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A centralidade da Periferia


“A idéia da irreversibilidade da globalização atual é aparentemente reforçada cada vez que constatamos a inter-relação atual entre cada país e o que chamamos de “mundo”, assim como a interdependência, hoje indiscutível, entre a história geral e as histórias particulares. Na verdade, isso também tem a ver com a ideia, estabelecida, de que a história seria sempre feita a partir dos países centrais, isto é, da Europa e dos Estados Unidos, aos quais, de modo geral, o presente estado de coisas interessa.


Quando, porém, observamos aspectos mais estruturais da situação atual, verificamos que o centro do sistema busca impor uma globalização de cima para baixo aos demais países, enquanto no seu âmago reina uma disputa entre Europa, Japão e Estados Unidos, que lutam para guardar e ampliar sua parte do mercado global e afirmar a hegemonia econômica, política e militar sobre as nações que lhes são mais diretamente tributárias, sem, todavia, abandonar a ideia de ampliar sua própria área de influência.”


(Milton Santos – Por uma outra globalização 2000).


De acordo com o texto, o que o autor quer dizer com “a centralidade da periferia”?

Resposta:

Resposta:

A alternativa correta é a letra C) O processo de globalização que é imposto de cima para baixo pelos países ricos,<|begin_of_text|>2013 entretanto, existe uma luta dentro do próprio conjunto de países ricos em busca de uma supremacia, a partir do estabelecimento da sua própria área de influência.

Explicação:

A expressão "a centralidade da periferia" utilizada pelo autor Milton Santos, se refere ao fato de que, apesar da globalização ser apresentada como um processo irreversível e que busca a integração de todos os países, na verdade, ela é imposto pelas nações centrais (ou seja, os países ricos) sobre as nações periféricas (ou países pobres).

Essa imposição ocorre de cima para baixo, ou seja, os países ricos impõem suas regras, seus interesses e seus valores sobre os países pobres, que não têm a mesma capacidade de negociar ou impor suas próprias condições.

No entanto, isso não significa que não haja luta entre os países ricos em busca de uma supremacia. A globalização é um processo que envolve uma disputa entre as nações centrais para manter ou ampliar sua área de influência e garantir sua hegemonia econômica, política e militar.

Portanto, a centralidade da periferia se refere ao fato de que, embora a globalização seja apresentada como um processo que busca a integração de todos os países, na verdade, ela é um processo que reforça a dominação dos países ricos sobre os países pobres.

Comentário:

É importante notar que a globalização não é um processo natural ou inevitável, mas sim uma construção humana que pode ser modificada ou transformada. A dominação dos países ricos sobre os países pobres é um processo que pode ser revertido ou transformado, caso os países pobres consigam se organizar e impor suas próprias condições.

Além disso, é fundamental que sejam criadas políticas que busquem a redução das desigualdades econômicas e sociais entre os países, garantindo que a globalização seja um processo que beneficie a todos, e não apenas aos países ricos.

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