Uma usuária referindo desconforto e dor pélvica foi atendida no Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) de uma unidade básica de saúde e, após a realização da anamnese e exame clínico-ginecológico, o profissional de saúde não constatou evidências de sangramento vaginal ou atraso menstrual e nem quadro abdominal grave; contudo, durante o exame a cliente relatou dor à mobilização do colo e ao toque vaginal. Diante do caso e conforme as recomendações do Programa Nacional de DST/AIDS, a conduta do profissional deve ser:
Uma usuária referindo desconforto e dor pélvica foi atendida no Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) de uma unidade básica de saúde e, após a realização da anamnese e exame clínico-ginecológico, o profissional de saúde não constatou evidências de sangramento vaginal ou atraso menstrual e nem quadro abdominal grave; contudo, durante o exame a cliente relatou dor à mobilização do colo e ao toque vaginal. Diante do caso e conforme as recomendações do Programa Nacional de DST/AIDS, a conduta do profissional deve ser:
- A)iniciar o tratamento para DIP; agendar retorno para avaliação após 3 dias ou antes, se necessário.
- B)tratar Vaginose Bacteriana; oferecer anti-HIV e VDRL; agendar retorno para avaliação após 7 dias ou antes, se necessário.
- C)iniciar o tratamento para Tricomoníase Genital; solicitar sorologia para HPV; agendar retorno para avaliação após 5 dias ou antes, se necessário.
- D)tratar Candidíase Vulvovaginal, avaliar risco; agendar retorno para avaliação após 7 dias, ou antes, se necessário.
Resposta:
A alternativa correta é A)
O caso apresentado descreve uma paciente com queixa de dor pélvica e desconforto, atendida em um serviço especializado em Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Durante a avaliação, o profissional de saúde identificou dor à mobilização do colo uterino e ao toque vaginal, mas não observou sangramento vaginal, atraso menstrual ou sinais de gravidade abdominal. Esses achados clínicos são sugestivos de Doença Inflamatória Pélvica (DIP), uma infecção ascendente que acomete o trato genital superior feminino.
De acordo com as diretrizes do Programa Nacional de DST/AIDS, a conduta mais adequada diante dessa suspeita é iniciar imediatamente o tratamento empírico para DIP, mesmo na ausência de todos os critérios diagnósticos. A DIP requer intervenção precoce para prevenir complicações como infertilidade, dor pélvica crônica e gravidez ectópica. A alternativa correta é a A), que prevê o início do tratamento específico e o agendamento de retorno em 3 dias para reavaliação.
As outras opções apresentam condutas inadequadas para o quadro descrito: a vaginose bacteriana (opção B) e a candidíase (opção D) geralmente não causam dor à mobilização cervical, enquanto a tricomoníase (opção C), embora possa causar cervicite, não justificaria adiar o tratamento para DIP diante dos achados clínicos apresentados. A solicitação de sorologias complementares, como anti-HIV e VDRL, é importante, mas não substitui o tratamento imediato da infecção aguda.
Deixe um comentário