A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma doença mieloproliferativa caracterizada pelo acúmulo excessivo de células mieloides de aparência normal. Ela ocorre com uma incidência anual de 1,0 a 1,5/100.000 habitantes, afetando principalmente adultos, entre 50 e 55 anos. Sobre a LCM, considere as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I. A LMC é caracterizada pela presença do cromossoma Philadelphia (Ph+) e do oncogene que o codifica, presentes na grande maioria das células mieloides e em alguns linfócitos. II. O tratamento medicamentoso da LMC deve ser feito observando-se a fase da doença, finalidade do tratamento e critérios e objetivos de segurança e eficácia; considerando todos esses aspectos, é possível utilizar hidroxiureia, para citorredução temporária, em todas as fases da LMC. III. O dasatinibe deve ser usado para controle da doença nas fases crônica, de transformação e blástica, em doentes que apresentaram falha terapêutica ou intolerância ao uso do imatinibe ou do nilotinibe e não houver possibilidade ou indicação de transplante de células-tronco hematopoéticas alogênico (TCTH-AL). Estão corretas as afirmativas:
A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma doença
mieloproliferativa caracterizada pelo acúmulo
excessivo de células mieloides de aparência normal. Ela
ocorre com uma incidência anual de 1,0 a 1,5/100.000
habitantes, afetando principalmente adultos, entre 50 e
55 anos. Sobre a LCM, considere as afirmativas abaixo
e assinale a alternativa correta:
I. A LMC é caracterizada pela presença do cromossoma
Philadelphia (Ph+) e do oncogene que o codifica,
presentes na grande maioria das células mieloides e em
alguns linfócitos.
II. O tratamento medicamentoso da LMC deve ser
feito observando-se a fase da doença, finalidade do
tratamento e critérios e objetivos de segurança e
eficácia; considerando todos esses aspectos, é possível
utilizar hidroxiureia, para citorredução temporária, em
todas as fases da LMC.
III. O dasatinibe deve ser usado para controle da doença
nas fases crônica, de transformação e blástica, em
doentes que apresentaram falha terapêutica ou
intolerância ao uso do imatinibe ou do nilotinibe e não
houver possibilidade ou indicação de transplante de
células-tronco hematopoéticas alogênico (TCTH-AL).
Estão corretas as afirmativas:
- A)I, apenas.
- B)I, II e III, apenas.
- C)II e III, apenas.
- D)I e III, apenas.
- E)I e II, apenas.
Resposta:
A alternativa correta é B)
A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma doença hematológica complexa que exige compreensão detalhada de suas características genéticas, fases clínicas e abordagens terapêuticas. Analisando as afirmativas apresentadas, é possível identificar a correção das três proposições, justificando a alternativa B como a resposta correta.
A afirmativa I está correta ao destacar o marcador genético fundamental da LMC: o cromossomo Philadelphia (Ph+), resultante da translocação t(9;22), que gera o gene de fusão BCR-ABL1. Esse achado está presente em aproximadamente 95% dos casos e é considerado patognomônico da doença, afetando predominantemente a linhagem mieloide, mas também podendo ser detectado em alguns linfócitos.
A afirmativa II também está correta ao abordar a hidroxiureia como agente citorredutor temporário. Embora não seja um tratamento específico para a LMC, esse medicamento tem papel importante no manejo inicial da leucocitose sintomática, podendo ser utilizado em qualquer fase da doença como medida paliativa, enquanto se institui a terapia alvo com inibidores de tirosina quinase (ITKs).
Por fim, a afirmativa III descreve adequadamente o uso do dasatinibe como terapia de segunda linha. Esse ITK de segunda geração tem indicação precisa para casos de falha ou intolerância ao imatinibe/nilotinibe, conforme diretrizes internacionais, sendo alternativa válida quando o transplante alogênico não está indicado ou disponível.
Portanto, a análise integrada das três proposições demonstra que todas estão fundamentadas em evidências científicas consolidadas, reforçando a importância do conhecimento multidisciplinar no manejo da LMC.
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