosquitos, mas não têm relação com a transmissão da amebíase.
• C) O contato com urina de roedores está associado à leptospirose, outra doença completamente distinta.
• E) Não existe vacina contra a amebíase, tornando essa alternativa incorreta.

Assim, fica claro que a resposta correta é D), pois reflete as medidas específicas para prevenir a amebíase, destacando a importância da higiene e do saneamento como pilares fundamentais no controle dessa doença.

Em relação aos elementos da cadeia de transmissão das infecções parasitárias, o gabarito correto é D) I e II, apenas. A análise das afirmações revela o seguinte:

I. Vetor: A definição apresentada está correta, pois um vetor é de fato um organismo, geralmente um animal, que transmite um agente patogênico de um hospedeiro para outro. Exemplos incluem mosquitos que transmitem malária ou dengue.

II. Hospedeiro: Essa afirmação também está correta, já que o hospedeiro pode ser tanto um ser humano quanto um animal, sendo sempre o organismo que abriga o parasita ou é exposto ao vetor transmissor, quando aplicável.

III. Fômites: Esta afirmação está incorreta. Fômites são objetos inanimados que podem carregar e transmitir agentes infecciosos, como maçanetas, roupas ou utensílios. A descrição de que são "veículos animados ou inanimados" é equivocada, pois fômites são exclusivamente inanimados.

Portanto, apenas as afirmações I e II estão corretas, confirmando a alternativa D como a resposta adequada.

Os exames empregados para detectar Doença de Chagas, tuberculose e hepatite são, respectivamente:

• A) Machado Guerreiro, Pesquisa de BK e HBs Ag. (CORRETO)
• B) Pesquisa de BK, Machado Guerreiro e VDRL.
• C) Pesquisa de BK, VDRL e Machado Guerreiro.
• D) Machado Guerreiro, Pesquisa de BK e HTs At.
• E) Machado Guerreiro, VDRL e Pesquisa de BK.

O gabarito correto é a alternativa A, pois:

• Machado Guerreiro é o teste sorológico utilizado para diagnóstico da Doença de Chagas.
• Pesquisa de BK (bacilo de Koch) é o exame direto para identificar tuberculose.
• HBs Ag (antígeno de superfície do vírus B) é um dos marcadores para diagnóstico de hepatite B.

Em relação à pandemia da gripe H1N1, o Ministério da Saúde considera como sinais de alerta:

• A) mialgia, tosse, expectoração amarelada, febre acima de 38 graus e desidratação.
• B) alteração do nível de consciência, febre acima de 38 graus persistente por mais de 5 dias, convulsão e desidratação.
• C) cianose, batimento de asa de nariz, febre acima de 40 graus por 2 dias consecutivos, convulsão e desidratação.
• D) hipotensão arterial, bradipneia, bradicardia e febre acima de 40 graus por 2 dias consecutivos.
• E) tosse, expectoração amarelada, febre acima de 38 graus, convulsão e desidratação.

O gabarito correto é B), conforme indicado pelo Ministério da Saúde.

O caso clínico apresentado descreve um paciente com suspeita de febre amarela, cuja evolução sugere uma forma grave da doença, caracterizada pela deterioração repentina após um período de aparente melhora. A análise dos sintomas e da progressão do quadro permite avaliar a afirmação sobre o prognóstico do paciente.

Inicialmente, o paciente manifestou sintomas comuns da fase aguda da febre amarela, como febre elevada, cefaleia, mialgia e vômitos. A melhora temporária após três dias pode ser interpretada como a transição para a fase tóxica da doença, que é marcada por complicações graves, incluindo falência hepática e renal, icterícia e dor abdominal intensa. Esses sinais indicam um agravamento do quadro, e não uma forma leve da infecção.

Portanto, a afirmação de que o prognóstico é bom por se tratar de uma forma leve da doença está incorreta. A presença de disfunção hepática e renal, além da icterícia franca, são indicativos de alto risco de mortalidade, exigindo intervenção médica imediata. Dessa forma, o gabarito correto é E) ERRADO, pois o caso descrito aponta para uma evolução desfavorável, característica da febre amarela grave.

No contexto do caso clínico apresentado, em que um paciente com suspeita de febre amarela manifesta sintomas como febre elevada, cefaleia, vômitos e posterior comprometimento hepático e renal, é fundamental avaliar a conduta terapêutica adequada. O texto afirma que a administração de ácido acetilsalicílico (AAS) e bloqueadores H2 é contraindicada, e solicita que se julgue se essa afirmação está correta.

De acordo com o protocolo de manejo da febre amarela, o uso de AAS é de fato contraindicado devido ao risco de sangramento e agravamento de possíveis complicações hemorrágicas, uma vez que a doença pode causar disfunção hepática e coagulopatia. No entanto, a afirmação inclui também os bloqueadores H2, como a ranitidina, como contraindicados, o que não está correto. Esses medicamentos não possuem relação direta com a piora do quadro de febre amarela e podem até ser utilizados para proteger a mucosa gástrica em pacientes com risco de sangramento digestivo.

Portanto, a afirmação de que ambos os medicamentos (AAS e bloqueadores H2) são contraindicados está parcialmente incorreta, já que apenas o AAS deve ser evitado. Dessa forma, o gabarito correto é E) ERRADO, pois nem todos os medicamentos citados são contraindicados na suspeita de febre amarela.