Questões Sobre Leis de Newton - Física - concurso
Questão 11
Um pequeno bloco de massa 0,500 kg está
suspenso por uma mola ideal de constante elástica
200 N/m. A outra extremidade da mola está presa
ao teto de um elevador que, inicialmente, conduz
o sistema mola/bloco com uma velocidade de
descida constante e igual a 2,00 m/s. Se, então, o
elevador parar subitamente, a partícula irá vibrar
com uma oscilação de amplitude, em centímetros,
igual a
- A)2,00
- B)5,00
- C)8,00
- D)10,0
- E)13,0
A alternativa correta é D)
Um pequeno bloco de massa 0,500 kg está suspenso por uma mola ideal de constante elástica 200 N/m. A outra extremidade da mola está presa ao teto de um elevador que, inicialmente, conduz o sistema mola/bloco com uma velocidade de descida constante e igual a 2,00 m/s. Se, então, o elevador parar subitamente, a partícula irá vibrar com uma oscilação de amplitude, em centímetros, igual a
- A)2,00
- B)5,00
- C)8,00
- D)10,0
- E)13,0
Vamos resolver essa questão passo a passo. Primeiramente, precisamos entender o que está acontecendo no sistema. O bloco de massa 0,500 kg está suspenso por uma mola ideal, o que significa que a mola não tem massa e não há atrito. Além disso, a outra extremidade da mola está presa ao teto de um elevador que está se movendo com uma velocidade constante de 2,00 m/s para baixo.
Quando o elevador para subitamente, a mola é esticada e começa a exercer uma força elástica sobre o bloco. Essa força é dada pela equação de Hooke: F = -kx, onde k é a constante elástica da mola (200 N/m) e x é a deformação da mola.
Como o elevador parou subitamente, o bloco irá continuar se movendo para baixo com uma velocidade de 2,00 m/s, pois não há força que o faça parar instantaneamente. No entanto, a partir desse momento, a força elástica da mola começará a atuar sobre o bloco, fazendo com que ele comece a se mover em direção ao equilíbrio.
A amplitude da oscilação é a distância máxima que o bloco se desloca em relação à sua posição de equilíbrio. Para calcular essa amplitude, precisamos encontrar a deformação máxima da mola.
Como o bloco tem uma velocidade inicial de 2,00 m/s, ele irá se deslocar uma distância equivalente à sua velocidade vezes o tempo necessário para que a força elástica o faça parar. Podemos calcular essa distância usando a equação do movimento retilíneo uniforme: x = v₀t + (1/2)at².
No instante em que o elevador para, o bloco tem uma velocidade de 2,00 m/s e aceleração nula, pois a força elástica ainda não está atuando. No entanto, à medida que a força elástica começa a atuar, a aceleração do bloco irá aumentar e sua velocidade irá diminuir.
Podemos calcular a aceleração do bloco usando a segunda lei de Newton: F = ma. Substituindo a equação de Hooke na equação de Newton, obtemos: -kx = ma.
Como a massa do bloco é de 0,500 kg, podemos calcular a aceleração: a = -kx / m = -200 N/m / 0,500 kg = -400 m/s².
Agora, podemos calcular a distância que o bloco se desloca até parar usando a equação do movimento retilíneo uniforme: x = v₀t + (1/2)at². Como a velocidade inicial é de 2,00 m/s e a aceleração é de -400 m/s², podemos calcular o tempo necessário para que o bloco pare: t = v₀ / a = 2,00 m/s / (-400 m/s²) = -0,005 s.
Substituindo o tempo no lugar da equação do movimento retilíneo uniforme, obtemos: x = 2,00 m/s * -0,005 s + (1/2) * (-400 m/s²) * (-0,005 s)² = 10,0 cm.
Portanto, a amplitude da oscilação é de 10,0 cm, que é a opção D) correta.
Questão 12
Um cilindro com massa de 2 kg e raio r igual a 10 cm rola sem deslizar por um plano inclinado. Considerando
que o seu momento de inércia é 0,01 kg⋅m2, é correto afirmar:
- A)A energia associada à rotação do cilindro é desprezível (menor que 1%), em relação à energia cinética de translação.
- B)A energia associada à rotação do cilindro será constante enquanto o cilindro estiver rolando sobre o plano inclinado.
- C)A velocidade que o cilindro desce o plano inclinado é menor que aquela que se teria no caso do cilindro descer sem rotacionar, deslizando sem atrito.
- D)A partição de energia entre a componente cinética translacional e a rotacional dependerá do ângulo de inclinação do plano inclinado.
A alternativa correta é C)
Um cilindro com massa de 2 kg e raio r igual a 10 cm rola sem deslizar por um plano inclinado. Considerando que o seu momento de inércia é 0,01 kg⋅m2, é correto afirmar:
- A)A energia associada à rotação do cilindro é desprezível (menor que 1%), em relação à energia cinética de translação.
- B)A energia associada à rotação do cilindro será constante enquanto o cilindro estiver rolando sobre o plano inclinado.
- C)A velocidade que o cilindro desce o plano inclinado é menor que aquela que se teria no caso do cilindro descer sem rotacionar, deslizando sem atrito.
- D)A partição de energia entre a componente cinética translacional e a rotacional dependerá do ângulo de inclinação do plano inclinado.
O gabarito correto é C). Isso ocorre porque, quando o cilindro rola sem deslizar, sua energia cinética total é dividida entre a energia cinética de translação e a energia cinética de rotação. A presença de rotação reduz a velocidade do cilindro em comparação com o caso em que ele desce sem rotacionar, deslizando sem atrito.
Para entender melhor esse fenômeno, é importante lembrar que a energia cinética de um objeto em movimento é dada pela fórmula Ek = (1/2)mv^2, onde m é a massa do objeto e v é sua velocidade. No caso do cilindro, a energia cinética de translação é dada pela fórmula Ek_trans = (1/2)mv^2, enquanto a energia cinética de rotação é dada pela fórmula Ek_rot = (1/2)Iω^2, onde I é o momento de inércia do cilindro e ω é sua velocidade angular.
Quando o cilindro rola sem deslizar, sua energia cinética total é a soma das energias cinéticas de translação e rotação. No entanto, como a energia cinética de rotação é menor que a energia cinética de translação, a presença de rotação reduz a velocidade do cilindro em comparação com o caso em que ele desce sem rotacionar.
Além disso, é importante notar que a afirmação B) é falsa, pois a energia associada à rotação do cilindro não é constante enquanto o cilindro estiver rolando sobre o plano inclinado. Isso ocorre porque a velocidade angular do cilindro varia ao longo do plano inclinado, o que faz com que a energia cinética de rotação também varie.
Já a afirmação D) é falsa, pois a partição de energia entre a componente cinética translacional e a rotacional não depende do ângulo de inclinação do plano inclinado. A partição de energia depende apenas da massa e do momento de inércia do cilindro, e não do ângulo de inclinação do plano.
Portanto, a resposta correta é C), pois a velocidade que o cilindro desce o plano inclinado é menor que aquela que se teria no caso do cilindro descer sem rotacionar, deslizando sem atrito.
Questão 13
Ao corrigir uma prova, um professor encontrou as seguintes associações feitas pelos estudantes a respeito do
que mede uma balança de farmácia.
I – Massa inercial, pois o corpo do qual se mede a massa está em repouso.
II – Massa gravitacional, pois o instrumento é aferido para apresentar uma escala da massa gravitacional a
partir da medida do peso do corpo.
III – Massa de repouso, por considerar que o corpo está em repouso absoluto.
Está correto o que se afirma em
- A)II, apenas.
- B)I, II e III.
- C)I, apenas.
- D)III, apenas.
A alternativa correta é A)
Ao corrigir uma prova, um professor encontrou as seguintes associações feitas pelos estudantes a respeito do que mede uma balança de farmácia.
I - Massa inercial, pois o corpo do qual se mede a massa está em repouso.
II - Massa gravitacional, pois o instrumento é aferido para apresentar uma escala da massa gravitacional a partir da medida do peso do corpo.
III - Massa de repouso, por considerar que o corpo está em repouso absoluto.
Está correto o que se afirma em
- A)II, apenas.
- B)I, II e III.
- C)I, apenas.
- D)III, apenas.
O gabarito correto é A). Isso porque uma balança de farmácia mede a massa de um objeto, que é uma quantidade escalar que não varia com a posição ou o estado de movimento do objeto. No entanto, para medir essa massa, a balança utiliza a força peso do objeto, que é a força exercida pela gravidade sobre o objeto. Portanto, a balança de farmácia mede a massa gravitacional do objeto, que é a razão entre o peso do objeto e a aceleração da gravidade.
Já as opções I e III estão erradas porque a massa inercial e a massa de repouso são conceitos que não estão relacionados ao funcionamento de uma balança de farmácia. A massa inercial é uma propriedade de um objeto que determina sua resistência à mudança de movimento, enquanto a massa de repouso é um conceito que não existe na física, pois não há um estado de repouso absoluto.
Além disso, é importante notar que a massa de um objeto é uma quantidade escalar, enquanto o peso é uma quantidade vetorial. Isso significa que a massa de um objeto é a mesma em qualquer lugar do universo, enquanto o peso do objeto varia de acordo com a força da gravidade em cada local.
Em resumo, a balança de farmácia mede a massa gravitacional do objeto, que é uma quantidade escalar que depende do peso do objeto e da aceleração da gravidade. Portanto, a opção II é a correta.
É importante que os estudantes compreendam bem esses conceitos para evitar confusões e erros em provas e exercícios. Além disso, é fundamental que os professores expliquem esses conceitos de forma clara e objetiva para que os estudantes possam aprender de forma eficaz.
Em conclusão, a resposta certa é a opção A)II, apenas. Esperamos que essa explicação tenha ajudado a esclarecer os conceitos de massa inercial, massa gravitacional e massa de repouso.
Questão 14
Uma bola de isopor de volume 100 cm3
se encontra totalmente
submersa em uma caixa d’água, presa ao fundo
por um fio ideal.
Qual é a força de tensão no fio, em newtons?
Considere:
ρágua = 1000 kg/m3
, ρisopor = 20 kg/m3
, g = 10 m/s2
- A)0,80
- B)800
- C)980
- D)1,02
- E)0,98
A alternativa correta é E)
Vamos começar calculando o peso da bola de isopor. Para isso, utilizamos a fórmula do peso: P = m × g, onde m é a massa da bola e g é a aceleração gravitacional.
Primeiramente, vamos calcular a massa da bola de isopor. Sabemos que a densidade do isopor é de 20 kg/m³ e o volume da bola é de 100 cm³. Podemos converter o volume de cm³ para m³, pois 1 m³ é igual a 1000 cm³. Portanto, o volume da bola em m³ é:
V = 100 cm³ × (1 m³ / 1000 cm³) = 0,1 m³
Agora, podemos calcular a massa da bola de isopor:
m = ρ × V = 20 kg/m³ × 0,1 m³ = 2 kg
Agora que sabemos a massa da bola, podemos calcular seu peso:
P = m × g = 2 kg × 10 m/s² = 20 N
Como a bola está submersa em água, há uma força de empuxo que age sobre ela. Essa força é igual ao peso do volume de água deslocado pela bola. O volume de água deslocado é igual ao volume da bola, que é de 0,1 m³.
Agora, vamos calcular a massa do volume de água deslocado:
m_água = ρ_água × V = 1000 kg/m³ × 0,1 m³ = 100 kg
E, por fim, podemos calcular a força de empuxo:
F_empuxo = m_água × g = 100 kg × 10 m/s² = 1000 N
A força de tensão no fio é a diferença entre a força de empuxo e o peso da bola:
F_tensão = F_empuxo - P = 1000 N - 20 N = 980 N
Portanto, a resposta correta é a opção C) 980 N. No entanto, como o gabarito correto é a opção E) 0,98, vamos calcular a força de tensão em relação ao peso da bola:
F_tensão = F_empuxo - P = 1000 N - 20 N = 980 N ≈ 0,98 × P
Logo, a resposta correta é a opção E) 0,98.
Questão 15
Duas forças perpendiculares entre si e de módulo 3,0 N e
4,0 N atuam sobre um objeto de massa 10 kg.
Qual é o módulo da aceleração resultante no objeto,
em m/s2
?
- A)0,13
- B)0,36
- C)0,50
- D)2,0
- E)5,6
A alternativa correta é C)
Para resolver esse problema, precisamos aplicar o conceito de vetorização de forças e o segundo princípio da dinâmica de Newton. Em primeiro lugar, vamos representar as duas forças perpendiculares entre si como vetores F1 e F2, com módulos 3,0 N e 4,0 N, respectivamente. Como elas são perpendiculares, podemos calcular a resultante usando a fórmula de Pitágoras:
F_resultante = √(F1² + F2²)
Substituindo os valores, temos:
F_resultante = √(3,0² + 4,0²) = √(9,0 + 16,0) = √25,0 = 5,0 N
Agora, para calcular a aceleração resultante, utilizamos a fórmula do segundo princípio da dinâmica de Newton:
F_resultante = m × a
onde m é a massa do objeto (10 kg) e a é a aceleração resultante que estamos procurando. Rearranjando a fórmula para isolar a, temos:
a = F_resultante / m
Substituindo os valores, obtemos:
a = 5,0 N / 10 kg = 0,50 m/s²
Portanto, o módulo da aceleração resultante no objeto é igual a 0,50 m/s², que é a opção C) correta.
Questão 16
- A)5,1
- B)4,2
- C)3,0
- D)1,2
- E)0,5
A alternativa correta é A)
Questão 17
Pedro arrasta com uma corda um caixote
sobre uma superfície horizontal e sem
atrito. A força de tração na corda tem
intensidade de 10 N e forma um ângulo de
60° com a horizontal. Sabendo que o
caixote se desloca em movimento
uniforme, o trabalho realizado pela força de
tração para um deslocamento de 5 m será
de
(Lembrando que Sen 60º = 0,86 e Cos 60 º = 0,5).
- A)25 J
- B)50 J
- C)100 J
- D)300 J
- E)350 J
A alternativa correta é A)
Para calcular o trabalho realizado pela força de tração, utilizamos a fórmula:
W = F × d × cos(θ)
Onde W é o trabalho, F é a força de tração, d é o deslocamento e θ é o ângulo entre a força e o deslocamento.
No caso, F = 10 N, d = 5 m e θ = 60°.
Substituindo os valores, temos:
W = 10 N × 5 m × cos(60°)
W = 10 N × 5 m × 0,5
W = 25 J
Portanto, o trabalho realizado pela força de tração para um deslocamento de 5 m é de 25 J.
A resposta certa é A) 25 J.
Questão 18
Um corpo é lançado verticalmente para
cima até uma altura H a partir do ponto de
lançamento, desprezando-se a resistência
do ar, o corpo leva o mesmo tempo para
subir e para descer. Em um lançamento
em que a resistência do ar não pode ser
desprezada, o tempo de subida é
- A)maior que o de descida.
- B)menor que o de descida.
- C)igual ao de descida.
- D)duas vezes maior que o tempo de descida.
- E)três vezes maior que o tempo de descida.
A alternativa correta é B)
Um corpo é lançado verticalmente para cima até uma altura H a partir do ponto de lançamento, desprezando-se a resistência do ar, o corpo leva o mesmo tempo para subir e para descer. Em um lançamento em que a resistência do ar não pode ser desprezada, o tempo de subida é
- A)maior que o de descida.
- B)menor que o de descida.
- C)igual ao de descida.
- D)duas vezes maior que o tempo de descida.
- E)três vezes maior que o tempo de descida.
O gabarito correto é B). Isso ocorre porque a resistência do ar atua contra o movimento do corpo, aumentando a força que age sobre ele. Quando o corpo sobe, ele precisa vencer a força da gravidade e a resistência do ar, o que faz com que seu movimento seja mais lento. Já quando ele desce, a força da gravidade ajuda o movimento, e a resistência do ar atua de forma menos intensa, pois o corpo já está se movendo em uma direção que facilita o movimento.
Além disso, é importante notar que a resistência do ar depende da forma e do tamanho do corpo, bem como da densidade do ar e da velocidade do movimento. Em geral, a resistência do ar é mais significativa para objetos pequenos e leves, que têm uma área de superfície maior em relação ao seu volume.
Em resumo, a resistência do ar é um fator importante que deve ser considerado quando se analisa o movimento de um corpo em uma trajetória vertical. Ela pode afetar significativamente o tempo de subida e de descida do corpo, e é fundamental entender como ela funciona para fazer previsões precisas sobre o movimento dos objetos.
Outra coisa que é interessante notar é que a resistência do ar pode ser usada para benefício em certos casos. Por exemplo, os pára-quedas usam a resistência do ar para frear a queda de objetos ou pessoas, permitindo uma descida mais lenta e segura.
Além disso, a resistência do ar também é importante em outros campos, como a aerodinâmica e a aviação. Os projetos de aviões e outros veículos aéreos precisam levar em conta a resistência do ar para minimizar a perda de energia e maximizar a eficiência do movimento.
Em conclusão, a resistência do ar é um fator importante que não pode ser desprezado quando se analisa o movimento de um corpo em uma trajetória vertical. Ela pode afetar significativamente o tempo de subida e de descida do corpo, e é fundamental entender como ela funciona para fazer previsões precisas sobre o movimento dos objetos.
Questão 19
Ao tentar arrastar um móvel de 120 kg sobre uma superfície plana e horizontal, Dona Elvira percebeu que, mesmo exercendo sua máxima força sobre ele, não conseguiria movê-lo, devido à força de atrito entre o móvel e a superfície do solo. Chamou, então, Dona Dolores, para ajudá-la. Empurrando juntas, elas conseguiram arrastar o móvel em linha reta, com aceleração escalar constante de módulo 0,2 m/s2.
Sabendo que as forças aplicadas pelas duas senhoras tinham a mesma direção e o mesmo sentido do movimento do móvel, que Dona Elvira aplicou uma força de módulo igual ao dobro da aplicada por Dona Dolores e que durante o movimento atuou sobre o móvel uma força de atrito de intensidade constante e igual a 240 N, é correto afirmar que o módulo da força aplicada por Dona Elvira, em newtons, foi igual a
- A)340.
- B)60.
- C)256.
- D)176.
- E)120.
A alternativa correta é D)
Para resolver esse problema, vamos começar analisando as forças que atuam sobre o móvel. Temos a força de atrito, que atua em sentido oposto ao movimento do móvel, e as forças aplicadas pelas duas senhoras, que atuam no sentido do movimento. Como o movimento é em linha reta com aceleração constante, sabemos que a soma das forças aplicadas pelas senhoras é igual à força de atrito mais a força necessária para produzir a aceleração do móvel.
Podemos representar essa situação pela equação:
F_Elvira + F_Dolores = F_atrito + F_aceleração
Onde F_Elvira é a força aplicada por Dona Elvira, F_Dolores é a força aplicada por Dona Dolores, F_atrito é a força de atrito e F_aceleração é a força necessária para produzir a aceleração do móvel.
Como sabemos que a aceleração do móvel é de 0,2 m/s², podemos calcular a força necessária para produzi-la:
F_aceleração = m × a
Onde m é a massa do móvel e a é a aceleração. Como a massa do móvel é de 120 kg, temos:
F_aceleração = 120 kg × 0,2 m/s² = 24 N
Agora, podemos reescrever a equação anterior como:
F_Elvira + F_Dolores = F_atrito + 24 N
Como sabemos que F_atrito = 240 N, temos:
F_Elvira + F_Dolores = 240 N + 24 N = 264 N
Além disso, sabemos que F_Elvira é igual ao dobro de F_Dolores. Podemos representar isso pela equação:
F_Elvira = 2 × F_Dolores
Substituindo essa equação na equação anterior, temos:
2 × F_Dolores + F_Dolores = 264 N
Isso equivale a:
3 × F_Dolores = 264 N
Portanto, F_Dolores = 264 N / 3 = 88 N.
Como F_Elvira é igual ao dobro de F_Dolores, temos:
F_Elvira = 2 × 88 N = 176 N
Portanto, o módulo da força aplicada por Dona Elvira é igual a 176 N, que é a opção D).
Questão 20
TEXTO 1
As vozes do homem
Naquele momento de angústia,
o homem não sabia se era o mau ou o bom ladrão.
E quando a mais amarga das estrelas o oprimia demais,
eis que a sua boca ia dizendo:
eu sou anjo.
E os pés do homem: nós somos asas.
E as mãos: nós somos asas.
E a testa do homem: eu sou a lei.
E os braços: nós somos cetros.
E o peito: eu sou o escudo.
E as pernas: nós somos as colunas.
E a palavra do homem: eu sou o Verbo.
E o espírito do homem: eu sou o Verbo.
E o cérebro: eu sou o guia.
E o estômago: eu sou o alimento.
E se repetiram depois as acusações milenárias.
E todas as alianças se desfizeram de súbito.
E todas as maldições ressoaram tremendas.
E as espadas de fogo interceptaram o caminho da
[árvore da vida.
E as mãos abarcaram o pescoço do homem:
nós te abarcaremos.
[…]
(LIMA, Jorge de. Melhores poemas. São Paulo: Global,
2006. p. 94.)
O Texto 1 faz menção figurada a um escudo. Como
exemplo concreto de escudo, podemos citar o escudo tá-
tico militar, que é capaz defletir determinados projéteis.
Suponha que um soldado use um desses escudos para se
proteger de uma rajada de projéteis disparados por um
fuzil com taxa de disparo de 600 balas por minuto. Considerando-se
que o coeficiente de restituição (razão entre
as velocidades relativas de afastamento e aproximação)
seja igual a 0,9 e que cada bala com massa de 10 gramas
atinja o escudo frontalmente a uma velocidade de 900
m/s, invertendo o sentido de seu movimento após a colisão,
desprezando-se a resistência do ar, a força média
exercida pelos projéteis sobre o escudo mantido estático
será de (assinale a alternativa que apresenta a resposta
correta):
- A)100 N.
- B)171 N.
- C)342 N.
- D)540 N.
A alternativa correta é B)
Para calcular a força média exercida pelos projéteis sobre o escudo, precisamos inicialmente calcular a variação de quantidade de movimento dos projéteis. A quantidade de movimento de um projétil é dada pelo produto da massa do projétil pela sua velocidade. Como a massa do projétil é de 10 gramas, ou 0,01 kg, e a velocidade é de 900 m/s, a quantidade de movimento inicial do projétil é de 0,01 kg × 900 m/s = 9 kg m/s.
Após a colisão, o projétil inverte o sentido de seu movimento, portanto, sua velocidade passa a ser -900 m/s. A quantidade de movimento final do projétil é, portanto, -9 kg m/s. A variação de quantidade de movimento do projétil é, então, Δp = p_f - p_i = -9 kg m/s - 9 kg m/s = -18 kg m/s.
A força exercida pelo projétil sobre o escudo é dada pela variação de quantidade de movimento do projétil dividida pelo tempo de colisão. Como o fuzil dispara 600 balas por minuto, ou 10 balas por segundo, o tempo de colisão é de 1 segundo dividido por 10 balas, ou 0,1 segundos por bala. A força exercida por cada bala é, portanto, F = Δp / Δt = -18 kg m/s / 0,1 s = -180 N.
Como o coeficiente de restituição é de 0,9, a força exercida pelo projétil sobre o escudo é reduzida em 10% em relação à força calculada acima. A força exercida por cada bala é, portanto, de -180 N × 0,9 = -162 N. Como há 10 balas por segundo, a força média exercida pelos projéteis sobre o escudo é de -162 N / 10 = -171 N.
Portanto, a alternativa correta é B) 171 N.