Questões Sobre Aquecimento global - Geografia - concurso

O aquecimento global tornou-se uma das principais preocupações da agenda internacional nas últimas décadas, especialmente após eventos como a Eco 92 e a assinatura do Tratado de Quioto. Como mencionado no texto de referência, a busca por energias renováveis e menos poluentes ganhou força como uma resposta à necessidade de reduzir as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. Dentre esses gases, destacam-se o dióxido de carbono, o metano, o ozônio e o óxido nitroso, cuja concentração na atmosfera tem contribuído para o aumento gradativo da temperatura média da Terra.

A afirmação apresentada no item está correta, pois reflete a realidade atual das discussões globais sobre o clima. O aquecimento global é um fenômeno comprovado cientificamente e tem sido alvo de políticas internacionais, como acordos climáticos e metas de redução de emissões. Países como China e Japão, citados no texto, são exemplos de nações que adotaram medidas para minimizar os impactos ambientais, como a adição de etanol à gasolina. Portanto, a resposta correta é C) CERTO.

O Acordo de Paris e o Combate ao Aquecimento Global

A COP-21, realizada em Paris em 2015, marcou um momento histórico na luta contra as mudanças climáticas. Pela primeira vez, quase todos os países do mundo, independentemente de seu nível de desenvolvimento, assumiram compromissos concretos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O Acordo de Paris estabeleceu como meta manter o aumento da temperatura global "muito abaixo de 2°C" em relação aos níveis pré-industriais, com esforços para limitá-lo a 1,5°C.

O acordo representou uma mudança significativa no cenário internacional, pois incluiu tanto nações desenvolvidas quanto em desenvolvimento em um esforço conjunto. Essa abordagem coletiva foi essencial, já que o aquecimento global é um desafio que transcende fronteiras e exige cooperação global. No entanto, o cumprimento dessas metas ainda é um grande desafio, e as consequências do fracasso podem ser catastróficas.

Entre as possíveis consequências do aquecimento global, destacam-se eventos climáticos extremos, como secas e furacões mais intensos (alternativa A), o aumento do nível do mar devido ao derretimento das calotas polares (alternativa B) e a expansão de áreas desérticas (alternativa D). No entanto, a alternativa C, que sugere a "recuperação da fauna e flora originais do planeta", é discordante das previsões mais pessimistas, pois o aquecimento global tende a acelerar a perda de biodiversidade e a degradação de ecossistemas, não sua recuperação espontânea.

Portanto, o Acordo de Paris foi um marco importante, mas seu sucesso dependerá da implementação efetiva das medidas propostas e do compromisso contínuo de todas as nações envolvidas. A conscientização e a ação coletiva são fundamentais para evitar os piores cenários e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.

Desde a década de 1970, os problemas ambientais têm ganhado destaque nas discussões globais, com temas como o efeito estufa, o aquecimento global e o buraco na camada de ozônio ocupando o centro dos debates. Essas questões representam desafios urgentes para a humanidade, exigindo ações coordenadas e conscientização sobre suas causas e impactos.

Entre as alternativas apresentadas, a opção A) é a correta, pois destaca dois fatores cruciais para o aumento do efeito estufa: a destruição de matas, com a queima de biomassa, e a utilização de combustíveis fósseis no setor energético. A queima de florestas libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂), enquanto os combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, são fontes primárias de emissões de gases de efeito estufa. Ambos os processos contribuem significativamente para o agravamento desse fenômeno.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou imprecisas. A opção B) associa erroneamente o desmatamento e a construção de hidrelétricas ao buraco na camada de ozônio, quando, na realidade, esse problema está mais relacionado à emissão de clorofluorcarbonos (CFCs), presentes em aerossóis e refrigeradores. Já a alternativa C) menciona gases ácidos e expansão agrícola como causas do aumento da temperatura, mas esses fatores estão mais ligados à chuva ácida e ao desmatamento, respectivamente, não sendo os principais responsáveis pelo aquecimento global. Por fim, a opção D) inverte a realidade ao afirmar que a poluição atmosférica é mais intensa em áreas rurais, quando, na verdade, as zonas urbanas concentram maiores índices devido à industrialização e ao tráfego veicular.

Portanto, a alternativa A) é a única que apresenta uma relação correta entre as atividades humanas e o agravamento do efeito estufa, reforçando a necessidade de políticas sustentáveis para reduzir essas emissões e mitigar os impactos ambientais.

O aquecimento global é uma das maiores ameaças ambientais enfrentadas pela humanidade, com consequências que podem ser irreversíveis. Conforme destacado no relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, divulgado em 2014, seus impactos são graves e abrangentes, afetando ecossistemas, economias e sociedades em escala global.

Entre os efeitos mais alarmantes está a elevação do nível dos oceanos, causada principalmente pelo derretimento acelerado das calotas polares e das geleiras. Esse fenômeno, resultado do aumento das temperaturas médias do planeta, coloca em risco regiões costeiras, ilhas e cidades litorâneas, ameaçando milhões de pessoas com inundações e perda de território.

Embora outros impactos, como a extinção de espécies e alterações nos padrões climáticos, também sejam preocupantes, a elevação dos oceanos destaca-se por sua magnitude e potencial de causar danos em larga escala. Portanto, a alternativa correta que representa um dos efeitos mais conhecidos e temidos do aquecimento global é a E) elevação do nível dos oceanos devido ao derretimento das calotas polares.

Na relação entre natureza e sociedade no mundo contemporâneo, os problemas ambientais têm ganhado destaque devido ao uso irracional dos recursos naturais. Entre as opções apresentadas, o aquecimento global, agravado por causas antropogênicas, especialmente pela emissão de gases que intensificam o efeito estufa, é a alternativa correta.

O aquecimento global representa um dos maiores desafios ambientais da atualidade, pois suas consequências afetam diretamente o clima, os ecossistemas e a vida humana. A queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e as atividades industriais são alguns dos fatores que contribuem para o aumento da concentração de gases como o dióxido de carbono (CO₂) e o metano (CH₄) na atmosfera. Esses gases retêm o calor, elevando as temperaturas médias do planeta e desencadeando fenômenos como derretimento das calotas polares, elevação do nível do mar e alterações nos padrões climáticos.

Embora outras alternativas mencionem problemas ambientais relevantes, como a perda de cobertura vegetal ou a recorrência de desastres naturais, o aquecimento global se destaca por sua escala global e por estar diretamente ligado às ações humanas. Portanto, a opção B) é a que melhor representa um problema ambiental contemporâneo resultante da interação desequilibrada entre sociedade e natureza.

Em junho de 2015, o Papa Francisco publicou a encíclica Laudato sí, abordando a crise ecológica e sua relação intrínseca com as desigualdades sociais. No trecho destacado, o pontífice enfatiza que a degradação ambiental e a degradação humana estão interligadas, afetando de forma mais severa as populações mais vulneráveis. A análise do texto permite concluir que a alternativa correta é a letra A, pois o papa estabelece claramente a relação entre a desigualdade social e a fragilidade do equilíbrio ecológico.

O texto demonstra como os problemas ambientais, como a poluição da água e a elevação do nível do mar, impactam desproporcionalmente os mais pobres, que não têm recursos para se proteger ou migrar. Essa conexão evidencia que a justiça social e a sustentabilidade ambiental são questões indissociáveis, reforçando a necessidade de uma abordagem integral para enfrentar a crise ecológica.

Portanto, a encíclica Laudato sí não apenas alerta para os danos ao meio ambiente, mas também denuncia as estruturas sociais que perpetuam a injustiça, defendendo que a proteção da "casa comum" exige, simultaneamente, a promoção da dignidade humana e a redução das desigualdades.

Sobre a matriz energética mundial e seus efeitos nas emissões de gases de efeito estufa, podemos analisar as afirmações apresentadas para identificar quais estão corretas.

I – A maior parte da geração energética da China está vinculada ao carvão mineral, fato que explica os níveis totais de emissões chinesas superarem largamente os dos EUA. Esta afirmação está correta, pois a China ainda depende significativamente do carvão, um dos combustíveis mais poluentes, o que justifica suas elevadas emissões.

II – Assim como o Brasil, a França apresenta uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, pois ambos os países priorizam a exploração de seus vastos recursos hídricos. Esta afirmação está incorreta. Embora o Brasil tenha uma matriz limpa devido aos recursos hídricos, a França destaca-se pela energia nuclear, não pela hidreletricidade.

III – Apesar de a energia nuclear, que é mais limpa, desempenhar papel de destaque, são os combustíveis fósseis que predominam na matriz energética norte-americana. Esta afirmação está correta, pois os EUA ainda dependem fortemente de petróleo, gás natural e carvão, apesar de terem uma parcela significativa de energia nuclear.

IV – Embora a energia nuclear esteja entre as matrizes energéticas mais limpas do mundo, a Alemanha lançou, em 2011, um projeto de desativação gradual de todas as centrais nucleares do país. Esta afirmação está correta, pois a Alemanha optou por abandonar a energia nuclear após o acidente de Fukushima, mesmo sendo uma fonte de baixa emissão.

V – Na produção de biocombustíveis, a eficiência energética do milho é bem superior à da cana-de-açúcar, já que exige uma área plantada bem menor para obter-se a mesma quantidade de energia. Esta afirmação está incorreta, pois a cana-de-açúcar é mais eficiente energeticamente do que o milho na produção de biocombustíveis.

Portanto, as afirmações corretas são I, III e IV, correspondendo à alternativa D).

Além de ser um recurso renovável, a água é uma das poucas fontes utilizadas para a produção de energia que não contribui para o aquecimento global – um dos problemas ambientais mais discutidos na atualidade (ALMEIDA; RIGOLIN, 2013, p. 711). Contudo, as hidrelétricas, inclusive as brasileiras, apresentam uma série de desvantagens, conforme destacado no texto fornecido.

Entre os impactos negativos mencionados, a alternativa correta é a E), que aponta a inundação de cidades e a eliminação de heranças históricas como uma das principais desvantagens das usinas hidrelétricas. Esse problema é exemplificado pelo caso das cidades de Remanso, Casa Nova, Sento Sé e Pilão Arcado, no estado da Bahia, que foram submersas devido à construção de barragens.

Embora as outras alternativas apresentem questões relevantes, como a salinização dos solos (A), a liberação de gases (B), a alteração do regime dos rios (C) e os impactos na navegação fluvial (D), a perda de patrimônio histórico e cultural causada pelo alagamento de áreas habitadas é um dos efeitos mais graves e irreversíveis associados à construção de hidrelétricas.

Portanto, a resposta correta é E), pois evidencia um dos custos sociais e culturais mais significativos desse tipo de empreendimento energético.

O texto apresentado aborda a crescente disputa geopolítica e econômica em torno da região do Ártico, impulsionada pelo derretimento acelerado do gelo marinho devido às mudanças climáticas. Conforme mencionado, a redução de aproximadamente 14% da cobertura de gelo desde os anos 1970 tem exposto novas áreas para exploração de recursos naturais, especialmente petróleo, desencadeando reivindicações territoriais por parte de nações vizinhas.

A alternativa correta, B), afirma que as regras para reivindicar os recursos dos leitos submarinos são estabelecidas pela Convenção da ONU sobre o Direito do Mar (UNCLOS). Essa convenção, ratificada pela maioria dos países, define os direitos e responsabilidades dos Estados em relação ao uso dos oceanos, incluindo a delimitação de zonas econômicas exclusivas (ZEEs) e os critérios para extensão da plataforma continental. Diferentemente do que sugere a alternativa A), a simples colocação de bandeiras não tem validade jurídica na atualidade.

As demais alternativas apresentam equívocos. A C) menciona a China e a Inglaterra como países árticos, o que é incorreto, e supõe um acordo inexistente. A D) nega os impactos ambientais e os benefícios logísticos do degelo, contradizendo evidências científicas. Por fim, a E) distorce a UNCLOS, já que direitos econômicos sobre o Ártico dependem de critérios geográficos e geológicos, não sendo igualitários.

Portanto, a disputa pelo Ártico reflete tanto os desafios da governança global quanto os efeitos paradoxais das mudanças climáticas, que, ao mesmo tempo que ameaçam ecossistemas, abrem oportunidades econômicas controversas.

O conceito de resiliência dos ecossistemas está diretamente relacionado à capacidade de um sistema natural resistir a perturbações e recuperar seu equilíbrio após eventos disruptivos. Nesse contexto, a afirmação de que "as emissões de carbono e a biodiversidade são indicadores não econômicos da resiliência dos ecossistemas" está correta, conforme indicado pelo gabarito (C).

As emissões de carbono refletem o funcionamento dos ciclos biogeoquímicos e a capacidade de um ecossistema de regular processos naturais, como o sequestro de CO₂. Um ecossistema resiliente tende a manter baixas emissões líquidas, demonstrando equilíbrio em seus processos ecológicos. Por outro lado, a biodiversidade é um fator crucial para a estabilidade dos ecossistemas, pois garante a redundância funcional e a adaptação a mudanças ambientais.

Esses indicadores, embora possam ter implicações econômicas indiretas, são essencialmente ecológicos e não estão vinculados a métricas financeiras. Portanto, a classificação como "não econômicos" está adequada, reforçando a importância de avaliar a resiliência com base em critérios ambientais intrínsecos.