Questões Sobre Geologia e Geomorfologia - Geografia - concurso
221) “Alfred Wegener foi um climatologista alemão que desenvolveu trabalhos em diferentes áreas da ciência. As primeiras ideias sobre a sua teoria da Deriva Continental foram apresentadas numa palestra proferida em 1912, da qual resultaram alguns artigos escritos com o nome A Origem dos Continentes. Em 1915, publicou o seu livro A origem dos Continentes e dos Oceanos, onde a ideia fundamental consistia no facto de que os continentes estiveram todos unidos no passado, constituindo um continente único, o supercontinente Pangeia, rodeado pelo oceano Pantalassa. Posteriormente, o continente Pangeia sofreu fragmentação sucessiva, tendo originado diferentes continentes que se deslocaram até às posições atuais”.
- A) A similaridade entre os fósseis encontrados em diferentes continentes, bem como entre formações geológicas.
- B) A concentração de terremotos e vulcões, preferencialmente, ao longo de trincheiras oceânicas e dorsais meso-oceânicas.
- C) A ocorrência de enormes cadeias de montanhas submarinas, situadas no meio do Oceano Atlântico.
- D) O desenvolvimento de crosta por acresção de material do manto às bordas de placas tectônicas.
- E) A ocorrência de “hotspots”, isto é, de pontos de anomalia termal no interior da Terra, ligados a sistemas de convecção do manto e responsáveis pelo vulcanismo no interior de placas tectônicas.
A alternativa correta é letra A) A similaridade entre os fósseis encontrados em diferentes continentes, bem como entre formações geológicas.
Resolução
GABARITO LETRA A
Fonte: RTP ensina. Disponível em: https://ensina.rtp.pt/explicador/a-teoria-da-deriva-continental-de-wegener/
Assinale a alternativa que apresenta uma das bases da teoria de Wegener.
a) A similaridade entre os fósseis encontrados em diferentes continentes, bem como entre formações geológicas.
CORRETA. A deriva continental é conhecida como a teoria que traz à tona a ideia da movimentação das grandes massas continentais que antes se encontravam em uma formação diferente da atual. Toda esta modificação da localização dos continentes foi alterando-se com o passar das eras geológicas até chegarmos à formação atual das massas continentais.
Desta forma, em 1912, Alfred Wegener cria a teoria da deriva continental. O nome deriva continental vem da comparação entre o fenômeno de separação dos continentes com o desvio do caminho de uma embarcação.
Segundo a teoria de Wegener, as massas continentais encontravam-se reunidas em um único continente (Pangea). Com o início da movimentação, este único continente transformou-se em dois e posteriormente foram se fragmentando, afastando-se e até mesmo unindo-se em outros pontos, até chegarmos na formação atual.
Além do encaixe da América do Sul com o continente africano, entre as principais evidências da deriva continental, podemos destacar: a existência de fósseis e espécies de plantas em comum no continente africano e na América (evidência paleoclimática), a presença de espécies animais em comum nos dois continentes (evidência paleontológica) e a formação geológica semelhante (evidência litológica).
Com o avanço das técnicas e o desenvolvimento de novas ferramentas tecnológicas, ao passar dos anos os estudos foram tornando-se cada vez mais aprofundados. Deste modo, após o fim da Segunda Guerra Mundial (1945) foi possível comprovar a teoria de Wegener ao perceber que a superfície terrestre (crosta terrestre) é dividida em fragmentos, nomeados de placas tectônicas, que se encontram em constante movimentação.
b) A concentração de terremotos e vulcões, preferencialmente, ao longo de trincheiras oceânicas e dorsais meso-oceânicas.
ERRADA. A Teoria da Deriva dos Continentes tem uma importância muito grande para as geociências. Criada por Alfred Wegener, esta teoria defende que a disposição atual dos continentes não foi a mesma durante toda a história da Terra, isto é, as massas continentais estão em um processo contínuo de movimentação
O primeiro grande indício que corroborava com a Teoria da Deriva dos Continentes já era conhecido na época. Ao se comparar a distribuição de fósseis de espécies pelo planeta, tanto vegetais como animais, notavam-se que fósseis de mesma espécie eram encontrados em continentes que hoje estão separados por milhares de quilômetros por um oceano
Na geologia, ele conseguiu argumentos bastante sólidos. Estruturas idênticas eram encontradas dos dois lados do Atlântico, entre África e América do Sul ou Europa e América do Norte. Um exemplo muito marcante é o caso do Planalto Brasileiro, formado essencialmente por gnaisses que, em seu interior, contém porções de rochas eruptivas. A mesma estrutura também é responsável pela formação dos planaltos na África.
c) A ocorrência de enormes cadeias de montanhas submarinas, situadas no meio do Oceano Atlântico.
ERRADA. O cientista alemão Alfred L. Wegener e outros, no princípio do séc. XX, propuseram a seguinte teoria (teoria da deriva continental): outrora os continentes estiveram todos unidos formando um supercontinente (PANGEA), rodeado por um superoceano (PANTALASSA), o que implicaria a existência de um movimento de continentes, dado que atualmente os continentes estão afastados uns dos outros (deslocamento continental onde grandes placas da crosta continental movem-se livremente pela crosta oceânica).
As principais linhas de evidência que apoia a ideia que os continentes estiveram uma vez unidos, e posteriormente moveram-se separadamente; estão baseadas no estudo de fósseis, no estudo das rochas, na justaposição dos contornos geométricos dos continentes e no estudo dos climas.
Argumentos Morfológicos: Os contornos do continente africano e sul americano encaixam na perfeição.
Argumentos Geológicos: as rochas no local de encaixe destes 2 continentes, têm a mesma idade e são a mesma rocha.
Argumentos Paleontológicos: Fósseis iguais de plantas (feto Glossopteris) e de animais (Cynognathus, Lystrosaurus e Mesosaurus) encontravam-se em todos os continentes.
Argumentos Paleoclimáticos: depósitos glaciares podem ser encontrados em regiões com climas tropicais e subtropicais.
d) O desenvolvimento de crosta por acresção de material do manto às bordas de placas tectônicas.
ERRADA. O geólogo Alfred Wegener propôs em 1912 a ideia da deriva continental, também conhecida como teoria da separação dos continentes, que propunha as placas tectônicas não apenas estão em constante movimento, como no passado eles já estiveram todos aglutinados em um único grande continente, denominado Pangeia.
A Pangeia foi um supercontinente que existiu antes da configuração atual do planeta Terra. A separação da Pangeia foi consequência da movimentação das placas tectônicas, que se afastaram umas das outras devido a deriva continental (ideia proposta anteriormente por Wegener).
A princípio a Pangeia se separou em dois grandes continentes, o do Sul que foi chamado de Gondwana e o do Norte Laurásia. O início dessa separação se deu no período Triássico, entre 250 e 200 milhões de anos atrás, ou seja, quase junto com o surgimento dos dinossauros.
Algumas das evidências da separação dos continentes são:
Fósseis das mesmas espécies de plantas e animais encontrados em locais da costa oeste africana e da costa leste sul-americana;
Mesmas estratificações de rochas encontradas em continentes diferentes, isto é, a mesma sequência de rochas no solo – algo único de cada local, ocorrendo tanto na Europa Ocidental como na costa Atlântica dos EUA e Canadá.
Essas evidências foram usadas por Wegener para sugerir sua teoria, e foi confirmada nas décadas seguintes após muitos outros cientistas chegarem aos mesmos resultados. Resultados, inclusive, que evidenciaram a existência das placas tectônicas.
e) A ocorrência de “hotspots”, isto é, de pontos de anomalia termal no interior da Terra, ligados a sistemas de convecção do manto e responsáveis pelo vulcanismo no interior de placas tectônicas.
ERRADA. Hotspot, também chamado de ponto crítico, é um termo em inglês cunhado pelo cientista Norman Myers. O ponto crítico se refere a lugares que possuem uma biodiversidade extremamente rica e, ao mesmo tempo, ameaçada de extinção. A teoria da Deriva Continental, formulada pelo geólogo Alfred Wegener, afirma que, um dia, todos os atuais continentes formavam apenas uma única massa de terra firme, chamada de Pangeia. Esse supercontinente, devido ao movimento das placas tectônicas, fragmentou-se várias vezes até proporcionar a atual configuração terrestre dos continentes.
Em 1915, Wegener publicou o livro “A origem dos Continentes e dos Oceanos”, onde propunha a teoria de que os continentes teriam sido apenas um, com base em suas formas de cada lado do Oceano Atlântico, que pareciam se encaixar perfeitamente bem.
A semelhança entre os fósseis encontrados em diferentes continentes, assim como entre as formações geológicas, fez com que geólogos do hemisfério Sul acreditassem que todos os continentes já estiveram unidos em um só supercontinente chamado de Pangeia. No entanto, somente após a Segunda Guerra Mundial foi descoberto, cientificamente, o movimento das placas tectônicas, ou seja, a prova de que s continentes se movimentam e que, anteriormente, tinham se separado.
222) Por definição, as rochas são produtos consolidados, resultantes da união natural de minerais. Classificá-las significa usar critérios que permitem agrupá-las segundo características semelhantes.
- A) Uma das principais classificações é a genética, em que as rochas são agrupadas de acordo com seu modo de formação na natureza. Sob esse aspecto, as rochas se dividem em três grandes grupos: Rochas ígneas, magmáticas e metamórficas.
- B) As rochas ígneas são resultado do resfriamento do magma. Quando o resfriamento ocorrer no interior da crosta terrestre, a rocha resultante será do tipo intrusiva. Se o magma chegar à superfície, a rocha resultante será do tipo extrusiva.
- C) Das rochas vulcânicas, a mais abundante é o granito, formada pela solidificação do magma fora da superfície do planeta. A sua composição química é rica em piroxênios e plagioclásio cálcico.
- D) Boa parte das rochas metamórficas é formada a partir da compactação e/ou cimentação de fragmentos produzidos pela ação dos agentes do intemperismo e pedogênese.
- E) As rochas metamórficas são formadas, principalmente, pela precipitação dos radicais salinos, que foram produzidos pelo intemperismo químico, e encontram-se dissolvidos nas águas dos rios, lagos e mares.
A alternativa correta é letra B) As rochas ígneas são resultado do resfriamento do magma. Quando o resfriamento ocorrer no interior da crosta terrestre, a rocha resultante será do tipo intrusiva. Se o magma chegar à superfície, a rocha resultante será do tipo extrusiva.
Resolução
GABARITO LETRA B
Sobre os tipos de rochas, assinale a alternativa correta.
a) Uma das principais classificações é a genética, em que as rochas são agrupadas de acordo com seu modo de formação na natureza. Sob esse aspecto, as rochas se dividem em três grandes grupos: Rochas ígneas, magmáticas e metamórficas.
ERRADA. A alternativa está incorreta por omissão de informação. Rocha é um agregado consolidado de um ou mais minerais, formada a partir de processos geológicos e que podem ser classificadas de acordo com seu processo de formação em Ígneas ou Magmáticas, Sedimentares e Metamórficas.
A estrutura da rocha é o aspecto geral externo, que pode ser maciço, com cavidades, estratificado ou orientado, etc. A textura se revela por meio da observação mais detalhada do tamanho, forma e relacionamento entre os cristais ou grãos constituintes da rocha. Observe a imagem abaixo com a classificação dos diferentes tipos de rochas.
b) As rochas ígneas são resultado do resfriamento do magma. Quando o resfriamento ocorrer no interior da crosta terrestre, a rocha resultante será do tipo intrusiva. Se o magma chegar à superfície, a rocha resultante será do tipo extrusiva.
CORRETA. As Rochas Ígneas ou Magmáticas são originadas pelo resfriamento e solidificação ou cristalização de material (rocha) fundido proveniente de grandes profundidades no interior da Terra, denominado de magma. A classificação das rochas ígneas se faz a partir do ambiente em que o magma se cristaliza.
Rochas Ígneas Intrusivas ou Plutônicas (formadas a partir da cristalização lenta do magma em subsuperfície) e as Rochas Ígneas Extrusivas ou Vulcânicas (formadas a partir da cristalização rápida do magma quando chega à superfície da crosta terrestre como lava ou como material piroclástico, que são fragmentos de rochas lançados ao ar durante a erupção vulcânica). Observe a imagem abaixo.
c) Das rochas vulcânicas, a mais abundante é o granito, formada pela solidificação do magma fora da superfície do planeta. A sua composição química é rica em piroxênios e plagioclásio cálcico.
ERRADA. O termo rocha vulcânica se refere a rochas ígneas com uma textura afanítica, isto é, uma rocha de granulação relativamente fina ou muito fina (< 1 mm). As rochas vulcânicas se cristalizam próximo à superfície, fazendo com que as mesmas percam calor muito rapidamente, o que não permite um crescimento muito expressivo de seus minerais. Como regra geral, dizemos que, em uma rocha vulcânica, os minerais só são visíveis com o uso de uma boa lupa ou microscópio. Dessa maneira, podemos diferenciar uma rocha formada em ambiente plutônico ou vulcânico: pelo tamanho predominante de seus cristais.
O granito é considerado uma Rocha Ígnea Intrusivas ou Plutônica. Já o basalto é uma Rocha Ígnea Extrusiva ou Vulcânica. Um basalto, por exemplo, é formado por piroxênio e plagioclásio, mas não se consegue distinguir esses minerais a olho nu, apenas ao microscópio. Essas rochas são classificadas como afaníticas.
d) Boa parte das rochas metamórficas é formada a partir da compactação e/ou cimentação de fragmentos produzidos pela ação dos agentes do intemperismo e pedogênese.
ERRADA. As rochas, seja qual for a sua natureza, quando submetidas a condições diferentes daquelas que lhes deram origem, perdem o equilíbrio e em resposta as novas condições físicas (temperatura e pressão), desenvolvem novas paragênses minerais, compatíveis com a nova situação, podendo haver também o desenvolvimento de uma nova estrutura.
Neste sentido, define-se metamorfismo como o conjunto de transformações e reações que sofre uma rocha no estado sólido, quando sujeita a novas condições de pressão e temperatura, diferentes das que presidiram a sua gênese.
A rigor, todo e qualquer processo que conduz as rochas às transformações mineralógicas e estruturais no estado sólido, caracteriza um processo metamórfico, exceto as modificações rochosas originadas por processos intempéricos e a diagênese sedimentar. Esta exclusão deve-se ao fato da diagênese e do intemperismo serem processos desenvolvidos muito próximos da superfície da crosta, onde as temperaturas são muito baixas, inferiores às temperaturas mínimas do campo metamórfico propriamente dito, e onde certos aspectos são bem particulares. Quando a temperatura alcança um estágio suficiente para fundir a rocha, o limite metamórfico superior ‚ atingido e cede lugar ao magmatismo.
Os fatores que controlam os processos metamórficos são: temperatura, pressão (litostática, dirigida, fluidos), presença de fluidos e tempo de duração dos processos. Observe a imagem abaixo.
e) As rochas metamórficas são formadas, principalmente, pela precipitação dos radicais salinos, que foram produzidos pelo intemperismo químico, e encontram-se dissolvidos nas águas dos rios, lagos e mares.
ERRADA. As rochas sedimentares químicas são formadas principalmente por carbonatos, sulfatos, sílica, fosfatos e haloides. As principais rochas calcárias são o calcário (composto essencialmente de calcita) e o dolomito (composto de dolomita). Tipos mistos são os calcários dolomíticos. Afora os carbonatos, costumam conter quartzo, argila e outros minerais
As Rochas Metamórficas são aquelas formadas a partir de outra rocha (sedimentar, ígnea ou metamórfica) por ação do metamorfismo. Entende-se por metamorfismo o crescimento de cristais no estado sólido, sem fusão. A mudança nas condições de pressão e temperatura provoca mudanças na composição mineralógica da rocha ou pelo menos deformações físicas.
Um calcário, por exemplo, submetido a um aumento de pressão e temperatura, transforma-se em mármore; um arenito transforma-se em quartzito; um folhelho (rocha sedimentar argilosa) transforma-se em ardósia.
223) Sobre o planeta Terra e seus diversos tipos/formas de relevo, relacione a Coluna 1 à Coluna 2.
- A) 4 – 2 – 3 – 5 – 1.
- B) 4 – 3 – 1 – 2 – 5.
- C) 5 – 1 – 4 – 3 – 2.
- D) 3 – 4 – 2 – 1 – 5.
- E) 3 – 5 – 1 – 2 – 4.
A alternativa correta é letra A) 4 – 2 – 3 – 5 – 1.
Resolução
GABARITO LETRA A
( 4 ) São áreas de planaltos sedimentares ou basálticos monoclinais. Apresentam forma de mesas inclinadas, com marcada assimetria, em função da disposição das camadas geológicas.
4. Cuesta
Cuesta é um relevo dissimétrico formado por uma camada resistente, fracamente inclinada (declividade menor que 30 graus) e interrompida pela erosão, tendo na base uma camada tenra. É constituída de um lado por um perfil côncavo em declive íngreme, e do outro lado, por um planalto suavemente inclinado.
Ocorre em vários tipos de estrutura onde aparecem mergulhos fracos, homoclinais:
a) Periferia de bacias sedimentares interiores em contato com escudos antigos. Ex: São Luís do Purunã (oeste de Curitiba), Segundo Planalto Paranaense, no arenito de Furnas.
b) Planícies costeiras. Ex: a cuesta de Apodi, no Ceará, mantida pelo calcário Jandaíra.
c) Borda de grandes arcos de dobramentos. periferia de dobras. Ex: faixa de dobramento Araguai/Paraguai (Mato Grosso).
d) Periferia de domos. Ex: Morro de Pitanga (entre Rio Claro e Piracicaba)
Elementos topográficos de uma Cuesta são: front, depressão subseqüente e reverso. Observe a imagem abaixo.
( 2) Formação estrutural esculpida em antigas formações dobradas, exumadas pela denudação. Esse relevo caracteriza-se por um alinhamento paralelo de cristas e vales.
O relevo apalachiano é o resultado da evolução avançada do relevo jurássico. Constitui-se de um conjunto de cristas e serras mais ou menos paralelas, produzidas pelos complexos mecanismos da erosão diferencial.
Segundo JATOBÁ e LINS(1998), “para que ocorra o relevo apalachiano, são necessárias as seguintes condições:o material rochoso dobrado e que foi arrasado pela erosão deve ser heterogêneo; ocorrência de afloramentos paralelos de camadas rochosas duras e tenras;existência de um fenômeno tectônico capaz de acarretar o levantamento da área para provocar uma retomada das ações erosivas.Esse tipo de relevo desenvolvido em estruturas dobradas apresenta, em geral, estas características: cristas paralelas, conjunto de vales que geralmente se dispõem sobre rochas tenras; rede de drenagem superimposta.”. Observe a imagem abaixo
( 3) Vertentes com significativa declividade em bordas de planaltos, serras, relevos testemunhos, etc. Sua morfologia assemelha-se a um paredão abrupto que separa trechos de topografia mais suave.
Escarpas é uma zona de transição entre diferentes províncias fisiogeográficas que envolve uma elevação aguda (superior a 45º), caracterizada pela formação de um penhasco ou uma encosta íngreme. A superfície desta encosta íngreme é chamada de rosto da escarpa. As escarpas geralmente são formadas pela erosão diferencial de rochas sedimentares ou pelo movimento vertical da crosta terrestre ao longo de uma falha geológica. As escarpas geralmente são formadas pela erosão diferencial de rochas cristalinas ou pelo movimento vertical da crosta terrestre ao longo de uma falha geológica. Observe a imagem abaixo.
( 5 ) Designação dada a um planalto sedimentar com camadas horizontais ou sub-horizontais estratificadas, topos aplainados, com topografia acima de 600 metros.
A chapada corresponde a um planalto principalmente de origem sedimentar, localizado sobretudo nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. É um relevo tabular, caracterizado por grandes superfícies planas e elevadas, geralmente superiores a 600 metros. Tal formação geomorfológica foi esculpida pela ação de diversos agentes do intemperismo, sobretudo pela erosão eólica e pluvial. As chapadas existentes no Brasil funcionam como divisores d”água para diversas bacias hidrográficas. Além disso, são uma grande atração turística em função de sua beleza singular.
Principais características das chapadas:
- Ocorrem principalmente em planaltos sedimentares (planaltos de origem sedimentar), e não em terrenos cristalinos
- Possuem áreas planas, com mais de 500 metros de altura
- Possuem vales profundos
- Predomínio dos processos erosivos sobre a deposição de sedimentos
- Ocorrem principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil
- Com o topo em formato de mesa (ou meseta)
- Apresentam vertentes escarpadas em suas bordas
Observe a imagem abaixo.
( 1 ) Constituem as porções mais antigas das plataformas dos continentes. São os primeiros núcleos rochosos, normalmente formados de rochas graníticas e metamórficas.
Escudos Antigos ou Maciços Cristalinos são blocos imensos de rochas antigas. Datam da era Pré-Cambriana (Arqueozóica e Proterozóica) e são constituídos basicamente por rochas magmáticas e metamórficas,que são extensões resistentes, firmes, bastante desgastadas e geralmente associadas à ocorrência de minerais metálicos, tem suas origens em material sedimentar paleozóico.
Nos maciços que se formaram na era Proterozóica ocorrem as jazidas de minerais metálicos, como, por exemplo, as de ferro, ouro, manganês, prata, cobre, alumínio, estanho.
Terrenos arqueozóicos: Serra do Mar (granito).
Terrenos proterozóicos: jazidas de minerais (ferro e manganês.
Observe a imagem abaixo.
Logo, a ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 4 – 2 – 3 – 5 – 1.
224) “As formas de relevo da Terra resultam de mecanismos que atuam para aumentar ou rebaixar sua superfície” (PETERSON; SACK; GABLER, 2019). Em relação aos processos geomorfológicos endógenos e exógenos, assinale a alternativa correta.
- A) Processos geomorfológicos que se originam dentro da Terra são chamados de exógenos
- B) Processos geomorfológicos que se originam fora da Terra são chamados de endógenos
- C) Processos ígneos e tectônicos constituem os processos geomórficos exógenos
- D) Alguns agentes exógenos comuns são a água corrente, o vento e o gelo
- E) Os processos endógenos tendem a diminuir o relevo ao erodir materiais rochosos
A alternativa correta é letra D) Alguns agentes exógenos comuns são a água corrente, o vento e o gelo
Fonte:Elaborado pelo Professor
Resolução
GABARITO LETRA D
“As formas de relevo da Terra resultam de mecanismos que atuam para aumentar ou rebaixar sua superfície” (PETERSON; SACK; GABLER, 2019). Em relação aos processos geomorfológicos endógenos e exógenos, assinale a alternativa correta.
a) Processos geomorfológicos que se originam dentro da Terra são chamados de exógenos
ERRADA. Os agentes endógenos do relevo são aqueles que agem a partir de processos originados no interior da Terra, de forma a exercerem impactos ou alterações na superfície. Basicamente, todos eles estão associados ao movimento das placas tectônicas.
Nas áreas de encontro entre duas diferentes placas tectônicas, surgem as mais variáveis formas de relevo. Quando duas se separam e se distanciam uma da outra, surgem as dorsais oceânicas, com uma grande cadeia de montanhas no fundo do oceano. Nas áreas em que as placas se encontram, há a formação de montanhas, além de vulcanismos e terremotos. Os tremores de terra também ocorrem quando as placas se deslocam unilateralmente.
De maneira geral, podemos subdividir os efeitos dos agentes endógenos do relevo em dois tipos: os movimentos orogênicos e os epirogênicos. A orogênese corresponde ao conjunto de movimentos que resultam no processo de constituição e elevação das áreas montanhosas, por meio da “dobra” do relevo em áreas de encontro entre duas placas tectônicas. Já a epirogênese equivale aos movimentos de deslocamento vertical do relevo, geralmente em áreas mais estáveis e em uma velocidade muito menor, tanto para cima (soerguimento) quanto para baixo (subsidência).
b) Processos geomorfológicos que se originam fora da Terra são chamados de endógenos
ERRADA. Os agentes exógenos ou externos de transformação do relevo atuam, principalmente, com o processo de desgaste das composições superficiais, o que faz com eles também sejam chamados de agentes modeladores ou esculpidores. Os principais elementos da natureza que exercem essa função são os componentes da atmosfera e da hidrosfera: a água das chuvas e dos rios, a força dos ventos, as variações de temperatura, o gelo, etc. Dentre eles, a ação da água é a mais preponderante no desgaste da morfologia terrestre.
c) Processos ígneos e tectônicos constituem os processos geomórficos exógenos
ERRADA. Os chamados agentes formadores de relevo internos, ou endógenos, são classificados em três tipos: vulcanismo, abalos sísmicos e tectonismo.
Vulcanismo
A ação do vulcanismo vai além das famosas erupções vulcânicas, que acontecem de tempos em tempos. Há a ação contínua do magma – material quente e pastoso existente no centro da terra –, que ascende às brechas existentes entre as placas tectônicas do planeta.
Abalos sísmicos
Os abalos sísmicos estão diretamente relacionados com o próximo agente modelador, o tectonismo, já que a movimentação das placas tectônicas é que causa os abalos sísmicos.
Ele acontece quando as placas tectônicas se afastam, se juntam ou mesmo se movimentam de modo lateral, raspando uma na outra.
Tectonismo
Qualquer movimento no magma da terra é considerado um tipo de tectonismo. Existem dois tipos de tectonismo, são eles:
Epirogênese: de maior duração;
Orogênese: de menor duração.
O tectonismo é o agente transformador de relevo responsável pelo surgimento de cordilheiras, montanhas e vulcões.
d) Alguns agentes exógenos comuns são a água corrente, o vento e o gelo
CORRETA. Os agentes formadores de relevo são os responsáveis pela mudança contínua do relevo, como sugere o nome. Existem dois tipos desse agente: o externo, ou exógeno, e o interno, ou endógeno. Entre os agentes formadores de relevo externo, podemos citar o vento, as chuvas, a neve, a mudança de temperatura, os próprios seres vivos, entre outros.
Ventos
Os ventos são um dos principais agentes modeladores de relevo externo. O processo de alteração pelo vento costuma ser lento e gradual, de modo que, com o tempo, novas formações rochosas são criadas.
O vento transporta sedimentos e poeira, causando a erosão em alguns lugares e a sedimentação em outros. Um termo bastante utilizado para se referir a esse agente é a chamada “erosão eólica”.
Água
A água é considerada o agente modelador externo mais importante, já que ela pode ter diferentes origens. Ela pode ter diferentes origens – fluvial, glacial ou pluvial . Por ser um elemento erosivo, a ação da água causa mudanças significativas no solo e no relevo.
Gelo
O derretimento das geleiras resulta na chamada erosão glacial. Quando essa neve derrete, ela molda o solo da região. Além disso, ela também pode causar o congelamento do solo.
e) Os processos endógenos tendem a diminuir o relevo ao erodir materiais rochosos
ERRADA. Os agentes exógenos do relevo – também chamados de agentes externos – são aqueles que atuam acima da superfície, modificando-a gradualmente pelo desgaste, na maior parte dos casos, das composições geomorfológicas superficiais. Por esse motivo, esses elementos citados são, por vezes, chamados de agentes intempéricos ou agentes erosivos.
A água é um dos elementos naturais que mais provocam desgaste nos solos e nas formas de relevo, intensificando, muitas vezes, processos de sedimentação, ou seja, a transformação de grandes corpos rochosos em pequenas partículas, que são posteriormente transportadas.
225) Os níveis taxonômicos da carta geomorfológica se inspiram na proposição metodológica de Demek e Mescherikov. O 1º táxon corresponde às macroestruturas, como as grandes estruturas da bacia do Paraná. O 2º táxon, por sua vez, corresponde aos compartimentos e subcompartimentos do relevo pertencentes a uma determinada morfoestrutura e posicionados em diferentes níveis topográficos (adaptado de ROSS, 2012). Assinale a alternativa correspondente ao nome dado às unidades correspondentes ao 1º e 2º táxons, respectivamente, de forma correta.
- A) Morfoesculturais; Morfoestruturais
- B) Morfoestruturais; Morfoesculturais
- C) Morfoesculturais; Macroestruturais
- D) Macroestruturais, Microestruturais
- E) Morfoestruturais; Microestruturais
A alternativa correta é letra B) Morfoestruturais; Morfoesculturais
Resolução
GABARITO LETRA B
Os níveis taxonômicos da carta geomorfológica se inspiram na proposição metodológica de Demek e Mescherikov. O 1º táxon corresponde às macroestruturas, como as grandes estruturas da bacia do Paraná. O 2º táxon, por sua vez, corresponde aos compartimentos e subcompartimentos do relevo pertencentes a uma determinada morfoestrutura e posicionados em diferentes níveis topográficos (adaptado de ROSS, 2012). Assinale a alternativa correspondente ao nome dado às unidades correspondentes ao 1º e 2º táxons, respectivamente, de forma correta.
a) Morfoesculturais; Morfoestruturais
ERRADA. A alternativa inverteu as às unidades correspondentes ao 1º e 2º táxons. Jurandir Ross aprofundou o critério morfoclimático da classificação de Ab'Saber, que passou a fazer parte de um conjunto de outros fatores, como a estrutura geológica e a ação dos agentes externos do relevo, passados e presentes.
Desse modo, a classificação de Jurandyr Ross está baseada em três maneiras diferentes de explicar as formas de relevo:
Morfoestrutural: leva em conta a estrutura geológica;
Morfoclimática: considera o clima e o relevo;
Morfoescultural: considera a ação de agentes externos.
Cada um desses critérios criou um "grupo" diferente de formas de relevo, ou três níveis, que foram chamados de táxons e obedecem a uma hierarquia.
1º táxon: Considera a forma de relevo que se destaca em determinada área — planalto, planície e depressão.
2º táxon: Leva em consideração a estrutura geológica onde os planaltos foram modelados — bacias sedimentares, núcleos cristalinos arqueados, cinturões orogênicos e coberturas sedimentares sobre o embasamento cristalino.
b) Morfoestruturais; Morfoesculturais
CORRETA. Jurandir Ross (1992) cita a morfoestrutura (primeiro táxon) de uma bacia sedimentar, como a Bacia Sedimentar do Paraná, na qual encontram-se várias unidades morfoesculturais (segundo táxon), geradas pela ação climática ao longo do tempo geológico. Assim, em uma única unidade morfoestrutural, pode-se ter várias unidades morfoesculturais como por exemplo depressões periféricas, depressões monoclinais, planaltos em patamares intermediários, planaltos e chapadas de superfícies de cimeira, planalto residuais, entre outros. Todas essas unidades morfoesculturais podem pertencer a uma mesma zona ou domínio morfoclimático atual.
c) Morfoesculturais; Macroestruturais
ERRADA. Jurandir Ross elucida os níveis de analises da formas de relevo, considerando a escala de analise e como cada unidade se distribui em unidades taxonômicas, por exemplo na Bacia do Paraná o 1º táxon corresponde às macroestruturas, Já o Planalto da Borborema, Depressão Sertaneja e a Planície se enquadram no 2º Taxon como uma unidade Morfoescultural.
d) Macroestruturais, Microestruturais
ERRADA. Jurandir Ross separou os níveis taxonômicos com base no trabalho com imagens de radar, citando o exemplo do trabalho com a folha SD-21 (Folha Cuiabá), onde apresenta-nos os níveis taxonômicos (de inspiração em Demek e Mescherivkov) possíveis para a análise do trabalho desenvolvido pelo Projeto Radam Brasil. Seriam eles nas palavras do Autor:
1º Táxon: unidades morfoestruturais – correspondem às macroestruturas, como as grandes estruturas da Bacia do Paraná, do Planalto dos Parecis, representadas na Folha SD-21 por família de cores;
2º Táxon: unidades morfoesculturais – correspondem aos compartimentos e subcompartimentos do relevo pertencentes a uma determinada morfoestrutura e posicionados em diferentes níveis topográficos. São representados na Folha SD-21 por uma determinada família de cor, como o Patamar Baixo do Planalto dos Parecis.
e) Morfoestruturais; Microestruturais
ERRADA. Jurandir Ross (1992), baseado nos conceitos metodológicos e estruturalistas de Penck (1953) e Mescerjakov (1968), tomou como parâmetros de classificação o embasamento, a forma e o alcance de cada unidade taxonômica. Dessa forma, o autor estabeleceu seis níveis taxonômicos, sendo estes: morfoestrutura, morfoescultura, padrão de forma de relevo, tipos de forma de relevo, tipos de vertentes e formas de processos naturais atuais e antrópicos.
O 1º Táxon corresponde à definição de morfoestrutura,
e o 2º Táxon representa as morfoesculturas desenvolvidas sobre a morfoestrutura.
226) “Existem vários sistemas usados para dividir a atmosfera em camadas verticais” (PETERSEN, 2019). Assinale a alternativa correspondente ao nome dado a uma camada vertical da atmosfera, de forma incorreta:
- A) Termosfera
- B) Mesosfera
- C) Estratosfera
- D) Troposfera
- E) Astenosfera
A alternativa correta é letra E) Astenosfera
Resolução
GABARITO LETRA E
“Existem vários sistemas usados para dividir a atmosfera em camadas verticais” (PETERSEN, 2019). Assinale a alternativa correspondente ao nome dado a uma camada vertical da atmosfera, de forma incorreta:
a) Termosfera
CORRETA. A Termosfera é a quarta camada da atmosfera e se estende dos quilômetros 80 a 700. Além disso, a parte inferior desta camada é conhecida como Ionosfera. A Ionosfera é um local onde as temperaturas caem com a altitude, o que ocorre devido à baixa densidade de moléculas.
Uma outra característica da Termosfera é que nesta camada a temperatura tende a variar em relação ao dia e noite, além de conforme as estações e do números de elétrons e íons presentes.
Por fim, se você já ouviu falar em Aurora Boreal e Aurora Austral, saiba que ambas podem ser vistas nesta camada algumas vezes. Outro fato interessante sobre esta camada da atmosfera é que a Estação Espacial Internacional orbita nela.
b) Mesosfera
CORRETA. A Mesosfera é a camada atmosférica que se estende do quilômetro 50 ao 80 e, assim como a Troposfera, as temperaturas diminuem conforme a altitude. Assim, o topo da Mesosfera é considerado o lugar mais frio do sistema Terra e apresenta uma temperatura média de -85ºC. Além disso, é na Mesosfera que as nuvens noctilucentes se formam, uma que a quantidade de vapor d’água quase nula presente no topo dessa camada cria um ambiente propício para este tipo de nuvem.
Por fim, outra característica interessante da Mesosfera é que ela é a camada onde ocorre a grande maioria dos meteoros.
c) Estratosfera
CORRETA. Uma das principais características da Estratosfera é que esta camada é onde se localiza a camada de ozônio. A camada de ozônio é extremamente importante, uma vez que nos protege dos raios ultravioletas do Sol que podem, dentre outros danos à nossa saúde, causar câncer de pele, por exemplo.
Devido a esta radiação ultravioleta, as temperaturas na Estratosfera ficam mais quentes em relação a quanto mais “se sobe” nesta camada.
Outra característica da Estratosfera é que ela se estende dos quilômetros 12 a 50 da Terra e quase não conta com nuvens ou mesmo clima.
d) Troposfera
CORRETA. A primeira camada da atmosfera, ou seja, a localizada mais abaixo, é a Troposfera. Essa camada se caracteriza por ser a parte na qual nós vivemos e se estende a até 12 quilômetros da Terra.
À medida que a distância aumenta, o clima da Troposfera vai ficando mais frio. A cada um quilômetro, a temperatura cai cerca de 6.5ºC.
Outra característica importante da Troposfera é que esta camada contém o ar que as plantas necessitam para realizar a fotossíntese e que os animais necessitam para respirar.
A Troposfera também contém, além disso, praticamente quase todo o vapor d’água e aerossóis, ou seja, aquelas partículas que podem tanto ser sólidas ou líquidas e que estão suspensas na atmosfera. Ainda, é na Troposfera que ocorre a maior parte do clima do Planeta. Assim, praticamente todas as nuvens são geradas por esse clima.
e) Astenosfera
ERRADA. A astenosfera é a camada da Terra formada pela região superior do manto, no qual é composta, principalmente, por rocha sólida. Contudo, devido às grandes quantidades de pressões sofridas e altas temperaturas, ela pode aderir uma forma plástica e fluir. Inclusive, as rochas que são localizadas nessa região são menos densas que na crosta terrestre.
Além disso, a astenosfera sofre influência das correntes de convecção do manto da Terra. E graças a esse fenômeno é que ocorre o movimento das placas tectônicas. Mas, com deslocamento desprezível, para se ter uma ideia, em 10 mil anos, os continentes se movem apenas um quilômetro — isso porque, a cada ano, elas se movimentam, em média, entre 1 e 10 centímetros. Observe a imagem abaixo.
227) “Movimento de massa é o movimento do solo, rocha e/ou vegetação ao longo da vertente sob a ação direta da gravidade” (TOMINAGA, 2012). Identifique os fatores que podem contribuir para a ocorrência de movimentos de massa em áreas urbanas, atribuindo valores Verdadeiro (V) ou Falso (F):
- A) F - V - V - V
- B) V - F - V - V
- C) V - V - F - V
- D) V - V - V - F
- E) V - V - V - V
A alternativa correta é letra E) V - V - V - V
Gabarito: alternativa E)
Identifique os fatores que podem contribuir para a ocorrência de movimentos de massa em áreas urbanas, atribuindo valores Verdadeiro (V) ou Falso (F):
(V) Alta declividade da vertente.
Verdadeira. Quanto mais alta a declividade, maior a velocidade que a água atinge ao escorrer em uma superfície. Nesse sentido, a água corrente intensifica o processo de erosão, contribuindo para a ocorrência de movimentos de massa. Por isso que as áreas de encostas e de morros em zonas urbanas apresentam riscos em períodos chuvosos.
(V) Remoção da vegetação nativa.
Verdadeira. As raízes das plantas mantêm o solo estável, aumentando a porosidade e permitindo que a água da chuva seja absorvida mais facilmente, diminuindo os efeitos da erosão.
Dessa forma, quando se remove a vegetação nativa, deixa-se o solo desprotegido, o que aumenta a chance de ocorrência dos movimentos de massa.
(V) Impermeabilização do solo.
Verdadeira. O cimento e o asfalto impermeabilizam o solo, diminuindo sua capacidade de absorção da água da chuva. Assim, um solo impermeabilizado aumenta os riscos de ocorrência de inundações e deslizamentos. Além disso, se um solo foi asfaltado é porque provavelmente teve sua cobertura vegetal nativa retirada.
(V) Ocorrência de chuvas intensas.
Verdadeira. Essa foi, provavelmente, a assertiva mais simples de ser analisada. As enchentes causam deslizamentos, os movimentos de massa mais observados em grandes centros urbanos brasileiros.
As chuvas intensas são a principal causa das enchentes, portanto, o item apresenta um fator que contribui constantemente para a ocorrência de movimentos de massa.
Como todas as assertivas apresentadas são verdadeiras, o gabarito é: e) V - V - V - V
228) Observe a imagem a seguir:
- A) Ao movimento da Deriva Continental, que se caracteriza por ondas gigantescas que, ao provocar abalos sísmicos no fundo do mar, causam deslocamentos verticais no assoalho oceânico afetando as superfícies continentais.
- B) À formação da crosta terrestre devido à ascensão do magma do manto para superfície nas dorsais mesoceânicas, o que leva à formação de novas rochas nessas dorsais que, por sua vez, induz a expansão do assoalho oceânico.
- C) Aos abalos sísmicos que decorrem da fragmentação da litosfera em cerca de doze grandes partes, chamadas de placas tectônicas e que se deslocam horizontalmente, cerca de alguns centímetros por ano, sobre a astenosfera.
- D) Ao ciclo das rochas, que explica a contínua formação e transformação das rochas na superfície terrestre a partir da ação de agentes endógenos como o magmatismo e o metamorfismo e dos agentes exógenos como o intemperismo.
- E) Às correntes de convecção, controladas pelo calor interno da Terra, explicadas pela ascensão do material mais quente do manto inferior e pelo descenso do material mais frio do manto superior, circulação que leva à movimentação das placas tectônicas.
A alternativa correta é letra D) Ao ciclo das rochas, que explica a contínua formação e transformação das rochas na superfície terrestre a partir da ação de agentes endógenos como o magmatismo e o metamorfismo e dos agentes exógenos como o intemperismo.
Gabarito: LETRA D
A questão versa sobre geologia da terra, solicitando para o candidato assinalar entre as alternativas presentes, aquela que demostra o processo ilustrado no enunciado. Nesse sentido, vamos analisar todos as alternativas para encontrar a resposta corrreta.
Enunciado
O processo ilustrado corresponde:
Resolução
a) Ao movimento da Deriva Continental, que se caracteriza por ondas gigantescas que, ao provocar abalos sísmicos no fundo do mar, causam deslocamentos verticais no assoalho oceânico afetando as superfícies continentais.
ERRADA. A teoria da Deriva Continental é uma das bases fundamentais da moderna teoria da tectônica de placas, proposta inicialmente pelo cientista Alfred Wegener em 1912 e posteriormente desenvolvida e refinada ao longo do tempo. Ela sugere que os continentes da Terra não são fixos, mas sim que eles se movem lentamente ao longo do tempo geológico.
Existem várias evidências que suportam a teoria da Deriva Continental, incluindo:
-A semelhança das formas dos continentes em ambos os lados do Oceano Atlântico, como as costas leste da América do Sul e oeste da África, que se encaixam como peças de um quebra-cabeça.
-Distribuição de fósseis idênticos encontrados em diferentes continentes separados por oceanos.
-Similaridades nas rochas e cadeias de montanhas que atravessam continentes agora separados.
-Padrones de paleoclimas, como depósitos de glaciais em regiões tropicais, que sugerem que essas regiões já estiveram em latitudes diferentes.
b) À formação da crosta terrestre devido à ascensão do magma do manto para superfície nas dorsais mesoceânicas, o que leva à formação de novas rochas nessas dorsais que, por sua vez, induz a expansão do assoalho oceânico.
ERRADA. A formação da crosta terrestre devido à ascensão do magma do manto para a superfície nas dorsais meso-oceânicas está intimamente ligada ao processo conhecido como expansão do fundo oceânico, que é um componente importante da teoria da tectônica de placas. Esse processo desempenha um papel crucial na evolução geológica e na estruturação da superfície da Terra.
c) Aos abalos sísmicos que decorrem da fragmentação da litosfera em cerca de doze grandes partes, chamadas de placas tectônicas e que se deslocam horizontalmente, cerca de alguns centímetros por ano, sobre a astenosfera.
ERRADA. A litosfera da Terra é composta por placas tectônicas, que são grandes blocos rígidos que flutuam sobre o manto terrestre. Existem cerca de 12 placas tectônicas principais e várias placas menores na superfície da Terra.
Em resumo, os abalos sísmicos são eventos naturais que resultam da interação dinâmica das placas tectônicas na superfície da Terra. O movimento das placas e a acumulação de tensão ao longo do tempo levam à liberação súbita de energia, causando terremotos em áreas de limites de placas.
d) Ao ciclo das rochas, que explica a contínua formação e transformação das rochas na superfície terrestre a partir da ação de agentes endógenos como o magmatismo e o metamorfismo e dos agentes exógenos como o intemperismo.
CORRETA. Rochas metamórficas, ígneas (ou magmáticas) e sedimentares são os três principais tipos de rochas que compõem o ciclo das rochas, um conceito fundamental na geologia que descreve as várias etapas pelas quais as rochas passam ao longo do tempo geológico. Aqui está uma breve explicação de cada tipo:
Rochas Metamórficas: São rochas que foram transformadas a partir de rochas preexistentes devido à ação de altas pressões, altas temperaturas e/ou processos químicos semelhantes no interior da Terra. Esses processos geralmente ocorrem em profundidades consideráveis abaixo da superfície terrestre. Exemplos incluem o mármore (originado do calcário) e o gnaisse (originado do granito).
Rochas Ígneas ou Magmáticas: São rochas formadas a partir do resfriamento e solidificação de magma ou lava. Existem dois tipos principais de rochas ígneas: rochas ígneas intrusivas, que se formam abaixo da superfície terrestre (exemplo: granito), e rochas ígneas extrusivas, que se formam na superfície terrestre após a erupção vulcânica (exemplo: basalto).
Rochas Sedimentares: São rochas formadas a partir da deposição e compactação de sedimentos ao longo do tempo geológico. Esses sedimentos podem ser derivados de rochas pré-existentes que foram erodidas, ou podem ser de origem orgânica, como os restos de organismos marinhos. Exemplos incluem arenito (formado a partir de grãos de areia compactados) e calcário (formado a partir de depósitos de conchas marinhas).
Esses três tipos de rochas estão interligados em um ciclo contínuo, onde cada tipo pode ser transformado em outro através de processos geológicos como a erosão, metamorfismo, fusão, solidificação e deposição.
e) Às correntes de convecção, controladas pelo calor interno da Terra, explicadas pela ascensão do material mais quente do manto inferior e pelo descenso do material mais frio do manto superior, circulação que leva à movimentação das placas tectônicas.
ERRADA. As correntes de convecção desempenham um papel fundamental na movimentação das placas tectônicas da Terra. O movimento ascendente do material quente no manto cria forças que empurram as placas tectônicas para longe umas das outras em dorsais oceânicas, onde ocorre a formação de nova crosta oceânica. Por outro lado, o movimento descendente do material resfriado no manto pode puxar as placas tectônicas para baixo em zonas de subducção.
Além de afetar a tectônica de placas, as correntes de convecção também podem influenciar o clima da Terra. Por exemplo, o movimento do magma no manto pode influenciar a liberação de dióxido de carbono e outros gases na atmosfera, afetando o clima global ao longo de escalas de tempo geológico.
229) A formação das rochas metamórficas tem início nas transformações de outras rochas previamente existentes. As ocorrências dessas transformações rochosas se originam devido a uma gama de diversidades climáticas ambientais, como temperatura e pressão. Sabendo disso, assinale a localização geográfica mais provável da formação dessas rochas?
- A) África – Deserto do Saara.
- B) América do Sul – Cordilheira do Andes.
- C) Oriente Médio – Golfo Pérsico.
- D) Brasil – Chapada Diamantina.
- E) Estados Unidos – Parque Nacional de Yellowstone.
A alternativa correta é letra B) América do Sul – Cordilheira do Andes.
Vamos analisar cada alternativa, para identificar a localização geográfica mais provável para a formação de rochas metamórficas.
A) África – Deserto do Saara.
INCORRETO. O Deserto do Saara, localizado no norte da África, é uma região de clima extremamente árido e quente, onde a formação de rochas metamórficas é pouco provável. As rochas metamórficas, como o nome sugere, são formadas a partir da transformação de outras rochas sob ação de altas pressões e temperaturas, condições estas que não são encontradas no ambiente desértico do Saara. As rochas mais comuns nessa região são as sedimentares, formadas pela ação do vento e da areia.
B) América do Sul – Cordilheira do Andes.
CORRETO. A Cordilheira dos Andes, que se estende ao longo da costa oeste da América do Sul, é uma região de intensa atividade geológica, incluindo vulcanismo e terremotos. Essas condições são propícias para a formação de rochas metamórficas, que são criadas quando rochas pré-existentes são submetidas a altas pressões e temperaturas, como as encontradas no interior da Terra durante a atividade tectônica. Portanto, a Cordilheira dos Andes é uma localização geográfica muito provável para a formação de rochas metamórficas.
C) Oriente Médio – Golfo Pérsico.
INCORRETO. O Golfo Pérsico, localizado entre a Península Arábica e o Irã, é uma região de baixa atividade geológica. As condições predominantes nessa região são de sedimentação e formação de rochas sedimentares, não sendo propícias para a formação de rochas metamórficas.
D) Brasil – Chapada Diamantina.
INCORRETO. A Chapada Diamantina, localizada no estado da Bahia, é uma região de planalto, caracterizada pela presença de rochas sedimentares, principalmente arenito e calcário. Embora existam rochas metamórficas na região, como o quartzito, a formação de novas rochas metamórficas é pouco provável, devido à baixa atividade geológica.
E) Estados Unidos – Parque Nacional de Yellowstone.
INCORRETO. O Parque Nacional de Yellowstone, localizado nos Estados Unidos, é uma região de intensa atividade geotérmica, mas essa atividade está mais relacionada à formação de rochas ígneas, como o basalto e o riolito, do que rochas metamórficas. As altas temperaturas e pressões necessárias para a formação de rochas metamórficas geralmente são encontradas em regiões de atividade tectônica, como zonas de subducção ou áreas montanhosas formadas por colisões de placas tectônicas, condições estas que não são encontradas em Yellowstone.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.
230) Dentro da Geografia, muitos conceitos entendidos também como categorias de análise, são importantes. Alguns deles são mais antigos e outros mais recentes, que surgem em razão da necessidade de compreensão da complexidade do mundo atual.
- A) Espaço.
- B) Paisagem.
- C) Região.
- D) Tectônica de placas.
- E) Território.
A alternativa correta é letra D) Tectônica de placas.
Vamos analisar cada alternativa para identificar qual delas não é uma categoria geográfica.
A) Espaço.
CORRETO. O espaço é uma das principais categorias de análise da Geografia. Ele é entendido como o lugar onde ocorrem as relações sociais, sendo moldado e transformado por essas relações. Portanto, essa alternativa está correta.
B) Paisagem.
CORRETO. A paisagem também é uma categoria geográfica fundamental. Ela é o espaço tal como é percebido pelos sentidos humanos, englobando tanto os elementos naturais quanto os elementos construídos pelo ser humano. Portanto, essa alternativa está correta.
C) Região.
CORRETO. A região é outra categoria central na Geografia. Ela é uma área do espaço geográfico que possui características semelhantes, podendo ser definida com base em critérios naturais, sociais, econômicos, políticos, culturais, entre outros. Portanto, essa alternativa está correta.
D) Tectônica de placas.
INCORRETO. A tectônica de placas é uma teoria geológica que explica o movimento e a interação das placas tectônicas na litosfera terrestre. Embora seja um conceito importante em Geologia, e por extensão em Geografia Física, ele não é considerado uma categoria de análise da Geografia. As categorias geográficas são conceitos mais abrangentes, que permitem a compreensão e a interpretação dos fenômenos geográficos em sua totalidade, enquanto a tectônica de placas é uma teoria específica que explica um tipo particular de fenômeno geológico. Portanto, essa alternativa está incorreta.
E) Território.
CORRETO. O território é uma categoria geográfica que se refere à área delimitada e sob controle de um determinado grupo social, que pode ser um Estado, uma comunidade, uma empresa, etc. Ele é um conceito-chave para a compreensão das relações de poder no espaço geográfico. Portanto, essa alternativa está correta.
Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.