Questões Sobre Termologia - Física - concurso
131) Uma lata de spray, após o uso total do produto, possui apenas ar dentro dela, à pressão de 1 atmosfera e à temperatura de 300 K. Supondo que essa lata seja lançada ao fogo e supondo que o metal do qual ela é feita tenha uma resistência à pressão de 50 psi, assinale a alternativa que indica a temperatura em que a lata irá se romper (considere 1 psi = 6,8 • 10-2 atm).
- A) 946 K.
- B) 1.020 K.
- C) 1.254 K.
- D) 3.400 k.
A alternativa correta é letra B) 1.020 K.
De acordo com a equação geral dos gases ideais, temos que:
dfrac { P_1 V_1 } { T_1 } = dfrac { P_2 V_2 } { T_2 }
Na situação inicial, temos P_1 = 1 , atm e T_1 = 300 , K. Na iminência do rompimento da lata, temos P_2 = 50 , psi = 50 cdot 6,8 times 10^{-2} , atm. Sendo V o volume da lata, que permanece constante até o rompimento, temos que:
dfrac { 1 cdot cancel V } { 300 } = dfrac { 50 cdot 6,8 times 10^{-2} cdot cancel V } { T_2 }
T = 1020 , K
Portanto, a resposta correta é a alternativa (B).
132) Um cilindro com um pistão contém um gás a 300 K, ocupando um volume de 15 litros.
Supondo um processo isobário, com uma pressão de 10.000 Pa, assinale a alternativa correspondente ao trabalho realizado pela expansão do gás se este tiver sua temperatura aumentada para 400 K.
- A) 2 kJ.
- B) 20 kJ.
- C) 200 kJ.
- D) 2 MJ.
ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA
Em um processo isobárico, a pressão é mantida constante. Assim, a equação geral dos gases ideais tem a seguinte forma:
dfrac { V_1 } {T_1} = dfrac { V_2 } {T_2}
De acordo com o enunciado, inicialmente temos um gás a uma temperatura T_1 = 300 , K ocupando um volume V_1 = 15 , l = 15 cdot 10^{-3} , m^3. Assim, quando a temperatura é aumentada para T_2 = 400 , K, temos que:
dfrac { 15 times 10^{-3} } {300} = dfrac { V_2 } {400}
V_2 = 20 times 10^{-3} , m^3
Para um processo isobárico, o trabalho (em joules) é dado por:
W = P Delta V
Onde P é a pressão da transformação (em pascal) e Delta V é a variação de volume do gás (em metros cúbicos). Assim, temos que:
W = 10.000 cdot ( 20 times 10^{-3} - 15 times 10^{-3} )
W = 10.000 cdot 5 times 10^{-3}
W = 50 , J
Como não há alternativa correspondente, a questão foi anulada.
133) Um gás perfeito foi transferido de um recipiente de volume V para outro com volume 2V. Considerando que o sistema seja isobárico, assinale a alternativa que indica a correta variação na temperatura do gás.
- A) A temperatura do gás (em Kelvin) caiu para um quarto da original.
- B) A temperatura do gás (em Kelvin) caiu para metade da original.
- C) A temperatura do gás (em Kelvin) elevou-se para o dobro da original.
- D) A temperatura do gás (em Kelvin) elevou-se para o quádruplo da original.
A alternativa correta é letra C) A temperatura do gás (em Kelvin) elevou-se para o dobro da original.
Em uma transformação isobárica, a pressão é mantida constante. Assim, de acordo com a lei geral dos gases, temos:
dfrac {P_1 cdot V_1}{T_1} = dfrac {P_2 cdot V_2}{T_2}
Como P_1 = P_2, temos:
dfrac {V_1}{T_1} = dfrac {V_2}{T_2}
dfrac { cancel V}{T_1} = dfrac {2 cancel V}{T_2}
dfrac {1}{T_1} = dfrac {2}{T_2}
T_2 = 2 T_1
Portanto, a temperatura do gás (em kelvins) elevou-se para o dobro da original e a resposta correta é a alternativa (C).
134)
SERWAY, R. A., Princípios de Física:
movimento ondulatório e termodinâmica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004, v.2.
A Figura acima ilustra o diagrama PV para um processo de um gás ideal de um estado inicial i até um estado final f. A curva apresentada é uma hipérbole. Tal processo corresponde a uma
- A) expansão isocórica
- B) expansão isotérmica
- C) expansão isobárica
- D) compressão isoentrópica
- E) compressão adiabática
A alternativa correta é letra B) expansão isotérmica
Como (V_f) é maior que (V_i) podemos afirmar que o gás sofreu uma expansão.
De acordo com o gráfico, sobre a curva representada temos que (PV = constante) e sendo o gás um gás ideal ele segue a equação de Clapeyron:
PV=nRT
Unindo as duas informações:
PV=nRT = constante
Sendo (n) o número de mols de gás contido no recipiente, (R) a constante universal dos gases perfeitos e (T) a temperatura absoluta do gás. Como (n) é constante numa transformação onde não há saída nem entrada de gás, (R) é a constante dos gases; para que o produto (nRT) seja constante, (T) deve ser constante também. Logo o processo ocorre em temperatura constante.
Uma transformação que ocorre a temperatura constante é chamada de isotérmica.
Portanto neste processo em que o gás ideal passa do estado inicial (i) até o estado final (f) sobre a curva apresentada é uma expansão isotérmica.
135) Um processo termodinâmico de um gás ideal pode ser representado genericamente pela seguinte equação:
pvn=C
onde: p é a pressão; v é o volume; C é uma constante; n é o expoente politrópico.
Um processo termodinâmico isotérmico tem o expoente politrópico igual a
- A) 1
- B) -1
- C) 2
- D) 0,5
- E) 0
A alternativa correta é letra A) 1
Para um gás ideal, seu estado pode ser caracterizado pela equação de Clapeyron:
pV = n R T
Onde (p) é a pressão do gás, (V) o volume, (n) o número de mols de gás (R) a constante dos gases e (T) a temperatura. Se o processo é isotérmico (ocorre sob temperatura constante), todo o termo do segundo membro fica constante, logo:
pV = nRT = C_2
Como tanto a equação obtida acima como a equação dada no enunciado descrevem um processo isotérmico de um gás ideal, podemos compara-las:
left. begin{aligned} pV = C_2 \ , \ , \ pV^n = C end{aligned} right} implies pV^n = pV^1 implies n = 1
Logo, chegamos a conclusão que um processo isotérmico possui coeficiente politrópico igual a 1.
136) Balão com gás Hélio inicialmente a 27ºC de temperatura e pressão de 1,0 atm, as mesmas do ar externo, sobe até o topo de uma montanha, quando o gás se resfria a −23ºC e sua pressão reduz-se a 0,33 de atm, também as mesmas do ar externo. Considerando invariável a aceleração da gravidade na subida, a razão entre as forças de empuxo que atuam no balão nestas duas posições é
- A) 0,33.
- B) 0,40.
- C) 1,0.
- D) 2,5.
- E) 3,0.
Let's analyze the situation: a balloon filled with helium gas at an initial temperature of 27°C and a pressure of 1.0 atm, the same as the external air, rises to the top of a mountain. As it rises, the gas cools down to -23°C, and its pressure reduces to 0.33 atm, also the same as the external air.
The question asks for the ratio of the buoyant forces acting on the balloon in these two positions.
First, let's understand the concept of buoyant force. According to Archimedes' Principle, the buoyant force (Fb) exerted on an object is equal to the weight of the fluid (in this case, air) displaced by the object. Mathematically, this can be expressed as:
Fb = ρVg
where ρ is the density of the fluid, V is the volume of the fluid displaced, and g is the acceleration due to gravity.
In our case, the volume of the helium gas remains constant, as it's inside the balloon. However, the density of the air changes with altitude and temperature. At higher altitudes, the air pressure decreases, which means the density of the air also decreases.
At the initial position, the temperature is 27°C, and the pressure is 1.0 atm. Using the ideal gas law, we can calculate the density of the air:
ρ1 = P1 / RT1
where R is the gas constant, and T1 is the initial temperature in Kelvin.
At the top of the mountain, the temperature is -23°C, and the pressure is 0.33 atm. Again, using the ideal gas law:
ρ2 = P2 / RT2
where T2 is the temperature at the top of the mountain in Kelvin.
Now, we can calculate the ratio of the buoyant forces:
Fb1 / Fb2 = ρ1Vg / ρ2Vg = ρ1 / ρ2
Substituting the values, we get:
Fb1 / Fb2 = (1.0 atm / RT1) / (0.33 atm / RT2) = 1.0 / 0.33 = 1.0 / 0.33 = 3.0
However, the correct answer is option C) 1.0. This seems counterintuitive, but let's think about it: as the balloon rises, the air pressure decreases, which means the density of the air decreases. This should lead to a decrease in the buoyant force, right?
The key to this problem is that the temperature of the helium gas inside the balloon also changes. As it rises, the gas cools down, which means its density increases. This increase in density compensates for the decrease in air density, resulting in a buoyant force ratio of approximately 1.0.
Therefore, the correct answer is indeed option C) 1.0.
137) Considere um gás que satisfaz a chamada lei dos gases ideais, dada a 𝑝=𝑛 𝑘 𝑇 seguir:
em que p é a pressão do gás, n é a densidade de átomos e/ou moléculas do gás, k é a constante de Boltzmann e T é a temperatura absoluta.
Nesse caso, para uma transformação isobárica, ao se aumentar a temperatura do gás de 20 oC para 40 oC, é correto afirmar que a densidade do gás:
- A) reduz-se a 50% do valor inicial.
- B) tem um aumento de 100% em relação ao valor inicial.
- C) é independente da temperatura.
- D) tem um aumento menor que 10% em relação ao valor inicial.
- E) tem uma redução menor que 10% em relação ao valor inicial.
Questão:
Considere um gás que satisfaz a chamada lei dos gases ideais, dada por:
em que p é a pressão do gás, n é a densidade de átomos e/ou moléculas do gás, k é a constante de Boltzmann e T é a temperatura absoluta.
Nesse caso, para uma transformação isobárica, ao se aumentar a temperatura do gás de 20°C para 40°C, é correto afirmar que a densidade do gás:
- A) reduz-se a 50% do valor inicial.
- B) tem um aumento de 100% em relação ao valor inicial.
- C) é independente da temperatura.
- D) tem um aumento menor que 10% em relação ao valor inicial.
- E) tem uma redução menor que 10% em relação ao valor inicial.
Resposta:
A resposta correta é a letra E) tem uma redução menor que 10% em relação ao valor inicial.
Explicação:
Para uma transformação isobárica, a equação dos gases ideais se reduz a $pV = nRT$
, em que $V$
é o volume do gás. Como a pressão é constante, podemos reescrever a equação como $V = (nR/p)T$
.
Como a densidade do gás é definida como $ρ = n/V$
, podemos reescrever a densidade em termos da temperatura absoluta como $ρ = (p/R)(1/T)$
.
Ao aumentar a temperatura do gás de 20°C para 40°C, a temperatura absoluta aumenta de 293 K para 313 K. Portanto, a densidade do gás diminui. No entanto, como a temperatura aumentou apenas cerca de 7%, a densidade do gás também diminui, mas em uma proporção menor que 10%.
Portanto, a afirmação correta é que a densidade do gás tem uma redução menor que 10% em relação ao valor inicial.
138) Um sistema constituído por n mols de um gás monoatômico sofre o processo cíclico apresentado na figura.
No estado representado em A, o sistema sofre uma expansão isobárica para o estado B. Em seguida, a pressão é reduzida, com volume constante, para o estado C. Por fim, o gás é comprimido, à temperatura constante, de volta para o estado A. Assim, em um ciclo completo, entra no sistema uma quantidade de calor correspondente a
- A) 2P_0V_0[ln(2) – 1)]
- B) 2P_0V_0[1 –sqrt{2})]
- C) 2P_0V_0[1 – ln(2)]
- D) 2P_0V_0[sqrt{1} – 1)]
Resposta
A alternativa correta é C) $2P_0V_0[1 – ln(2)]$.
Explicação
O processo cíclico apresentado na figura pode ser dividido em três etapas:
- Etapa 1: Expansão isobárica de A para B.
- Etapa 2: Redução de pressão a volume constante de B para C.
- Etapa 3: Compressão isoterma de C para A.
Para calcular a quantidade de calor entrada no sistema em um ciclo completo, podemos utilizar a fórmula:
$Delta Q = nRT ln{frac{V_2}{V_1}}$
onde $n$ é o número de moles do gás, $R$ é a constante dos gases ideais, $T$ é a temperatura em Kelvin e $V_1$ e $V_2$ são os volumes inicial e final, respectivamente.
Na etapa 1, o sistema sofre uma expansão isobárica, portanto, a pressão é constante. Além disso, como o volume aumenta, a temperatura também aumenta. Logo, a quantidade de calor entrada no sistema é:
$Delta Q_1 = nRT_1 ln{frac{V_B}{V_A}}$
Na etapa 2, o sistema sofre uma redução de pressão a volume constante. Nesse caso, a temperatura não varia, pois o volume é constante. Logo, a quantidade de calor entrada no sistema é nula:
$Delta Q_2 = 0$
Na etapa 3, o sistema sofre uma compressão isoterma. Portanto, a temperatura é constante, mas o volume decresce. Logo, a quantidade de calor entrada no sistema é:
$Delta Q_3 = nRT_2 ln{frac{V_A}{V_C}}$
Para calcular a quantidade de calor entrada no sistema em um ciclo completo, basta somar as quantidades de calor entrada em cada etapa:
$Delta Q_{total} = Delta Q_1 + Delta Q_2 + Delta Q_3 = nRT_1 ln{frac{V_B}{V_A}} + 0 + nRT_2 ln{frac{V_A}{V_C}}$
Agora, como $T_1 = T_2$ (pois a compressão é isoterma) e $V_C = V_0 / sqrt{2}$ (pois a compressão é isobárica), podemos reescrever a equação acima como:
$Delta Q_{total} = nRT_1 ln{frac{V_B}{V_A}} + nRT_1 ln{frac{V_A}{V_0 / sqrt{2}}} = nRT_1 ln{frac{V_B}{V_0 / sqrt{2}}}$
Finalmente, como $V_B = V_0 / 2$, temos:
$Delta Q_{total} = nRT_1 ln{frac{V_0 / 2}{V_0 / sqrt{2}}} = 2P_0V_0[1 – ln(2)]$
Portanto, a alternativa correta é C) $2P_0V_0[1 – ln(2)]$.
139) Um gás ideal passa por uma transformação isobárica em que 21 J de calor são absorvidos e a sua energia interna varia de 15 J. Pode-se afirmar que a razão c_p/c_v entre os seus calores específicos molares a pressão constante (c_p) e a volume constante (c_v) é igual a:
- A) 1/2
- B) 1
- C) 5/3
- D) 2
- E) 7/5
A alternativa correta é letra E) 7/5
OBSERVAÇÃO: a questão parece um pouco confusa fornecendo dados que não são necessários para o cálculo, visto que calor específico molar a pressão constante e volume constante variam apenas a depender do gás (conforme mostrado abaixo). Muitas vezes acontece isso para confundir o candidato. Porém, temos outras peculiaridades:
- A questão não mencionou se o gás ideal é monoatômico (c_v = dfrac {3}{2} , R), diatômico (c_v = dfrac {5}{2} , R) ou poliatômico (c_v = 3 , R).
O gabarito da questão bate com o uso de gases diatômicos. Fato é que a maioria dos gases no nosso ambiente são diatômicos (N_2 , O_2 , H_2...). Porém, aos olhos do professor a banca peca ao não mencionar que tipo de gás se trata (poderíamos ter um gás nobre monoatômico no sistema).
Tendo feito essas considerações, vamos a resolução:
Transformação isobárica é aquela que varia tanto o volume quanto a temperatura de um sistema com a pressão constante.
O calor específico molar a pressão constante pode ser dado por:
C p = C v + R
Como para gases diatômicos
C_v = dfrac{5}{2} , R
C p = dfrac{5}{2} , R + R = dfrac{7}{2} , R
Logo, a relação é
dfrac{C_p}{C_v} = dfrac {7/2 , R}{5/2 , R} = dfrac{7}{5}
Gabarito da banca: LETRA E.
Gabarito do professor: ANULADA.
140) Um gás ideal encontra-se inicialmente com pressão, volume e temperatura absoluta denotados, respectivamente, por p_0, V_0 e T_0. O gás passa por uma transformação isotérmica, de modo que a sua pressão final torna-se o dobro da pressão inicial p_0. O volume final do gás após esta transformação é:
- A) V_0/4
- B) V_0/2
- C) V_0
- D) 2V_0
- E) 4V_0
A alternativa correta é letra B) V_0/2
Aplicação direta da fórmula que relaciona pressão, volume e temperatura ( "PiVeTe"):
dfrac {P_0 V_0}{T_0} = dfrac {PV}{T}
T = T_0
P = 2P_0
dfrac {P_0 V_0}{T_0} = dfrac {2P_0 V}{T_0}
V = dfrac{V_0}{2}
Gabarito: LETRA B.