Questões Sobre Aquecimento global - Geografia - concurso

A industrialização, enquanto fenômeno histórico, trouxe consigo transformações profundas não apenas na economia global, mas também no meio ambiente. O texto de Fernandes (2008) destaca como o capitalismo, em sua expansão colonial e industrial, unificou o planeta sob uma lógica de assimetria e exploração, resultando em impactos ambientais significativos. Diante disso, analisemos as afirmativas apresentadas à luz desse contexto.

A afirmativa I é falsa, pois o Brasil não está entre os países de industrialização clássica (como Inglaterra, EUA ou Alemanha), e sua contribuição histórica para a poluição global é menor comparada a essas nações, mesmo com sua industrialização baseada em setores como siderurgia e mineração.

A afirmativa II é verdadeira, pois o capitalismo, ao priorizar combustíveis fósseis como carvão e petróleo desde a Revolução Industrial, acelerou as emissões de gases do efeito estufa, tornando-se um dos principais vetores do aquecimento global.

A afirmativa III é falsa, pois reduzir a solução do aquecimento global apenas à proteção de florestas no Sul Global ignora a responsabilidade histórica dos países industrializados e a necessidade de ações coletivas, incluindo a transição energética nos países centrais.

A afirmativa IV é verdadeira, pois há casos em que discursos ambientais de nações desenvolvidas são instrumentalizados para impor barreiras comerciais ou limitar o crescimento industrial de economias periféricas, sem contrapartidas justas.

Por fim, a afirmativa V é falsa, já que os maiores poluidores históricos são justamente os países de industrialização clássica, cujo modelo produtivo intensivo em carbono e recursos naturais precedeu o desenvolvimento tecnológico atual.

Portanto, as únicas afirmativas corretas são II e IV, conforme indicado na alternativa D. Isso reforça a análise crítica sobre como o capitalismo industrial moldou – e ainda condiciona – as desigualdades ambientais globais.

O aumento do nível do mar, causado pelo derretimento das geleiras devido ao aquecimento global, é um fenômeno conhecido como transgressão marinha. Esse processo ocorre quando há uma elevação relativa do nível oceânico em relação à costa, resultando no avanço do mar sobre áreas continentais. A alternativa correta é a letra A, pois o termo "transgressão marinha" descreve especificamente esse movimento de invasão das águas sobre os continentes.

As outras opções apresentadas não correspondem ao conceito em questão. O eustatismo negativo (B) refere-se à redução do nível do mar, o oposto do que ocorre nesse cenário. Glaciação (C) diz respeito a períodos de expansão das geleiras, enquanto o tectonismo (D) envolve movimentos da crosta terrestre, sem relação direta com a variação do nível dos oceanos. Portanto, a resposta adequada é, de fato, a alternativa A.

Em se tratando do meio ambiente e da conservação ambiental, é correto afirmar-se que:

• A) A expressão "qualidade de vida" tem exclusiva conotação com as condições econômicas. (Incorreta: qualidade de vida abrange também aspectos ambientais, sociais e de saúde.)
• B) Conservacionismo e preservação ambiental são expressões sinônimas e presumem a não utilização dos recursos naturais. (Incorreta: conservacionismo permite o uso sustentável, enquanto preservação visa à proteção integral.)
• C) A desertificação é a degradação generalizada dos recursos naturais renováveis, e afeta, principalmente, as regiões tropicais úmidas. (Incorreta: desertificação ocorre principalmente em áreas áridas e semiáridas.)
• D) O aquecimento global é o principal condicionante do chamado "efeito estufa". (Correta: o aumento de gases de efeito estufa intensifica o aquecimento global, retroalimentando o fenômeno.)

Portanto, a alternativa correta é D), conforme indicado no gabarito.

O tema das mudanças climáticas e do aquecimento global ocupa um lugar central no debate geopolítico contemporâneo, especialmente diante das projeções alarmantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que indicam um aumento médio da temperatura global entre 1,8°C e 4°C até o final do século. Essas mudanças têm implicações profundas nas relações internacionais, afetando desde a segurança alimentar até a estabilidade política de nações vulneráveis.

A alternativa incorreta é a letra A, que afirma que a Eco-92 estabeleceu o compromisso dos países desenvolvidos de congelar suas emissões de gases de efeito estufa até 2000, com base nos níveis de 1990. Na realidade, a Convenção do Clima, aprovada na Eco-92, não impôs metas específicas de redução, mas sim um compromisso geral de estabilização das emissões. O primeiro acordo com metas obrigatórias só viria com o Protocolo de Quioto em 1997, que estabeleceu reduções diferenciadas para os países desenvolvidos.

As demais alternativas apresentam informações corretas sobre o tema. A letra B destaca a natureza geopolítica das mudanças climáticas, evidenciando como as ações de alguns países afetam outros, reforçando a interdependência global. A letra C menciona corretamente o Protocolo de Quioto (não "Tratado de Quito"), que estabeleceu metas de redução, mas enfrentou resistências, principalmente dos EUA e de economias emergentes. A letra D, apesar de apontar uma redução nas emissões dos EUA, não pode ser tomada como prova da eficácia dos acordos, já que outros fatores econômicos e tecnológicos também influenciam esses números. Por fim, a letra E descreve corretamente a decisão da COP-17 de estender o Protocolo de Quioto, ainda que com a ausência de importantes nações.

Portanto, a resposta incorreta é de fato a alternativa A, que apresenta uma interpretação equivocada dos compromissos assumidos na Eco-92. Esse erro reforça a importância de compreender com precisão os marcos históricos das negociações climáticas internacionais.

O efeito estufa é um fenômeno natural essencial para a manutenção da vida na Terra, pois regula a temperatura do planeta, permitindo que as condições climáticas sejam favoráveis. No entanto, as atividades humanas têm intensificado esse processo, resultando em um desequilíbrio ambiental com consequências graves. Analisando as opções apresentadas, é possível identificar qual delas está incorreta em relação ao tema.

A alternativa A) está correta, pois a queima de combustíveis fósseis e as queimadas em áreas agrícolas e florestais são fontes significativas de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO₂) e o metano (CH₄), que contribuem para o agravamento do aquecimento global.

A alternativa B) também está correta, já que o efeito estufa ocorre devido à retenção do calor solar por gases como vapor de água, dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, além de partículas sólidas suspensas na atmosfera.

A alternativa D) descreve corretamente o efeito estufa como um processo natural, comparando-o ao funcionamento de uma estufa, onde a atmosfera permite a entrada de radiação solar, mas dificulta a saída de calor, mantendo a temperatura terrestre estável.

Por fim, a alternativa C) é a incorreta, pois aumentar o albedo (a capacidade de refletir a luz solar) não é uma forma direta de reduzir as emissões de poluentes. O albedo está mais relacionado ao controle da absorção de calor pela superfície terrestre, como ocorre com o derretimento do gelo polar, e não à diminuição da liberação de gases de efeito estufa. Portanto, o gabarito correto é C).

O aumento das emissões de gases de efeito estufa no estado do Rio de Janeiro, que cresceram 40% em dez anos, conforme notícia de 2017, evidencia um problema global que exige reflexão e ação imediata. O efeito estufa, embora seja um fenômeno natural essencial para a vida na Terra, tem sido intensificado pela atividade humana, gerando consequências alarmantes para o planeta.

Dentre as alternativas apresentadas, a incorreta é a letra A, que afirma que os Estados Unidos e a China participaram ativamente do Protocolo de Kyoto, resultando em redução significativa de emissões. Na realidade, os Estados Unidos não ratificaram o protocolo, e a China, como país em desenvolvimento, não tinha metas obrigatórias de redução naquele acordo. Essa informação distorcida revela a importância de analisar criticamente os dados sobre mudanças climáticas.

As demais alternativas apresentam fatos corretos sobre o tema: o derretimento das calotas polares (B), a extinção de espécies (C), a contribuição da Eco-92 para o entendimento do efeito estufa (D) e a importância do reflorestamento (E) como medidas para mitigar os impactos ambientais. Esses pontos demonstram a complexidade e a urgência do problema climático que enfrentamos.

O caso específico do Rio de Janeiro serve como microcosmo de um desafio global. Se um único estado brasileiro apresentou crescimento tão expressivo em suas emissões, fica claro que as políticas ambientais precisam ser mais eficazes. A solução requer não apenas acordos internacionais, mas também ações locais concretas, como investimento em energias renováveis, transporte sustentável e, como mencionado na alternativa E, a recuperação de áreas degradadas.

O aquecimento global é um dos temas mais urgentes da atualidade, envolvendo o aumento da temperatura média dos oceanos e da atmosfera terrestre. Esse fenômeno pode ser resultado tanto de fatores naturais quanto da ação humana, especialmente devido à emissão excessiva de gases de efeito estufa (GEEs).

O efeito estufa, frequentemente associado ao aquecimento global, é um processo natural essencial para a vida na Terra. Conforme as afirmativas apresentadas, ele consiste em uma camada de gases que envolve o planeta, regulando sua temperatura. Sem esse mecanismo, a Terra seria extremamente fria, dificultando a sobrevivência da maioria das espécies. No entanto, atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, têm intensificado esse efeito, aumentando a concentração de GEEs e, consequentemente, aprisionando mais calor na atmosfera.

As três afirmativas analisadas estão corretas: a primeira descreve a natureza física do efeito estufa, a segunda destaca sua importância ecológica, e a terceira aponta para o agravamento do problema devido à ação humana. Portanto, a alternativa A) Todas as afirmativas estão corretas é a resposta adequada. Esse entendimento reforça a necessidade de políticas sustentáveis para mitigar os impactos do aquecimento global e preservar o equilíbrio climático do planeta.

O debate sobre as mudanças climáticas globais frequentemente coloca em discussão as causas naturais e antropogênicas por trás do aquecimento do planeta. Embora grande parte da atenção recaia sobre as ações humanas, como a emissão de gases de efeito estufa, é importante reconhecer que fenômenos naturais também desempenham um papel significativo na dinâmica climática da Terra.

A primeira afirmação, que atribui as mudanças climáticas exclusivamente a causas antropogênicas, como a emissão de gases estufa, é falsa. Embora essas emissões sejam um fator importante, elas não são a única explicação para as variações climáticas. A segunda afirmação, que menciona fenômenos como El Niño, La Niña e a deriva continental, é verdadeira, pois esses eventos influenciam diretamente as temperaturas oceânicas e a circulação atmosférica, impactando o clima global.

A terceira afirmação, sobre a variação no ciclo solar e seus efeitos na estratosfera, também é verdadeira. Alterações na atividade solar podem modificar a quantidade de radiação que atinge a Terra, afetando as temperaturas em diferentes camadas da atmosfera. Por fim, a quarta afirmação, que aborda as variações orbitais da Terra em relação ao Sol, é igualmente verdadeira. Essas mudanças astronômicas, conhecidas como ciclos de Milankovitch, influenciam a distribuição da radiação solar ao longo de milhares de anos, contribuindo para alterações climáticas de longo prazo.

Portanto, a alternativa correta é a D) F – V – V – V, pois reconhece que, além das ações humanas, diversos fenômenos naturais exercem influência sobre o clima do planeta. Essa compreensão é essencial para uma abordagem mais abrangente e equilibrada das mudanças climáticas, considerando tanto fatores antropogênicos quanto processos naturais complexos.

O rápido aumento das temperaturas globais tem se mostrado uma das maiores ameaças à segurança alimentar da humanidade, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais. Conforme apontado no estudo mencionado pelo jornal O Globo, os impactos das mudanças climáticas na agricultura podem ser catastróficos, reduzindo drasticamente a produção de cultivos essenciais como milho e trigo. Essa situação tende a agravar a fome e a desigualdade, já que as populações mais afetadas são justamente as mais vulneráveis, com alto crescimento demográfico e baixa capacidade de adaptação.

O fenômeno por trás desse cenário alarmante é o aquecimento global, resultado da intensificação do efeito estufa devido às emissões excessivas de gases como o CO₂. A queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e outras atividades humanas aceleram esse processo, levando a alterações climáticas extremas. Enquanto algumas regiões enfrentam secas prolongadas, outras sofrem com inundações, ambos os cenários prejudicando a produção agrícola.

Diante disso, a adaptação às mudanças climáticas se torna urgente. Investir em tecnologias agrícolas resilientes, desenvolver variedades de cultivos mais resistentes ao calor e reduzir as emissões de carbono são medidas essenciais para evitar um colapso alimentar. Caso contrário, como alerta o estudo, bilhões de pessoas poderão enfrentar escassez de alimentos ainda neste século, aprofundando crises humanitárias e econômicas em escala global.