Questões Sobre Geologia e Geomorfologia - Geografia - concurso

A camada da atmosfera terrestre onde ocorrem os fenômenos meteorológicos mais relevantes para a vida na Terra, como a formação de nuvens, ventos e a concentração dos gases essenciais para a respiração, é conhecida como troposfera. Essa camada, que se estende desde a superfície do planeta até aproximadamente 12 km de altitude, é a mais próxima de nós e abriga a maior parte do oxigênio e do gás carbônico utilizados pelos seres vivos.

As outras camadas citadas possuem características distintas: a estratosfera, por exemplo, contém a camada de ozônio, enquanto a mesosfera e a termosfera estão associadas a fenômenos como a queima de meteoros e as auroras, respectivamente. Já a exosfera é a camada mais externa, onde os gases se dissipam no espaço. Portanto, a alternativa correta para a questão apresentada é D) troposfera, por ser a única que engloba todos os elementos mencionados no enunciado.

O texto descreve um processo geológico em que placas tectônicas se afastam no meio do oceano, permitindo a formação de nova crosta terrestre a partir do material expelido do interior da Terra. Esse fenômeno é característico de um limite divergente, onde as placas se movem em direções opostas, criando espaço para o surgimento de novo material crustal.

Entre as opções apresentadas:

• A) Limite divergente - Corresponde exatamente ao processo descrito.
• B) Limite convergente - Ocorre quando placas se chocam, não se afastam.
• C) Limite transformante - Envolve placas deslizando lateralmente uma pela outra.
• D) Limite instável - Termo não utilizado na classificação de limites tectônicos.
• E) Limite sedimentares - Não representa um tipo de limite entre placas tectônicas.

Portanto, a alternativa correta é A) Limite divergente, conforme indicado no gabarito.

A teoria da tectônica de placas representa um marco fundamental na geologia, consolidando décadas de pesquisas e debates científicos. Ela não apenas explica a dinâmica da crosta terrestre, mas também oferece uma base coerente para compreender fenômenos como a deriva continental, antes alvo de controvérsias. A análise das alternativas apresentadas demonstra que todas estão corretas, conforme o gabarito indica.

I. A afirmação de que a crosta terrestre, sendo semirrígida, se move sobre a astenosfera – uma camada inferior mais quente e fluida – está alinhada com os princípios da tectônica de placas. Essa interação entre camadas é essencial para explicar o deslocamento das placas litosféricas.

II. Os movimentos da crosta terrestre de fato geram deformações nas rochas superficiais, resultando em estruturas geológicas como dobras e falhas. Essas estruturas são produtos diretos do tectonismo, confirmando a validade dessa afirmação.

III. Embora a tectônica de placas seja um fenômeno global, suas manifestações ocorrem de forma mais evidente em certas regiões, como nos limites entre placas. Isso não invalida seu caráter abrangente, mas destaca a importância de zonas específicas para seu estudo.

Portanto, as três alternativas estão corretas, pois refletem diferentes aspectos da teoria da tectônica de placas, desde sua base conceitual até suas consequências geológicas e padrões de ocorrência. A resposta correta é A) I, II e III.

O planeta Terra é um corpo dinâmico e complexo onde atuam forças internas e forças externas. Com base nesta afirmação, pode-se admitir que:

• A) a rigidez da crosta terrestre é apenas aparente, pois existem diversas rupturas que formam as chamadas placas tectônicas.

Esta alternativa está correta porque a crosta terrestre, apesar de parecer rígida, é fragmentada em placas tectônicas que se movimentam devido à atividade geológica interna. Essas placas são responsáveis por fenômenos como terremotos, vulcanismo e a formação de cadeias montanhosas.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou imprecisas:

• B) Os movimentos das placas tectônicas são impulsionados principalmente pela convecção no manto, não no núcleo.
• C) O movimento transcorrente (ou transformante) não forma fossas abissais, mas sim causa falhas como a de San Andreas.
• D) As fossas abissais são formadas por convergência de placas (subducção), não por divergência, que cria dorsais oceânicas.
• E) A deriva continental não apenas afasta massas continentais, mas também pode aproximá-las, como no caso da colisão que formou os Himalaias.

Portanto, a alternativa A é a única que apresenta uma afirmação correta sobre a dinâmica da crosta terrestre e as placas tectônicas.

As unidades de relevo do Brasil são divididas em três grandes macrocompartimentos: planaltos, depressões periféricas e marginais, e planícies e tabuleiros. No caso da região Sul, grande parte está inserida no macrocompartimento denominado "Planalto e Chapadas da Bacia do Paraná", que apresenta características específicas em sua formação geológica e morfologia.

De acordo com a alternativa correta (C), nas áreas centrais da bacia sedimentar, tanto em terrenos de arenitos quanto de basalto, predominam colinas com topos convexos amplos nos arenitos e medianos nos basaltos. Já nas bordas elevadas, surgem superfícies estruturais levemente convexizadas, como é o caso dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Essa classificação reflete a diversidade geológica da região, marcada pela presença de rochas sedimentares e vulcânicas, que moldam um relevo variado entre colinas suaves e formações mais planas próximas às bordas. A compreensão dessas características é essencial para estudos geográficos, ambientais e até mesmo para o planejamento territorial na região Sul do Brasil.

O texto apresentado aborda a composição geológica da cidade de Florianópolis, destacando a presença de terrenos rochosos cristalinos e sedimentares recentes. Essas formações abrigam diferentes tipos de rochas, incluindo ígneas, metamórficas e sedimentares, cada uma com características e processos de formação distintos.

A alternativa A, correta segundo o gabarito, descreve com precisão as rochas ígneas, que se originam a partir da cristalização do magma. Essas rochas podem ser classificadas como intrusivas (quando o magma resfria lentamente no interior da crosta) ou extrusivas (quando o magma é expelido para a superfície, como no caso de vulcões). Suas propriedades, como textura e composição mineralógica, variam conforme as condições de resfriamento e a origem do magma.

As demais alternativas apresentam imprecisões ou equívocos. A alternativa B minimiza a importância do intemperismo e da erosão nos processos sedimentares, quando, na realidade, esses fatores são fundamentais para a formação das rochas sedimentares. A alternativa C inverte a relação entre temperatura e pressão no metamorfismo, já que esse processo ocorre sob altas pressões e temperaturas, e não o contrário. A alternativa D afirma incorretamente que rochas ígneas e metamórficas têm o mesmo processo de formação, ignorando suas diferenças essenciais. Por fim, a alternativa E confunde a formação das rochas sedimentares, que ocorre predominantemente na superfície terrestre, e não em grandes profundidades.

Portanto, a alternativa A é a única que apresenta uma descrição correta e completa sobre as rochas ígneas, alinhando-se com os princípios da geologia e confirmando-se como a resposta adequada.

Sobre os agentes modeladores da crosta é incorreto afirmar:

A alternativa A) está incorreta porque, embora o tectonismo realmente envolva a ação de forças internas sobre a crosta terrestre, sua principal causa não é a pressão dos materiais do magma em constante deslocamento, mas sim os movimentos das placas tectônicas e as tensões acumuladas na litosfera. O tectonismo está mais relacionado à deformação da crosta devido a esses movimentos, como a formação de dobras e falhas, e não diretamente ao magma.

As outras alternativas estão corretas:

• B) O vulcanismo de fato envolve o derramamento de material magmático na superfície, seja por erupções vulcânicas ou fissuras na crosta.
• C) Os abalos sísmicos são causados por movimentos bruscos em falhas geológicas, geralmente em profundidades menores (até cerca de 700 km), e resultam no rearranjo das rochas.
• D) O intemperismo e a erosão (incluindo a eólica) são processos externos que modificam a crosta, embora a formação de praias esteja mais associada à ação das ondas e correntes marinhas do que especificamente à erosão eólica.

Portanto, a afirmação incorreta é a A), que apresenta uma explicação equivocada sobre a origem do tectonismo.

A Terra é um sistema em constante transformação, onde processos geológicos e climáticos moldam sua superfície e influenciam a vida em todas as suas formas. O texto apresentado destaca a dinâmica interna e externa do planeta, mencionando fenômenos como vulcanismo, formação de montanhas (orogênese), intemperismo e erosão. Esses processos são fundamentais para compreender a evolução geológica da Terra e sua interação com os ecossistemas.

Entre as alternativas apresentadas, a opção B) o tectonismo, o vulcanismo e as erosões é a que melhor representa os agentes dessa dinâmica. O tectonismo refere-se aos movimentos das placas litosféricas, responsáveis pela formação de cadeias montanhosas e pela atividade sísmica. O vulcanismo está associado ao surgimento de novas rochas na superfície, enquanto as erosões, causadas por ventos, águas e geleiras, remodelam continuamente a paisagem.

As demais alternativas apresentam elementos que, embora relevantes em outros contextos, não abrangem os principais agentes da dinâmica terrestre mencionados no texto. Secas e precipitações (A) são fenômenos climáticos, a vegetação (C) influencia a erosão, mas não é um agente geológico primário, e o aquecimento global e a erosão antrópica (D) são consequências da ação humana, não processos naturais intrínsecos à Terra.

Portanto, a resposta correta é B, pois engloba os processos geológicos essenciais que atuam na formação e transformação contínua do nosso planeta.

A influência da mineração em Rondônia remonta ao século XVIII, com a descoberta de ouro no rio Corumbiara, marcando o início de uma atividade econômica que moldou a região. Ao longo dos anos, outras riquezas minerais, como diamantes no rio Jiparaná e cassiterita, também atraíram garimpeiros, consolidando a mineração como um pilar do desenvolvimento local.

No entanto, os garimpos de ouro em Rondônia enfrentaram períodos de declínio. Enquanto no século XVIII e XIX a atividade ainda mantinha certa relevância, foi no século XX, especialmente durante a década de 90, que a extração aurífera entrou em franca decadência. Esse declínio pode ser atribuído a diversos fatores, como o esgotamento das jazidas mais acessíveis, a crescente regulamentação ambiental e a migração de investimentos para outras atividades econômicas, como a agropecuária.

Portanto, a alternativa correta para o período em que os garimpos de ouro em Rondônia entraram em decadência é a letra E) XX, durante a década de 90, conforme indicado no gabarito.

Brasil e a Exploração de Terras Raras: Uma Nova Fronteira Mineral

O recente destaque do Brasil na corrida global por terras raras, minerais essenciais para tecnologias modernas, revela não apenas uma oportunidade econômica, mas também a riqueza geológica do território nacional. Conforme apontado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o país possui um potencial estimado em 52 milhões de toneladas desses recursos, posicionando-se como uma nova fronteira estratégica no cenário mundial.

A presença desses minerais no Brasil está intrinsecamente ligada à sua estrutura geológica diversificada, marcada pela abundância de rochas ricas em diferentes composições minerais. Essa característica, típica de regiões com formações geológicas complexas e antigas, explica por que o país abriga reservas significativas de terras raras, como disprósio e lantânio, fundamentais para a produção de smartphones, carros elétricos e outras tecnologias avançadas.

Enquanto a China domina atualmente a produção global, o Brasil surge como um ator promissor nesse mercado, capaz de atrair investimentos e reduzir a dependência internacional. No entanto, o desafio vai além da extração: envolve o desenvolvimento de tecnologias de processamento e políticas sustentáveis para evitar impactos ambientais, já que a exploração de terras raras pode ser altamente poluente.

Assim, a resposta correta para a pergunta sobre o aspecto natural que explica a presença desses minerais no Brasil é a alternativa A), que destaca a estrutura geológica nacional como fator determinante. Essa riqueza mineral, se explorada com planejamento e responsabilidade, pode transformar o país em um protagonista na revolução tecnológica do século 21.