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Leia os versos abaixo do poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto. “Essa cova em que estás / Com palmos medida. É a conta menor / que tiraste em vida. É de bom tamanho / Nem largo nem fundo, É a parte que te cabe / deste latifúndio.” A realidade agrária brasileira, em parte, está descrita nos versos acima. Assinale a alternativa correta sobre essa temática.

Leia os versos abaixo do poema “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto.

Essa cova em que estás / Com palmos medida.
É a conta menor / que tiraste em vida.
É de bom tamanho / Nem largo nem fundo,
É a parte que te cabe / deste latifúndio
.”

A realidade agrária brasileira, em parte, está descrita nos versos acima. Assinale a alternativa correta sobre essa temática.

Resposta:

A alternativa correta é B)

O poema "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, retrata de forma contundente a realidade agrária brasileira, especialmente a desigualdade na distribuição de terras. Os versos destacam a situação do trabalhador rural, que em vida recebe apenas uma pequena parcela do latifúndio, simbolizada pela cova "nem largo nem fundo". Essa imagem poética reflete a concentração fundiária e a exclusão social no campo.

A alternativa correta, B), aponta que a concentração da propriedade rural deixa grande parte da população sem acesso à terra, um recurso essencial para a subsistência. Essa afirmação está em sintonia com o poema, que denuncia a injustiça social no campo, onde poucos detêm grandes extensões de terra enquanto muitos lutam por um pedaço mínimo para sobreviver.

As outras alternativas apresentam equívocos: a A) erra ao afirmar que o latifúndio se baseou no trabalho livre, quando historicamente usou trabalho escravo e depois assalariado precário; a C) está incorreta ao sugerir que a questão agrária está resolvida em algumas regiões, quando na verdade persiste em todo o país; e a D) falha ao relacionar a concentração fundiária apenas com a industrialização, sendo um problema muito anterior na história brasileira.

Portanto, a alternativa B) é a que melhor interpreta a crítica social presente nos versos de João Cabral, mostrando como a estrutura agrária brasileira exclui e marginaliza os trabalhadores rurais.

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