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Partindo do consenso de que o nível escalar é sempre pensado em termos de lógica zonal de organização do espaço, enfatizam-se recortes em termos de superfícies ou áreas, que podem gerar diversas maneiras de regionalizar o espaço. Superando as visões tradicionais, Rogério Haesbaert (2010) propõe que, no atual estágio do processo de globalização e de mundialização da economia capitalista, o estudo regional deve ser vinculado:

Resposta:

A alternativa correta é letra A) às múltiplas escalas de poder num mundo global/fragmentado, frente à densificação de suas redes e dos circuitos.

Gabarito: LETRA A

 

A questão versa sobre a evolução do pensamento geografico, solicitando para o candidato assinalar a alternativa correta que apresente uma visão da abordagem regional proposta por Rogério Haesbaert. Nesse sentido, vamos analisar as alternativas para encontrar a resposta correta.

 

a)  às múltiplas escalas de poder num mundo global/fragmentado, frente à densificação de suas redes e dos circuitos.

CORRETA. Em termos de escala, Rogério Haesbaert, ressalta que existe uma preocupação como local e com o regional mesoescalar. O autor defende que antes a região era ser vista de forma contínua, como unidade espacial não fragmentada, hoje o caráter seletivo e muitas vezes pontual da globalização faz com que exista um mosaico tão fragmentado de unidades espaciais que ou a região muda de escala ou se dissolve entre áreas descontínuas e redes globalmente articuladas.

b)  a qualquer nível escalar abaixo do nível global, especialmente na abordagem mais geral da região como recorte analítico ou parcela do todo.

ERRADA. A alternativa versa sobre o conceito de região e não sobre o estudo regional. Rogério Haesbaert defende uma abordagem mais geral de região, como recorte analítico ou parcela de um todo qualquer, que possui nível escalar abaixo do nível global.

As articulações regionais do espaço podem se manifestar não apenas na tradicional forma zonal, geralmente contínua, mas também em redes, dentro de uma lógica descontínua de articulação reticular. Isso se deve tanto à intensificação da mobilidade – especialmente das migrações – quanto dos chamados processos de exclusão social.

Segundo Rogério Haesbaert (2002) percebe o território e rede juntos (posição de Rogério Haesbaert).O território aparece como movimento que se repete e territorializar-se “significa também, hoje, construir e/ou controlar fluxos/redes e criar referenciais simbólicos num espaço em movimento, no e pelo movimento” (HAESBAERT, 2004, p. 280)

c)  a um nível escalar intermediário entre o nacional e o global, como na leitura dos “novos regionalismos” dos blocos econômicos.

ERRADA. Rogério Haesbaert descreve que vivemos no mundo voltado para a construção de “territórios múltiplos” e a possibilidade de vivenciar uma “multiterritorialidade. Segundo Haesbaert , devido a crescente globalização (em rede) dos mais diferentes fenômenos, da ordem econômico-política às organizações culturais, dos circuitos legais aos ilegais sugere a possibilidade de uma “regionalização global em rede”.

d)  a um nível escalar intermediário entre o local e o nacional, como as Macrorregiões do IBGE ou os Complexos Regionais brasileiros.

ERRADA. Rogério Haesbaert prioriza o nível intermediário entre o nacional e o global, numa leitura dos ‘novos regionalismos’ como os blocos econômicos.

Rogério Haesbaert discorre acerca de sua proposta de regionalização, entendendo a região como artefato. Em seu propósito, ele a concebe como produto e produtora dos processos de diferenciação espacial e das dinâmicas globalizantes e fragmentadoras. A região é construída mental e concretamente por diversos sujeitos, sendo um cruzamento entre o fato (concretude) e o artifício (abstração). Ela é categoria de análise e de prática.

Para o autor, a região possui uma dimensão funcional, caracterizada pelo viés material, e outra simbólico-cultural, caracterizada pela esfera do “vivido”, pelas experiências e simbolismos ali existentes.

e)  ao nível local, como na região a partir dos “novos localismos”.

ERRADA. Rogério Haesbaert (1994) é um autor brasileiro que influenciado pelas premissas de Raffestin (1993), desenvolve um importante aporte teórico acerca do território. Ele expõe uma concepção de território numa abordagem integradora. O autor entende o território como um híbrido entre as dimensões materiais e idealistas, envolvendo os aspectos culturais e políticos. Ele aponta para a tensão entre os movimentos de dominação e apropriação do espaço.

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