A população carcerária do Brasil dobrou entre os anos de 1995 e 2003. No meio da década de 90, havia 148.760 detentos. Hoje existem 308.304 condenados cumprindo pena. O deficit de vagas no sistema penitenciário teve um aumento de 60,7% – de 80.163 vagas para 128.815. O Brasil tem a segunda maior população carcerária da América, com 187,7 presos paracada 100.000 habitantes – os Estados Unidos da América (EUA) têm 740 para cada 100.000 habitantes.Folha de S. Paulo, 10/7/2004, p. C1 (com adaptações).Tendo o texto acima como referência inicial e considerando o quadro de violência atualmente existente no país e as características do sistema penitenciário brasileiro, julgue os itens subseqüentes. Cenas de selvageria explícita assustaram o público brasileiro que, pela tela da TV e pelas fotos da imprensa, acompanhou recente motim de presidiários em Rondônia.
A população carcerária do Brasil dobrou entre os anos de 1995 e 2003. No meio da década de 90, havia 148.760 detentos. Hoje existem 308.304 condenados cumprindo pena. O deficit de vagas no sistema penitenciário teve um aumento de 60,7% – de 80.163 vagas para 128.815. O Brasil tem a segunda maior população carcerária da América, com 187,7 presos para
cada 100.000 habitantes – os Estados Unidos da América (EUA) têm 740 para cada 100.000 habitantes.
Folha de S. Paulo, 10/7/2004, p. C1 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando o quadro de violência atualmente existente no país e as características do sistema penitenciário brasileiro, julgue os itens subseqüentes.
Cenas de selvageria explícita assustaram o público brasileiro que, pela tela da TV e pelas fotos da imprensa, acompanhou recente motim de presidiários em Rondônia.
- C) CERTO
- E) ERRADO
Resposta:
A alternativa correta é C)
A população carcerária brasileira enfrenta uma crise estrutural e humanitária, como evidenciado pelo crescimento exponencial de detentos entre 1995 e 2003. O texto base revela um cenário alarmante: o número de presos dobrou, passando de 148.760 para 308.304 indivíduos, enquanto o déficit de vagas aumentou 60,7%. Essa superlotação, somada à precariedade do sistema penitenciário, cria condições propícias para revoltas e violência extrema, como o motim em Rondônia mencionado no enunciado.
O dado comparativo com os EUA – que possuem taxa de encarceramento quatro vezes maior – mascara a realidade brasileira. Nosso sistema falha na ressocialização, na segurança e no controle interno, resultando em episódios como os transmitidos pela mídia. As cenas de selvageria não são anomalias, mas sintomas de um colapso crônico: celulares superlotados, facções dominantes e ausência de Estado.
Portanto, a afirmação sobre o impacto das imagens do motim está correta (C). A exposição midiática escancarou a barbárie institucionalizada, chocando a sociedade e comprovando a urgência de reformas penitenciárias que vão além da construção de vagas – exigem políticas públicas integradas e respeito aos direitos humanos fundamentais.
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