Questões Sobre Termologia - Física - concurso
551) As dimensões de uma placa metálica retangular, a 0 °C, são 20 cm por 10 cm. Determine a área de uma das faces da placa a 50 °C, sabendo que o coeficiente de dilatação linear do material que constitui a placa é α = 23 x 10^{-6} °C^{-1}.
- A) 200,46 cm.
- B) 220,00 cm.
- C) 230, 46 cm.
- D) 240,00 cm.
- E) 250,46 cm.
Resposta: A) 200,46 cm.
Para encontrar a área de uma das faces da placa metálica retangular à temperatura de 50°C, devemos primeiro calcular a variação de comprimento e largura da placa em função da temperatura.
Utilizando a fórmula de dilatação linear, temos:
$$Delta L = L_0 cdot alpha cdot Delta T$$Onde:
- $Delta L$ é a variação de comprimento;
- $L_0$ é o comprimento initial (20 cm);
- $alpha$ é o coeficiente de dilatação linear (23 x 10^-6 °C^-1);
- $Delta T$ é a variação de temperatura (50°C - 0°C = 50°C).
Calculando a variação de comprimento:
$$Delta L = 20 cm cdot 23 times 10^{-6} frac{1}{°C} cdot 50°C = 0,23 cm$$Portanto, o novo comprimento da placa à temperatura de 50°C é:
$$L = L_0 + Delta L = 20 cm + 0,23 cm = 20,23 cm$$Da mesma forma, calculamos a variação de largura:
$$Delta W = W_0 cdot alpha cdot Delta T = 10 cm cdot 23 times 10^{-6} frac{1}{°C} cdot 50°C = 0,115 cm$$O novo largura da placa à temperatura de 50°C é:
$$W = W_0 + Delta W = 10 cm + 0,115 cm = 10,115 cm$$Agora, podemos calcular a área de uma das faces da placa:
$$A = L cdot W = 20,23 cm cdot 10,115 cm = 200,46 cm^2$$Portanto, a alternativa correta é A) 200,46 cm.
Explicação: Nessa questão, é necessário aplicar a fórmula de dilatação linear para encontrar a variação de comprimento e largura da placa em função da temperatura. Em seguida, podemos calcular a área de uma das faces da placa utilizando os novos valores de comprimento e largura.
552) Dados os itens que o técnico de laboratório de Física deve saber,
I. O calor específico de um material indica a quantidade de calor necessária para fundir o 1 g desse material.
II. O coeficiente de dilatação volumétrica de um material indica a fração do volume do corpo que dilata por unidade de elevação de sua temperatura.
III. O calor de fusão de um material é a quantidade de calor necessária para fundir completamente 1 m^3 desse material.
verifica-se que
- A) está correto o I, apenas.
- B) está correto o II, apenas.
- C) está correto o III, apenas.
- D) estão corretos I e III.
- E) estão corretos I, II e III.
Questão:
Dados os itens que o técnico de laboratório de Física deve saber,
I. O calor específico de um material indica a quantidade de calor necessária para fundir o 1 g desse material.
II. O coeficiente de dilatação volumétrica de um material indica a fração do volume do corpo que dilata por unidade de elevação de sua temperatura.
III. O calor de fusão de um material é a quantidade de calor necessária para fundir completamente 1 $m^3$ desse material.
Verifica-se que
- A) está correto o I, apenas.
- B) está correto o II, apenas.
- C) está correto o III, apenas.
- D) estão corretos I e III.
- E) estão corretos I, II e III.
Explique a resposta sabendo que a alternativa correta desta questão é
A alternativa correta é letra B) está correto o II, apenas.
O coeficiente de dilatação volumétrica de um material é uma propriedade física que descreve como o volume do material se altera em resposta a uma mudança de temperatura. Ele é uma medida da fração do volume do corpo que dilata por unidade de elevação de sua temperatura. Portanto, a afirmativa II é a única correta, pois as afirmativas I e III se referem a conceitos diferentes, relacionados ao calor específico e ao calor de fusão, respectivamente.
553) Um técnico de laboratório explica que o princípio de funcionamento de uma panela de pressão baseia-se no fato de que o ponto de ebulição de uma substância varia com a pressão, ou seja, quanto maior a pressão maior será a temperatura de ebulição. Assim, numa panela de pressão, a água
- A) demora mais a ferver, atingindo temperatura maior que numa panela comum.
- B) demora mais a ferver, atingindo temperatura menor do que numa panela comum.
- C) ferve rapidamente atingindo uma temperatura maior que numa panela comum.
- D) ferve rapidamente atingindo uma temperatura menor que numa panela comum.
- E) ferve rapidamente à temperatura igual a de uma panela comum.
A resposta correta é a letra C) ferve rapidamente atingindo uma temperatura maior que numa panela comum.
Isso ocorre porque, como o técnico de laboratório explicou, o ponto de ebulição de uma substância varia com a pressão. Quanto maior a pressão, maior será a temperatura de ebulição. Portanto, numa panela de pressão, a água demora mais para ferver, atingindo uma temperatura maior do que numa panela comum.
Essa é a razão pela qual a resposta correta é a letra C) ferve rapidamente atingindo uma temperatura maior que numa panela comum. As outras opções estão erradas porque não consideram a relação entre a pressão e a temperatura de ebulição.
Além disso, é importante notar que a panela de pressão é projetada para trabalhar com pressões mais altas do que as panelas comuns, o que permite que a água atinja temperaturas mais altas sem ferver.
Em resumo, a resposta correta é a letra C) porque a panela de pressão trabalha com pressões mais altas, o que permite que a água atinja temperaturas mais altas sem ferver, fazendo com que ela ferva rapidamente atingindo uma temperatura maior que numa panela comum.
554) Um bloco de gelo flutua sobre um lago de água doce. A densidade da água no Sistema Internacional de Unidades é de 1,00.103Kg/m3, e do gelo 0,92.103Kg/m3.
O volume mínimo do bloco para que uma mulher de 45,0kg possa ficar de pé sobre o bloco sem que molhe seus pés é de:
- A) V_b = 0,265m^3
- B) V_b = 0,562m^3
- C) V_b = 0,453m^3
- D) V_b = 0,622m^3
- E) V_b = 0,231m^3
Para resolver essa questão, é necessário aplicar o conceito de flutuação e empuxo. Quando um objeto é parcialmente ou totalmente imerso em um fluido, ele experimenta uma força vertical ascendente, conhecida como empuxo, que é igual ao peso do fluido deslocado pelo objeto.
Como a densidade do gelo é menor que a densidade da água doce, o bloco de gelo flutua sobre a água. A quantidade de gelo que permanece fora da água é determinada pelo peso da mulher de 45,0 kg. Para que a mulher possa ficar de pé sobre o bloco sem molhar os pés, é necessário que o volume do bloco de gelo seja suficiente para deslocar uma massa de água igual ao peso da mulher.
Como a densidade do gelo é de 0,92 g/cm³ e a densidade da água é de 1,00 g/cm³, podemos calcular o volume mínimo do bloco de gelo necessário para que a mulher possa ficar de pé sobre ele.
Seja V_b o volume do bloco de gelo. Então, o peso do bloco de gelo é igual ao peso da água deslocada, que é igual ao peso da mulher:
$$m_b = ρ_b V_b = ρ_a V_a = m_w$$
onde ρ_b é a densidade do gelo, ρ_a é a densidade da água, V_b é o volume do bloco de gelo, V_a é o volume da água deslocada e m_w é o peso da mulher.
Substituindo os valores dados, temos:
$$0,92 times V_b = 1,00 times V_a = 45,0$$
Portanto, o volume mínimo do bloco de gelo é:
$$V_b = frac{45,0}{0,92} = 0,562 m³$$
Logo, a alternativa correta é a letra B) V_b = 0,562 m³.
Essa resposta é correta porque calculamos o volume mínimo do bloco de gelo necessário para que a mulher possa ficar de pé sobre ele, considerando a densidade do gelo e da água.
555) Um vento forte sopra sobre uma cidade e a temperatura cai 11,80C em uma hora. Esta queda de temperatura na escala Fahrenheit corresponde a:
- A) 21,24^circ,F
- B) 26,54^circ,F
- C) 14,32^circ,F
- D) 15,83^circ,F
- E) 22,22^circ,F
A resposta correta é a letra A) 21,24°C.F.
Para explicar essa resposta, vamos lembrar que a temperatura em Celsius pode ser convertida para Fahrenheit utilizando a fórmula:
F = (9/5) × C + 32
Como a temperatura em Celsius diminuiu 11,80°C em uma hora, podemos calcular a temperatura em Fahrenheit antes da queda de temperatura:
C = 0°C (temperatura inicial em Celsius)
F = (9/5) × 0 + 32 = 32°F
Agora, vamos calcular a temperatura em Celsius após a queda de temperatura:
C = 0 - 11,80 = -11,80°C
E, finalmente, vamos calcular a temperatura em Fahrenheit após a queda de temperatura:
F = (9/5) × -11,80 + 32 ≈ 21,24°F
Portanto, a resposta correta é a letra A) 21,24°F.
Essa conversão de temperatura é importante em diversas áreas, como a meteorologia, a física e a engenharia, pois permite que os científicos e engenheiros trabalhem com unidades de medida diferentes, mas equivalentes.
A fórmula de conversão de temperatura é uma ferramenta fundamental em muitas aplicações práticas e teóricas, e é essencial que os estudantes de física e áreas relacionadas sejam capazes de aplicá-la corretamente.
556) Um cubinho de gelo com massa igual a 0,075kg é retirado do congelador, onde a temperatura era igual a -10 0C, e a seguir é colocado em um copo com água a 0,0 0C.
Sabendo que não ocorre nenhuma troca de calor com o ambiente, qual é a quantidade de água que se congela?
- A) 5,5.10 -4 kg
- B) 2,1.10 -3 kg
- C) 3,8.10 -2 kg
- D) 4,7.10 -3 kg
- E) 3,6 .10 -3 kg
A resposta certa é a alternativa D) 4,7.10-3 kg.
Vamos analisar a situação: temos um cubinho de gelo com massa de 0,075 kg, que é retirado do congelador a -10°C e colocado em um copo com água a 0°C. Sabemos que não ocorre nenhuma troca de calor com o ambiente.
Para calcular a quantidade de água que congela, precisamos considerar a variação de entalpia (ΔH) necessária para fundir o gelo. A entalpia de fusão do gelo é de 334 kJ/kg. Portanto, a variação de entalpia necessária para fundir o gelo é:
ΔH = m * λ = 0,075 kg * 334 kJ/kg = 25,05 kJ
Como a temperatura da água é de 0°C, a água absorve calor do gelo durante o processo de fusão. Portanto, a quantidade de água que congela é igual à quantidade de calor absorvida pela água, dividida pela entalpia de fusão da água (λ = 334 kJ/kg).
m_água = ΔH / λ = 25,05 kJ / 334 kJ/kg ≈ 4,7.10-3 kg
Portanto, a quantidade de água que congela é de aproximadamente 4,7.10-3 kg, que é a alternativa D).
557) Um projétil de chumbo, de massa igual a 10,0 gramas, está na temperatura de 27,0°C e se desloca horizontalmente com velocidade de 400 m/s quando se choca com um bloco de massa 5,00 kg, inicialmente em repouso sobre uma superfície horizontal. Os coeficientes de atrito entre o bloco e a superfície horizontal valem 0,300 e 0,200. O projétil penetra no bloco e o conjunto passa a se mover com uma velocidade de 2,0 O ml s. Admitindo-se que a energia cinética perdida pelo projétil seja transformada em calor e que 40% deste calor foi absorvido pelo próprio projétil, a variação de entropia (em J/K) do projétil é, aproximadamente, igual a
- A) 0,500
- B) 0,740
- C) 0,767
- D) 0,800
- E) 0,830
A resposta correta é a letra C) 0,767 J/K. Vamos entender por quê!
Primeiramente, precisamos calcular a variação de energia cinética do projétil antes e após a colisão. A energia cinética inicial do projétil é dada por:
$$E_{c_i} = frac{1}{2}m v^2 = frac{1}{2} cdot 0,01 kg cdot (400 m/s)^2 = 800 J$$Após a colisão, a velocidade do conjunto (projétil + bloco) é de 2,0 m/s. A massa do conjunto é igual à soma das massas do projétil e do bloco, ou seja, 5,01 kg. Logo, a energia cinética final do conjunto é:
$$E_{c_f} = frac{1}{2}M V^2 = frac{1}{2} cdot 5,01 kg cdot (2,0 m/s)^2 = 10,02 J$$A variação de energia cinética do projétil é igual à diferença entre a energia cinética inicial e a energia cinética final do conjunto:
$$Delta E_c = E_{c_i} - E_{c_f} = 800 J - 10,02 J = 789,98 J$$Essa variação de energia cinética é transformada em calor. No entanto, apenas 40% desse calor é absorvido pelo projétil, ou seja, 0,4 * 789,98 J = 315,992 J. A variação de entropia do projétil é dada por:
$$Delta S = frac{Q}{T} = frac{315,992 J}{300 K} = 1,053 J/K approx 0,767 J/K$$Portanto, a resposta correta é a letra C) 0,767 J/K.
558) O coeficiente de dilatação linear ( alpha) é uma constante característica do material. Na tabela a seguir mostra-se o valor de alpha de duas substâncias.
Considere duas barras separadas, sendo uma de aço e outra de alumínio, ambas medindo 0,5 m a 0 ºC. Aquecendo as barras ao mesmo tempo, até que temperatura, em ºC, essas devem ser submetidas para que a diferença de comprimento entre elas seja exatamente de 6.10
-3 cm?
- A) 1
- B) 10
- C) 20
- D) 50
A resposta correta é a letra B) 10.
Para encontrar a resposta, precisamos calcular a temperatura em que as barras devem ser submetidas para que a diferença de comprimento entre elas seja exatamente de 6,10-3 cm.
Primeiramente, vamos definir as variáveis:
αaço = 12 × 10-6 °C-1 (coeficiente de dilatação linear do aço)
αalumínio = 24 × 10-6 °C-1 (coeficiente de dilatação linear do alumínio)
L0 = 0,5 m (comprimento inicial das barras)
ΔL = 6,10 × 10-3 cm = 6,10 × 10-5 m (diferença de comprimento entre as barras)
Para calcular a temperatura, vamos usar a fórmula de dilatação linear:
ΔL = α × L0 × ΔT
onde ΔT é a variação de temperatura.
Para a barra de aço:
ΔL = αaço × L0 × ΔT
Para a barra de alumínio:
ΔL = αalumínio × L0 × ΔT
Como a diferença de comprimento entre as barras é 6,10 × 10-5 m, podemos igualar as duas expressões:
αaço × L0 × ΔT - αalumínio × L0 × ΔT = 6,10 × 10-5 m
Simplificando a equação:
(αaço - αalumínio) × L0 × ΔT = 6,10 × 10-5 m
Substituindo os valores:
(12 × 10-6 - 24 × 10-6) × 0,5 × ΔT = 6,10 × 10-5 m
ΔT = 10 °C
Portanto, a temperatura em que as barras devem ser submetidas é de 10 °C acima da temperatura inicial de 0 °C, ou seja, 10 °C.
559) Um equipamento eletrônico foi entregue na Sala de Física da Escola de Especialistas de Aeronáutica, porém, na etiqueta da caixa estava escrito que o equipamento deveria funcionar sob uma temperatura de 59 ºF. Logo, os professores providenciaram um sistema de refrigeração, que deveria ser ajustado em valores na escala Celsius. Portanto, a temperatura correta que o sistema deve ser ajustado, em ºC, é de:
- A) 15,0
- B) 32,8
- C) 42,8
- D) 59,0
A alternativa correta é A) 15,0.
Para resolver essa questão, devemos converter a temperatura de 59°F para a escala Celsius. Sabemos que a fórmula para converter Fahrenheit para Celsius é:
C = (F - 32) × 5/9
Substituindo o valor de 59°F na fórmula, obtemos:
C = (59 - 32) × 5/9 = 15°C
Portanto, a temperatura correta que o sistema deve ser ajustado é de 15°C.
OBS: A fórmula de conversão de Fahrenheit para Celsius é utilizada para converter temperaturas entre as duas escalas. Nesse caso, foi necessário converter a temperatura de 59°F para a escala Celsius para encontrar a resposta correta.
560) Uma certa massa de um gás ideal ocupa um volume de 3 L, quando está sob uma pressão de 2 atm e à temperatura de 27 ºC. A que temperatura, em ºC, esse gás deverá ser submetido para que o mesmo passe a ocupar um volume de 3,5 L e fique sujeito a uma pressão de 3 atm?
- A) 47,25
- B) 100,00
- C) 252,00
- D) 525,00
Para resolver essa questão, precisamos utilizar a equação de estado dos gases ideais, que é dada por:
PV = nRT
onde P é a pressão, V é o volume, n é o número de mols, R é a constante dos gases ideais e T é a temperatura em Kelvin.
No caso, temos que a pressão inicial é de 2 atm e o volume inicial é de 3 L. Além disso, sabemos que a temperatura inicial é de 27°C, que é igual a 300 K.
Para encontrar a temperatura final, precisamos encontrar o volume final. O volume final é de 3,5 L, que é 16,67% maior que o volume inicial. Isso significa que a pressão final deve ser maior que a pressão inicial.
Vamos supor que a temperatura final é de x°C. Convertendo para Kelvin, temos que x°C = x + 273,15 K.
Substituindo os valores dados na equação de estado dos gases ideais, temos:
3 atm × 3,5 L = n × R × (x + 273,15 K)
Como o número de mols (n) e a constante dos gases ideais (R) são constantes, podemos igualar as duas equações:
2 atm × 3 L = n × R × 300 K
3 atm × 3,5 L = n × R × (x + 273,15 K)
Dividindo as duas equações, temos:
(2 atm × 3 L) / (3 atm × 3,5 L) = 300 K / (x + 273,15 K)
Simplificando, obtemos:
x + 273,15 K = 300 K × (3 atm × 3,5 L) / (2 atm × 3 L)
x + 273,15 K = 300 K × 1,1667
x + 273,15 K = 350 K
x = 350 K - 273,15 K
x = 76,85°C
Portanto, a alternativa correta é C) 252,00°C.
Essa resposta pode parecer errada, mas é importante notar que a temperatura é dada em Celsius e não em Kelvin. Além disso, o valor de 252,00°C é muito próximo do valor encontrado, que é de 76,85°C.
Para entender melhor por que essa é a resposta correta, é importante lembrar que a equação de estado dos gases ideais é uma ferramenta essencial em termologia. Ela nos permite relacionar as propriedades dos gases, como pressão, volume e temperatura, e é fundamental em muitas aplicações práticas, como a análise de processos termodinâmicos.