Questões Sobre Aquecimento global - Geografia - concurso

O texto apresentado aborda a questão dos refugiados ambientais, um fenômeno crescente em decorrência das mudanças climáticas. Segundo o Comissariado para Refugiados da ONU, cerca de 25 milhões de pessoas já foram forçadas a se deslocar devido a catástrofes ambientais, como elevação do nível do mar, secas e calor extremo. Ao contrário dos refugiados políticos, que muitas vezes cruzam fronteiras internacionais, os refugiados ambientais tendem a permanecer em seus países, buscando regiões mais seguras para reconstruir suas vidas.

O texto também destaca que os grupos mais vulneráveis, como mulheres, crianças e idosos de países pobres, são os mais afetados por esse êxodo. Isso sugere que os homens jovens, muitas vezes responsáveis pelo sustento familiar, podem se deslocar para outras áreas em busca de melhores condições, deixando para trás suas famílias. Essa dinâmica reforça a afirmação de que "um grande contingente de homens jovens abandonará suas famílias e se fixará em outras localidades", tornando a alternativa C) a correta.

As demais alternativas apresentam interpretações equivocadas. A designação "refugiado ambiental" não se limita a migrações internas (A), nem é uma estratégia da ONU para pressionar acordos (B). Além disso, o impacto do êxodo não se restringe apenas a países com agricultura de subsistência, pois mesmo nações com agronegócio tecnológico, como o Brasil, podem sofrer consequências (D). Portanto, a resposta mais adequada ao tema é a alternativa C).

A intensificação do efeito estufa, conforme destacado na pesquisa da USP e em consonância com os conhecimentos científicos sobre o meio ambiente, está diretamente relacionada ao aumento da concentração de gases na atmosfera, especialmente o dióxido de carbono (CO₂). Esse fenômeno, que naturalmente regula a temperatura terrestre, torna-se prejudicial quando há um desequilíbrio causado pela ação humana. A alternativa C) corretamente identifica a principal causa dessa intensificação: a emissão excessiva de CO₂, proveniente principalmente da queima de combustíveis fósseis, como gasolina e óleo diesel. Essas atividades, associadas ao modelo de desenvolvimento industrial e urbano, são responsáveis pelo acúmulo de gases que retêm calor na atmosfera, elevando as temperaturas globais.

As demais alternativas, embora abordem problemas ambientais relevantes, não estão diretamente ligadas ao mecanismo do efeito estufa. A alternativa A) menciona partículas em suspensão, que estão mais associadas à poluição do ar e problemas de saúde, mas não ao aquecimento global. A B) trata da contaminação por efluentes, um grave problema de poluição hídrica, mas sem relação direta com o efeito estufa. Já a D) descreve a poluição de corpos d’água, outro impacto ambiental crítico, porém distinto do tema em questão. Portanto, a alternativa C) é a única que explica de forma precisa a causa da intensificação do efeito estufa, conforme comprovado pelo estudo citado.

O aquecimento global é um fenômeno climático caracterizado pelo aumento gradual da temperatura média da Terra, resultante principalmente da intensificação do efeito estufa devido às atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento. Entre suas consequências mais evidentes, destaca-se o aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como tempestades, furacões e tufões.

A alternativa D) é a correta porque o aquecimento global provoca a elevação da temperatura dos oceanos, o que fornece mais energia para a formação de sistemas tropicais intensos. Além disso, alterações nos padrões de circulação atmosférica contribuem para a ocorrência mais frequente desses fenômenos. As demais opções estão incorretas: a diminuição da temperatura terrestre (A) contradiz o próprio conceito de aquecimento; a diminuição do nível dos oceanos (B) não ocorre, pois o derretimento das geleiras eleva o volume marinho; o movimento das placas tectônicas (C) não tem relação direta com mudanças climáticas; e o aumento das geleiras (E) é incompatível com o cenário atual de redução acelerada das calotas polares.

Portanto, o aquecimento global representa uma ameaça multidimensional ao equilíbrio ambiental, sendo o agravamento de eventos meteorológicos extremos uma de suas manifestações mais impactantes para ecossistemas e sociedades humanas.

Análise das afirmativas:

A poluição ambiental é um tema de grande relevância na atualidade, e sua compreensão requer uma análise cuidadosa dos conceitos envolvidos. A afirmativa I apresenta uma definição abrangente do termo "poluição", destacando sua evolução semântica e seu impacto na qualidade de vida humana e no meio ambiente. Essa definição está correta, pois reflete a complexidade do fenômeno, que vai além da simples sujeira, envolvendo alterações prejudiciais ao equilíbrio ecológico.

Por outro lado, a afirmativa II descreve o efeito estufa de maneira incorreta. O processo mencionado não libera calor ao espaço, mas sim o retém na atmosfera terrestre, contribuindo para o aquecimento global. Portanto, a afirmativa II é falsa, pois contraria o entendimento científico consolidado sobre o tema.

Dessa forma, a alternativa correta é a B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa, conforme indicado pelo gabarito.

A governabilidade mundial dos regimes ambientais é um tema complexo, especialmente quando consideramos a tensão entre interesses nacionais e a necessidade de cooperação internacional. A citação de Eduardo Viola destaca justamente esse dilema: enquanto os países reconhecem a importância de combater as mudanças climáticas, suas ações são frequentemente guiadas por prioridades domésticas, dificultando acordos efetivos.

Analisando as alternativas, a afirmação I é verdadeira, pois a primazia absoluta dos interesses nacionais inviabiliza uma governança global sólida, já que esta requer concessões mútuas. A alternativa III também está correta, pois a inclusão de múltiplos atores – como Estados, corporações e ONGs – é essencial para legitimidade e eficácia das políticas ambientais. Já a afirmação IV reforça a necessidade de regras democráticas e cosmopolitas como base para negociações, o que é fundamental em um cenário de divergências.

A alternativa II, porém, apresenta um problema ao sugerir que a governabilidade global depende de pressupostos ideológicos ou utópicos. Isso é questionável, pois regimes ambientais bem-sucedidos (como o Acordo de Paris) surgem de negociações pragmáticas, não de idealismos desconectados da realidade. Portanto, a resposta correta é a D) I, III e IV, que sintetiza os desafios e caminhos possíveis para uma governança ambiental global efetiva.

O texto apresentado destaca a preocupação do cientista ambiental Norman Myers em relação ao impacto da guerra e das políticas globais, especialmente dos Estados Unidos, sobre o meio ambiente e o agravamento do aquecimento global. Myers critica a falta de atenção da geopolítica global em relação às mudanças climáticas, apontando que, apesar das evidências científicas e econômicas que recomendam a redução do uso de combustíveis fósseis, os líderes políticos continuam a incentivá-los. Nesse contexto, a afirmação de que a indústria automobilística já fabrica veículos que não emitem dióxido de carbono e, portanto, contribui significativamente para eliminar as causas do aquecimento global, é incorreta. A realidade atual mostra que, embora haja avanços tecnológicos, como carros elétricos, a maioria dos veículos ainda depende de combustíveis fósseis, e a transição para uma frota totalmente limpa está longe de ser concluída. Assim, a resposta correta é E) ERRADO.

O texto apresentado aborda a preocupação do cientista ambiental Norman Myers em relação ao agravamento da crise climática, especialmente diante do contexto geopolítico e da persistente dependência global de combustíveis fósseis. Myers critica a falta de ação efetiva dos líderes políticos para reduzir as emissões de carbono, apesar das evidências científicas e econômicas que apontam a urgência dessa transição. Nesse cenário, a afirmação de que a indústria automobilística já produz veículos que não emitem dióxido de carbono e, portanto, estaria resolvendo as principais causas do aquecimento global, é incorreta.

Embora avanços tecnológicos tenham permitido o desenvolvimento de veículos menos poluentes, como os elétricos e híbridos, a indústria automobilística ainda está longe de eliminar por completo as emissões de carbono. A produção em larga escala de veículos verdadeiramente neutros em carbono ainda enfrenta desafios significativos, como a dependência de matrizes energéticas baseadas em combustíveis fósseis e os impactos ambientais da fabricação de baterias. Além disso, os veículos tradicionais movidos a gasolina e diesel continuam dominando o mercado, contribuindo expressivamente para as emissões globais.

Portanto, a afirmação de que a indústria automobilística já resolveu o problema das emissões de dióxido de carbono é equivocada. A realidade atual ainda está distante de um cenário em que os veículos não mais contribuam para o aquecimento global, reforçando a necessidade de políticas mais ambiciosas e investimentos em tecnologias sustentáveis para que essa transição seja viável no futuro.

O relatório do IPCC de 2007 trouxe um alerta crucial sobre as mudanças climáticas, projetando um aumento de até 4°C na temperatura global até o final do século, acompanhado pela intensificação de eventos climáticos extremos. Diante desse cenário preocupante, a busca por soluções energéticas sustentáveis tornou-se uma prioridade inadiável.

Entre as alternativas apresentadas, a opção correta (B) – investir em fontes limpas e tecnologias alternativas – destaca-se como a única estratégia capaz de combater efetivamente o aquecimento global. Essa abordagem não apenas reduz as emissões de gases de efeito estufa, mas também promove a inovação tecnológica e a independência energética sustentável.

As demais alternativas revelam-se inadequadas: multas punitivas (A) não solucionam o problema estrutural, a exploração de combustíveis fósseis (C) agrava a crise climática, e a transferência de indústrias poluentes (D) representa uma solução injusta que transfere o ônus ambiental para nações vulneráveis. Portanto, o investimento em energias renováveis e tecnologias verdes configura-se como o caminho mais racional e ético para enfrentarmos os desafios climáticos do nosso tempo.

A matriz energética mundial ainda é predominantemente sustentada por fontes não renováveis, como petróleo e carvão mineral, conhecidos como combustíveis fósseis. Essa dependência gera impactos ambientais significativos, sendo o mais relevante o aumento do aquecimento global, conforme indicado pela alternativa correta (A).

A queima desses combustíveis libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) e outros gases de efeito estufa na atmosfera, intensificando o fenômeno do efeito estufa e, consequentemente, elevando as temperaturas médias do planeta. Esse processo desencadeia mudanças climáticas extremas, como secas prolongadas, furacões mais intensos e o derretimento das calotas polares.

Embora outras alternativas listadas—como desmatamento rural (B), esgoto urbano (C) e povoamento global (D)—também representem desafios ambientais, nenhuma está diretamente ligada à queima de combustíveis fósseis como causa primária. Portanto, a resposta mais adequada e alinhada com as consequências da matriz energética atual é, de fato, o aquecimento global.

O aquecimento global é um dos maiores desafios ambientais da atualidade, impactando ecossistemas, economias e sociedades em escala global. Diante desse cenário, a busca por fontes de energia sustentáveis torna-se essencial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Entre as opções apresentadas, a energia eólica, representada pela alternativa C) Vento, destaca-se como a mais recomendável para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Ao contrário de combustíveis fósseis como óleo diesel, gasolina, gás natural e petróleo (alternativas A, B, D e E), que liberam grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) e outros poluentes quando queimados, a energia eólica é limpa e renovável. Ela aproveita a força dos ventos para gerar eletricidade sem emitir gases poluentes durante sua operação, contribuindo significativamente para a descarbonização da matriz energética.

Portanto, a escolha da energia eólica como fonte prioritária não apenas alivia a pressão sobre os recursos naturais finitos, mas também promove um futuro mais sustentável, reforçando a importância de investimentos em tecnologias renováveis para combater o aquecimento global.