Questões Sobre Farmácia Oncológica - Farmácia - concurso

São drogas usadas no tratamento do câncer de mama e refluxo gastroesofágico, respectivamente:

• A) Cetotifeno e lansoprazol.
• B) Ibuprofeno e omeprazol.
• C) Tamoxifeno e pantoprazol.
• D) Naproxifeno e mebendazol.
• E) Betacaroteno e cetoconazol.

O gabarito correto é C) Tamoxifeno e pantoprazol.

Considerando os requisitos mínimos para o funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica (STA), conforme estabelecido pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 220, de 21 de setembro de 2004, é fundamental destacar a importância das normas de segurança para a manipulação desses medicamentos. A alternativa correta, conforme o gabarito, é a letra A, que descreve os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários para a manipulação segura da Terapia Antineoplásica (TA).

A alternativa A especifica que os EPIs incluem luvas de látex estéreis, sem talco, e aventais longos de uso restrito à área de preparação, com características como baixa liberação de partículas e baixa permeabilidade. Esses requisitos são essenciais para minimizar a exposição do manipulador a substâncias potencialmente perigosas, garantindo a segurança durante o processo.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou incompletas em relação à RDC nº 220/2004. A alternativa B menciona a inspeção aleatória de produtos antes da desinfecção, o que não está alinhado com os protocolos rigorosos exigidos para a manipulação de TA. Já a alternativa C sugere que é possível continuar a manipulação por até 30 minutos em caso de falha da Cabine de Segurança Biológica (CSB), o que é proibido, pois compromete a segurança do manipulador. Por fim, a alternativa D trata a contaminação como um "Acidente Ambiental", termo que não é utilizado pela legislação vigente para esse contexto.

Portanto, a resposta correta é a alternativa A, que reflete adequadamente as exigências da RDC nº 220/2004 para a manipulação segura de medicamentos antineoplásicos.

A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 220, de 21/09/04, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabelece normas para o funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica (STA) a fim de garantir a segurança dos profissionais e pacientes envolvidos no processo. Dentre as alternativas apresentadas, a INCORRETA é a letra C).

A alternativa C) afirma que todas as superfícies de trabalho, incluindo as internas da Cabine de Segurança Biológica (CSB), podem ser limpas e desinfetadas apenas ao final do dia de trabalho. No entanto, a RDC nº 220 exige que essas superfícies sejam higienizadas antes e após cada manipulação, e não apenas ao término do expediente. Essa medida é essencial para evitar contaminações cruzadas e garantir a segurança biológica durante o manuseio de antineoplásicos.

As demais alternativas estão corretas: a letra A) descreve corretamente o tempo de funcionamento da CSB, a B) reforça o uso adequado de luvas estéreis durante a manipulação, e a D) destaca a necessidade de uma área exclusiva para armazenamento de medicamentos antineoplásicos, conforme previsto na regulamentação.

O texto aborda a exposição humana a substâncias químicas e seus possíveis efeitos, sejam benéficos, adversos ou tóxicos. Dentro desse contexto, é apresentada uma afirmação sobre a manipulação de quimioterápicos e seus efeitos deterministas, seguida de uma questão de julgamento.

A afirmação sugere que a manipulação correta de quimioterápicos pode causar efeitos tóxicos deterministas e, por isso, os profissionais envolvidos devem ser monitorados biologicamente. No entanto, o gabarito indica que essa afirmação está errada (alternativa E).

Isso ocorre porque efeitos deterministas são aqueles que possuem uma relação dose-resposta clara e que só ocorrem acima de um determinado limiar de exposição. Se a manipulação for realizada corretamente, seguindo os protocolos de segurança, a exposição a quimioterápicos não deve ultrapassar esse limiar, evitando assim os efeitos tóxicos deterministas. Portanto, a afirmação original está incorreta ao sugerir que mesmo a manipulação correta pode causar tais efeitos.

O monitoramento biológico, no entanto, é uma prática importante para garantir a segurança dos profissionais que lidam com substâncias potencialmente perigosas, mas sua necessidade não implica que a manipulação correta seja incapaz de prevenir efeitos deterministas.

O item em questão aborda um conceito importante no campo da saúde, relacionado à farmacoepidemiologia e farmacovigilância. A afirmação sugere que a identificação, notificação e registro de reações adversas a medicamentos durante o tratamento oncológico podem ser chamados de farmacoepidemiologia. No entanto, essa definição está incorreta.

A farmacoepidemiologia é uma disciplina que estuda o uso e os efeitos dos medicamentos em grandes populações, utilizando métodos epidemiológicos para analisar padrões, causas e consequências do uso de fármacos. Já a farmacovigilância é o termo correto para descrever as atividades relacionadas à detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer outros problemas relacionados a medicamentos.

Portanto, a identificação, notificação e registro de reações adversas são ações específicas da farmacovigilância, não da farmacoepidemiologia. Dessa forma, o gabarito correto é E) ERRADO.

A manipulação de medicamentos oncológicos exige cuidados específicos devido à sua alta toxicidade e potencial risco à saúde dos profissionais envolvidos. O item em questão aborda dois aspectos importantes: a exposição prolongada em capelas de segurança e a postura inadequada durante o manuseio desses fármacos.

O gabarito indica que a afirmação está errada, e isso se justifica pelos seguintes motivos:

• As capelas de segurança biológica são projetadas para proteger o profissional contra riscos biológicos, como a inalação de partículas ou vapores tóxicos. Portanto, permanecer por muito tempo dentro delas não aumenta a exposição a esses riscos, desde que o equipamento esteja funcionando corretamente.
• Já a postura inadequada está relacionada a riscos ergonômicos, como lesões musculoesqueléticas, e não a riscos físicos diretos causados pelos medicamentos. Riscos físicos, nesse contexto, seriam mais associados a quedas, quebras de vidrarias ou outros acidentes de manipulação.

Dessa forma, a afirmação original inverte a relação entre os riscos e suas causas, tornando a alternativa E) ERRADO a correta. É essencial que os profissionais estejam atentos tanto às normas de biossegurança quanto às boas práticas ergonômicas para garantir sua segurança durante o manuseio desses medicamentos.

A manipulação de medicamentos oncológicos, especialmente os citostáticos, requer protocolos rigorosos de segurança devido ao seu alto potencial de toxicidade. O item em questão aborda um aspecto crítico desse processo: o uso e a troca de luvas de procedimento durante o preparo desses fármacos.

Segundo as normas de segurança estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e por órgãos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a troca de luvas não deve ocorrer apenas em casos de extravasamento ou mudança de paciente. Pelo contrário, as luvas devem ser trocadas regularmente, mesmo durante o mesmo ciclo de preparo, para evitar contaminação cruzada e exposição acidental.

Além disso, a antissepsia é apenas uma das etapas necessárias. O preparo de citostáticos exige equipamentos de proteção individual (EPIs) completos, como aventais impermeáveis, proteção ocular e máscaras específicas, além de cabines de segurança biológica classe II para garantir a contenção de aerossóis e partículas.

Portanto, a afirmação está errada, pois subestima as precauções necessárias. A troca de luvas deve ser frequente, e outros equipamentos de proteção são indispensáveis para garantir a segurança do manipulador e a integridade do medicamento.

O farmacêutico desempenha um papel fundamental no atendimento ao paciente oncológico, especialmente no que diz respeito ao manejo das complicações decorrentes do tratamento, como a diarreia. Essa condição, quando não adequadamente controlada, pode levar a desidratação e comprometer a eficácia da terapia antineoplásica, impactando negativamente a qualidade de vida e a resposta ao tratamento.

Por meio de orientações nutricionais e farmacológicas, o farmacêutico contribui significativamente para a prevenção e tratamento da diarreia, auxiliando na recuperação do paciente. Sua atuação abrange desde a identificação precoce dos sintomas até a recomendação de medidas terapêuticas adequadas, garantindo assim a segurança e eficácia do tratamento oncológico.

Portanto, a afirmação de que a diarreia é uma complicação séria do tratamento oncológico e que orientações nutricionais e farmacológicas são essenciais para o manejo dessa condição está correta. O gabarito, nesse caso, é C) CERTO.

O papel do farmacêutico no atendimento ao paciente oncológico tem se expandido significativamente, graças a portarias e resoluções do Ministério da Saúde que regulamentam sua atuação nessa área. Na oncologia, o farmacêutico desempenha uma função essencial para garantir a qualidade da farmacoterapia, participando ativamente das diversas etapas do tratamento antineoplásico.

No contexto dos efeitos adversos comuns da terapia oncológica, como náuseas e vômitos, é importante destacar que o farmacêutico tem um papel fundamental na gestão desses sintomas. A afirmação de que esses efeitos "não podem ser evitados" e que "o farmacêutico não deve sugerir o uso de antieméticos" está incorreta. Pelo contrário, o farmacêutico, como parte integrante da equipe multidisciplinar, deve avaliar o paciente, identificar a necessidade de intervenção e recomendar estratégias para minimizar esses efeitos, incluindo o uso de antieméticos quando necessário.

Portanto, o gabarito correto para a afirmação apresentada é E) ERRADO, pois o farmacêutico não apenas pode, como deve contribuir com sugestões terapêuticas para melhorar o bem-estar do paciente durante o tratamento oncológico.

O papel do farmacêutico no atendimento ao paciente oncológico tem se expandido significativamente nos últimos anos, graças a portarias e resoluções do Ministério da Saúde que regulamentam sua atuação nessa área. Dentro da oncologia, o farmacêutico desempenha uma função essencial para garantir a qualidade da farmacoterapia, participando ativamente das diversas etapas do tratamento antineoplásico.

Um dos aspectos críticos do tratamento oncológico é o manejo dos efeitos adversos, como a caquexia, uma condição que pode trazer sérias consequências ao paciente e até mesmo comprometer a eficácia da terapia. O monitoramento desse e de outros efeitos adversos é uma das atividades fundamentais da assistência farmacêutica, reforçando a importância do farmacêutico na equipe multidisciplinar.

Portanto, a afirmação de que o monitoramento da caquexia faz parte das atividades da assistência farmacêutica está correta, conforme indicado pelo gabarito (C). Essa prática não apenas contribui para a segurança do paciente, mas também para a otimização do tratamento oncológico como um todo.