Questões Sobre Geologia e Geomorfologia - Geografia - concurso

Uma das propriedades físicas mais importantes dos minerais é a dureza, que representa a resistência que um mineral oferece ao ser riscado por outro material. A escala de Mohs, criada em 1812 pelo mineralogista alemão Friedrich Mohs, é amplamente utilizada para comparar a dureza relativa dos minerais, organizando-os em uma sequência de 1 (mais mole) a 10 (mais duro).

Analisando as alternativas apresentadas:

A) Incorreta - A sequência correta seria talco (1), calcita (3), ortoclásio (6) e quartzo (7)

B) Incorreta - A ordem correta seria gipsita (2), calcita (3), fluorita (4) e quartzo (7)

C) Incorreta - A sequência correta seria ortoclásio (6), quartzo (7), topázio (8) e diamante (10)

D) Correta - A ordem está correta: calcita (3), fluorita (4), quartzo (7) e topázio (8)

E) Incorreta - A sequência correta seria talco (1), gipsita (2), quartzo (7) e diamante (10)

Portanto, a alternativa D apresenta a ordem crescente correta de dureza dos minerais segundo a escala de Mohs, começando pela calcita (dureza 3), seguida por fluorita (4), quartzo (7) e finalmente topázio (8). Esta é a única opção que respeita rigorosamente a progressão da escala de dureza dos minerais.

A produção de bauxita no mundo está concentrada em poucos países, sendo este mineral essencial para a fabricação de ligas metálicas amplamente utilizadas na indústria. O Brasil possui uma posição de destaque na extração desse recurso natural, que serve como base para a produção de um metal de grande importância econômica e industrial.

Entre as alternativas apresentadas:

• A) alumínio - resposta correta
• B) aço
• C) ferro
• D) cobre
• E) zinco

A bauxita é o principal minério utilizado na obtenção do alumínio, metal leve e resistente com aplicações em diversos setores, desde embalagens até a indústria aeronáutica. O processo de transformação da bauxita em alumínio envolve a refinação do minério para obtenção da alumina, seguida de um processo eletrolítico para produção do metal puro.

O aumento das atividades mineradoras no Vale do Ribeira, registrado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em 2012, trouxe à tona questões importantes sobre os impactos ambientais e sociais dessa exploração. Com 422 autorizações para pesquisas minerais e 112 extrações já aprovadas, a região, rica em recursos como níquel, prata e ouro, enfrenta desafios significativos para equilibrar desenvolvimento econômico e preservação.

O texto destaca que a exploração descontrolada pode afetar tanto o meio físico quanto as comunidades tradicionais da região. A alternativa correta (E) aponta para os Dobramentos do Atlântico como estrutura geológica predominante e as comunidades Quilombolas como grupo humano mais impactado. Essa escolha reflete a realidade do Vale do Ribeira, onde a presença de formações geológicas antigas e a ocupação histórica por remanescentes de quilombos são marcantes.

Os Dobramentos do Atlântico representam uma área geologicamente sensível, onde a mineração pode causar desequilíbrios ambientais profundos. Já as comunidades Quilombolas, com seu modo de vida tradicional intimamente ligado à terra, são particularmente vulneráveis aos impactos dessas atividades. A escolha da alternativa E demonstra compreensão tanto da geografia física quanto da dinâmica humana da região.

Este caso ilustra a necessidade urgente de políticas minerais que considerem não apenas o potencial econômico dos recursos, mas também a proteção dos ecossistemas e o respeito às populações tradicionais. O Vale do Ribeira, com sua rica biodiversidade e patrimônio cultural, exige um modelo de desenvolvimento que harmonize progresso e sustentabilidade.

O continente americano apresenta uma diversidade geológica e paisagística marcante, resultado de processos naturais que ocorreram ao longo de milhões de anos. A alternativa correta sobre sua história geológica e paisagens é a E, que destaca a presença de planícies entre as grandes cadeias montanhosas a oeste e os planaltos ou montanhas do leste, onde predominam processos de deposição de sedimentos.

As demais alternativas apresentam incorreções:

• A) As Montanhas Rochosas e os Apalaches resultaram de choques tectônicos, mas nem todas suas regiões possuem climas áridos.
• B) O Brasil está sobre uma placa estável, mas rochas metamórficas como granitos e mármores não são as únicas predominantes.
• C) A Cordilheira dos Andes é resultado de movimentos tectônicos mais recentes (Era Cenozoica), não da Era Primária, e possui vários vulcões ativos.
• D) O deserto do Atacama está no oeste da América do Sul, mas o deserto do Colorado fica no oeste da América do Norte, não no leste.

Portanto, a alternativa E é a única que descreve corretamente a disposição das paisagens naturais do continente americano, com suas planícies centrais formadas por sedimentação.

Os derrames de lavas basálticas da Formação Serra Geral representam um dos mais volumosos vulcanismos continentais do planeta, com uma área superior a 1.200.000 km². Em certos locais, os derrames sucessivos de lavas possuem centenas de metros de espessura.

Entre as opções apresentadas sobre onde esse fenômeno geológico pode ser observado, a alternativa correta é:

• D) nas cataratas do rio Iguaçu, no Paraná.

As Cataratas do Iguaçu estão situadas em uma região onde os derrames basálticos da Formação Serra Geral são particularmente evidentes, demonstrando a grandiosidade desse evento vulcânico que moldou parte significativa da paisagem do sul do Brasil.

A antiguidade geológica do território brasileiro, associada à diversidade de rochas e formações ao longo de bilhões de anos, confere ao país uma posição estratégica na exploração de recursos minerais. Essa riqueza natural sustenta uma atividade econômica vital, com destaque para a produção de minérios essenciais à indústria global.

No contexto atual, a exploração de ferro ocorre principalmente no Pará, região que abriga uma das maiores reservas do mundo, especialmente na Serra dos Carajás. Já a extração de bauxita, matéria-prima do alumínio, concentra-se no Maranhão, onde se localizam importantes jazidas que abastecem o mercado interno e externo.

A alternativa correta que preenche as lacunas do texto é a C), pois reflete a distribuição geográfica real desses recursos no Brasil. O ferro, fundamental para a siderurgia, e a bauxita, essencial para a produção de alumínio, exemplificam como a geodiversidade brasileira se traduz em vantagem econômica e industrial.

O processo de formação do solo é resultado da ação de fatores como água, variações de temperatura e atividade biológica sobre as rochas, levando à sua desintegração e decomposição. No Brasil, devido à sua extensão territorial e diversidade geográfica, encontramos uma variedade de tipos de solo, cada um com características específicas que influenciam seu uso agrícola e econômico.

Analisando as afirmativas apresentadas:

Afirmativa I: O solo de várzea, de fato, é argiloso e rico em matéria orgânica, sendo utilizado para cultivos de subsistência. No entanto, ele não é exclusivo das áreas meridionais do país, estando presente em várias regiões aluviais, especialmente na Amazônia e Pantanal. Portanto, a afirmação contém imprecisões geográficas.

Afirmativa II: O solo de massapé é característico do litoral nordestino, não de todo o litoral brasileiro. Embora seja fértil, sua principal característica é a coloração escura devido à decomposição de rochas calcárias e argilosas, não sendo especificamente rico em nitrogênio e potássio como afirma o texto.

Afirmativa III: Esta é a única completamente correta. O solo terra roxa, resultante da decomposição de rochas basálticas (magmáticas), é extremamente fértil e foi fundamental para o desenvolvimento da cafeicultura no norte do Paraná e oeste de São Paulo.

Afirmativa IV: O solo salmourão é característico do cerrado, não sendo predominante no Nordeste. Além disso, a cana-de-açúcar se desenvolveu principalmente nos solos de massapé do litoral nordestino, não no salmourão.

Portanto, apenas a afirmativa III está completamente correta, tornando a alternativa D a resposta adequada. Esta análise demonstra a importância de compreender corretamente as características dos solos brasileiros e sua distribuição geográfica para interpretações precisas sobre seu uso e potencial agrícola.

Alunos de escola pública, ao visitarem o curso de Geografia da URCA, demonstraram grande interesse pelas rochas expostas no Laboratório de Minerais e Rochas. Esse fascínio revela a importância do estudo geológico e da classificação desses materiais, que são fundamentais para compreender a formação e a dinâmica da Terra.

As rochas, assim como outros elementos naturais, são organizadas por meio de critérios específicos que permitem agrupá-las conforme suas características. Entre as principais classificações está a divisão genética, que considera o processo de formação das rochas na natureza. Essa abordagem é essencial para entender sua origem e transformação ao longo do tempo geológico.

De acordo com a classificação genética, as rochas se dividem em três grandes grupos:

• Rochas ígneas (ou magmáticas): formadas pelo resfriamento e solidificação do magma, podendo ser intrusivas (como o granito) ou extrusivas (como o basalto).
• Rochas sedimentares: resultam da compactação e cimentação de sedimentos ou da precipitação química, como o arenito e o calcário.
• Rochas metamórficas: originadas pela transformação de rochas preexistentes sob alta pressão e temperatura, como o mármore e o gnaisse.

Essa classificação (alternativa C) é fundamental para estudos geológicos, pois permite entender a história da Terra, os processos de formação do relevo e até mesmo a localização de recursos minerais. A visita dos estudantes ao laboratório demonstra como o contato prático com as rochas pode despertar o interesse científico e ampliar a compreensão sobre o planeta em que vivemos.

O texto apresenta quatro conceitos fundamentais da geografia e da história, cada um definido de maneira clara e objetiva. A sequência correta desses conceitos é essencial para compreender a organização do espaço e do tempo nas ciências humanas.

O primeiro conceito abordado é o de paisagem, definido como tudo aquilo que nossa visão alcança, ou seja, o domínio do visível. A paisagem é mutável e se transforma ao longo do tempo devido às atividades humanas. Ela representa a materialidade do espaço, aquilo que podemos observar diretamente.

Em seguida, o texto introduz o conceito de espaço geográfico, que vai além da paisagem. É o espaço organizado pelo ser humano, incluindo tanto os sistemas de objetos (como construções e infraestruturas) quanto os sistemas de ações (como práticas sociais e relações cotidianas). O espaço geográfico é dinâmico e reflete as interações humanas com o meio.

O terceiro conceito é o de tempo histórico, que se refere ao período em que o homem deixou sua marca na Terra. Esse tempo é marcado por transformações culturais e sociais e é dividido em séculos, períodos e idades. O tempo histórico está ligado à cronologia e aos eventos que moldaram as sociedades.

Por fim, o texto define o tempo geológico, que abrange a história da formação da Terra. Com uma escala extremamente longa (milhões de anos), ele é dividido em eras, períodos e idades geológicas, sendo fundamental para entender a evolução do planeta antes e além da presença humana.

A sequência correta, portanto, é: Paisagem – Espaço geográfico – Tempo histórico – Tempo geológico, correspondente à alternativa A. Essa ordem reflete uma progressão lógica, partindo do visível e concreto (paisagem) para o organizado e social (espaço geográfico), seguido pelo tempo marcado pela humanidade (tempo histórico) e, finalmente, pelo tempo profundo da Terra (tempo geológico).

A respeito dos recursos minerais brasileiros, a alternativa correta é a letra C, que afirma: "Os combustíveis fósseis, fonte de energia amplamente utilizada no planeta, são encontrados nas bacias sedimentares." Essa afirmação está correta, pois os combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural, de fato se formam em bacias sedimentares, onde matéria orgânica se acumula e sofre transformações ao longo de milhões de anos.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou imprecisas:

• A) O sal-gema e o xisto betuminoso não são os minerais mais abundantes no Brasil, embora sejam explorados para uso industrial.
• B) O carvão mineral da Região Nordeste não é puro (antracito) e sua produção é principalmente para consumo interno, não para exportação.
• D) O urânio brasileiro não é extraído em Cascavel (PR), mas principalmente em Caetité (BA) e Itatiaia (CE).
• E) O alumínio é extraído da bauxita, não da cassiterita, e sua exploração ocorre principalmente no Pará, não nos estados mencionados.

Portanto, a alternativa C é a única que apresenta uma informação completamente correta sobre os recursos minerais brasileiros e sua geologia.