Questões Sobre Farmácia Oncológica - Farmácia - concurso

De acordo com a RDC 220/04, todas as alternativas apresentadas estão corretas. A norma estabelece diretrizes específicas para o manuseio seguro de terapia antineoplásica (TA), abrangendo desde a proteção individual dos profissionais até as responsabilidades da equipe multiprofissional.

A alternativa A está correta, pois a norma determina que, durante o manuseio de excretas de pacientes que receberam TA nas últimas 48 horas, os funcionários devem utilizar equipamentos de proteção individual, como aventais e luvas de procedimento, para evitar contaminação.

A alternativa B também está correta, já que a RDC 220/04 exige o uso de dois pares de luvas estéreis durante a manipulação de TA, com troca periódica a cada hora ou sempre que houver comprometimento da integridade do material.

As alternativas C e D estão igualmente corretas, pois atribuem à equipe multiprofissional de terapia antineoplásica a responsabilidade de implementar sistemas de farmacovigilância, tecnovigilância e biossegurança, além de promover a capacitação contínua dos profissionais envolvidos no processo.

Portanto, a alternativa E é a correta, confirmando que todas as afirmações estão de acordo com as disposições da RDC 220/04.

O manuseio de quimioterápicos antineoplásicos é uma atividade que exige rigorosos protocolos de segurança, conforme estabelecido pela NR 32/2006. Entre os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários, as luvas desempenham um papel fundamental na proteção dos profissionais de saúde contra a exposição a substâncias potencialmente perigosas. No entanto, a escolha e o uso adequados dessas luvas são essenciais para garantir sua eficácia.

Analisando as alternativas apresentadas, a opção B) é a incorreta, pois recomenda o uso de dois pares de luvas de látex cirúrgicas, estéreis, talcadas ou não, para a manipulação de antineoplásicos injetáveis. Essa orientação está equivocada, uma vez que luvas de látex podem apresentar permeabilidade a certos agentes químicos, além do risco de reações alérgicas. O correto seria optar por luvas de materiais como nitrila ou neoprene, que oferecem maior resistência à penetração de substâncias químicas.

As demais alternativas apresentam informações corretas sobre o uso de luvas no manuseio de quimioterápicos. A alternativa A) destaca a influência do etanol 70% na permeabilidade das luvas, um fator relevante para determinar a frequência de troca. A alternativa C) descreve corretamente o protocolo de troca das luvas, considerando situações como derramamentos ou danos. A alternativa D) reforça a prática de utilizar dois pares de luvas superpostos, com trocas periódicas, como medida de segurança adicional. Por fim, a alternativa E) corretamente menciona a variedade de materiais disponíveis para luvas, cada um com características específicas para diferentes tipos de medicamentos.

Portanto, a escolha adequada das luvas é um aspecto crítico na segurança ocupacional dos profissionais que manipulam quimioterápicos, devendo-se priorizar materiais resistentes e seguir rigorosamente os protocolos de troca e descarte.

Quanto à segurança e ao descarte de agentes antineoplásicos, é fundamental seguir protocolos rigorosos devido à alta toxicidade desses compostos. A alternativa correta é a D), que destaca os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para o manipulador, incluindo avental impermeável, gorro, óculos, respirador e luvas. Essa medida é essencial para minimizar a exposição ocupacional e evitar contaminação.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou incompletas:

• A) Embora o Corpo Clínico possa auxiliar, as informações sobre toxicidade devem ser consultadas prioritariamente em fichas de segurança (FISPQ) e protocolos específicos.
• B) A exposição cumulativa a antineoplásicos, mesmo em pequenas quantidades, é considerada perigosa e deve ser sempre notificada.
• C) Antineoplásicos exigem armazenamento diferenciado (como áreas ventiladas e segregadas) devido aos riscos químicos.
• E) Resíduos de antineoplásicos requerem descarte separado em recipientes específicos e tratamento como resíduo perigoso, não podendo ser misturados com outros materiais.

Portanto, a adoção de EPIs adequados (alternativa D) é uma das práticas fundamentais para garantir a segurança no manuseio desses medicamentos.

A sequência de medicamentos que necessariamente deve ser fracionada em fluxo laminar vertical Classe 2 BII é:

• A) busulfano - imatinibe – mesna.
• B) idarubicina - fludarabina – mesna.
• C) fludarabina - etoposido – metotrexate.
• D) idarubicina - etoposido – leucovorina.
• E) temozolomida - etoposido – leucovorina.

O gabarito correto é C.

De acordo com as informações fornecidas sobre a posologia, vias de administração e tempo de infusão de medicamentos antineoplásicos, a alternativa INCORRETA é a letra A), que afirma que a doxorrubicina pode ser administrada pela via intramuscular (IM).

A doxorrubicina é um quimioterápico antineoplásico pertencente à classe das antraciclinas, e sua administração por via intramuscular não é recomendada devido ao alto risco de necrose tecidual e irritação local grave. A via correta para esse medicamento é a intravenosa (EV), garantindo uma infusão adequada e segura.

As demais alternativas estão corretas:

• B) A citarabina pode ser administrada por diversas vias, incluindo intravenosa (EV), intramuscular (IM), subcutânea (SC) e intratecal (IT), dependendo da indicação terapêutica.
• C) A carboplatina deve ser infundida em um tempo superior a 30 minutos para minimizar efeitos adversos, como toxicidade renal e hematológica.
• D) O rituximab é um anticorpo monoclonal indicado no tratamento de linfoma não Hodgkin CD20+, atuando na destruição das células tumorais que expressam esse marcador.
• E) O metotrexato possui posologias variáveis, desde doses baixas por via oral (VO), como 2,5 mg/dia, até altas doses intravenosas (IV), como 12 g/m², dependendo da condição clínica tratada.

Portanto, a resposta correta é A), pois a doxorrubicina não deve ser administrada por via intramuscular, conforme descrito na literatura médica e protocolos de quimioterapia.

Em relação à análise da prescrição médica de protocolos quimioterapêuticos, algumas condições devem ser observadas para a garantia da sua correção, EXCETO uma das mencionadas abaixo. Marque-a.

• A) As alterações na prescrição devem ser feitas por escrito e assinadas pelo médico assistente, não devendo ser aceitas alterações verbais.
• B) Os nomes dos medicamentos devem ser escritos por extenso e nunca por siglas, pois essa prática constitui fontes de graves erros e equívocos.
• C) O zero decimal não deve ser escrito após um número que represente dose (ex: 2,0 mg), entretanto deve ser usado antes para indicar um número inteiro (ex: 02 mg).
• D) A dose pode ser calculada em relação à superfície corporal, ao peso ou à idade do paciente, ao protocolo ou às características do medicamento em questão.
• E) Presença de edema, ascite, amputações, funções hepática ou renal, reserva de medula óssea são condições do paciente que podem determinar modificações da dose.

O gabarito correto é C).

A cisplatina é um importante agente antineoplásico amplamente utilizado no tratamento de diversos tipos de câncer. No entanto, seu uso está associado a uma série de efeitos adversos, sendo a nefrotoxicidade um dos mais relevantes e preocupantes.

Entre os medicamentos listados, a gentamicina (alternativa D) merece destaque por seu potencial de acentuar a nefrotoxicidade da cisplatina. Isso ocorre porque:

• A gentamicina é um antibiótico aminoglicosídeo conhecido por sua própria nefrotoxicidade
• Ambos os fármacos são eliminados predominantemente por via renal
• O mecanismo de toxicidade renal de ambos envolve dano aos túbulos renais
• A associação pode levar a efeito sinérgico na lesão renal

Os outros medicamentos listados não apresentam este risco específico:

• Manitol (A) - Diurético osmótico sem efeito nefrotóxico relevante
• Fenitoína (B) - Anticonvulsivante com metabolismo hepático
• Hidroxizina (C) - Anti-histamínico sem impacto renal significativo
• Etoposido (E) - Outro quimioterápico com toxicidade predominantemente hematológica

Portanto, a resposta correta é de fato a alternativa D) gentamicina, que pode potencializar significativamente o risco de nefrotoxicidade quando administrada concomitantemente com a cisplatina.