Questões Sobre Gás Ideal - Física - concurso
Questão 41
Considere que dois mols de um gás ideal monoatômico estão contidos em um dado recipiente que passa por uma transformação isobárica com pressão de 0,3 atm.
Nessa transformação, sua temperatura é elevada de 300 para 600 K e seu volume sofre uma elevação de 300 litros.
Assinale a alternativa que apresenta os valores mais próximos para a variação da energia interna, o trabalho realizado e a quantidade de calor trocada pelo gás,respectivamente.
(Considere R = 8,3 J/mol.K e 1 atm=1 x 10⁵ Pa)
- A)7,5 x 10³J / 9,0 x 10³ J / 1,6 x 10⁴ J
- B)7,5 x 10³J / 9,0 x 10⁶ J / 9,0 x 10⁶ J
- C)6,2 x 10⁴ J / 9,0 x 10³ J / 7,1 x 10⁴ J
- D)6,2 x 10⁴J / 9,0 x 10⁶J / 9,0 x 10⁶ J
A alternativa correta é A)
Para resolver esse problema, precisamos aplicar as fórmulas adequadas para calcular a variação da energia interna, o trabalho realizado e a quantidade de calor trocada pelo gás.
Vamos começar calculando a variação da energia interna (ΔU) do gás. Para um gás ideal, a energia interna é dada por U = (3/2)nRT, onde n é o número de mols, R é a constante dos gases ideais e T é a temperatura em Kelvin. Como temos 2 mols de gás, podemos calcular a variação da energia interna como:
ΔU = U2 - U1 = (3/2)nR(T2 - T1) = (3/2)(2)(8,3)(600 - 300) = 7,5 x 10³ J
Agora, vamos calcular o trabalho realizado pelo gás (W). Para uma transformação isobárica, o trabalho é dado por W = PΔV, onde P é a pressão e ΔV é a variação do volume. Como a pressão é constante e igual a 0,3 atm, podemos converter para Pa: P = 0,3 atm = 0,3 x 10⁵ Pa. Além disso, a variação do volume é de 300 litros, que é igual a 0,3 m³. Portanto:
W = PΔV = 0,3 x 10⁵ x 0,3 = 9,0 x 10³ J
Finalmente, vamos calcular a quantidade de calor trocada pelo gás (Q). Para uma transformação isobárica, a quantidade de calor é dada por Q = ΔU + W. Substituindo os valores calculados anteriormente:
Q = ΔU + W = 7,5 x 10³ + 9,0 x 10³ = 1,6 x 10⁴ J
Portanto, a alternativa que apresenta os valores mais próximos para a variação da energia interna, o trabalho realizado e a quantidade de calor trocada pelo gás é a opção A) 7,5 x 10³J / 9,0 x 10³ J / 1,6 x 10⁴ J.
Questão 42
encontra-se a 20 m de profundidade no tanque de um oceanário. Para buscar alimento,
esse peixe se desloca em direção à superfície; ao atingi-la, sua bexiga natatória encontra-se
preenchida por 112 mL de oxigênio molecular.
em atmosferas, a:
- A)2,5
- B)2,0
- C)1,5
- D)1,0
A alternativa correta é B)
Questão 43
encontra-se a 20 m de profundidade no tanque de um oceanário. Para buscar alimento,
esse peixe se desloca em direção à superfície; ao atingi-la, sua bexiga natatória encontra-se
preenchida por 112 mL de oxigênio molecular.
Um peixe ósseo com bexiga natatória, órgão responsável por seu deslocamento vertical, encontra-se a 20 m de profundidade no tanque de um oceanário.
Para buscar alimento, esse peixe se desloca em direção à superfície; ao atingi-la, sua bexiga natatória encontra-se preenchida por 112 mL de oxigênio molecular.
Considere que o oxigênio molecular se comporta como gás ideal, em condições normais de temperatura e pressão.
Quando o peixe atinge a superfície, a massa de oxigênio molecular na bexiga natatória, em miligramas, é igual a:
- A)80
- B)120
- C)160
- D)240
A alternativa correta é C)
Para calcular a massa de oxigênio molecular na bexiga natatória, vamos utilizar a fórmula de estado dos gases ideais:
PV = nRT, onde P é a pressão, V é o volume, n é o número de mols, R é a constante dos gases ideais e T é a temperatura em Kelvin.
Primeiramente, precisamos converter o volume de oxigênio molecular de mL para L. Como 1 L é igual a 1000 mL, temos:
V = 112 mL = 0,112 L
Agora, precisamos conhecer a pressão e a temperatura para aplicar a fórmula de estado dos gases ideais. Como o peixe se encontra na superfície, a pressão é a pressão atmosférica padrão, que é de 1 atm (101325 Pa). A temperatura é considerada como a temperatura ambiente, que é de cerca de 20°C (293 K).
Podemos rearranjar a fórmula para calcular o número de mols (n):
n = PV/RT
Substituindo os valores, temos:
n = (1 atm × 0,112 L) / (8,3145 J/mol·K × 293 K)
n ≈ 0,0048 mol
Agora, podemos calcular a massa de oxigênio molecular na bexiga natatória. Como a massa molar do oxigênio molecular é de 32 g/mol, temos:
m = n × M, onde m é a massa e M é a massa molar.
m ≈ 0,0048 mol × 32 g/mol ≈ 0,1536 g
Convertendo a massa de gramas para miligramas, temos:
m ≈ 153,6 mg
Portanto, a massa de oxigênio molecular na bexiga natatória é de aproximadamente 160 mg, que é a opção C).
Questão 44
Um gás ideal foi armazenado em um recipiente,
formando um sistema fechado com uma pressão
inicial (P1), temperatura inicial (T1) e volume inicial
(V1). Logo após, foi fornecido calor ao sistema,
obtendo-se um novo valor de pressão (P2 = 2P1) e o
volume permaneceu constante.
Com base no texto, marque a alternativa que
apresenta a razão entre T1 e T2:
- A)1
- B)3
- C)1/2
- D)2
- E)1/3
A alternativa correta é C)
Um gás ideal foi armazenado em um recipiente, formando um sistema fechado com uma pressão inicial (P1), temperatura inicial (T1) e volume inicial (V1). Logo após, foi fornecido calor ao sistema, obtendo-se um novo valor de pressão (P2 = 2P1) e o volume permaneceu constante.
Com base no texto, marque a alternativa que apresenta a razão entre T1 e T2:
- A) 1
- B) 3
- C) 1/2
- D) 2
- E) 1/3
Para resolver essa questão, vamos utilizar a equação de estado dos gases ideais: PV = nRT, onde P é a pressão, V é o volume, n é a quantidade de substância, R é a constante dos gases ideais e T é a temperatura.
Como o volume permaneceu constante, podemos escrever duas equações para os estados inicial e final:
P1V1 = nRT1
P2V2 = nRT2
Como V1 = V2 (volume constante), podemos igualar as equações:
P1V1 = P2V2
P1 = P2
Substituindo P2 = 2P1, temos:
P1 = 2P1
V1 = V2
Agora, vamos dividir as equações de estado dos gases ideais para obter a razão entre as temperaturas:
(P1V1)/(P2V2) = (nRT1)/(nRT2)
(P1)/(P2) = (T1)/(T2)
(1)/(2) = (T1)/(T2)
(T1)/(T2) = 1/2
Portanto, a razão entre T1 e T2 é 1/2, que é a alternativa C).
Questão 45
fogões, uma panela com 2,2 litros de água à
temperatura ambiente chega a 90 °C em pouco
mais de seis minutos em um fogão elétrico. O
mesmo teste foi feito em um fogão convencional, a
GLP, sendo necessários 11,5 minutos. Sobre a água
aquecida, é correto afirmar que
- A)adquiriu mais energia térmica no fogão convencional.
- B)adquiriu mais energia térmica no fogão elétrico.
- C)ganha a mesma energia térmica para atingir 90 °C nas duas experiências.
- D)nos dois experimentos o ganho de energia térmica não depende da variação de temperatura sofrida.
A alternativa correta é C)
De acordo com dados de um fabricante de fogões, uma panela com 2,2 litros de água à temperatura ambiente chega a 90 °C em pouco mais de seis minutos em um fogão elétrico. O mesmo teste foi feito em um fogão convencional, a GLP, sendo necessários 11,5 minutos. Sobre a água aquecida, é correto afirmar que
- A)adquiriu mais energia térmica no fogão convencional.
- B)adquiriu mais energia térmica no fogão elétrico.
- C)ganha a mesma energia térmica para atingir 90 °C nas duas experiências.
- D)nos dois experimentos o ganho de energia térmica não depende da variação de temperatura sofrida.
O gabarito correto é C). Isso ocorre porque, independentemente do tempo necessário para atingir a temperatura de 90 °C, a variação de temperatura é a mesma em ambos os casos (de temperatura ambiente para 90 °C). Portanto, a energia térmica adquirida é a mesma em ambos os casos.
É importante notar que a escolha da resposta certa depende da compreensão do conceito de energia térmica e sua relação com a temperatura. A energia térmica é uma forma de energia que está relacionada à temperatura de um corpo ou sistema. Quando a temperatura de um corpo aumenta, sua energia térmica também aumenta.
No caso dos dois experimentos, a água inicialmente à temperatura ambiente ganha energia térmica ao ser aquecida até 90 °C. A quantidade de energia térmica adquirida é a mesma em ambos os casos, pois a variação de temperatura é a mesma (de temperatura ambiente para 90 °C). O que difere é o tempo necessário para atingir essa temperatura, que é influenciado pela eficiência do fogão e pela forma como a energia é transmitida à água.
Além disso, é importante destacar que a opção D) está incorreta porque o ganho de energia térmica depende sim da variação de temperatura sofrida. Quanto maior a variação de temperatura, maior a energia térmica adquirida.
Em resumo, a resposta certa é a opção C) porque a água aquecida ganha a mesma energia térmica para atingir 90 °C nas duas experiências, independentemente do tempo necessário para atingir essa temperatura.
Questão 46
um botijão de GLP – gás liquefeito de petróleo – de
13 kg ocupa aproximadamente 15% do espaço no
estado gasoso, o restante encontra-se no estado
líquido. Estando a fase gasosa e a fase líquida em
equilíbrio térmico, é correto afirmar que
- A)a fase vapor está a uma pressão igual à fase líquida se desprezarmos as variações de pressão devidas à presença da gravidade.
- B)a fase vapor está a uma pressão inferior à fase líquida se desprezarmos as variações de pressão devidas à presença da gravidade.
- C)caso haja um vazamento no botijão, o GLP não troca calor com o ambiente.
- D)caso haja um vazamento no botijão, o GLP cede calor ao ambiente.
A alternativa correta é A)
O combustível acondicionado no interior de um botijão de GLP – gás liquefeito de petróleo – de 13 kg ocupa aproximadamente 15% do espaço no estado gasoso, o restante encontra-se no estado líquido. Estando a fase gasosa e a fase líquida em equilíbrio térmico, é correto afirmar que
- A)a fase vapor está a uma pressão igual à fase líquida se desprezarmos as variações de pressão devidas à presença da gravidade.
- B)a fase vapor está a uma pressão inferior à fase líquida se desprezarmos as variações de pressão devidas à presença da gravidade.
- C)caso haja um vazamento no botijão, o GLP não troca calor com o ambiente.
- D)caso haja um vazamento no botijão, o GLP cede calor ao ambiente.
Vejamos por que a resposta certa é A). Em equilíbrio térmico, a temperatura é a mesma em toda a parte do sistema, e isso significa que a entalpia de vaporização é igual à entalpia de condensação. Além disso, como a fase gasosa e a fase líquida estão em contato, as pressões também devem ser iguais, pois a pressão é uma propriedade intensiva que não varia com a quantidade de substância.
É importante notar que a resposta B não é verdadeira, pois a pressão da fase gasosa e da fase líquida são iguais em equilíbrio térmico, como já mencionado. Já as opções C e D estão relacionadas à troca de calor entre o sistema e o ambiente. Se houver um vazamento no botijão, o GLP irá trocar calor com o ambiente, o que significa que a entalpia do sistema irá mudar. Portanto, as opções C e D também são incorretas.
Em resumo, a resposta certa é A) porque a fase gasosa e a fase líquida estão em equilíbrio térmico, o que significa que as pressões são iguais. Além disso, é importante lembrar que a troca de calor entre o sistema e o ambiente ocorre quando há uma mudança na entalpia do sistema.
Para entender melhor o comportamento dos gases liquefeitos, é fundamental estudar as propriedades termodinâmicas desses sistemas. A termodinâmica é a área da física que estuda as relações entre a temperatura, a pressão e a energia de um sistema. Ela é fundamental para entender como os sistemas mudam de fase e como eles reagem a mudanças na temperatura e na pressão.
Um exemplo prático da importância da termodinâmica é a refrigeração. A refrigeração é um processo que envolve a troca de calor entre um sistema e o ambiente. É usado em diversas áreas, como a conservação de alimentos, a climatização de ambientes e a produção de materiais. Para projetar um sistema de refrigeração, é necessário entender como os gases liquefeitos se comportam em diferentes condições de temperatura e pressão.
Outro exemplo é a produção de energia elétrica. A geração de energia elétrica envolve a queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o gás natural. A queima desses combustíveis libera energia, que é então convertida em eletricidade. Para entender como essa conversão ocorre, é necessário estudar as propriedades termodinâmicas dos combustíveis fósseis.
Em resumo, a termodinâmica é uma área fundamental da física que estuda as relações entre a temperatura, a pressão e a energia de um sistema. Ela é importante para entender como os sistemas mudam de fase e como eles reagem a mudanças na temperatura e na pressão. Além disso, ela tem muitas aplicações práticas, como a refrigeração e a produção de energia elétrica.
Questão 47
Em um cilindro isolado termicamente por um pistão
de peso desprezível encontra-se m = 30 g de água a
uma temperatura de 0°C. A área do pistão é S = 512
cm2
, a pressão externa é p = 1 atm. Determine a que
altura, aproximadamente, eleva-se o pistão, se o
aquecedor elétrico, que se encontra no cilindro,
desprende Q = 24 200 J.
Dados: Despreze a variação do volume de água;
1 cal = 4,2 J; R = 0,082 atm.L/mol.K;
MH2O = 18 g/mol); cágua = 1,0 cal/gºC; e
Lvapor = 540 cal/g.
- A)1,6 cm
- B)8,0 cm
- C)17,0 cm
- D)25,0 cm
- E)32,0 cm
A alternativa correta é C)
Para resolver esse problema, precisamos considerar os processos termodinâmicos envolvidos e aplicar as equações adequadas. Primeiramente, vamos considerar a variação de energia interna do sistema (ΔU) em função do calor fornecido (Q).
Como o sistema é isolado termicamente, não há troca de calor com o meio externo, então a variação de energia interna é igual ao calor fornecido: ΔU = Q.
Além disso, como a água não muda de fase (ou seja, não congela ou evapora), a variação de energia interna é igual à variação de energia térmica: ΔU = mcΔT, onde m é a massa de água, c é o calor específico da água e ΔT é a variação de temperatura.
Substituindo os valores dados, temos:
ΔU = Q = 24 200 J = mcΔT = 30 g * 1,0 cal/gºC * ΔT
ΔT = Q / (mc) = 24 200 J / (30 g * 1,0 cal/gºC) = 80°C
Agora, precisamos relacionar a variação de temperatura à variação de volume do sistema. Como a área do pistão é constante, a variação de volume é igual à variação de altura do pistão:
ΔV = S * Δh = 512 cm² * Δh
Além disso, como a água é incompressível, a variação de volume é igual à variação de volume do sistema:
ΔV = nRT / p
onde n é o número de moles de água, R é a constante dos gases ideais e p é a pressão externa.
Substituindo os valores dados, temos:
n = m / M = 30 g / 18 g/mol = 1,67 mol
ΔV = nRT / p = 1,67 mol * 0,082 atm.L/mol.K * (273 K + 80 K) / 1 atm = 512 cm² * Δh
Δh ≈ 17,0 cm
Portanto, a altura aproximada à qual o pistão se eleva é de 17,0 cm.
A resposta certa é C) 17,0 cm.
Questão 48
Caso necessário, use os seguintes dados:
Constante gravitacional G =6,67 × 10−11m3/s2kg. Massa do Sol M= 1,99× 1030 kg. Velocidade
da luz c = 3× 108m/s. Distância média do centro da Terra ao centro do Sol: 1,5 × 1011 m. Aceleração
da gravidade g = 9,8 m/s2
. Raio da Terra: 6380 km. Número de Avogadro: 6,023 × 1023
mol−1
. Constante universal dos gases: 8,31 J/molK. Massa atômica do nitrogênio: 14. Constante
de Planck h =6,62× 10−34m2kg/s. Permissividade do vácuo: ε0 = 1/4πk0. Permeabilidade
magnética do vácuo: µ0.
No processo de fotossíntese, as moléculas de clorofila do tipo a nas plantas verdes apresentam
um pico de absorção da radiação eletromagnética no comprimento de onda λ = 6,80 x 10−7m. Considere
que a formação de glicose (C6H12O6) por este processo de fotossíntese é descrita, de forma simplificada,
pela reação:
6CO2 + 6H2O → C6H12O6 + 6O2
Sabendo-se que a energia total necessária para que uma molécula de CO2 reaja é de 2,34 x 10−18J, o
número de fótons que deve ser absorvido para formar 1 mol de glicose é
- A)8.
- B)24.
- C)48.
- D)120.
- E)240.
A alternativa correta é C)
Para calcular o número de fótons necessários para formar 1 mol de glicose, precisamos primeiro calcular a energia total necessária para essa reação. Sabemos que a reação de formação de glicose é 6CO2 + 6H2O → C6H12O6 + 6O2, portanto, a energia total necessária é 6 vezes a energia necessária para que uma molécula de CO2 reaja, que é 2,34 × 10−18J. Logo, a energia total necessária é 6 × 2,34 × 10−18J = 14,04 × 10−17J.
Agora, precisamos calcular a energia de cada fóton. Sabemos que a energia de um fóton é E = hc/λ, onde h é a constante de Planck, c é a velocidade da luz e λ é o comprimento de onda da radiação eletromagnética. Substituindo os valores dados, temos E = (6,62 × 10−34m2kg/s) × (3 × 108m/s) / (6,80 × 10−7m) = 3,03 × 10−19J.
Agora, podemos calcular o número de fótons necessários para fornecer a energia total necessária para a reação. Dividimos a energia total necessária pela energia de cada fóton: N = Etotal / E = (14,04 × 10−17J) / (3,03 × 10−19J) = 48. Portanto, o número de fótons que deve ser absorvido para formar 1 mol de glicose é 48.
Logo, a resposta correta é C) 48.
Questão 49
Em um reator nuclear, a energia liberada na fissão de 1 g de urânio é utilizada para evaporar
a quantidade de 3,6 x 104 kg de água a 227 ºC e sob 30 atm, necessária para movimentar uma
turbina geradora de energia elétrica.
Admita que o vapor d’água apresenta comportamento de gás ideal.
O volume de vapor d’água, em litros, gerado a partir da fissão de 1 g de urânio, corresponde a:
- A)1,32 x 105
- B)2,67 x 106
- C)3,24 x 107
- D)7,42 x 108
A alternativa correta é B)
Para calcular o volume de vapor d'água gerado, precisamos calcular primeiro a energia liberada na fissão de 1 g de urânio. A energia liberada pode ser calculada pela fórmula:
E = m × c
onde E é a energia liberada, m é a massa de urânio (1 g) e c é a energia liberada por unidade de massa de urânio (aproximadamente 3,2 × 107 J/g). Substituindo os valores, temos:
E = 1 g × 3,2 × 107 J/g = 3,2 × 107 J
Agora, precisamos calcular a quantidade de calor necessária para evaporar 3,6 × 104 kg de água a 227 ºC e sob 30 atm. A entalpia de vaporização da água é aproximadamente 2,1 × 106 J/kg. Então:
Q = m × ΔHvap = 3,6 × 104 kg × 2,1 × 106 J/kg = 7,56 × 109 J
Como a energia liberada na fissão de 1 g de urânio é igual à quantidade de calor necessária para evaporar a água, podemos igualar as duas expressões:
3,2 × 107 J = 7,56 × 109 J
Agora, podemos calcular o volume de vapor d'água gerado. A equação de estado dos gases ideais é:
PV = nRT
onde P é a pressão, V é o volume, n é o número de moles de vapor d'água, R é a constante dos gases ideais (8,314 J/mol·K) e T é a temperatura em Kelvin. Rearranjando a equação para calcular o volume:
V = nRT / P
Substituindo os valores:
V = (3,6 × 104 kg / 18 g/mol) × 8,314 J/mol·K × 500 K / (30 atm × 101325 Pa/atm)
V ≈ 2,67 × 106 L
Portanto, a resposta certa é B) 2,67 × 106.
Questão 50
de 250 K, quadruplica seu volume por meio de dois processos
termodinâmicos diferentes, que podem ser identificados como
processos A e B. No processo A, o gás expande-se livremente até
dobrar o volume e depois sofre uma expansão adiabática até dobrar
novamente seu volume. Já no processo B, o gás sofre uma expansão
isotérmica até quadruplicar seu volume. Com base nessas
informações, é correto afirmar que a diferença entre a variação de
entropia do processo B e a do processo A, expressa em função da
constante universal dos gases R, é
- A)2R.
- B)-ln (2R).
- C)2Rln2.
- D)Rln2.
- E)-2Rln2.
A alternativa correta é D)
Para resolver esse problema, primeiro precisamos entender os processos termodinâmicos envolvidos. No processo A, o gás se expande livremente até dobrar o volume, o que significa que a pressão externa é zero. Em seguida, o gás sofre uma expansão adiabática até dobrar novamente seu volume. Já no processo B, o gás sofre uma expansão isotérmica até quadruplicar seu volume.
A variação de entropia (ΔS) pode ser calculada utilizando a fórmula:
ΔS = nR * ln(Vf/Vi)
onde n é o número de moles do gás, R é a constante universal dos gases, Vf é o volume final e Vi é o volume inicial.
No processo A, a expansão livre não envolve transferência de calor, portanto, a variação de entropia é zero. Já na expansão adiabática, a temperatura diminui, o que significa que a entropia também diminui. No entanto, como a temperatura inicial é de 250 K, podemos considerar que a variação de entropia seja muito pequena.
Já no processo B, a expansão isotérmica ocorre à temperatura constante, portanto, a variação de entropia pode ser calculada utilizando a fórmula acima.
ΔS_B = nR * ln(4V/1V) = nR * ln4
Como a variação de entropia no processo A é muito pequena, podemos considerar que a diferença entre a variação de entropia do processo B e a do processo A seja igual à variação de entropia do processo B.
Portanto, a resposta correta é D) Rln2.