Discutindo o capital financeiro global, Haesbaert e Porto afirmam que
- A) os paraísos fiscais criam problemas para as grandes corporações financeiras.
- B) os Estados neoliberais têm neutralizado a ação especulativa de bancos e bolsas de valores.
- C) o fluxo de capitais movimentados pelo narcotráfico é muito elevado.
- D) os países pobres têm recebido elevados investimentos financeiros sediados nos países centrais.
- E) os investimentos têm origens diversas e reduzem as diferenças econômicas entre países centrais e periféricos
Resposta:
A alternativa correta é letra C) o fluxo de capitais movimentados pelo narcotráfico é muito elevado.
RESPOSTA: LETRA "C"
LETRA "A" - ERRADA - Na verdade os paraísos fiscais são de grande utilidade para as grandes corporações lavarem dinheiro que provém de recursos ilegais, como os que são fruto da sonegação fiscal.
LETRA "B" - ERRADA - Os Estados neoliberais, que pouco intervém na Economia, fornecem condições extremamente favoráveis a ação especulativa de bancos e bolsas de valores.
LETRA "C" - CERTA - Segundo o livro "Nova des-ordem mundial" os geógrafos Carlos Walter Porto-Gonçalves e Rogério Haesbaert defendem que há uma ruptura do tradicional padrão de poder centralizado na figura do Estado, o qual hoje divide seu papel com outras instâncias, a maioria delas exercendo seu poder pelo controle de fluxos, de redes, como as redes do grande capital financeiro, as redes do narcotráfico e as redes do terrorismo globalizado, as quais movimentam intenso fluxo de capitais.
LETRA "D" - ERRADA - A maior parte dos elevados investimentos financeiros têm se destinado aos próprios países ricos e centrais, e não mais aos pobres, que oferecem menores níveis de segurança aos investidores.
LETRA "E" - ERRADA - Os investimentos têm origem principalmente nos países ricos e desenvolvidos, destinando-se, em grande parte, a outros países ricos que oferecem maiores níveis de segurança aos investidores, por isso não reduzem as diferenças econômicas entre países centrais e periféricos, além de que mudanças econômicas demandariam reformas estruturais mais profundas, que não são providas pelo capital especulativo. O que tem acontecido frequentemente dentro das multinacionais é a transferência apenas de unidades produtoras para os países mais pobres que oferecem mão-de-obra mais barata e isenções fiscais, como as maquiladoras no México, o que também não diminui o abismo econômico entre países centrais e periféricos.
Deixe um comentário